Side by Side escrita por Booh


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Estou muito animada com essa fic!
Eu pensei em fazer uma continuação da minha outra, ou uma continuação de A Escolha..
Mas isso é muito cliche.. Todo mundo está fazendo.. Então essa ideia louca me veio a mente.
Espero que todos gostem.. Porque estou amando escrever!
Então.. Enjoy!



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POV America

— Vamos logo Meri, jogue essa bola! – Mary gritava do outro lado do campo.

— Estou mirando! – gritei de volta.

A melhor parte do dia era quando ficávamos no jardim. Anne, Mary, Lucy e Eu fazíamos tudo juntas. Hoje jogávamos bola no jardim. Eu adorava ficar descalça na grama, para o desespero de minha mãe. Depois de jogarmos ate não aguentar mais, fomos para baixo de uma arvora, onde Anna tinha preparado um lanche. Sentamos ao redor da cesta e de lá tiramos todos os tipos de doces e pães. Mesmo elas sendo minhas amigas, não podiam faltar com suas obrigações, como me alimentar, vestir e acompanhar a onde eu fosse.

— Acho que devemos ir para dentro – Anne disse.

— Por quê? – perguntei.

— Porque esta escurecendo.

— Vamos comer, depois vamos, pode ser?

Anne assentiu, contrariada e voltamos a atenção para a comida.

— Meri, você pensa no futuro? – Mary perguntou.

— Penso o que vou fazer amanha. Ou comer. Principalmente comer – respondi.

— Me refiro a casamento – ela disse rindo – Logo você irá ter que casar.

— Nem me lembre. Amanha é o casamento da minha irmã. E eu não estou nem um pouco ansiosa. Ela vai se casar com um estranho!

— Não é bem assim. Ela já saiu com o príncipe James algumas vezes – Anne disse.

— Acompanhada de milhões de guardas. Qual a graça?

— Você é princesa America, vai casar cedo ou mais cedo ainda – Mary disse, ajeitando o vestido.

— Não quero casar. Quero ficar aqui em Carolina. Imagina ter que mudar para um país desconhecido para se casar com alguém que você não conheça.

— Mas você sempre vai ter a gente – Lucy disse.

Olhei para cada uma de minha criadas. Anne tem o rosto fino e cabelos loiros, anda sempre se queixo erguido, mesmo tendo muitos problemas em sua vida. Lucy é tímida, mas muito bonita. Tem cabelos pretos e encaracolados e olhos azuis. Mary tem um rosto brincalhão e um sorriso contagiante. Cabelos castanhos e lisos e olhos da mesma cor. Eu, ruiva de olhos verdes. Éramos totalmente diferentes, menos na cor da pele. Todas somos incrivelmente brancas. Mas em personalidade, somos tão diferentes que me pergunto como nos damos tão bem. Quem sabe não seja por isso. Não dizem que os opostos de atraem?

— Senhoritas? – um guarda disse após uma reverencia – Sua majestade, rainha Magda, a espera, princesa America.

— Já estou indo – eu disse educadamente – muito obrigada.

O guarda fez mais uma reverencia e saiu. Levantamos e recolhemos as coisas. Encontramos minha mãe no salão de visitas com minha irmã.

— America, minha filha, você esta descalça? – ela perguntou assim que me viu.

— Oi mãe – eu disse, entediada – Oi Kenna.

— Vou me casar amanha irmãzinha! E logo será você!

— Oba – disse sem nenhum entusiasmo.

— Filha, pare de bobeira. Agora sente conosco.

Dei de ombros e me dirigi ate onde elas estavam. Parei no meio do caminho quando vi que minhas damas continuavam paradas na porta. Fiz sinal para ela entrarem e fomos juntas para um dos sofás.

— America, leia isso – minha mãe disse, me entregando um enorme livro.

— O que é isso?

— É uma catalogo. Com todos os lideres políticos e famílias reais que você precisa saber.

Abri o livro devagar. Eram mais ou menos três fotos por pagina, dizendo tudo sobre a pessoa na foto.

— Eu preciso saber disso por quê?

— Para você não nos causar vergonha. Imagina, um rei vem falar contigo e você não sabe o nome dele!

— Daí eu faço alguma piada ou comentário sarcástico. Sempre dá certo – eu disse fechando o livro.

Todos ali deram uma risadinha, menos minha mãe. Que me olhou nervosa e voltou sua atenção para seu chá.

— America, leve isso a sério. Pelo menos uma vez. Logo logo será sua vez.

— Não vou me casar mãe. Não com um completo estranho!

— Por isso estou mandando você ler o livro. Deixe de ser cabeça dura!

— Se nos dão licença, tenho que fazer a ultima prova do vestido, não é meninas?

— Sim – Mary disse, prontamente.

Levantamos e saímos apressadas.

POV Maxon

— Vamos filho, estamos atrasados para o voo – minha mãe disse através da porta.

Eu estava pronto há uns dez minutos, mas continuava imóvel em frente ao espelho, pensando. Onde estaria Kriss? Eu queria muito me despedir dela antes de ir. Eu sou um desastre dando nó em gravata. Fui ate a porta e abri. Minha mãe sorriu para mim e me puxou para fora.

— Temos um dia corrido hoje. Vamos pegar o avião e ir para Carolina. É o casamento da princesa Kenna.

— Porque nós fomos convidados?

— Porque somos vizinhos! É diplomático. E você sabe o quanto seu pai quer se aliar a Carolina.

— Tenho certeza que vou me divertir lá – disse, irônico.

— Carolina tem uma princesa quase da sua idade. Vocês podem virar amigos, quem sabe?

— Quem sabe – disse em voz baixa.

Percorremos todo o caminho em silêncio. Quando chegamos ate a porta, minha mãe reclamou que esqueceu a echarpe e voltou para o quarto, me deixando sozinho. Não demorou muito para eu ver Kriss por ali. Sorri e fui ate ela. Kriss estava sempre linda, mesmo com vestidos mais simples. Seus cabelos castanhos claros e ondulados caiam em seus ombros, rebeldes como sempre. Seus olhos castanhos me olhavam com certa tristeza.

— Vim dizer adeus – ela disse, em voz baixa.

— Adeus? Eu volto em no máximo uma semana! – eu disse, sorrindo.

Ela sorriu de volta e baixou a cabeça. Dei mais um passo em sua direção, mas ela recuou.

— Maxon para – ela disse, sem me olhar.

— Kriss, eu sei que você gosta de mim. Eu também gosto de você. Porque você foge?

— Porque você é o príncipe.

— Isso não quer dizer nada para mim.

— Mas para mim isso significa muito. É um amor impossível.

“Wow.. Amor?” Pensei.

— Kriss, eu já disse que estou pensando em uma forma de ficarmos juntos - eu disse, tentando me aproximar novamente.

— Dai eu acredito em você. E fico me prendendo a esse sentimento – ela disse, se afastando - Você não consegue cumprir sua promessa. Dai no fim do dia eu fico chorando em meu quarto enquanto você se casa com uma linda princesa.

— Isso não vai acontecer! Kriss, eu gosto de você!

— Você pensa que gosta – ela disse com os olhos cheios de água – como você vai ter certeza se nunca conheceu mais ninguém?

— Kriss..

— Maxon – ela me interrompeu, limpando as lagrimas – vá! Eu não quero mais isso para mim.

— Como assim?

— Eu estou terminando com você.

— Esta terminando comigo?

— Estou terminando o que não começou!

— Kriss, isso é ridículo. Melhor deixarmos essa conversa para quando eu voltar.

— Por favor, pare de me procurar – ela disse antes de sair correndo.

Fiquei assistindo Kriss ir embora, boquiaberto. Eu gostava muito dela. Mesmo que nunca tivéssemos sequer nos beijado, eu não queria perde-la. Minha mãe chegou com meu pai e me chamou. Balancei a cabeça para me livrar daquele pensamento e fui.

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— Esta pensando em que meu filho – minha mãe me perguntou, tirando uma mecha do meu cabelo do meu rosto.

— Nada mãe – respondi, olhando pela janela do avião – Nada demais.

— Você está muito quieto hoje.

— Acho que estou normal. Só que nunca ficamos tanto tempo trancados em um lugar fechado.

— Pode ser. Mas se anime filho. Você vai conhecer muita gente hoje. Quem sabe não encontre até um interesse romântico?

— Duvido – disse em voz baixa.

— Maxon? – meu pai disse, voltando da sala do piloto.

— Sim senhor.

— Preciso repetir aquele discurso sobre se comportar?

— Não senhor.

— Muito bem. Porque você sabe o quanto eu quero uma aliança com Carolina.

— Sei – disse desanimado.

— Estou esperançoso com esse encontro com o rei Shalom.

— Ótimo.

Virei novamente para a janela, olhando para Carolina enquanto meu pai falava com minha mãe. Já tínhamos passado da fronteira de Illéa e estávamos sobrevoando o centro de Carolina, prontos para pousar. Quando finalmente estávamos em terra firme, agradeci mentalmente por todas as coisas a minha volta que tirariam minha atenção do meu drama com a Kriss.

Peguei minha câmera na bolsa e comecei a registrar meus primeiros passos em Carolina. Era de fato um país lindo. Muito prospero e com pessoas carismáticas. O castelo era incrivelmente bonito, com enormes jardins e a fachada toda de pedra com plantas subindo pelas paredes. Dava um ar de paz e tranquilidade.

Mas só por fora, porque por dentro, estava uma correria. Funcionários correndo para todos os lados. Um deles veio até nós e nos levou ate nossos aposentos. Ficavam no segundo andar e eu tinha um quarto só para mim. Eles colocaram minhas coisas dentro do closet e saíram. Chegamos ao fim do dia, mal deu tempo de conhecer o lugar. Apenas nos arrumamos para o casamento. Coloquei meu terno preto e minha gravata roxa, arrumei meu cabelo para trás e sai, com minha câmera no bolso.

— Maxon – minha mãe disse – Seu pai pediu para irmos até um lugar antes.

— Onde? – perguntei, estendendo o braço para ela.

— Não sei. Esse guarda irá nos levar.

O guarda fez um reverencia e pediu para que o acompanhasse. Levou-nos ate um escritório, onde meu pai conversava com o rei e rainha de Carolina. Os três sorriam, em uma conversa casual, entre amigos. Estranhei, mas prossegui. Minha mãe soltou meu braço e foi ate meu pai. Fiquei afastado, próximo à porta. O que será que eles querem comigo?

Não demorou muito para a porta se abrir novamente. Olhei para a figura que entrava e fiquei sem fôlego. Uma ruiva, com olhar desafiador entrou, acompanhada de três moças, nas quais não reparei muito bem.

Ela olhou para mim, inexpressiva e depois voltou seus olhos para seus pais, sorrindo. Precisei controlar minha vontade de pegar a câmera. Ela era incrivelmente bonita, mas não podia sair tirando fotos dela.

POV America

— Meri, você esta linda – Lucy disse.

— Amei essa cor meninas – eu disse, alisando o vestido – roxo fica bem em mim.

— Todos os convidados já chegaram, e seus pais estão esperando por nós – Anne disse, entrando no quarto – Nossa America! Você está linda!

— Estou mesmo! – eu disse, fazendo pose.

— Como você pode dizer para sua mãe que não vai casar America? – Lucy perguntou

— É a verdade – respondi, dando de ombros.

— Mas olhe quantos príncipes bonitos – Mary disse – Escolha um e convença seu pai a te casar com ele.

— Que romântico – eu disse, irônica.

— Olha! Esse loiro. Illéa não é aqui do lado? – Anne perguntou, debruçando sobre Mary para olhar.

— É. País vizinho.

— Meri. Esse é o mais bonito de todos. E tem praticamente a sua idade – Lucy disse, também debruçada sobre Mary.

— Podemos focar no casamento da minha irmã? – perguntei.

As três riram e voltaram a se arrumar. Quando acabamos, eu saí do quarto, me dirigindo ate as escadas. Um guarda nos interceptou, dizendo que meus pais me esperavam no escritório. Dei de ombros e fui, seguida por minhas damas.

Entrei no escritório e dei de cara com um desconhecido. Loiro, alto, forte e bonito. Quando percebi que o encarava, virei o rosto e sorri para meus pais. O que esta acontecendo aqui? Quem são esses? Espera, eu já os vi antes. São de Illéa. Quais são mesmo os nomes? Eu devia mesmo ter lido aquele catalogo que minha mãe me deu.

— Olá – disse o mais encantadora possível, fazendo uma reverencia – estão gostando de nosso país?

— É muito bonito – a mulher disse – muito prazer, eu sou Amberly

Amberly! Isso! Sorri para ela, fazendo uma reverencia.

— Muito prazer. Você parece muito mais jovem pessoalmente, tenho que lhe dizer.

— Muito obrigada - ela disse, sorrindo – esse é meu marido, rei Clarkson.

— Claro! Rei Clarkson! É um prazer! – eu disse, fazendo mais uma reverencia.

— O prazer é meu – ele disse, menos caloroso.

— E esse é meu filho, príncipe Maxon – Amberly concluiu, apontando para o loiro bonito, que estava no canto com cara de bobo – Vocês tem praticamente a mesma idade.

Virei para olha-lo, relutante. Fiz uma reverencia, sorrindo. Ele ficou imóvel mais alguns segundos e depois fez uma reverencia. Controlei a vontade de rir e percebi que Mary, Lucy e Anne faziam o mesmo.

— Posso saber o motivo dessa reuniãozinha? – perguntei, sendo o mais simpática possível.

— Hoje, minha filha – meu pai disse – é o casamento de sua irmã, a princesa Kenna.

— Eu recebi o convite – eu disse casualmente, me esquecendo das nossas visitas.

Me arrependo logo depois. Minha mãe me olhou como se dissesse que vai me colocar de castigo. Anna, Mary e Lucy abaixaram a cabeça para segurar o riso mais alguém riu, olhei discretamente para o lado e descobri que foi o príncipe Maxon que riu.

— Continuando – meu pai disse – Muitos reis e lideres estão presentes. E muitas propostas foram feitas.

— Propostas? – perguntei.

— Sim. Você sabe, comercio e acordos.

— Sim.

— Uma, em particular, me agradou muito – ele disse, olhando para o rei Clarkson.

Olhei para meus pais, depois para o rei de Illéa. Isso não esta acontecendo. Olhei para o príncipe Maxon, que olhava para seus pais com o cenho franzido. Ele deve saber tanto quanto eu.

— Não estou entendendo pai. Você nunca falou de seus assuntos do país comigo. Porque esta falando de tratados comerciais agora? Temos uma festa para ir.

— Na verdade filha – minha mãe disse – esse não é um tratado comercial. É outra coisa.

— Podem ser objetivos? Por favor? – eu disse.

— Eu contei a seu pai sobre meu interesse em ter uma aliança entre Carolina e Illéa – Rei Clarkson disse.

— E eu ofereci sua mão ao príncipe de Illéa – Meu pai disse com a maior naturalidade no mundo.

— O QUE? – Príncipe Maxon e eu gritamos ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

E aeeeeee?? O que acharam?
Vale a pena continuar ou nao?
Bjooos :3