Eu estava correndo freneticamente pela areia, meus cabelos esvoaçavam ao vento enquanto todos aplaudiam emocionadíssimos. Ela corria em minha direção, com um sorriso sugestivo. Seu vestido era vermelho, assim como seu batom. Seus olhos brilhavam alegremente, ardendo na mais pura e verdadeira euforia. E quando eu estava me aproximando de Pansy, para fazer-lhe o pedido...

A droga do telefone toca. Envaidecidamente, me virei para o outro lado da cama e cobri meu rosto com o travesseiro, puxando a coberta até minha cintura. O telefone continuou a tocar incessantamente e por um segundo, um misero de segundinho qualquer, cogitei jogar aquela porcaria na parede. Mas infelizmente estamos no mundo real e se eu fizesse algo do tipo, meus vizinhos reclamariam com o zelador que reclamaria comigo que por fim, o socaria. E é claro, acabaria preso numa droga de delegacia.

Decidi atender.

Esse foi meu erro.

– Alô. – disse grosseiramente. Quem infernos poderia ser as cinco e quarenta e cinco da manhã?

– Ah, oi Malfoy. Espero não tê-lo acordado. Aconteceu uma emergência e espera-se que o senhor esteja na empresa as exatamente... seis e três.

Filha duma...

– Ah, Srta. Granger? Eu sinto muito, mas estou com a perna quebrada não poderei-

– Se não estiver aqui em trinta minutos, eu o demitirei por justa causa. É isso o que você quer? Perder a merda do seu estagio e da sua carta de recomendação? Eu mando na cidade, Malfoy e se eu quiser, você não arrumara emprego algum.

Respirei fundo, contando até quinze para não mandá-la a merda.

– Já estou chegando.

Ela nem se preocupou em responder, desligou subitamente o telefone. Soltei inúmeras pragas, enquanto obrigava as minhas pernas a saírem da cama. Eu deveria ter empurrado ela da escada quando tive a oportunidade,porra.