A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 8
Celeiro do Mal


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Queria SUPER AGRADECER A VOCÊS por terem recebido tão bem as novas fics, estou empolgada com todas elas, vocês são os melhores!! Muito obrigada pelo apoio e os comentários carinhosos e engraçados! Vocês são demais, de verdade!

Mais um capítulo para nós, então... Enjoy!

#BoaLeitura :)



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– Sem chance! – a garota afundou-se na poltrona e bateu palmas, animada com a história – A May te deu um banho de lama? – novas gargalhadas surgiam. – Queria ter visto como ficou seu cabelo depois disso!

– Sabia que não seria uma boa ideia te contar isso – ele sorriu e tomou um gole de café. – Se a May souber que eu estou fazendo isso...

– Relaxa – disse a garota, endireitando-se na poltrona e enfiando uma mão cheia de rosquinhas na boca. – Você não me contou nada ainda – ela falou de boca cheia. – Mas vai contar.

– Posso pegar uma? – Coulson aproximou a mão do saco de rosquinhas.

– Claro que pode, né? Eu não sou Fitz-Simmons! – ela revirou os olhos, esticando o saco de rosquinhas para ele. – Além do mais, foi por isso que eu peguei dois pacotes.

– Pensei que você já tinha se viciado nisso também. – ele disse, colocando uma rosquinha na boca e mastigando lentamente, diferente de Skye que comia como se Hittler estivesse procurando por aquele pacote.

– E já me viciei – ela respondeu, abrindo o outro saquinho. – A diferença é que você está me contando algo muito interessante e, portanto, está merecendo as rosquinhas. – ela disse, sem conter o riso.

– Tudo bem, quer dizer que isso faz parte de uma chantagem? Você me dá rosquinhas e eu te conto a história? – ele perguntou, fingindo uma expressão séria.

– Não, não é bem assim – a garota sorriu, encostando as costas na poltrona novamente. – Mas isso funcionaria com Fitz-Simmons.

– Vocês três não tem jeito mesmo. – ele pegou mais uma rosquinha.

– Você está divagando, A.C. – ela levantou uma sobrancelha. – Não pense que eu esqueci que o foco aqui é você e a May – ela se esticou e pegou a xícara de chocolate quente – Vamos! Pode continuar!

Ele levantou as mãos e ergueu as sobrancelhas, se defendendo. Nunca que ele poderia vencer aquela garota.

– Quem sou eu pra tentar te fazer desistir de algo – ele resmungou e Skye se aconchegou novamente, colocando os cotovelos sobre o braço da poltrona para apoiar o queixo com as duas mãos. – Então, ela me deu carona até o alojamento da S.H.I.E.L.D. Só faltava pouco mais de 3km, então fomos o caminho inteiro em silêncio, praticamente. A única coisa que perguntei foi se ela iria para a divisão de Oficiais na semana seguinte. Mas vamos continuar... Alguns dias depois, Fury me colocou como supervisor, orgulhoso por eu ter conseguido subir de nível.



* Chicago, Trinta anos atrás.



– Muito bem, Philip. – Fury girava lentamente na cadeira do escritório antes de levantar-se para cumprimenta-lo. – Tenho um trabalho especial para você.

– Sim, senhor – o jovem mostrava-se animado para o serviço.

– Estamos recebendo novos cadetes essa semana, acho que você deve ter percebido o movimento aumentar na Academia.

– Sim, senhor.

– Então, estou te nomeando agora como Oficial Superior. Sua missão será ajudar alguns cadetes a se adaptarem à Academia. Vai apresenta-los o lugar, ensinar o modo como fazemos as coisas aqui, treiná-los. – O mais velho estendeu a mão, entregando ao jovem um fichário com os arquivos dos cadetes. – Aqui está. Eu separei alguns nomes aleatoriamente. Você ficará responsável por esses cinco cadetes. – ele direcionou o olhar para o garoto que recebera o fichário. – Acha que dá conta?

– Sim, senhor.

– Pelos céus, Philip! Você não disse outra coisa desde que entrou na minha sala. – Coulson deu um sorriso, percebendo que era verdade. – Não precisa disso tudo também, eu já entendi que você gosta de servir.

– Obrigada, senhor – ele sorriu – Estarei analisando as fichas dos cadetes e assim que entrar em contato com todos eles, eu inicio a supervisão.

– Ufa, achei que tinha virado um robô que só falava: “Sim Senhor!” Já ia perguntar à Kate se tinham ativado o seu LMD.

– O quê? – o garoto franziu a testa, sem entender.

– Nada, Phil. – Fury deu de ombros, passando o braço pelo ombro do rapaz. – Vá lá e faça o que faz de melhor – Nick abriu a porta para ele. – Seja um Agente da S.H.I.E.L.D.

Tão logo Phil saiu da sala, deu uma breve olhada nos arquivos. Não custava nada acreditar.

– “Howard N. Shaw” – o garoto balbuciava os nomes dos cadetes que estavam nos arquivos – “Hank S. Anderson”, “Maria T. Hill” – ele deu uma pausa, respirando fundo. – Por favor, vamos – ele torcia. – “John A. Adams” – ele deu um sorriso ao ver a foto dela estampada no arquivo. – “Melinda Q. May

Não pôde evitar o salto que seu coração deu ao ler aquilo. Já fazia seis dias que ele tinha tomado um banho de lama e depois daquilo não mais a tinha visto. Mesmo sem conhecê-la, ele já gostava do modo como ela fazia as coisas, sua postura firme, seu lindo sorriso e aqueles olhos. E como ele havia se encantado por aqueles olhos. Só queria uma chance de ficar perto dela. De ser amigo.

Levantou os olhos e seguiu em frente, ainda pelos corredores do prédio administrativo da S.H.I.E.L.D. Estava louco para falar com ela, e agora ele tinha um motivo mais decente para aquilo. Abaixou a cabeça para olhar o arquivo dela mais uma vez e sorriu ao olhar para aqueles olhos apertados.

– Você é linda, garota. – ele sussurrou olhando para os papéis.

– Quem é linda? – ouviu uma voz atrás dele interrompendo seu devaneio.

– Que susto, Val! – ele escondeu o arquivo de Melinda e corou em seguida. – Não vi você chegando...

– Mas eu ouvi o que você disse. – Contessa não deixaria Phil sair daquela sem explicação. – Então, posso saber quem é a felizarda?

– Não tem nenhuma felizarda, Val – ele respondeu meio azedo – Só estava olhando os arquivos que Fury me entregou.

– Sei – a morena deu de ombros, duvidando dele. – Fury está na sala dele?

– Está.

– Então... Eu preciso passar lá. Fiquei de entregar os relatórios da equipe.

– Sei – agora foi a vez de Phil brincar com ela. – Fico feliz que tenham voltado.

– O que foi que disse, garoto? – ela se fingiu de inocente. – Melhor ir andando. Você deve ter alguém para encontrar – ela alfinetou por fim.

– Bom dia pra você também, Val.

Os dois sorriram e seguiram caminhos diferentes. Contessa Vallentina estava reatando com Fury, finalmente os dois haviam cessado a guerrinha pessoal deles dois e Phil estava contente por isso, mas não precisou pensar muito sobre eles, já que a imagem daquela garota trocando o pneu do carro voltava insistentemente à sua cabeça.

Algumas horas depois ele já estava no prédio onde aconteciam as aulas dos cadetes novos. A Academia de Operações era gigantesca, com espaços para corrida de obstáculos, algumas piscinas para treinamento e um enorme campo para simulação de missões reais. Havia tempos que ele não ia naquele setor da Academia. Passou algum tempo observando o movimento, esperando que ela aparecesse, já que aquele era o dia em que cada cadete receberia um O.S. Não precisou esperar muito para ver um Santana vermelho se aproximando do estacionamento. “É ela.” Pensou. Passou a mão no cabelo involuntariamente e deu uma olhada para as roupas que vestia. “Estou muito bobo?” ele perguntava a si mesmo, sem se dar conta de que ela se aproximava dele. “Por que estou tão nervoso?” Ele se perdia nos seus pensamentos. “É só uma garota...

– Coulson? – Ela disse, tocando na alça da mochila dele.

– Oi May – ele respondeu com um sorriso, perdendo um pouco do nervosismo. – Então, como está sendo a primeira semana? – ele perguntou, arrumando o cabelo.

– Muito leve pro meu gosto – ela respondeu, revirando os olhos. – Mas eu entendo. Um bom treinamento está pautado na concentração e não na velocidade.

Uau” ele pensava. “Essa vai dar trabalho.”

– Com esse pensamento você chegará longe. Esta é a base para qualquer um que quer se tornar um bom agente.

– Bem, eu quero me tornar a melhor no que faço. – ela sorriu.

– Não tenho dúvidas de que conseguirá. – ele sorriu de volta.

– Então... Você veio para a cerimônia de divisão de oficiais?

– Ah, sim – ele estava pegando o jeito de falar com ela. – Fury me designou como um dos Oficiais Superiores esse ano.

– Nossa, que legal! – ela sorriu. – Parabéns.

– Obrigada... Eu estou empolgado para começar.

– E então, já sabe quem serão os seus primeiros alunos?

– Sei sim – ele sorriu, inevitavelmente. – E você está entre eles.

Melinda corou. Ela ficava linda quando estava envergonhada e Coulson já havia percebido isso, então, fez questão de despejar a informação desse jeito. Ela abaixou a cabeça e uma mecha de cabelo escorregou para frente dos seus olhos.

– Que bom, então – ela disse, levantando a cabeça para olhar para ele. – Acho que me darei bem com o meu.

– Eu também. – eles sorriram. – Agora vamos, precisamos entrar.

– Sim, senhor – Melinda disse sorrindo e Phil não pôde evitar sorrir junto com ela.



(...)



– SAMANTHA?! – Ward gritou assustado, colocando as duas mãos na parede da cela.

– Grant!! – a voz do outro lado respondeu com a mesma empolgação.

– É você mesma? – ele tirou as mãos da parede e deu um passo para trás. – Como vou saber que você não é só mais uma das ilusões de Loki?

– Porque eu sou sua irmã, Tartaruga Ninja! – ela deu uma risada do outro lado.

– Sammy! – ele gritou. – Uau! Achei que nunca mais ia ouvir esse apelido – ele parou de falar e se aproximou novamente da parede que os separava. – Cabeça de Marshmallow!

– Hey! – ela reclamou e ele deu uma risada. – Nós acabamos de nos reencontrar e já voltaram os apelidos?

Os dois deram uma gargalhada e se sentaram no chão, simultaneamente. Eles eram bem diferentes para dois gêmeos: ao passo que Ward tinha os cabelos negros, Samantha exibia os longos cabelos que escureceram um pouco com o passar do tempo, (mudando de dourado para um castanho claro) mas ela nunca pensou em diminuir o tamanho. Sempre longos. Ward também não herdou os olhos claros de Samantha, que os tinham numa cor de mel, sendo às vezes confundido com um verde claro. Mas, se tinha algo em que os dois eram exatamente iguais era a personalidade forte. Samantha nunca dava o braço a torcer, e embora fosse muito mais divertida do que ele, ela poderia ser bem explosiva se não a pegassem num dia muito bom.

– Como você veio parar aqui, Sammy? – as risadas cessaram e eles começaram a conversar mais sério.

– Os negócios da mamãe. – a mulher abaixou a cabeça, sabendo que ouviria alguma manifestação da ira do irmão.

Ward deu um murro na parede, ele parecia não sentir mais dos dedos da mão esquerda. Só havia uma pessoa no mundo que ele odiava mais do que o seu pai.

– O que aquela – ele cerrou os lábios para não ofendê-la na frente da irmã. – O que Andrea fez?

– Depois que você foi embora, ela se separou do papai. Ela já estava planejando fazer isso há séculos... Ela voltou para a casa do vovô. E me levou com ela.

– E o... – Ward expirou.

– Ele ficou com o papai. Se colocasse na balança, daria no mesmo. Andrea chorou por dias, mas aquele garoto era o cão.

– Ele herdou esse gênio cão dela.

– É, não posso discordar de você.

Ward ficou calado por um pouco. Não conseguia digerir o fato de que aquela mulher havia deixado Sammy numa situação dessas. Tudo o que ele queria agora era poder voltar e quebrar a cara dela, mesmo que ele não fosse muito de bater em mulheres. Aliás, disso ele não gostava. Nenhum pouco.

– E depois?

– Depois ela me obrigou a trabalhar para ela. Parece que o vovô tinha uma doença muito séria naquele tempo e eles estavam procurando uma cura. Não sei ao certo. Eu passava a maior parte do dia escondida para ela não me bater. Odiava fazer parte daquilo, Ward... Parecia... Sei lá, demoníaco.

– O que exatamente era lá?

– No celeiro do vovô não havia as vacas que tinha na nossa fazenda. Era uma espécie de laboratório. Aquelas lâmpadas azuladas, nenhum feixe de luz solar... Pessoas dentro de tubos... Parecia coisa de filme de ficção científica. Nem sei quantas vezes eu tive pesadelos com aquele lugar.

– Monstros... – Ward cerrava o punho.

– E então, quando eu completei 17, eu fugi. Fazia dois anos que você tinha sumido da prisão e era a única pessoa que eu amava naquela família. Depois que o Taylor – a voz dela falhou, e seus olhos começaram a lacrimejar. Ward sentia o mesmo do outro lado da cela e novos murros se ouviram. – Bem, eu só tinha você. A mamãe estava cada vez mais louca e eu aproveitei que ela estava com vários cientistas dentro de casa e fugi no carro de um conhecido que tinha ido fazer uma visita ao vovô. O homem ficou muito assustado ao ver aquela instalação toda no celeiro e saiu às pressas. Eu implorei a ele que me levasse junto, mostrei a ele as marcas no meu corpo... Contei que eu era uma escrava, comecei a chorar... O senhor então me levou com ele.

– Que instalação era essa?

– Não sei, Ward. Nos dois anos que eu morei com eles, eu não era permitida ouvir nada. Eu mal comia... Foram os dois piores anos da minha vida. Só teve um dia que eu ouvi uma palavra no laboratório e que me rendeu uma enorme cicatriz nas costas.

– Que palavra foi essa?

– "HYDRA".


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Notas finais do capítulo

Pobre Samatha... Sabe de nada, inocente...

— O que acharam? Comentários? Dúvidas? Sugestões?

#itsallconnected #StandWithSHIELD