Ela não está tão a fim de você escrita por ariiuu


Capítulo 4
Quando os sentimentos são superados


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas pelo atraso. Quase duas semanas eu acho... Tive que viajar às pressas e não tive como escrever. Já são mais de três anos nessa rotina de viagem a trabalho e infelizmente quem sofre são os leitores que acompanham as fics que posto. E como eu gosto de postar um capítulo por semana, me sinto mal por demorar. Espero que me perdoem pelo atraso :/
Esse capítulo está bem engraçado. Espero que gostem.
Não reparem nos erros por enquanto. Depois eu conserto =D
Divirtam-se!



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“Amor não é aquilo que te leva às nuvens e te deixa no céu. O nome disso é avião. Amor é outra coisa.”

Já havia se passado dois dias desde que Nami deixara a república e os amigos.

Era exatamente cinco da tarde e a ruiva acabava de entrar no campus da universidade. O tempo estava nublado e também ventava forte.

Indícios de chuva, fizeram com que ela quase abrisse o guarda-chuva que estava em sua bolsa, mas por enquanto, o capuz de seu sobretudo cinza escondia seu rosto dos supostos pingos de chuva.

Por baixo do capuz, os longos cachos ondulados balançavam com o ritmo do vento.

Ela olhou o relógio e viu que estava atrasada. Precisava terminar um trabalho de uma das disciplinas mais difíceis do curso, mas necessitava consultar alguns livros importantes dentro de uma sessão especial da biblioteca do campus.

O vento estava tão forte, que ela foi obrigada a fechar os olhos por alguns momentos enquanto corria, o que ocasionou uma situação inesperada.

Ela esbarrou fortemente numa pessoa e ambos caíram no chão.

– Aah, me desculpe... – Ela esfregou os olhos, abrindo-os com certa dificuldade.

Sem problemas... Não é a primeira vez que você esbarra em mim...

A voz extremamente familiar lhe causou uma sensação surpreendente.

Quando Nami encarou o sujeito em sua frente...

Um susto.

Seus olhos acenderam. Suas pernas tremeram. Seu estômago se contraiu. Sua respiração engatou. Seu coração disparou.

O silêncio pairou entre ambos.

O sujeito sorriu ternamente para ela.

Há quanto tempo Nami...

A voz tão firme e calorosa.

...

Portgas D. Ace

...

– Ace...? – Seus lábios se moveram, chamando o nome dele quase como um sussurro.

Ele rapidamente se levantou e logo depois...

Estendeu a mão para ajudá-la a se levantar.

Sem perceber, Nami devolveu o olhar de modo colérico. O furor de seus limites. O ponto culminante de sua ira.

Quando a ruiva mirou os olhos dele, ela se recordou de cada grama de dor. Cada lágrima derramada. Cada choro reprimido. Cada vez que seu semblante se desmanchou em tristeza e suplício pelo fato de tê-la deixado. Todas as vezes em que ela foi consumida pela dor.

Quantas noites sem dormir? Quanto tempo perdido pensando no porquê...

Embora o que sentisse fosse tão doloroso e compreensivo, ela pensou que o baque de reencontrá-lo seria muito maior.

Em dois anos ela havia conseguido amenizar a dor? Em dois anos ela conseguiu drenar grande parte da desolação que lhe afligia?

– Nami...? – Ele chamou o nome dela, esperando que a mesma lhe dissesse alguma coisa ou mesmo expressasse algo que não lhe fizesse continuar constrangido ao permanecer com a mão estendida.

Ela hesitou no começo, mas decidiu dentro de si mesma que novamente...

Pegaria sua mão.

Um aperto forte pode ser sentido quando os dedos dela pressionaram a mão dele.

E então o moreno ajudou-a se levantar.

E agora os dois estavam frente a frente...

Depois de dois anos.

O rapaz trajava um terno totalmente negro. Por que ele estava vestido daquele jeito?

A feição dele era complicada. Ace não sabia se deveria ser simpático como de costume ou se deveria dizer algo sobre tudo que havia acontecido entre ambos.

Nami percebeu.

Era estranho reencontrá-lo naquelas circunstâncias e ainda ter de dizer algo depois de tanto tempo.

Como deveria agir?

Dizer tudo o que tinha dentro de seu peito? Explodir com tudo e despejar nele todo o sofrimento que sentiu ou simplesmente...

Agir como se nada tivesse acontecido...?

A expressão de Ace se rompeu em remorso... Martírio... O que deveria dizer à ela depois de todo aquele tempo?

O silêncio era opressivo. Um clima tão intenso e pesado. Uma situação assustadoramente complicada.

Mas Nami já havia decidido o que fazer.

A feição assombrosamente macabra tomou conta do rosto dela. Uma aura negra de vingança. Ódio e fúria. Ele sentia como se o evento de dois anos fosse uma tragédia fatal.

Ela mirou-o com precisão. Seus olhos congelados. A horripilante sensação assassina.

– Ace... – Ela replicou nebulosamente medonha para logo depois...

...

Agarrá-lo num abraço.

...

Ele pôde sentir tudo quase que em câmera lenta.

Os braços dela cingiram seu corpo. Seu rosto delicadamente encostou-se no dele.

Uma aproximação que ele jamais sonharia em ter depois de tudo.

– Nami...? – Ele perguntou duvidoso. Por que depois de tudo ela resolveu abraça-lo tão afetuosamente?

– É melhor que você não diga nada por enquanto, a menos que queira ser decapitado aqui mesmo. Você vai virar piada nos noticiários se for assassinado pela ruiva do curso de Geologia.

A garota respondeu comicamente e por um momento ele quis rir.

Ace se sentiu aliviado. Nami parecia em paz depois de tudo... E ele sabia que realmente poderia confiar em sua sinceridade.

Ele correspondeu ao abraço e a apertou com força. Quanto tempo sonhou em sentir novamente aquele perfume cítrico de laranja e tão particular que ela tinha?

Nami comprovou a si mesma que boa parte da ferida havia cicatrizado. E o mais impressionante era ter total controle de seu coração em relação aos sentimentos que nutria por ele. Ela não esperava que a realidade depois de reencontrá-lo fosse menos dolorosa do que imaginou.

– Por que voltou...? – Indagou no mesmo instante.

– Isso... É uma longa história... – Ele respondeu em tom melancólico.

– Eu mereço saber...? – Contestou ousada.

– Sim... – Ele confirmou.

– Então fizemos um progresso nesse reencontro...

– Assim espero...

– Mas há algo que preciso fazer antes de tudo...

– E o que seria...? – Ele contrapôs extremamente curioso depois de perceber que a ruiva desfez o abraço.

Ela se moveu gentilmente e então...

Lhe deu um soco potente no estômago.

O impacto foi tão forte, que ele não somente caiu no chão como também se encolheu no mesmo instante.

– O-o que você... – Ele retorquiu quase que silenciosamente, tentando recuperar o ar que perdera com a pancada.

– Você não sabe o quanto eu quis fazer isso! Pensei nessa cena mais de mil vezes e adivinha!? Ela saiu muito melhor do que desejei! Obrigada por realizar o meu sonho! – Nami sorriu malignamente vingativa.

Ace ainda tentava se recuperar do soco e da surpresa.

Agora era Nami quem estendia a mão.

– Estamos quites e obrigada pelo soco! – Ela sorriu.

– D-disponha... – Ele respondeu enquanto tentava se recompor.



=====


Um dos bares perto do grande prédio onde trabalhara era o lugar perfeito para relaxar depois do expediente.

Law se encontrava no balcão. Bebia algumas doses de tequila enquanto tentava espairecer.

Espairecer = Pensar na misteriosa ruiva que lhe hipnotizou e desapareceu, lhe deixando altas expectativas.

A sensação de pensar em reencontrá-la era extremamente prazerosa.

– E aí cara!

A voz infernal novamente invadindo seus tímpanos e lhe provocando náuseas...

– Kid...

– Já faz três dias que você não me azucrina. O que tá pegando? – O ruivo sentou no banco ao lado.

– Trabalho. Acho que isso resume tudo, não acha? – Respondeu indiferente.

– Trabalho...? Eu não acredito nisso, mas quem sabe não seja por causa daquela ruiva gata que te deu um fora!? – Ele contestou cínico.

– Muito engraçado. – Law fez cara de reprovação.

– Claro que é! Você me provocou tanto por causa daquela cachorra da Domino, que agora é a minha vez de te provocar.

– Certo. Mas não hoje. Estou sem paciência, então por favor, suma daqui. – O cirurgião replicou suavemente enquanto delibava outro gole de tequila.

– Ohh amigo, eu estou aqui para te ajudar! – Kid agarrou o ombro do moreno.

– Então comece agora, sumindo daqui até eu contar até um.

– Você não precisa sofrer sozinho, Law! Você tomou um fora e agora está louco por essa garota, por isso está aqui, enchendo a cara! E quando os amigos tomam um fora, nós ficamos bêbados junto com ele! – O ruivo dizia tudo animadamente.

– Se você se embebedar, eu vou te deixar sozinho nesse bar. Se lembra da última vez...? Você subiu no balcão e começou a fazer strip-tease, e então flertou com um travesti, pensando que era uma mulher. A conclusão? Você acordou na cama dele no dia seguinte e com o traseiro dolorido. – Law sorriu de modo petulante, insinuando coisas ao amigo.

– Esqueça esse dia trágico da minha vida e vamos beber! Então me diga... Você já tem algum plano...?

– Não só tenho, como vou executá-lo depois de amanhã.

– E o que seria...?

– Nada demais...

E então Trafalgar Law sorriu completamente sombrio.

=====

Já era terça-feira. Nami estava cansada depois de um dia inteiro de trabalho e estudo. Tudo o que ela queria era entrar em seu apartamento, tomar um banho caprichoso, comer e capotar em sua cama quentinha.

Depois de reencontrar com Ace no campus no dia anterior, ambos fizeram as pazes e resolveram esquecer tudo até que pudessem ter um tempo para conversarem melhor.

Tudo estava em paz...

O elevador parou e as portas se abriram. Assim que saiu, a ruiva pegou a chave do apartamento, abrindo a porta logo em seguida, para logo depois dar de cara com...

– ALGUÉM VIU A MOSTARDA!? ELA COSTUMAVA FICAR NA GELADEIRA!

– ME PASSA AS FORMAS DE GELO PRA EU COLOCAR NOS COPOS!

– SERÁ QUE VOCÊS PODERIAM FAZER MENOS BARULHO!? QUEREMOS OUVIR O JOGO DE BASQUETE!?

Ela fez uma careta terrível quando viu que todos os seus amigos tinham invadido o apartamento.

Sua cabeça estava a mil. Ela estava exausta, suja e com fome.

O pandemônio continuou mesmo depois de a mesma estar em frente a porta...

1, 2, 3... Ela respirou, aspirou, respirou, aspirou e...

...

O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI!????????????????

...

Nami berrou, fazendo com que todos paralisassem e gelassem na hora.

– Nós viemos ver o jogo de basquete aqui por que a TV é de 50 polegad-

– Cala a boca seu idiota! – Usopp deu uma bofetada na cabeça de Luffy. Uma gota escorria pela testa de cada um deles.

– O-oi Nami, nós viemos fazer uma visita, então a sua irmã nos deixou entrar e fazer algo gostoso pra você comer... – Koala tentou explicar, mas o monstro de cabelos ruivos não parecia ter a mínima vontade de entender.

– ISSO NÃO É MOTIVO PARA FAZEREM ESSA ALGAZARRA TODA AQUI E-

– Cara, eu não sabia que você fazia motocross por profissão. Deve ser interessante.

– É sim. Adoro correr esse tipo de risco.

Vozes masculinas... Risos masculinos...

Nami podia jurar que não tinha visto aquela cena e até se beliscou pra ter certeza se era real.

Ace estava ali. Mas não somente ele...

Zoro e Sanji também estavam. E ambos conversavam animadamente.

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI!?

Hã...!? – Eles disseram em uníssono.

– Você está se referindo à mim...? – Ace perguntava na maior cara de pau.

– Não, ela está se referindo à mim. – Zoro afirmou convicto e com raiva.

– Calem a boca seus bastardos! Ela está se referindo à mim, não é mesmo Nami-Swan!?

– Quando pedi pra você trazer o material do estágio, era pra ter deixado lá na portaria! Por que você está aqui dentro!? – Nami gritava, obviamente com o esverdeado enquanto mantinha a mão estendida, empurrando a cara de Sanji para longe dela.

– Bem... Seus amigos me viram e me convidaram para essa festinha. Eu recusei, claro...

Um silêncio pairou ao redor de todos.

Vocês trouxeram cerveja!?

– SIM! – As meninas responderam alto.

FORA JÁ DAQUI ZORO! – Nami começou a jogar todos os objetos que encontrou pela frente na cara do esverdeado.

– Por quê!? – Ele a encarou furioso enquanto se desviava das ‘armas improvisadas’.

– Por que você não vai beber aqui!

– Qual o problema sua bruxa!?

– O problema é que eu não estou a fim de servir de babá pra um marmanjo entrando na ressaca ainda bêbado!

– EU NÃO FICO BÊBADO DE RESSACA SUA ANTA!

– FICA SIM! E SEMPRE SOBRA PRA MIM!

– PARE DE GRITAR COMIGO NA FRENTE DOS SEUS AMIGOS!

– ENTÃO CAIA LOGO FORA DAQUI!

– Pare de gritar Nami... Os vizinhos já estão reclamando com o síndico sobre seus surtos de TPM... – Nojiko adentrava em seu apartamento.

– Por que você deixou eles entrarem!? – Ela gritava enquanto sua expressão monstruosa assustava a todos ao redor.

– Qual o problema? São seus amigos. Estavam com saudades e resolveram fazer uma surpresa.

– Surpresa é? Surpresa desagradável! Eu estou ocupada com os trabalhos da faculdade e do estágio! Você é uma irmã irresponsável! Vou avisar Bellemere sobre isso! – Ela apontava o dedo para a irmã que mostrava a língua só para provoca-la.

– A propósito, entregaram isso lá na recepção. É pra você. – Nojiko depositou um envelope preto nas mãos da ruiva.

Ela sequer olhou para o papel embrulhado, tacando-o em cima do sofá com raiva.

– Eu não quero saber! Vou tomar banho por que estou cansada! – E então Nami saiu bufando da sala.

– Por que ela está tão nervosa? – Shirahoshi perguntava à Koala.

– Deve ser só stress dos estudos e do trabalho.



=====

– Uma cesta de três pontos! Esses caras são páreo duro!!!

– Eles não são de nada! – Luffy mostrava língua pra TV enquanto via seu time perder.

– Vai lá! Você consegue! – Usopp e Sabo gritavam feito loucos.

– Koala-Chan, me passe o tempero de legumes para eu finalizar o molho. – Sanji praticamente assumiu a cozinha depois de ver a bagunça que as garotas estavam fazendo.

Luffy babava enquanto sentia o cheiro delicioso da comida, porém...

Sem querer olhou de relance para o envelope preto que estava jogado em cima do sofá e então...

Rapidamente ele o rasgou e logo começou a ler em voz alta o que estava escrito no papel.

“Olá, senhorita Nami. Venho por meio deste bilhete lhe dizer que você não teve êxito em seu plano de me matar de tédio, e eu adorei a apresentação do circo, porém, devo lhe advertir que terá de sair comigo na próxima quinta-feira para jantarmos no La revoir às 21h. Já fiz as reservas. Mandarei meu motorista ir busca-la às 20:30h. Esteja linda e não se atrase.”

Todos olharam para a cara do garoto...

Pasmados...

LUFFY QUEM ESCREVEU ISSO!!? – Todos praticamente voaram em cima dele, tentando tomar o papel de suas mãos.

– Saiam de cima de mim!!!

Enquanto todos se jogavam em cima dele, Ace e Zoro se encontravam espantados com o conteúdo do papel. Nami estava saindo com alguém?

– O QUE TÁ ESCRITO NO FINAL DO BILHETE!!? – Cada um deles segurou braço e perna do garoto, apenas para arrancarem o bilhete da mão dele.

– LARGUE LOGO ESSE PAPEL LUFFY!!! – Sanji, que já havia jogado todas as panelas para cima e saído voado da cozinha, puxava o braço do garoto com força.

– Me soltem!!!

Todos se embolaram em cima de Luffy. O bolo de pessoas então se desequilibrou e todos caíram no chão.

– Peguei! – Koala retirou a força o papel da mão de Luffy, se desvencilhou de todos e rapidamente procurou ler tudo o que estava escrito.

– Eu sabia! O nome do sujeito está escrito no final!

– E qual é o nome dele!? – As meninas perguntaram afoitas enquanto se levantavam do chão.

TRAFALGAR LAW!

A ruiva, acabara de sair do banheiro e caminhava para a sala. Ela segurava uma toalha enquanto secava as pontas dos cabelos úmidos.

Quando a mesma entrou na sala, todos a olharam abismados.

– Hã...? O que tá pegando...?

– Nami, quem é Trafalgar Law!!? – Koala perguntava animada.

– Quem?

– Trafalgar Law! – Ela repetiu animada.

– Quem diabos é Trafalgar Law!? Por que eu deveria saber!? – A ruiva respondeu sem interesse algum.

– Por que ele te convidou para jantar! – Koala redarguiu cinicamente enquanto mostrava o papel.

– O quê!? Vocês estão malucos!? Eu não conheço ninguém com esse nome que tenha me chamado para jantar!

– Então como você explica esse bilhete? – A amiga depositou o papel nas mãos dela e desconfiada, Nami na mesma hora começou a ler.

Após terminar, seus olhos arregalaram de forma impressionante.

Todos atentaram para a expressão de espanto da ruiva.

– Não acredito que esse idiota me achou... – Ela cochichou pra si mesma.

– Então você o conhece!? Quem é ele!?

– Bem... É uma história complicada...

– Você está saindo com ele!? Por que não nos disse nada!!? – Vivi praticamente interrogou a garota de modo voraz.

– NAMI-SWAAAAAAN!!! POR QUÊ!?? – Sanji choramingava desesperado.

– Esperem... Eu não estou saindo com ninguém, e... Caramba... Então o nome dele é Trafalgar Law...? Mas... Espere! Eu juro que já ouvi esse nome em algum lugar!

– Não seja por isso! Vamos pesquisar na internet! De repente achamos alguma rede social dele! – Koala correu e abriu o notebook em cima da mesa.

Zoro continuou tomando sua bebida em silêncio, porém atento.

Ace também ficou atento à tudo que era dito, afinal... Não era normal que sua ex-namorada estivesse saindo com alguém que ela... Sequer sabia o nome...

– Gente!!! Eu acabei de achar um texto sobre ele na Wikipedia!

– O quê!? Como assim Wikipedia!? Ele é tão importante assim!? – As meninas se reuniram ao redor de Koala para ver.

– Ele é um renomado médico cardiologista e cirurgião, que já realizou centenas de cirurgias complexas. Estudou na melhor universidade de medicina do país. E ele também já trabalhou como colaborador no... Maior instituto de pesquisa na área de medicina do continente...

– Nossa...

– Impressionante...

– Ele só tem 26 anos e... MEU DEUS!!!

– O quê!? Ele na verdade é casado e tem quatro filhos!? – Nami perguntou sarcástica.

– Não... Ele só é herdeiro de uma das maiores fortunas do país!!!

– Isso é sério!? – Usopp perguntou pasmado.

– Nami... O seu admirador é nada mais nada menos do que... UM MILIONÁRIO!

O QUÊÊÊ!?

Ohohohohoho isso é ótimo Nami! Seus problemas com dinheiro finalmente acabaram!

– CALA ESSA BOCA ANTES QUE EU ENTERRE ESSE CONTROLE REMOTO NA SUA GARGANTA! – Nami dava uma chave de braço em Luffy enquanto socava sua cara freneticamente.

– Esse cara é um sortudo... – Ace pensava enquanto vislumbrava secretamente e silenciosamente sua ex-namorada.

– Esse cara é um azarado... – Zoro pensava enquanto bebia mais um gole de cerveja, atentando para as feições diabólicas da ruiva.


======


La Revoir. 21:07h.

Trafalgar Law esperava exatamente na mesa onde tinha reservado para jantar com a ruiva. Ele estava totalmente elegante naquela noite. Prova disso era como todas as mulheres que se encontravam no restaurante olhavam sem discrição nenhuma para o sedutor cirurgião.

Law trajava um camisa social preta e um colete acinzentado por cima. O restante do traje também era da tonalidade preta.

Seus cabelos estavam um pouco mais arrumados, diferenciando seu aspecto natural.

Ele estava impaciente e um tanto ansioso. Estava convicto de que a ruiva apareceria.

Ela tinha de aparecer.

Mas no mesmo instante, uma presença feminina rapidamente foi notada e então, a mão delicada tocou o ombro dele em cumprimento.

– Ora... Vejo que está perdido esta noite...

Quando o moreno virou o rosto para vislumbrar a dona daquela voz tão sensual, tomou um susto com o que vira.

Jewelry Bonney...?

– Laaaaw, há quanto tempo!!! Senti saudades!!! – A espalhafatosa garota de longos cabelos lisos e rosados abraçou-o com tanta força que o mesmo perdeu a respiração imediatamente, além de fazer uma careta horrível.

– Você quer me matar!? Me largue agora! – Repreendeu com raiva enquanto a empurrava para longe. A linda garota se encontrava perfeitamente esbelta num vestido rodado preto, sapatilhas da mesma cor e um arco com uma flor de cor neutra, dando uma aparência mais sofisticado ao seu rosto.

– Você é tão mau! Já faz tempo que não nos vemos... – Bonney esbanjou um beicinho fofo no ímpeto de comovê-lo, enquanto puxava uma cadeira e sentava junto dele à mesa.

– Sei... Você só sente saudades quando precisa de algum favor. O que você quer agora? Não me diga que vai me fazer encomendar frutos do mar para os seus pratos insanos? Aliás, será que você não pensa em mais nada além de comida? Pra onde vai as toneladas que você come!? – Replicou indignado.

– Nunca ouviu falar da lenda de mulheres que não possuem tendência para engordar? Você é médico. Devia saber.

– Isso se aplica a pessoas que comem muito e não pessoas que comem compulsivamente o tempo todo e não engordam.

– Larga do meu pé, tá!? Eu não quero nenhum favor... Ainda... Mas o que você tá fazendo a essa hora aqui e sozinho?

– Estou esperando uma pessoa.

– Uma pessoa? Espera aí... É uma mulher!? – A rosada arregalou os olhos.

– Sim. – Respondeu ríspido.

– Aaaaaaaaaaaah!!? Eu não acredito!!! Você marcou um encontro!!? – Ela perguntou em alto tom e muito empolgada.

– Sim, mas as pessoas não precisam saber... Fale mais baixo. – Retorquiu friamente.

– Law, isso é ótimo!!! Você finalmente está saindo com alguém de verdade!? Não é só mais um caso de levar pra cama e jogar fora no dia seguinte!? Eu estou feliz por você meu amigo! – E então ela se levantou da cadeira e o abraçou com carinho, numa espécie de parabenizarão.

– Pare de dar escândalos e saia de perto de mim agora! Se ela chegar e ver que tem uma capivara com microfobia me agarrando, vai achar que sou igual!

– Ooh não! Eu não vou estragar a chance que você está tendo de arrumar uma namorada, casar e formar uma família de verdade! Eu vou embora agora mesmo!

– Casar...? Formar uma família...? De onde tirou isso...? Será que você não está apressando as coisas? – Ele sorriu estranhamente insano. Nem mesmo ele havia digerido tal mensagem.

– Não! Eu sei que dessa vez vai dar certo! Se VOCÊ está interessado nela, então é certeza que num futuro bem próximo você será um homem casado! Só não se esqueça de me convidar para o casório, por que eu adoro bolos e docinhos de casamento!

– Jewelry Bonney, saia já daqui antes que eu me arrependa de não ter colocado água sanitária na sua bebida na última festa! – Ele replicou colericamente.

– Tá! Tá, seu chato! Mas amanhã quero todos os detalhes! Me ligue de manhã! Vou ficar até o meio dia no restaurante! Aah... E capivara com ¹microfobia é a sua mãe! – E então a rosada sorriu enquanto saia do estabelecimento onde trabalhava como degustadora.

Law suspirou aliviado. Nada e nem ninguém poderia estragar aquela noite.

A noite onde ele reencontraria aquela que havia lhe feito dormir todas as noites... Apenas para sonhar com ela.


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Notas finais do capítulo

¹ Microfobia = Medo de coisas pequenas. Como a Bonney é uma comilona, logo comidas pequenas não fazem o tipo dela. Que dirá comida minúscula que não dá nem pra tapar a curvinha do buraco do dente =D
Será que a Nami vai? O que vocês acham que vai acontecer? Deixem suas opiniões nos reviews xD
No próximo, finalmente teremos o reencontro dos dois! Pensem em algo bem diferente! Vai ser bem engraçado e excitante!
Não esqueçam os reviews :P *chata
Até o próximo.