Noites Sombrias escrita por Thaywan


Capítulo 35
Reversão


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e tenham uma boa leitura.



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Jack, Angeline e Sally haviam levado Tyler e Ana para um acampamento, não muito longe da cidade. Eles estavam na parte mais escura, para impedir de serem encontrados.

–Queria agradecer mais uma vez por terem me salvado. –Diz Ana. – Quero dizer, por terem me trazido até aqui...

–Nós entendemos. –Diz Jack. –Era nossa obrigação. Agora temos que ficar unidos, não é seguro sairmos por aí sozinhos.

–Não se preocupe, nós não vamos deixá-la sozinha. –Disse Angeline

–Obrigada. –Agradece a vampira.

Tyler abria os olhos e levantava-se rapidamente. Sua respiração estava ofegante, parecia que acabara de ter um pesadelo. Ana aproxima-se de seu namorado.

–Tyler... –Ele a interrompe

–O que aconteceu?! Por um momento eu senti que estava morto e agora...

–Tyler... –O rapaz a interrompe novamente

–Isso é estranho. Muito estranho.

–Tyler. –A vampira grita, calando o garoto. –Você está morto.

–O-Oque?! –A voz de Tyler falhou. Ele não conseguira acreditar no que Ana estava dizendo. –Isso é algum tipo de brincadeira?!

–Não. Não é não. Você morreu, mas eu não podia deixá-lo ir. Eu não conseguiria ficar sem você.

–Então você está me dizendo, que eu sou um vampiro?! –Perguntou

–Ainda não. Mas você tem duas horas para beber o sangue de um ou morrerá. –Ana fura sua veia, logo após, estende-a para o rapaz. –Beba.

–O que?! Não... Eu não...

–Beba. É a única forma. –Diz a vampira, encarando-o.

Tyler exita, mas o olhar de sua namorada praticamente o obrigava a fazer isso. Então, lentamente, ele segura o braço da garota e bebe um pouco do seu sangue, logo após, fazendo uma careta.

–Eu sei, no começo é ruim. Mas você se acostuma. –Diz Ana, enquanto Tyler voltava a abeber do seu sangue.

–Ilha-

Hiendi saia engatinhando da água, toda ferida e com suas roupas rasgadas. Ela estava exausta, necessitava de sangue.

De repente, a garota escuta um barulho vindo da água. Os pedaços de Hel se juntavam, formando a garota novamente. Hiendi olhava aquilo assustada. Hel ainda não havia morrido, nem mesmo com a explosão. Em pouco tempo, a garota mecânica havia se reconstituído. Ela carregava energia em seu braço, até ser acertada por uma espada de energia em seu ‘’coração’’.

A vampira virou-se para trás e viu seus amigos. A espada havia sido lançada por Ana Júlia, enquanto Iran, corria para socorrer a garota.

–Você está bem, meu amor?! Ela te machucou?! –Perguntava o bruxo

–Não me aperta. Eu sinto dor por todo o corpo. –Reclamou a vampira.

–Me desculpe. Eu fiquei preocupado. Você sumiu assim, sem avisar. De novo.

–Não estou pronta pra sermão agora ta?! Eu sei me virar. –Respondeu a garota

–Sabe se virar?! Por isso que quase morreu se nós não tivéssemos aparecido?!

Hiendi e Iran se encaravam por um tempo, até Levi tentar acalmar a situação.

–Então... Que tal irmos procurar a Raven e os outros?! –Pergunta

–É, bem melhor mesmo. –Diz Jhonathan

–Então vamos. –Responde Iran caminhando de volta para a floresta.

–Collsville-

Em Collsville, Joe, Krystal e Alexia continuavam fugindo dos robôs que os perseguiam, atirando e destruindo quase toda a cidade.

–Não tem como fugir dessas coisas. –Dizia Joe

–Você vai dar o seu melhor e despistá-las. –Diz Krystal.

–Por que vocês também estão fugindo?! Eu sou a única espécie sobrenatural aqui. Eles estão vindo atrás de mim e não de vocês. –Diz Alexia

–Só que se alguém aqui vai te matar, esse alguém sou eu vampirinha. –Diz Joe piscando para a garota.

–Cuidado Joe, tem um abismo ali. –Grita Krystal

Joe encarava o abismo, sabia que não podia parar ou então eles seriam pegos pelos robôs e por Patrick, então, ele tinha que arriscar. Pisou fundo o pé no acelerador e deixou o carro cair no abismo. O carro desceu rapidamente, Krystal gritava ,mas nenhum deles chegou ferido ao chão.

–Quando isso tudo acabar, eu irei te matar. –Diz Alexia.

Joe percebeu que havia algo de errado com o carro, então saiu e ordenou para que as garotas saíssem também. Em questão de segundos, o carro explodiu.

–Você é louco?! Desce esse abismo altíssimo com um carro que a qualquer hora podia explodir?! –Perguntou Krystal socando o braço de Joe.

–Ah não, não, não minha cara Krystal. Eu podia fazer o carro explodir a qualquer hora. –Os três ficaram assustados, eles conheciam perfeitamente aquela voz. Era Patrick. – Eu sabia que Joe seria corajoso e tolo o suficiente para descer o abismo, então, só precisei esperar. Agora, por que demoraram tanto?!

O trio só conseguia encarar Patrick, com um olhar de ódio. Cada um ali, tinha um motivo para detestá-lo. Antes que algum deles pudesse dizer qualquer coisa, Os caçadores saíram de onde estavam e um deles atirou em Alexia, fazendo-a desmaiar.

–Como você se sente Joe?! Sabendo que foi derrotado?! Sabendo que é um fracassado?!

Joe parte para cima de Patrick, mas para antes que pudesse realizar qualquer ato, pelos caçadores apontarem as armas para ele.

–Eu também pensaria melhor nisso. Krystal, querida. Tem um helicóptero lhe esperando. O que acha de vir por bem?! –Pergunta

–Nem por bem e nem por mal eu iria a algum lugar com você. –Responde a garota

–Ah, iria sim. –Diz, estalando os dedos. Dois caçadores chegavam perto da mesma, apontando as armas em suas costas e em sua cabeça.

Todos ali se assustaram ao escutar um uivo vindo perto dali. Um lobisomem, de pelo acinzentado e dentes grandes e afiados os observava. Patrick retirava sua arma com cuidado, mas o canino era mais rápido e saltou sobre o mesmo, fazendo-o cair no chão. Joe aproveitou sua chance e retirou sua arma, atirando contra os outros caçadores.

O lobisomem matava todos, Krystal tentava correr, mas acabou batendo a cabeça em uma pedra e desmaiando de imediato. Patrick apontou sua arma no animal atirando várias vezes, mas não acertando nenhum. O lobisomem pegou Krystal e a levou com ele. O líder dos caçadores, apenas os viu mortos e sem Joe, mas ainda estava com Alexia.

Ilha-

Dan estava deitado na floresta, com Leon em seu colo. Os dois mantinham o silêncio desde que haviam saído do rio.

–Você... –Dan puxou assunto. –Você já tentou sair dessa ilha?!

–Já. –Respondeu o anjo.

–E aí?! Não conseguiu por quê?! –Perguntou

–Eu não sei. Algo me impediu de sair. Algum tipo de barreira invisível. Pelo que sei, todos que chegam na ilha, não conseguem sair.

–Deve ter um jeito. Tem que ter. –Disse Dan

–Eu ainda acho melhor que possamos ficar presos aqui. Longe daquelas cidades movimentadas, com pessoas preconceituosas e aqueles caçadores malucos nos caçando. –Respondeu

–Em compensação, temos esses robôs nos caçando.

–É... Mas também tenho você. –Os dois sorriram e se beijaram por alguns segundos, até que Rin e Raven chegaram, com a segunda, avisando-lhes.

–Desculpe. Estamos atrapalhando algo?! –Perguntou Rin

–Não. Não estávamos fazendo nada de mais. –Respondeu Dan

–Tudo bem então. Olha, conseguimos essas frutas. São mais pra você e a Rin mesmo, já que elas não têm gosto algum pra mim e pro Dan. –Diz Raven

–Tudo bem. Obrigado. –Agradeceu Leon

–Esperem pessoal. Tem alguém vindo. –Disse Rin

–Como você sabe?! –Pergunta Dan

–Por que eu estou sentindo. –Responde.

Todos escutaram um barulho vindo dentre árvores, e delas, saíram o restante do grupo. Iran, Jhonathan, Levi, Ana Júlia e Hiendi. Nesta ordem.

–Levi. –Raven correu em direção ao rapaz e o abraçou fortemente, com os braços em volta de seu pescoço. Levi retribuiu o abraço apertado, colocando as mãos sobre a cintura da garota.

–Ei, eu também estou aqui. –Disse Ana Júlia chamando atenção da amiga.

–Desculpe Júlia. –Raven e Levi se separaram e a garota foi abraçar sua amiga, prendendo o olhar de Levi.


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