Simply Love You escrita por Larry Stylinson


Capítulo 8
P.A.R.T.Y - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Eu Adorei Escrever Esse Capítulo Kkk' *---*



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A brincadeira continuou até altas horas, até que algumas pessoas começaram a ir embora, outras adormeceram pelos cômodos da casa, outras foram pro hospital, outras vomitavam no quintal, e isso significava que a festa tinha sido um sucesso. Não tinha quase mais ninguém na festa. Elena estava rindo de umas meninas completamente piradas e franziu a testa ao ver Damon cruzando as pernas enquanto andava, e riu ao o ver esbarrar numa escultura que tinha na sala, mas felizmente não derrubou. Foi atrás dele ao ver que ele entrou na cozinha e viu ele procurando algo no armários.

– Você esta bem? – Ela perguntou.

– Uuuuh! Invertemos os papeis? – Ele estava sorrindo debilmente e com um tom debochado.

– Não. Não esta. – Ela tinha careta no rosto.

– Estou sim. Só quero achar a garrafa de vodka.

– Você não acha que já bebeu o suficiente?

– Quem é você? Minha mãe? – Ele perguntou se fazendo de confuso.

– Não, mas sua mãe não vai gostar nada de te ver assim, e como eu sou sua responsável, não posso deixar você beber desse jeito. – Ela falou seriamente.

– Que? – Ele não evitou começar a rir. – Responsável? Mas o que...? – E riu de novo.

– Eu sou mais velha que você Damon, e você é menor de idade, caso você não tenha percebido. – Ela arqueou as sobrancelhas. - Aliás, todos aqui são menores de idade já pensou se algum policial aparece por aqui? Capaz de ainda sobrar pra mim. Como se eu já não tivesse problemas suficientes com a polícia. – Falou revirando os olhos e Damon se calou. A verdade é que ele não estava tão bêbado assim e depois disso ele suspirou. Os dois ficaram em silencio e ele parou de procurar pela garrafa de vodka.

– Desculpa. – Ele disse em um tom mais baixo.

– Tudo bem. Acho que você precisa de um café. – Ela viu ele sentar em um dos bancos que tinha ali e começou a procurar o pó de café sob o olhar incrédulo de Damon. “Se quiser café você mesmo vai ter que fazer.” Não foi isso o que ela tinha dito pra ele naquele mesmo dia, mais cedo? Ele resolveu ficar quieto e continuou a observar ela mexendo na cafeteira.

– Sabe... Eu meio que tenho inveja de você. – Ele disparou sem pensar.

– Que? – Ela virou o rosto pra ele sem entender. – Inveja? De que? – Ela perguntou confusa.

– Da sua coragem. – Ele falava sério e ela mantinha a pose confusa. – Você abandonou sua família, seus amigos, o conforto que você vivia pra fugir com alguém. – Ela suspirou vendo ele mais uma vez tocar naquele assunto. – Eu nunca faria isso por ninguém. – Ele disse dando com os ombros.

– Você diz isso porque nunca esteve apaixonado Damon. – Ela simplesmente falou e se virou dando atenção a cafeteira.

– Não, não. Não é por isso. – Ele continuava a falar. – Eu admiro o que você fez. Eu nunca faria isso. Abandonar minha família, meus amigos, minha casa... Sabe... – Ele parou e suspirou. – Todo mundo pensa que eu sou perfeito Elena. Mas eu não sou. – Ela ouvia tudo de costas pra ele. – Eu nunca fiz nada na minha vida Elena. Eu nunca lavei um prato ou uma cueca. Acho que eu tomei banho sozinho pela primeira vez ano passado. – Ele falou tentando brincar e ela sorriu.

– Você ainda é novo Damon, tem muito que aprender. Não fica se martirizando por não ter ‘amadurecido’. É algo que vem naturalmente. Aliás, eu acho você muito maduro pra alguém da sua idade. Eu era pior. – Ela falou e ele sorriu. – Você pode ser mimado. Mas é um cara bem legal e gentil, e eu espero que você esteja bêbado o suficiente pra não se lembrar disso amanhã. – Os dois riram amistosamente.

– Ainda assim. Eu te admiro.

– Por que? – Ela continuava de costas pra ele.

– Você não é egoísta Elena. Você é um pouco chata e mal humorada – Ele soltou uma risada baixa. – Mas você fez de tudo por alguém que você amava... Ou ama. – Ele acrescentou o verbo no presente e ela ficou um pouco séria. – Eu nunca faria isso por ninguém. Por ninguém. – Ele repetiu e ela continuou virada pensando no que ele estava falando. A cafeteira avisou que o café estava pronto e ela colocou um pouco em uma caneca e deu pra ele.

– Obrigado. – Ele pegou e deu um gole.

– De nada. – Ela se limitou a dizer isso e ficou ali olhando ele.

Elena se sentou do lado dele olhando pra suas mãos pensando no que Damon falou. Obviamente por efeito da bebida, ele nunca falaria aquilo pra ela se estivesse sóbrio. Era como se ele pudesse saber que ela estava morrendo por dentro, por ter feito a família dela sofrer tanto e querendo ou não, aquilo que ele disse trouxe um pouco de alivio. Ela fez aquilo por amor, não poderia ter sido tão ruim assim. Olhou pro lado sem mover a cabeça e viu ele absorto nos pensamentos dele enquanto bebia o café. Do nada Damon encarou ela e ela virou a cabeça pra ele. Ela deu um pequeno sorriso e ele continuou sério. Ao ver que ele não sorria, ela parou de sorrir e franziu a testa. Ele estava bem? Por que não estava sorrindo? Ele parecia mais um garoto propaganda de pasta de dente, vivia sorrindo aos quatro cantos. Não pode evitar a surpresa ao ver ele se aproximando dela, praticamente colando o nariz dele com o dela. Elena se sentiu nervosa ao sentir a mão dele na cintura dela e quando sentiu o hálito dele de café misturado com álcool ela não fez nada a não ser fechar os olhos e beijá-lo. Damon suspirou ao sentir ela correspondendo ao beijo e sentiu um arrepio quando ela passou os braços pela nunca dele. Damon se levantou e ficou de frente pra ela a imprensando no balcão da cozinha. Não era um beijo como o que eles trocaram na noite anterior. Era um beijo calmo. Pela primeira vez eles estavam saboreando um beijo devidamente. Elena passeava com a mão esquerda pelo cabelo dele, enquanto a direita acariciava-lhe a nunca. E ele subia as mãos pro rosto dela no intento de sentir a pele macia dela. Elena mordeu o lábio inferior dele e ele sentiu o ar fugir dos pulmões. Separou-se lentamente para que os dois pudessem buscar ar e a encarou nos olhos. Ele sorriu e ela sorriu de volta, e voltaram a grudar os lábios. Ficaram por minutos assim sem nem ao menos perceberem, até que ouviram um barulho e se separaram bruscamente. Quando olharam pro lado viram Rebekah e Tyler rindo.

– Desculpa Doc, não queríamos atrapalhar. – Rebekah falou e Elena viu que o estado dela era pior que o de Damon.

– Ae Doc! Mandou bem – Tyler piscou e saiu dali segurando Rebekah pela cintura. Pela primeira vez na vida Elena não sabia o que fazer olhou pra cima e viu Damon parado olhando pra entrada da cozinha.

– Desculpa. – Ela falou e ele olhou pra baixo encarando ela.

– Por que?

– Não quero estragar seu relacionamento com Rebekah. Ela parece ser bem legal.

– Ela é. – Ele falou e ela forçou um sorriso. – Mas você não estragou nada. Como eu já disse, nós não temos nada sério. Ela não gosta de mim, e eu não gosto dela. Como namorados, eu digo. Somos só amigos.

– Ah sim... – Ela desviou o olhar dele e suspirou. – Ta se sentindo melhor?

– Um pouco... Mas minha cabeça ainda ta girando... Você pode dirigir? – Ele perguntou e ela assentiu. – Ótimo. Acho melhor a gente ir embora.

Os dois saíram da cozinha mais uma vez sem tocar no ocorrido. Viram Rebekah no sofá, dormindo no colo de Bonnie e Tyler no chão sorrindo pra eles.

– Rebekah vai dormir aqui? – Damon perguntou e Bonnie concordou. – Então eu to indo.

– Já? – Matt apareceu.

– Sim, eu to um pouco bêbado, Elena vai me levar. – Tyler sorriu malicioso e Damon tacou uma almofada na cara dele.

– Tchau gente. – Elena falou sorrindo e os dois saíram da casa.

– Toma – Ele entregou a chave do carro pra ela. - Me leve pra casa em segurança.

Ela sorriu e os dois entraram no carro. Logo chegaram ao condomínio onde Damon morava e os dois saíram do carro e ela entregou a chave pra ele.

– Obrigado. – Ele sorriu olhando pra ela.

– De nada. – Ela sorriu de volta e colocou as mãos no bolso da jaqueta.

– Como você vai embora?

– Vou andando...

– Não, não. – Ele protestou. – É muito perigoso.

– Que nada, daqui a pouco já esta amanhecendo. – Ela falou olhando pro relógio de pulso.

– Mesmo assim. – Ele devolveu a chave pra ela. – Vai de carro e amanhã eu passo lá pra pegar.

– Tudo bem. – Ela aceitou a chave e continuou olhando pra ele.

– Obrigado mais uma vez. – Ele sorriu sem jeito.

– De nada. – Ela estava do mesmo jeito.

– Bom... Então... Tchau. – Ele não sabia se a abraçava, ou beijava ou apenas acenava com a cabeça.

– Tchau. – Apesar de se despedirem, continuaram ali parados e riram novamente.

Damon que já estava um pouco bêbado resolveu jogar tudo pro alto. Segurou a barra da jaqueta dela com as duas mãos e a puxou pra perto. Ele se inclinou e viu que ela ficou na ponta do pé, ele sorriu e tocou os lábios nos dela mais uma vez naquela noite. A verdade é que Elena estava se sentindo uma adolescente de novo. Entre a festa, os jogos provocativos, a bebedeira e ir pra casa na alta madrugada, ela se sentia 5 anos mais jovem. E quando Damon a puxou pra perto ela não conseguiu negar. Ela não sabia o que estava acontecendo com ela. Em alguns momentos achava ele extremamente insuportável, em outros ele era como um príncipe. Sabia que ficar se agarrando com ele era loucura. Primeiro porque ele era bem mais novo que ela – Aquilo poderia até ser um crime, mas ela não tinha certeza. - Segundo ele era o melhor amigo do seu irmão. O que a fez lembrar no que Tyler disse na brincadeira, mas ao sentir os braços dele contornarem sua cintura e a puxarem mais pra perto ela esqueceu completamente daquilo. Elena passou a mão no rosto dele e pode sentir a pele macia dele. Nem barba ele tinha! Aquilo realmente era uma loucura, mas ela não ligava. Não agora. Não naquele momento. Separaram-se lentamente e Damon deu mais quatro selinhos nela que sorriu e viu ele se afastando.

– Boa noite. – Ela repetiu.

– Bom dia. – Ele falou sorrindo e olhou pro céu. Ela seguiu o olhar dele e viu que o Sol já estava dando sinal de vida.

– Bom dia. – Ela falou rindo e o sentiu depositar outro beijo rápido em seus lábios.

Não falaram mais nada. Ele se encaminhou até a porta sob o olhar dela que continuava sorrindo e se virou mais uma vez pra ela balançando a mão e ela repetiu o gesto entrando de volta no carro e indo pra casa.

Será que as coisas mudariam entre eles daqui pra frente?


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Notas finais do capítulo

Huehuehe' E Ai Gostaram ? ~xoxo ^^