Nineteen Years Later escrita por Carolina Gomes


Capítulo 1
Na manhã do grande dia


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeente, é a minha primeira fic. Já há algum tempo eu quero uma continuação de Harry Potter, e tenho muitas ideias em mente. Então né... É isso, espero que vocês gostem. Xoxo, Car.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507705/chapter/1

A luz do sol atravessava as finas cortinas brancas, clareando o quarto. Lily Potter tinha acordado ao nascer do sol. Ela estava muito animada para ir à estação de King's Cross, embora não fosse estudar esse ano. Ela e seus pais iriam levar seus dois irmãos, James e Alvo, que iam pegar o trem para o começo do ano letivo, na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Ela tomou banho, escovou os dentes e colocou um lindo vestidinho azul. Penteou rapidamente seus cabelos ruivos e curtos na frente do espelho, mal conseguia se conter de tão agitada.

Ela correu e abriu a porta de seu quarto, disparando corredor à frente.

– James! James! – Nada. Seu irmão não saiu do quarto. Ela então foi até a porta ao lado. – ALVO! – bateu na madeira freneticamente. – ACORDA, ALVO!

– O que foi, Lily? – o garoto apareceu à porta totalmente desgrenhado. O cabelo estava mais bagunçado do que nunca, totalmente despenteado. Seus olhos ainda estavam fechados e ele estava de pijama. Ele encostou a cabeça na madeira, sonolento.

– Eu já acordei. – disse ela.

– Posso ver isso – murmurou ele, indiferente.

– Vamos logo, é hoje que você e o James vão pra Hogwarts!

– Eu sei, Lily. Mas porquê me acordou agora? Sabe que horas são? – disse Alvo.

– Hmm... Não. – Lily abriu um sorriso de orelha à orelha, sapecamente.

– Cinco e meia. Mas tudo bem, estou indo me arrumar. – a menina adentrou o quarto, espatifando-se na cama do irmão.

– Eu espero você sair do banheiro – disse ela. O garoto a avaliou calmamente. – Eu fico quieta, Alvo, prometo que não vou mexer na sua guitarra como da outra vez. Juro de dedinho.

– Humm... – ele a encarou por mais um momento. – Tudo bem, quietinha. – Alvo praticamente se arrastou até o banheiro de seu quarto, gradativamente, de tanta preguiça.

Lily agarrou o controle da TV e começou a assistir seu desenho preferido. Como em todas as férias, ela acordava cedo só para assistir seus desenhos prediletos. Já seus irmãos, bom... Eles dormiam o dia todo se deixassem. James nem tanto. Ele sempre passava o dia lendo, trancado em seu quarto. Alvo tocava sua guitarra, ficava na internet, dormia novamente... Tocava sua guitarra e assim vai.

A garota avistou a mala do irmão, arrumada carinhosamente no dia anterior por sua mãe, Gina Weasley. E então ela foi lá mexer nela, claro. Abriu-a e olhou todos os livros que haviam dentro da mochila, e todas essas coisas de escola. Um caderno grande e preto, com uma guitarra estampada na capa(nossa, que surpresa) estava guardado cuidadosamente entre os vários livros; Defesa contra as Artes das Trevas, Poções, Adivinhação, Transfiguração, Herbologia... Também tinham muitas roupas, meias, e um pequeno tinteiro ao lado de algumas penas.

Ficou alguns minutos esperando que o irmão voltasse, ainda olhando suas coisas.

– Que parte do “quietinha” você não entendeu, pirralha? – Alvo se materializou às costas de Lily, fazendo-a tomar um susto.

Ela se levantou, fechou o zíper da mala e voltou à cama.

– Suas coisas são legais. – disse ela sorrindo. Ele revirou os olhos, sorrindo também.

– Ano que vem será sua vez, pirralha. É só ter um pouco mais de paciência. Afinal... Quem quer ir pra escola?

– Eu. – murmurou ela, incrédula.

– Se eu pudesse trocar de lugar contigo, Lily, eu ficaria mais um ano em casa, dormindo.

– Troque então. Eu quero ir para Hogwarts. Você não ouviu o papai falando? É a melhor escola de todas. Você não gosta? – ela levantou uma sobrancelha

– Gosto. Mas eu também gosto muito de dormir. – disse ele. Não que ele não quisesse ir para Hogwarts, ele só... Adorava ficar em casa. Sem tarefas, ou deveres, ou coisas do tipo. Afinal, ele tinha ouvido o pai falar do quanto as aulas de Poções eram chatas para ele. Mas que, ainda assim, era bom ir à Hogwarts.

– Será que o James já acordou? – falou Lily.

– Ah, acho bem difícil. – respondeu Alvo. Conhecendo bem o irmão, ele ainda estaria dormindo. Mas na verdade, TODO MUNDO AINDA ESTAVA DORMINDO, a pirralha que o tinha acordado. Santa paciência.

Ele já tinha se vestido, e tudo mais, então simplesmente foi ao quarto de James. Ora, já que ele teve de acordar cedo, alguém também deveria sofrer com isso.

– James – ele chamou uma vez, duas, três... Nada. – JAMES! – nada. – PORRA, JAMES, VOCÊ MORREU? – e então, Alvo foi de cara com o chão imediatamente. Quando levantou a cabeça, seu irmão estava em pé na porta, e agora, ele cheirava seus pés. – Mas que droga. – murmurou, levantando-se.

– A culpa não é minha se você teve a bela ideia de se encostar na porta. – James já estava arrumado e penteado.

– Bom dia para você também. – cuspiu Alvo, de mau humor.

James passou o braço por seu ombro, enquanto os dois andavam no corredor, indo até a escada. Lily passou correndo ao lado deles, e desceu os degraus em disparada.

Os garotos sentiram o cheiro de waffles vindo da cozinha, então, Alvo soube que era cada um por si. James saiu na velocidade da luz pelos degraus, largando o menino e quase arrancando seu pescoço fora ao retirar o braço.

– Puxa. – murmurou Alvo. Ele sabia que James amava waffles.

– Filho! – Gina Weasley, sua doce mãe, abriu um largo sorriso ao vê-lo ao pé da escada. Quando ele chegou na mesa, ela o abraçou muito forte. Gina era igual a sua mãe, Molly Weasley, uma mãe e esposa muito atenciosa e gentil. Muito dedicada à família. Ela vestia um vestido branco com detalhes laranjas essa manhã, os longos fios ruivos presos num nó.

– Mãe... – disse Alvo entre os dentes, sem fôlego. - Eu... to...sem – ela o soltou - Ar. – terminou ele, respirando bem fundo.

– Sentem-se. Seu pai já vai descer. – disse ela, colocando uma jarra de suco de abóbora na mesa. James se empanturrava de waffles.

– Parece até o Rony. – murmurou Harry para Gina, indicando James com a cabeça. O pai dos garotos havia descido para o café, e estava com um grande sorriso estampado no rosto, em pé à porta da cozinha.

– Harry! – Gina lhe deu um beijo no rosto. - Sente-se. Só faltam os benditos nuggets! Essa comida de trouxas... Nunca vi algo demorar tanto para assar. – Harry riu. Gina havia herdado a mesma característica de toda a sua família, claro, ela não sabia muita coisa do mundo trouxa, não como Harry sabia.

Harry Potter vestia um terno preto e uma gravata marrom para o trabalho. Ele ocupa o cargo de Auror no Ministério da Magia, e Gina, trabalha no Departamento de Controle das Criaturas Mágicas.

– Precisamos nos apressar para chegar à estação com antecedência. – murmurou Harry, folheando o Profeta Diário.

– Droga! Seu porco! Guloso. – Alvo se deparou com a bandeja de waffles vazia, e James com um semblante satisfeito no rosto.

– Não briguem, meninos. – disse Gina. – Preciso subir rapidinho. – Ela sempre tomava café antes de todo mundo, então, subiu para seu quarto e trocou o vestido pela roupa de trabalho; Uma saia apertada que vinha até os joelhos, uma camisa branca com botões e uma jaqueta cinza.

Alguns minutos depois, ela desceu. Seus longos e ruivos cabelos agora continuavam amarrados, mas por um coque bem feito ao invés do nó que sempre fazia quando estava em casa.

– Vamos? – perguntou ela, encostando-se na mesa, com a bolsa à mão. Lily balançou a cabeça, enquanto guardava uma maçã no bolso. A menina estava mais animada que qualquer um ali. – James e Alvo, peguem a Genevieve e o Oliver lá fora.

James entrou no carro com uma gaiola na mão. Sua coruja se chamava Genevieve, ela era marrom com algumas penas branquinhas, e grandes e esbugalhados olhos verdes. Alvo trazia seu gato, Oliver, no braço. Ele era preto e branco e tinha olhos cor de mel. Oliver rosnou para Genevieve quando os garotos sentaram no banco de trás.

Genevieve e Oliver não se bicavam; Oliver estava sempre espreitando na gaiola da coruja para atacá-la. James olhou ameaçadoramente para o gato.

– Alvo.

– O quê? – murmurou ele.

– Mantenha esse gato pilantra longe da Genevieve. – Alvo revirou os olhos. Ah, por favor. Todo mundo sabe que um gato é muito mais legal que uma coruja. Além do mais, havia uma coisa que o garoto adorava em seu animal de estimação: ele sempre podia contar com ele para uma soneca.

– Não se preocupe, James. – disse Alvo. - Ele não vai tocar uma pena da sua preciosa coruja. – ele acrescentou um tom teatral na última frase.

– Afastem! – Lily abriu a porta esquerda do carro, onde Alvo estava encostado.

– Ah não! Você vai no meio, pirralha. – A garota pulou por cima do colo do irmão, aconchegando-se na parte do meio do banco.

[...]

Harry dobrou a esquina e entrou numa rua movimentada de Londres. Estacionou o carro, e então todos desceram, carregando as bagagens. Caminharam até a estação de trem, com as malas arrastando no chão, então chegaram até o portal, entre as plataformas nove e dez.

James atravessou a parede, mas Alvo paralisou por um instante. Então Harry colocou uma mão em seu ombro e disse “Juntos”. O garoto balançou a cabeça e eles foram, Gina e Lily logo atrás.

Plataforma 9¾

Harry encarou a placa da plataforma, recordando tudo mais uma vez. Ele fechou os olhos por um momento e se permitiu lembrar. Lembrou da primeira vez que estivera ali, da primeira vez que atravessara aquele portal. Lembrou-se de Rony ao seu lado, bem como todos os Weasleys. Logo, ele abriu os olhos novamente.

– Querido, venha! Já está na hora do trem sair! – Gina estava alguns passos à frente dele, com os filhos em seus calcanhares. Harry apertou o passo, então viu Draco Malfoy e sua esposa, embarcando seu filho no trem.

As crianças observaram muitos garotos de sua idade passando com corujas e vassouras, acompanhados pelos pais.

Harry viu Hermione e Rony logo à frente. Hermione falava com sua filha, lhe fazendo as últimas recomendações que uma mãe sempre faz. Ela deu um beijo na garota pálida e ruiva e a abraçou. Harry então voltou sua atenção para seus filhos.

– Vamos – murmurou ele para todos. Porém, Alvo abaixou para amarrar os cadarços, e Harry soube o que iria fazer. Lançou um olhar para Gina e então, ela seguiu em frente, deixando-o para trás com o garoto. Abaixou-se e ajudou-o a amarrar seu cadarço.

– Pai. – falou Alvo. Harry levantou o rosto para ele. – E se eu for pra Sonserina? – Harry o encarou.

– Alvo Severo Potter. – falou seu nome devagar. – Você recebeu o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era da Sonserina. Foi o homem mais corajoso que já conheci.

– Mas digamos que eu vá – continuou o menino.

– Então a Casa da Sonserina ganhará um maravilhoso jovem bruxo. – disse Harry imediatamente. – Mas, escute. Se para você significa muito, você pode escolher a Grifinória. O chapéu seletor leva a sua opinião em consideração.

– Sério? – questionou Alvo, abrindo um sorriso meio torto no canto da boca.

– Sério. – confirmou o pai, olhando nos olhos dele.

O apito do trem soou, estava na hora.

– Pronto?

– Pronto. – disse o garoto, e os dois se colocaram de pé.

Harry puxou ele, e então o abraçou.

– Vocês dois! – gritou Gina, em frente ao trem. Harry foi até James, e o abraçou também.

– Cuida do cabeça dura do seu irmão. – e afagou os cabelos castanhos dele. James sorriu.

– Pode deixar, pai. – murmurou ele por entre os dentes, com o ar de convencido. – Você sabe quem manda. – disse, todo orgulhoso.

– Ah, vai nessa. – Alvo passou perto deles, pegando a mala, e logo depois de se despedir da mãe e de Lily, entrou no trem.

Os meninos foram para uma cabine onde sua prima Rose, a filha mais velha de Rony e Hermione, já havia entrado. Eles se conheciam desde sempre.

– Oi, Rose. – murmurou James, abrindo um sorriso para a menina.

– Oi James. Alvo. – respondeu ela, sorrindo também.

– Oi, Rose. – disse Alvo, sentando-se em frente à garota, ao lado de James.

O lugar estava uma loucura. Murmúrios, malas arrastando no corredor do trem e muitos animais, por toda parte. Desde sapos à corujas, e assim por diante. Um sapo pulou na janela e pousou na mão de Rose.

A mãe da garota sorriu lá fora, emocionando-se. Todos eles estavam emocionados. Seus filhos estavam a caminho de Hogwarts.

– Tchau! Tchau! – os murmúrios soavam de fora para dentro das cabines e vice-versa.

E então, o trem partiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então né galera, bom, assim que eu escrever mais, posto aqui. Infelizmente vai ter que ficar pra depois, porque semana que vem eu vou ter prova e preciso estudar muito. Beijão pra quem ta ai do outro lado lendo. Tomara que vocês gostem >< Bom fim de semana pra todo mundo e fiquem com Deus o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nineteen Years Later" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.