Side by Side escrita por Booh


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu tive o prazer de receber duas recomendaçoes.. e por esse motivo, Estou postando um bonus!
Em agradecimento a minha primeira recomendação e a segunda. LizRider e Leitora Apaixonada. Nao sei se fiquei mais apaixonada pelos elogios a historia ou a minha pessoa. Serio.. Obrigada. Esse capitulo é para voces! :)
Continuação do casamento e algumas reviravoltas esperam por voces. Então..
Enjoy!!



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POV Maxon

– Bom filho, durante a festa, mandamos arrumar seu quarto, para receber sua esposa – meu pai disse, enquanto parávamos na porta do meu quarto.

Estavam todos lá. Meus pais, os pais dela, todos os seus irmãos, suas damas e Aspen.

– Ao lado do quarto do príncipe, tem o quarto da princesa – minha mãe disse, se dirigindo ate a porta do quarto da princesa - Vocês decidirão onde dormir, mas terão dois quartos, para que haja privacidade e também, para quando vierem os filhos..

A frase ficou no ar, mas eu e a princesa nos entreolhamos rapidamente.

– Pena que não tenha lua de mel – princesa May disse.

– May! – a rainha Magda a repreendeu, enquanto princesas Kenna e princesa America riam.

– Mas é uma pena mesmo – minha mãe disse – se Clarkson não precisasse tanto do Maxon no escritório, eles até poderiam. Como esse casamento foi muito depressa, não tivemos tempo de organizar tudo. Mas já estamos programando uma viagem para vocês, não fiquem tristes!

– Bom – o rei Shalom disse – Os presentes estão no quarto da princesa. Vamos deixa-los a sós agora.

Todos sorriam, menos eu e a princesa. Quando ficamos sozinhos no corredor. Eu me adiantei e abri a porta do quarto, dando passagem para ela entrar, ainda sem olha-la.

– Obrigada – ela disse, passando por mim.

Entrei logo em seguida e fechei a porta. Ficamos parados próximos à porta, olhando a montanha de presentes. Tinham muitos. Em todos os lugares, menos na cama.

– Uau! – ela exclamou.

– Pois é – eu disse – Quer abri-los?

– Não hoje – ela disse.

Virei-me, para ficar de frente para ela e ela fez o mesmo. Ficamos nos olhando longos segundos, sem dizer nada, apenas respirando nervosamente. Dei um passo para frente, deixando nossos corpos incrivelmente próximos. Ela levantou a cabeça. A festa tinha durado o dia inteiro, e agora, já era tarde da noite. Passamos a festa inteira separados e só conseguimos concordar com duas coisas: 1) O jardim era o melhor lugar da casa 2) De jeito nenhum iríamos dançar naquela festa.

Não sei porque, mas não acendemos a luz. O quarto estava sob penumbra. Mas seus olhos brilhavam, ainda assim. Como eu consigo achar alguém tão bela e a odia-la ao mesmo tempo?

– Eu.. Ahmm – eu sussurrei – Vou tomar banho no meu banheiro.

– Claro. Também vou – ela disse.

Levantei as sobrancelhas e ela corou.

– Quer dizer – ela se apressou em dizer – Também vou tomar banho. Mas no meu banheiro. Eu.. É.

Achei graça de seu nervosismo e assenti, sorrindo. Ela suspirou e virou-se. Entrou no closet enquanto eu me dirigia para meu quarto.

POV America

“O que eu faço?” foi o que eu me perguntei durante todo o banho. Agora, eu estava com a camisola branca rendada que minhas damas fizeram para mim. Soltei o cabelo, o deixando levemente bagunçado. Fiquei me olhando no espelho, pensando.

– O que será que ele vai fazer? Será que ele vai me beijar e dormir comigo?

Não podia negar, que fiquei tentada a deixar. A proximidade, as circunstancias, a iluminação. Tudo deixava ele mais atraente e irresistível. Mas eu detesto ele, mesmo ele sendo lindo. Respirei fundo e sai do quarto. Logo em seguida a porta se abriu e o príncipe entrou, vestindo samba-canção de seda preta e uma regata branca. Fiquei olhando para seus músculos, que agora estavam ainda mais evidentes.

– Dia longo – ele disse – você deve estar cansada.

– É, sim. Um pouco.

Ficamos mais alguns segundos em silencio. Ele andou ate mim e ficou perigosamente próximo a mim. Seu cheiro estava me deixando zonza e eu temia não agir mais por conta própria. Ele passou, delicadamente, as costas dos dedos em meu braço, me causando um leve arrepio.

– Você esta linda, como sempre.

Fiquei muda, olhando para sua mão, que agora segurava a minha.

– Eu acho que seria melhor eu dormir no outro quarto hoje – ele disse, puxando minha mão aos seus lábios e depositando um leve beijo em meus dedos.

– Ah. Tudo bem.

– Te dar espaço, para se adaptar.

– Tudo bem.

– Boa noite então – ele disse.

Ficou ainda um tempo me olhando. Se inclinou e beijou delicadamente minha testa. Fechei os olhos, sentindo seus lábios em minha pele. O que esta acontecendo comigo? Ele sorriu e saiu. Fiquei olhando para a porta de ligação, ainda em transe.

– O que está acontecendo comigo? – sussurrei e me joguei em minha cama.

[...]

– Como está seu café? – ele perguntou.

Nossos pais tinham pedido para servir o café no quarto do príncipe Maxon para nós e ele tinha pedido para colocar uma mesa na varanda.

– Amargo – respondi.

Ele empurrou o pote de açúcar para mim. Agradeci e continuei me concentrando no café. Ficamos em silencio, comendo.

– Gostou da decoração do quarto?

– Esta muito parecido com o meu em Carolina.

– Que bom.

Quando acabamos de comer, ficamos nos olhando um tempo. Que constrangedor.

– Porque não vamos abrir os presentes? – ele disse, sorrindo.

Sorri de volta e levantei animada. Fomos ate meu quarto e sentamos na cama.

– Aqui, esse está pedindo para ser aberto – ele disse, me entregando uma caixa vermelha.

Rasguei o papel e abri a caixa. Tirei de lá de dentro uma lingerie vermelha, muito sexy. Senti meu rosto ficar vermelho e o rosto do príncipe estava da cor do meu cabelo. Coloquei de volta na caixa e coloquei de lado.

– Esse então – ele me entregou um azul.

E continuamos assim durante alguns minutos. Às vezes rindo, as vezes ficando constrangidos. Ate que eu tirei de dentro de uma caixa lenços de linho, bordados com dourado, muito bonitos.

– Ah! São iguais ao que você me mandou – eu disse.

– Eu não te mandei lenços.

– Mandou sim. Muito parecidos com esses.

– Eu me lembraria de algo assim.

– Eu não estou maluca. Eu recebi.

– Eu não mandei lenços para você.

– Você não..? Como não?

– Eu não quero ser rude.

– A essa altura, eu prefiro que seja.

– Muito bem. Eu não te mandei presentes. Eu não mandaria. Eu não estava..

– Não acredito.

– Eu devia ter mandado não é? Eu não pensei nisso.

– Como você não pensou? Você não queria isso?

– Não queria isso o que?

– O casamento!

– Uau! Você gosta de perguntas diretas. Então lá vai uma resposta direta. Não.

Fiquei boque aberta, olhando para ele. Isso não podia estar acontecendo.

– Não que você não me agrade e tal. Mas acho que nosso casamento foi precipitado. Queria ter pelo menos te conhecido antes.

– Porque você não disse nada? – perguntei, inconformada.

– Porque não queria te magoar, você estava apaixonada e casamento é muito importante para as mulheres.

– Apaixonada? Eu sequer se conhecia!

– Como? Você não estava? Mas me disseram.. Essa não! Você não me mandou aquela carta?

– Carta? Eu não mandei carta nenhuma!

– Eu achei que você estava apaixonada por mim!

– Eu também acho que nosso casamento foi precipitado!

– Você também não disse nada!

– Eu tentei. Mas tudo que eu fazia para te irritar, fazia você rir!

– Então por isso que você era aquela irritante? Caramba garota! Dialogo existe por um motivo!

– Seu mauricinho!

– Sua mimada!

Ele levantou da cama e foi para seu quarto. Continuei ali, sentada na cama, olhando para a porta. Ele voltou e bateu a porta com força.

– Isso não importa agora. Precisamos dar um jeito nisso – ele disse, passando a mão no cabelo.

– Como?

– Temos um reino para comandar, eles não devem saber que não nos amamos.

– Jogo de aparências?

– Tem alguma ideia melhor? Se o rei não esta bem, o reino não vai bem. Nós somos o futuro desse país!

– Você esta sugerindo que nós finjamos ser um casal apaixonado.

– Sim. Enquanto trabalhamos em uma forma de nos darmos bem.

– É a melhor opção no momento.

– Meu pai me deu o dia de folga hoje, para ficarmos juntos. Vamos usar esse tempo para nos conhecermos. Tudo bem?

– Parece uma boa ideia.

[...]

Tínhamos combinado de passar o dia juntos, mas estava saindo um completo fracasso. Tentávamos iniciar alguma conversa, mas sempre acabávamos em silencio. Agora, eu estava sentada em frente ao piano que tinha no meu quarto, enquanto o príncipe estava deitado na minha cama. Tentei tocar algumas vezes, mas sempre acabava perdendo o foco e errando tudo.

– O que você gosta de fazer? – perguntei.

– Tirar fotos.

– Posso ver algumas?

– Claro, vem.

Assim que entrei em seu quarto, olhei em volta. Não tinha feito isso essa manha. Ele me apresentou o quarto dele, mas eu não dei tanta importância. Agora, eu pude reparar no enorme mural de fotos em sua parede. Ele parou diante dele e apontou. Me aproximei, boque aberta. Tinham muitas fotos, e muito bonitas.

– Você é bom – eu disse, sorrindo.

– Obrigada – ele respondeu, sorrindo.

– Aquela.. – eu disse, apontando para uma foto minha – sou eu?

Me aproximei e peguei a foto. Quando olhei para ele, ele estava vermelho. Olhei a foto mais de perto, eu estava linda na foto. Estava tão espontânea e feliz.

– Desculpe por isso, mas não pude resistir. Eu gosto de tirar fotos de coisas belas.

– Vv.. Você me acha bela? – perguntei, me sentindo ruborizar.

– Esta brincando? O mundo te acha bela – ele disse, naturalmente, tirando a foto da minha mão e colocando de volta no mural - Você é uma das princesas mais bonitas. Se não é a mais.

– Engraçado – eu disse, pegando outra foto dele com a mãe para olhar de perto – eu ouvi o mesmo a seu respeito.

– E o que você acha? – ele perguntou, tirando a foto da minha mão.

Senti meu rosto queimar. Ele estava diante de mim, com aqueles olhos brilhantes. Seu perfume, sempre causando aquele efeito estranho sobre mim, me deixando meio zonza.

– Muito bem – ele disse sorrindo de lado – quem cala consente. E pare de tirar as fotos do lugar, esta me deixando doido.

Acabei rindo para esconder o nervoso e me afastei, antes que falasse alguma besteira. Fui ate a varanda e olhei o jardim. A vista dali era deslumbrante.

– O que você estaria fazendo – ele perguntou, parando ao meu lado – sabe, se não estivesse casada comigo?

– Estaria com minhas criadas. Jogando bola, brincando de pique, não sei. Mas com certeza, estaria ao ar livre.

– Então, quem chegar primeiro ganha. Te dou três segundos de vantagem.

Eu olhei para ele rindo. Ele levantou as sobrancelhas. Ele estava falando serio? Sorri ainda mais e sai correndo. Quando estava no meio da escada, olhei para trás, e ele apareceu no topo. Dei um gritinho e voltei a correr. Claro que não demorou para ele me passar. Os guardas se assustaram quando nos viram chegar correndo e abriram as portas. Ele já saiu comemorando. Pulou os degraus que davam para o jardim e virou para trás.

– Não valeu! – eu gritei, chegando logo depois.

– Porque?

– Não sei! – eu disse, tirando o salto.

Ele riu e estendeu o braço para mim. Segurei em seu braço e ele esboçou um sorriso. Andamos, ofegantes, ate o banco de pedra e sentamos. Ficamos em silencio um tempo.

– Você precisa admitir – ele disse, sem me olhar – eu não sou tão ruim assim.

– Como assim?

– Poderia ser pior. Se era para casar com um estranho, até que você deu sorte.

– Você é sempre assim? Egocêntrico?

– Só às vezes.

– Quem foi que disse que você era a melhor opção?

– A revista. Você não viu?

– Não. Cadê?

– Já volto – ele disse, voltando para dentro do castelo.

Voltou cinco minutos depois com uma revista na mão. Abriu e colocou na minha frente. Era a foto que tiraram minha e dele entrando juntos do casamento da minha irmã.

“Fontes confirmam que princesa de Carolina, America Singer, esta noiva do príncipe de Illéa, Maxon Schreave. Estamos muito confiantes e animados com esse casamento e parece que eles também.”

Uma foto dele me entregando uma taça de champagne durante a festa.

“Eles mal conseguiam ficar distante durante todo o casamento da princesa Kenna. E quando separados, trocavam olhares.”

Uma foto minha dançando, com ele próximo, me olhando. Uma foto minha olhando para trás, onde ele estava, de costas, conversando com alguém.

“A perspectiva é boa, pois tanto um quanto o outro, parecem ser feitos para ficar juntos. Com muitos interesses em comum e personalidade compatível, príncipe Maxon sempre foi um bom partido devido tamanho poder e beleza, assim como princesa America, que encanta a todos com seu jeito irreverente, espontâneo e sua beleza. Sorte ao casal.”

– Isso é absurdo – eu disse, fechando a revista.

– Só porque eles fizeram parecer que estávamos apaixonados?

– Sim!

– Devíamos agradecer por isso.

– Odeio esse jogo de aparências.

– Quem gosta? Mas infelizmente é nossa vida. Temos muitos privilégios na vida. O mínimo que podemos fazer, é dar ao povo o que eles querem. E você concordou mais cedo.

– Não sei se consigo.

– É tão difícil assim? Gostar de mim?

Fiquei muda novamente. Ele parecia ferido, e meu silencio só piorou. Ele assentiu e saiu andando.

– Não, espera – eu disse, mas ele pareceu não ouvir, ou fingiu. Pois continuou andando.

Peguei meu salto do chão e fui atrás dele. Entrei em seu quarto, e ele estava sentado na cama, mexendo na câmera. Quando me aproximei, ele voltou toda sua atenção ao que estava fazendo. A câmera disparou, tirando uma foto minha.

– Droga – ele sussurrou.

– Eu..

– Não estou interessado – ele me cortou, rudemente.

Assenti e fui para o meu quarto. O dia estava tão agradável até agora, até eu estragar tudo. Qual era o meu problema? Qual é o meu bloqueio? Ele parece mesmo ser alguém legal, que me faria feliz facilmente. Porque eu continuo afastando ele? Deitei em minha cama, e acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

Não sei o que pensar.. America só dá bola fora! Maxon todo fofo e ela manda essa! #Bipolar
Enfim.. Mas acho que agora vai :x
Bjoooos :3