Naruto: Masashi Kishimoto

 

Universo Alternativo

 

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  Hinata’s POV

Ah... Aqui estou novamente debruçada sobre este parapeito de janela.  Mais uma vez olhando para as árvores que balançam com o vento, olhando para o pequeno brilho das estrelas, esperando.

 

Sim, esperando.

 

Esperando novamente ver a Pessoa que amo.

 

Meu amado passará  pela rua ao fim das nove horas. Seu trabalho acaba por esta hora.

 Sempre espero para vê-lo passa, apesar da rua ser um pouco feia perante sua beleza.

Ah... Lá vai ele... Sorrindo como sempre, seus olhos azuis como o céu, cabelos dourados como o Sol vívido que nos ilumina, sorriso radiante e acolhedor e sempre fazendo gracinhas. Este é o meu amor.

 

-Hinataa-chan! Hei, Hinata-chan!

 

-Na-Naruto-kun... Não faça barulho, por favor! A R-Rua toda v-vai a-acordar!

 

Porque será que eu gaguejo tanto?

 

-Mas...! Está bem, boa noite, Hinata-chan! – Naruto adentrou ao bosque que se avizinha com minha casa. Ah, como ele é bonito... Pena que ele não me repara. Seus olhos são apenas da jovem Haruno, não olharás para mim desejando namorar-me, sei disso.

 

Sei que é porque eu sou tímida e não consigo conversar direito...

 

Gostaria de encorajar-me e entrar no seu bosque, bater-lhe á porta e dizer-lhe que o amo. Seria tão bom... Ainda mais por causa de sua solidão, naquele bosque ele vive sozinho, isolado e tristonho. Talvez por não ter família. Gostaria de ser sua família, tirá-lo da solidão.

 

Bom, já deu minha hora, devo dormir agora e acordar cedo para ir á missa.

 

Corri ao escritório de meu pai.

 

-Senhor... A benção.

 

-Deus te abençoe, minha filha. – Disse meu pai, sem desviar o olhar de seu serviço, apesar de ter um tom carinhoso em sua rouca e cansada voz.

 

-Boa Noite.

 

-Sonhe com os anjos.

 

Na certa que sonharei, com um anjo dourado como a manhã.

 

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Que bom, não me atrasarei... Acordei trinta minutos antes do previsto.

 

Espero que Naruto-kun vá á missa hoje.

 

Vesti meu vestido perolado e desci para encontrar Hanabi e juntas caminharmos para...

 

-Meu pai, onde está Hanabi?

 

-Já foi, com aquele sujeito – papai fez uma careta – Konohamaru. E seus amigos. Hanabi disse que preferia ficar em casa, mas prefiro que ela vá a missa com eles á que fique em casa e se esqueça de louvar á Deus...

 

-Sim, senhor. Estou saindo. – Caminhei para fora de casa calmamente.

 

Eu estava tão absorta em pensamentos... Certo, pensava novamente em naruto, mas o que se pode fazer quando existe alguém tão... Ah, não consigo nem...

 

-Á FRENTE, MOÇA!

 

-O que...? – Num reflexo eu virei-me e deparei-me com uma charrete descontrolada. Pulei para o lado, deixando a charrete passar e machucando o joelho.

 

-Ai... Mas que diabo... Vou me atrasar para a missa... – Xinguei baixinho, levantando um pouco a saia do vestido longo e verificando o machucado. Era um pouco fundo. – Não me agüento, justo hoje... – Reclamei.

 

- ‘Marinheiro, Marinheiro. Marinheiro de amargura... Por tua causa, Marinheiro, vou baixar á...’ Hinata-chan? – Ouvi aquela voz alegre cantando e me chamando. Foi até um pouco engraçado, mas envergonhada abaixei meu vestido, rubra feito tomate.

 

-Naru...To...

 

-Está aí caída no chão em hora de missão porque?

 

-B-Bom... Caí e machuquei meu joelho.

 

-Mas que diabo! Vai se atrasar para a missa... Deixa que eu te ajude – Meu amor ofereceu-me a mão. Engraçado que foi exatamente o que eu disse...

 

-Não precisa... Vai atrasar-se... Dou um jeito.

 

-Não seja boba e, aliás... O Padre sempre atrasa uns minutos, dizem que ele é meio... – Naruto girou dois dedos ao lado da cabeça, fazendo careta.

 

-Quer dizer... Trongola? – perguntei, rindo baixinho.

 

-Você entendeu. – Aceitei sua ajuda e ele me sentou num banco de gesso branco numa pracinha bonita ali perto. Tirou um lenço de seu bolso e me entregou. – Coloque na ferida. – Disse virando-se de costas, envergonhado.

 

-Hehe... – Ri baixinho. Era engraçado ver um homem com vergonha. Estanquei o pouco sangue que saia e me levantei. – Já posso andar...

 

-Hinata-chan... Hinata-chan... Não ‘ta mais gaguejando!

 

-Gague... – Me dei conta disso só agora! Não estava gaguejando mesmo! – Ah... - envergonhada, virei o rosto.

 

-Não há problema, vamos – ele me estendeu a mão e, mancando, seguimos para a Santa Igreja.

 

As meninas que passavam cochichavam, rindo. Naruto não havia reparado, mas eu reparei. Parecíamos namorados.

 

-Naruto-kun, nós...

 

-Vamos entrar, certo? – paramos em frente á Igreja. – Damas primeiro – naruto abriu á porta e me deu espaço, como um cavalheiro há de fazer. Um homem perfeito, esse Naruto.

 

Acabou a missa e eu tive de correr ao mercado, porém Naruto estava atarefado.

 

Uma pena... Hoje foi o melhor dia da minha vida. Até agora.

 

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Ah, que benção. Ja é domingo novamente! Deus queira que cruze com Naruto-kun novamente, Deus queira!

 

Saí de casa, agora com um vestido azul-claro. Nunca usei vestidos que não fossem perolados, nem usei meu cabelo solto como hoje.

 

Se o Naruto perceber, estarei realizada.

 

Saí calmamente, caminhando pelo caminho do bosque, o atalho que eu tomava no dia que caí. Afinal, de quem era aquela charrete?

 

-‘Se essa rua, se essa rua fosse minha...’ Alô Hinata-chan!

 

-Naruto-kun, bom dia.

 

-Desta vez está inteira?

 

-Aparentemente sim, bobo.

 

 -Hinata-chan está bonita hoje! – exclamou Naruto, sorrindo. Eu corei até a raiz do cabelo.

 

- N-Nah... Não diga i-isso... – Gaguejei de qualquer jeito.

                       

-Hinata-chan, precisa mesmo ir á missa hoje?

 

-S-Sim... Naruto-kun... Eu preciso... – Eu realmente precisava ir, mas aquele sorriso radiante me fez pensar duas vezes – Porque?

 

-Porque hoje... Hoje eu tenho uns tostões á mais para gastar contigo no cinema.

 

-M-Mas... Naruto-kun venha comigo á Igreja hoje que depois vou contigo ao cinema. – Aquilo foi um convite? Quase não paro de pé.

 

-Certo, certo. Vamos então. – Ambos rumamos á Santa Igreja, em que logo depois da missa, Naruto-kun ficou uns minutos á mais.

 

-Naruto-kun? Terminou?

 

-Sim – disse, sorrindo.

 

-O... O que você pedia?

 

-Pedia para que você não me rejeitasse.

 

-Re-rejeitasse?

 

-Sim, afinal, um pedido desses rejeitado me magoaria muito.

 

-Pedido? – Corei muito, mesmo não sabendo do que se tratava.

 

-Hinata-chan, namora comigo?

 

-... Sim! – Quase enfartei, meu coração parou por prováveis três batidas. Parecia que desmaiaria a qualquer momento, Mas antes meu anjo me abraçou sorrindo, com alegria emanando de seus poros.

 

Sim, meu anjo. Porque agora ele é só meu.

 

Às vezes é bom ir á missa. Anjos te protegem e te fazem feliz, você ganha um namorado...

 Depois de hoje, eu farei sempre esse atalho. Sempre á mesma hora e sempre cantarolando. Afinal, meu humor deve estar bom num Domingo de Missa.