Um mundo - INTERATIVA escrita por Cupcake Docinho


Capítulo 34
Os primeiros momentos de paz


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, de uma semana, estava quase me afogando em trabalhos, mas acho que vocês vão me desculpar por causa desse capitulo. Não se esqueçam o ultimo sai ou sábado ou domingo.
Ignorem qualquer hiper link.
Musica:
https://www.youtube.com/watch?v=FOjdXSrtUxA



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Três semanas depois

Três semanas tinham se passado desde a derrota do golpe e do coroa, e a ascensão de um novo poder, aquele tempo passará muito rápido, tão rápido que os últimos ajustes da cerimônia de coroação tinha sido arranjados nos últimos dois dias. Rose estava andando livremente pelo pátio onde a coroação ocorreria, esse momento era o seu ultimo momento de liberdade antes de começar a exercer sua função de regente. Quando as pessoas começaram a chegar ao lugar à garota se recolheu para um canto nas sombras onde ninguém poderia vela.

–Como está?- questionou Colin sorrindo para ela, usava um terno, mostrava total desconforto devido ao tecido engomado, mas não reclamou.

–Nervosa, você que deveria estar no meu lugar- disse secando as mãos suadas no vestido amarelo claro.

–Eu?- disse o rapaz com duvida, em reposta apenas recebeu uma cotovelada na barriga.- Eu não sou apito, cometi muitos erros durante a minha vida.-Rose esta bem ciente disso, sabia de muitos dos fracasso do rapaz. Quando olhou dentro dos olhos do garoto soube em que erro em particular ele falava. Tommas. O rapaz tinha sido o melhor amigo de Rose durante dois anos, já que a mãe do rapaz ajuda a garota a cuidar de Lana, mas por um descuido de Colin um dia os militares tinham encontrado a casa de Tommas, e mataram ele e a mãe por desconfiarem que estes participavam da revolução. Durante muito tempo Rose jogara isso na cara do rapaz, mas naquele momento disse:

–A culpa não foi sua.

–Como eu queria que isso fosse verdade. Quem vai coroar você?

–Carlos, é o único habito- segundo as leis de Galian um militar ou outro regente podem coroa um novo membro da família real, mas na falta de militares decentes e regentes dispostos a coroa-la, um herói de guerra era a melhor solução. Carlos conseguira o titulo juntamente com Oliver, Itália, Krystal, Netikerty, Isis, Joan, Rebecca, Carrie, Michael e Valentine, mas nenhum desses estava disposto a colaborar assim Carlos foi praticamente obrigado a colaborar com a cerimônia. Além de promover heróis de guerra, nas ultimas três semanas, Rose tinha sentenciados enumeras pessoas a prisão perpetua, e abrigado outras. A rainha e Finn se tornaram protegidos da coroa juntamente com Kevin, que aceitou abdicado o trono sem grandes problemas, assim como a família do pai de Rose e a família de Marcos, não que essa decisão não tenha deixado alguns revoltados, mas a nova patrulha da cidade esta ajudado a manter tudo seguro e tranquilo.

.......

Alguns dias depois:

Krystal olhava para o céu observando as nuvens com Joan deitado com a cabeça na barriga da garota lendo um livro qualquer. -Que frase é essa que você não para de ler?- questionou a garota de cabelos pretos passando os dedos pelo cabelo do rapaz. -“O amor é algo que não pode entrar em uma escala, pois se pudesse o nosso sempre estaria fora dela, já que toda vez que te vejo sinto como se meu peito estivesse em chamas e como se uma luz se acendesse dentro de mim...” – sussurrou Joan com sua voz rouca, e leve quase fechando os olhos como se não precisasse olhar para o livro para saber a frase inteira.-É por isso que eu não posso dizer quanto eu te amo, por que eu não posso comparar com nada.

–Como eu vou saber que você sempre vai me amar?- perguntou a garota deixando a pergunta que tinha há muito tempo em mente sair.

–Por que..- ele então rolou para o lado, se sentou olhando para o rosto de Krystal, encarando os olhos totalmente pretos dela-... eu não conseguiria sentir o que sinto por você com outra pessoas. Você é única.

–Eu vou ficar velha e chata- disse a garota também se sentando e encarando os olhos azuis dele.

–Então eu ficou velho e chato com você- disse encostando a testa na dela, a garota fechou os olhos, mas manteve-se perto dele.

–E quando eu ficar feia?

–Você nunca vai ficar feia para mim.

–E se eu não quiser ter filhos?

–Então não teremos filhos- sussurrou, a garota abriu os olhos e se levantou ficando de costa para ele.

–São tanto “se”s, e “quando”s, eu não sei se consigo- disse respirando com dificuldade, Joan então se levantou a virou para si e a beijou.

–O que você sente quando me beija?- perguntou após o beijo.

–Que tudo está bem- disse ela encarando os olhos azuis dele.

–Então apenas se prenda a essa sensação.

No outro lado da cidade Michael e a namorada andavam de mãos dadas, pensando no que o futuro aguardava. O vento forçava-os usar capuzes, casacos e cachecóis. Estavam em uma rua arborizada, e calma da antiga Cidade da Luz, agora com o novo decreto não existiria mais essa divisão, então prédios seriam construídos para abrigar a população mais pobre. -Acho que vou visitar os meus pais- disse o garoto evitando olhar para a namorada, está sábia como isso era importante para o garoto. Michael tinha nascido em uma família abastada que nunca aprovara o jeito rebelde do garoto, por isso com dezessete anos completos o rapaz saiu de casa e não voltará desde então. -Seria bom, eles devem sentir sua falta- sussurrou a garota afagando-lhe o braço por cima do casaco. -E você?- O rapaz sabia de tudo sobre a família dela, sobre o pai perfeccionais que batia nas filhas quando cometiam algum erro, da irmã da garota que era um copia mais nova de Valentine e da mãe submissa que não conseguia defender as filhas da fúria do marido. -Eu visitei a minha irmã, mas ainda não estou pronta para ver meus pais- explicou a garota sentidos os olhos escuros de Michael sobre si. -Quer parar de me olhar assim? -Assim como?-perguntou com um sorriso divertido. -Como se a minha decisão fosse idiota. -Você é muito cabeça dura, ruiva. -Você também, moreno- debochou a garota empurrando o rapaz. -É assim?-questionou se aproximando da garota e fazendo cócegas nela. -Para- gritou a garota rindo e tentando empurra-lo para longe, mas este não deixou puxando-a para perto deixando os lábios a poucos centímetros dos dela. -Eu te amo, ruiva- sussurrou com um sorriso malicioso. -Eu te amo, mesmo você sendo um idiota. -Eu até posso ser um idiota, mas sou o idiota que você adora beijar- constatou o rapaz. -Verdade- disse puxando-o pela gola da casaco marrom para um beijo.

Enquanto isso Oliver e Itália escalavam uma árvore enorme, tinham apostado quem chegaria antes no topo, lá embaixo a irmã mais nova da garota brincava com o irmão de Oliver gritando a plenos pulmões. Oliver pisou em falso perdendo o equilíbrio e quase caindo, foi nesse momento que Itália o ultrapassou ganhando a liderança, a garota escalou até o fim, enquanto o namorado tomava o dobro de cuidado.

–Demorou a chegar aqui em cima- provocou a garota sentada na casa da árvore que há muito tempo não era utilizada. Oliver apenas revirou os olhos e se sentou ao lado da namorada tomando cuidado de não bater a cabeça.- Quer apostar que desce primeiro?

–Muito engraçado- murmurou o garoto revirando os olhos.

–Desculpa- disse olhando para o chão um pouco envergonhado.

–Tudo bem, eu só não estou no humor.

–Por que?

–Por que tudo vai mudar.

–Tudo sempre muda- disse a garota sorrindo docemente se virando para o garoto.

–Eu sei, mas eu fico um pouco chateado, agora eu não vou te ver todo dia, já que você vai estar comandando a patrulha da cidade, enquanto eu vou começar a faculdade.

–Não precisa se preocupar, os homens da patrulha são todos mais velhos- disse a garota rindo, em resposta ganhou uma carranca nem um pouco animada- Brincadeira, você é o único no meu coração.-Disse puxando o rosto dele e dando um selinho nos lábios rosas do garoto.

–As vezes essas brincadeiras me machucam- sussurrou ele apoiando a cabeça no ombro dela.-De verdade.

–Me desculpe.

–Tudo bem, eu te amo.

–Eu também de amo.

Enquanto isso Carrie andava pelas ruas com Paulo ao seu lado, os dois iriam trabalhar juntos nós próximo anos já que ele e a irmã iriam ser os representantes do conselho subterrâneo enquanto Netikerty e Isis controlariam os exércitos de subterrâneos.

–Você gostava dele?- perguntou Paulo,a garota nem teve que perguntar sobre quem ele esta se referindo, essa era a primeira pergunta que ele fizera sobre o rapaz, mas Carrie tinha percebido a curiosidade dele. Os subterrâneos eram um povo muito curioso, percebera a comandante do exercito, até mesmo rituais mortuários eram estranhos para eles, já que estes jogavam os corpos de seus mortos na corrente que ia para fora para da caverna, quando soubera sobre isso Carrie perguntará a Paulo onde o rio desembocava este alegara não sabia.

–Sim, eu gostava muito do Gerard- disse em uma voz tão baixa que se o rapaz não tivesse atento teria perdido a resposta.

–E você ainda gosta dele?-disse encarando a garota com seus grandes olhos pretos que não permitia que sua pupila aparecesse.

–Sim. Agora é a minha vez de perguntar.

–Está bem, pergunte- disse com seu sorriso habitual.

–Você já se apaixonou?

–Não- admitiu o rapaz.- Acho que isso só vai aconteceu quando eu casar.

–Como assim, você não deveria se casar com alguém que ama?

–Não, na colônia existe um programa que junta os casais para termos certeza que a criança, fruto dessa união, não nascera com doenças genéticas, assim temos uma população saudável.

–E o amor?

–Minha mãe passou pelo computador, se casou com o meu pai, e amou ele, espero que o mesmo aconteça comigo.

–Paulo eu vou ajudar você a encontrar alguém sem esse computador,alguém que você ame.

–Mas se a criança nascer com alguma doença?

–Não se preocupe, não estamos mais na colônia, essas regras de DNA não valem mais.

A algumas quadras de distancia Carlos estava sentado em um banco publico com a namorada deita e com a cabeça em seu colo, o rapaz passava as mãos pelos cabelos castanhos da garota tão delicadamente que a deixava com sono.

–Assim eu vou dormir- murmurou a garota fechando os olhos castanhos.

–Se você dormir com quem eu vou conversar?- questionou encarando o rosto da jovem esta abriu os olhos castanhos analisando-o.

–Então fale alguma coisa, se não eu vou dormir- constatou a garota encarando os cachos ruivos de Carlos.

–Você acha que isso tudo não é uma louca?

–Como assim tudo isso?- disse se ajeitando para não dormir.

–Quero dizer, se não existisse uma governo corrupto e malvado, se não existisse a resistência, e se eu ou você não tivéssemos nos alistado a esta nunca teríamos nós conhecido e apaixonado, você entende?

–Sim, é que eu nunca tinha parado para pensar nisso.

O vento leve fazia com que as árvores balançassem levemente e as folhas farfalhassem, Carlos fechou os olhos deixando se embalar pelo barulho leve, até que Becca o acordou.

–O que foi?- disse sonolento.

–Acho que não importa se o governo não fosse corrupto, ou que a revolução nunca tivesse existido eu nunca me sentiria completa sem você, por que querendo ou não eu nunca seria feliz ao lado de outro cara do mesmo modo que sou com você. Eu não sei se acredito em destino, mas eu acredito em almas-gêmeas, e sei que você é a minha.

Do outro lado da cidade no porto que tinha sido aberto para que todos que quisessem partir tivesse sua chance a rainha se despedia de Colin.

–Por que você vai?- perguntou olhando no fundo dos olhos azuis dele.

–Aqui não é o meu lugar, não mais.

–O que quer dizer com isso?

–Você esta no poder junto com a Carrie, tudo vai mudar, para melhor, meu trabalho aqui acabou.

–Nós duas ainda precisamos de você, seus planos e ideias geniais, elas podem nós ajudar.

–Você acha mesmo que quero isso?- disse ele olhando para baixo.

–Isso o que?

–Ver você beijando ele, abraçando ele, e um dia tendo filhos com ele, você não acha que eu mereço mais?

–Você vai encontrar alguém.

–Não,Rose. Preciso de distanciar daqui, aqui já não é o meu lugar, não desde que minha família for morta.

O rapaz então beijou a testa de Rose e entrou no navio sem olhar para trás ciente que ela o seguia com o olhar, por fim chegou até a sala comum barulhenta, identificou um rosto conhecido em meio a tantos outros e foi até ele.

–Que tipo de homem era ele? - Questionou Jaime quando Colin se postou ao seu lado, recebeu um olhar confuso em resposta.- O irmão dela- disse tentando se esclarecer. O rapaz olhava por uma janela pequena que dava uma visão das pessoas se despedindo lá fora.

– Você fez a pergunta errada.Ele não era um homem, mas um monstro.

– Então por que ele é um monstro?- Perguntou olhando pela janela. Colin se perguntou se Rose estaria lá embaixo beijando Marcos.

– Preciso contar toda a história para você entender por que ele é um monstro. Nós conhecemos no primeiro dia no exército, como você e sua irmã, nós fomos sequestradas. Mesmo com nove anos ele já se destacava por ser o mais bravo e inteligente. Rapidamente nós tornamos amigos, mas isso não quer dizer que eu aprovasse seus métodos. Nós tornamos comandante no mesmo ano, e logo em seguida ele foi promovido mais uma vez, já não éramos amigos, ele era meu comandante. Naquela época eu me aliei à resistência, e comecei a passar informações sigilosas para eles. Durante uma das minhas pesquisas acabei pesquisando no lugar errado a descobri sobre o sangue real dele, e por uma infelicidade ele descobriu também, acho que ele me monitorava já desconfiado de minha lealdade duvidosa.Ele então decidiu que queria o trono para si em nome dos militares, suas ideias eram sempre aceitas, e com aquela não foi diferente. Mas para conseguir o trono tinha que garantir que sua própria mãe estaria morta, e que as meias-irmãs estivesse ou de seu lado ou mortas. No dia em que Lana nasceu ele visitou o hospital com um grupo de soldados de confiança.- Colin suspirou se perdendo em pensamentos.

– Você era um desses soldados, não é mesmo?

– Exato. Ele disse que eu precisava amadurecer e provar a minha lealdade, queria que eu matasse a mãe dele. Quando entramos no quarto do hospital ele arrancou Lana dos braços da mulher, deu um tiro na perna da mulher e me mandou mata-la. Quando de neguei a fazer isso ele me deu um soco que quebrou meu nariz e disse que eu a veria sofrer pela minha insolência. Achei que fôssemos embora naquele momento, mas ele queria que Rose estivesse de seu lado de qualquer forma. Mandou que sua mãe fosse levado para o caminhão e ordenou que todos os outros soldados fosse também deixando ele, Lana e eu naquele quarto. Como o quarto que estávamos ficava no segundo andar bem em cima da rua principal pudemos ver quando Rose chegou. Seu olhar para ela não era muito bom, foi naquele momento eu me revoltei, não podia deixar que fizesse alguma coisa ruim para ela.

– O que você acha que ele pretendia?- Questionou Jaime olhando para o mar, o navio começava a navegar bem de vagar, mas muitas pessoas já sentiam o estomago virar dentro do corpo, Jaime era um desses.

–Transforma-la em um monstro como ele, e se casar com ela- disse com tanta sinceridade que fez com que o estômago de Jaime se embrulhar, se tivesse a opção de ter irmã viva e casada com um monstro daquele, ou a irmã morta preferiria vê-la morta.

– Como você a salvou?

– Dei um tiro na perna de Tomas, peguei Lana, sai correndo do hospital praticamente arrastando Rose, tudo isso com o nariz sangrando. Levei as duas até um galpão vazio, menti para Rose dizendo que sua mãe estava morta e que a resistência tinha me mandado para leva-la para um lugar seguro. A protegi com ajuda do líder da resistência daquela época, Lorenzo, tínhamos esperança de que conseguiríamos vencer essa guerra com a pretensão a coroa de Rose, mas Lorenzo morreu e eu decidi abandonar essa ideia. -

Você matou Tomas e sumiu com todo e qualquer registro sobre ele- constatou Jaime. Apenas recebeu um aceno de cabeça em confirmação.- Foi um plano muito bom, bem executado, mas você cometeu um erro, se apaixonou por ela.

Colin não respondeu, e assim Jaime teve sua confirmação. Se Colin fecha-se os olhos conseguiria ver o rosto dela como se ele tivesse sido marcado a ferro em sua pálpebra, via a versão adolescente que conhecera anos antes em um dos olhos e no outra a mulher que amara, nunca conseguiria ver a Rainha Rosangela com a coroa que tinha feito as pressas para coroa-la, ouro trabalhando para formar arabescos e flores decorados com diamantes menores que unhas de bebê que reluziam ao sol.

–Quanto tempo você acha que ela durara do governo?

–Trinta anos no máximo,os militares ainda não desistiram. Ela deveria dar um jeito neles. -Então por que não disse isso a ela?

–Talvez eu queira que um filho meu salve uma filha dela, mas dessa fez será diferente, dessa vez não haverá nenhum loiro para atrapalhar tudo.


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Notas finais do capítulo

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