A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 20
A Comandante


Notas iniciais do capítulo

Oláa amores!! :)
Mais um capítulo pra nós! Espero que curtam!

#BoaLeitura! :)



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Melinda desligou o telefone desnorteada e um meio sorriso preenchia seus lábios de forma irregular. Ainda não podia acreditar que ela e Coulson estavam juntos novamente, depois de passar por tanta coisa. No entanto, aquele telefonema não acrescentava muita coisa ao momento de felicidade do casal. Na verdade, era justamente o contrário.

– Coulson... A missão.

Ela apoiou as duas mãos sobre o peito dele e deixou sua cabeça repousar sobre elas, sabendo que teria que ficar longe do seu amado logo agora que se resolveram.

– O que houve? Algum problema?

– Triplett solicitou que eu fosse enviada para a E.A.R.T.H. A Hill não está dando conta de tudo por lá.

– Mas a Maria sempre teve as coisas sobre controle na S.H.I.E.L.D...

– Phil, nós a conhecemos – ela colocou as mãos sobre os ombros dele, deslizando em seguida para os braços. – Maria é uma mulher muito forte, muitas vezes arbitrária e eu não ousaria questionar sua autoridade. A questão é que mexeram exatamente no ponto fraco dela. Samantha é tudo que ela tem na vida. Sem ela, Maria Hill é apenas a Comandante da S.H.I.E.L.D.

– Entendo – ele beijou-lhe a face, colando sua testa à dela em seguida. – Vá, Melinda. Apoie Maria no que for preciso. Depois de Samantha, você é a pessoa mais próxima que ela tem. Ela precisa de você.

– Obrigada, Phil – a piloto sorriu fracamente e lhe deu um breve beijo. – Solicitarei uma aeronave para a viagem agora mesmo. Te ligo assim que chegar à unidade.

– Sim, por favor.

Ela segurou a maçaneta e abriu a porta lentamente. Parou do lado de fora da sala e o olhou por um instante. Era doloroso se despedir dele naquelas circunstâncias, sem saber por quanto tempo ela teria de ficar na nova unidade. Porém, aquele era o seu trabalho e Maria Hill era sua melhor amiga.

– Tenha cuidado – ela falou docemente e ele deu um passo em sua direção, tocando-lhe o ombro esquerdo. – E me mantenha informada, okay?

– Você também – ele sorriu, voltando a abraça-la. – Fique segura... Não sei o que eu faria se te perdesse.

– Você não vai me perder – ela levantou os olhos e o encarou fixamente. – Assim que isso tudo acabar, vamos estar juntos de novo.

– Eu te amo, Melinda. – ele disse apaixonado, percorrendo o rosto da chinesa com os dedos.

– Também te amo, Phil.

Ele a beijou lentamente como se quisesse esticar o tempo ao lado dela. Melinda sorriu e adentrou o corredor indo em direção ao subsolo, onde havia uma porção de aeronaves de todos os tipos. Ela partiria assim que conseguisse a liberação do veículo e Philip Coulson voltou para sua mesa, ligeiramente preocupado.


(...)


– Okay, Tartaruga Ninja. Acabou o momento invisibilidade – Sammy explicava, a poucos metros da saída daquele calabouço estranho. – Daqui a dez segundos, assumiremos a forma que escolhemos no banco de dados, okay? Prepare-se para encarnar um asgardiano.

– Hey – ele segurou o ombro dela e a fez parar, antes de chegarem à saída. – Que história é essa de Lady Sif? Pensei que não podíamos assumir a forma de figuras conhecidas demais. Isso pode nos complicar...

Ele mal terminara de pronunciar quando viu os cabelos loiros da irmã tornarem-se negros como a noite mais escura e seus olhos ganharem um brilho diferente. Alguns segundos e seus trajes se transformaram em uma armadura reluzente e metálica, deixando claro para ele o porquê daquele equipamento custar tanto dinheiro.

– Uau! – ele exclamou com os olhos arregalados. – Você é... Você é a...

– Lady Sif, de Asgard. Seu mundo está correndo grande perigo. – a garota pronunciou travessa, com a voz exata da guerreira asgardiana.

– Oh meu... Exatamente como ela!

– Okay, menos – ela revirou os olhos e voltou a seguir pelo corredor. – Acostume-se com isso, irmãozinho. Você virou um belo guerreiro também.

– Belo e desconhecido – ele respondeu desanimado.

– É melhor assim. Você não saberia encenar tão bem quanto eu.

– O quê? – ele respondeu ofendido. – Agora sim estou vendo a influência que você recebeu de Maria Hill...

Samantha soltou uma gargalhada farta, reconhecendo que o que ele disse fazia algum sentido.

– É verdade... Isso é muito a cara dela.

– Quando eu encontra-la... Acho que devo agradecer a ela por ter cuidado de você todo esse tempo. – ele respondeu, olhando a irmã enquanto saíam daquele lugar estranho.

– Isso é o mínimo que você deve fazer, irmãozinho – ela fechou os olhos e respirou um ar puro pela primeira vez desde que havia sido presa. – Maria foi o meu mundo todo por muitos anos.


* Massachusetts, dez anos atrás


– Então... O que vamos fazer esse ano? – Hill ajoelhou-se em cima da irmã, agitando-se na cama.

– Não, Marie – a garota murmurou com a voz grave e arrastada. – Sai de cima de mim! Eu quero dormir!

– Mas você sabe que dia é hoje!

– Terça feira, 15 de Novembro... Dia de ficar em casa dormindo o dia todo. – Samantha respondeu, desanimada.

– Ah, qual é! – a mais velha colocou as duas mãos na cintura e encarou a garota que ainda tinha os olhos fechados de sono. – Sam... Não faz isso.

– Isso o quê? – ela abriu lentamente os seus lindos olhos claros. – Eu não tô fazendo nada! Você que tá aí, parecendo uma louca num touro mecânico desligado... E sai de cima de mim pela última vez!

– Nossa... – a morena levantou os braços e saiu de cima da irmã, jogando-se ao lado dela na cama. – Parece que alguém aqui acordou de mau humor.

– Também... Com uma coisa de 60 quilos em cima de você às 5:00 da manhã...

– São 9:30, preguiçosa – Hill sorriu com a cara engraçada que Samantha fez. – E Hey! Eu não peso 60 quilos!

– Ah, dá no mesmo.

A garota puxou as cobertas e escondeu o rosto mais uma vez. Fazia quase um ano que Thomas Hill havia falecido e aquela data a fazia lembrar-se dele, mesmo que Maria só tivesse passado dois anos com Thomas. Em dois anos, ele foi um pai muito mais amoroso do que os seus dois pais biológicos foram durante seus 17 anos.

– Desculpa, Marie... Eu só não tô muito animada com essa coisa de aniversário... Vinte anos! Nossa... Grande coisa! – ela sentou-se na cama e olhou a irmã que a escutava com a cabeça confortavelmente apoiada sobre o cotovelo.

– Hey, não tem problema, okay? É o seu aniversário e você pode passar ele como você quiser. Se você quiser sair, a gente sai. Se você quiser ficar em casa a gente fica... Você que manda, maninha.

– Sério?

– Sério.

– Você não vai ficar chateada? E a S.H.I.E.L.D? Você não tem que ir treinar hoje?

– Tenho sim, mas... Tirei o dia de folga pra passar com você – ela respondeu docemente e tocou o nariz da irmã com o indicador. – Se você disser que quer passar o dia comendo cookies e assistindo os Jets perderem para os Giants, eu não vou discutir com você.

Samantha apenas riu e balançou a cabeça em negação. Pra ela, os Jets eram os melhores do campeonato, não importasse o quanto Maria dissesse o contrário. No final das contas, a loira sabia que tinha sorte de tê-la conhecido. A sorte de ter ganhado a melhor irmã que poderia ter.

– O que eu faria sem você? – ela respondeu por fim, puxando Maria para um abraço.

– O que eu faria sem você, isso sim. – Hill a soltou e a olhava enquanto tentava desgrenhar os nós do cabelo dela. – Eu teria de ficar sozinha nessa casa enorme... Com certeza não estaria mais morando aqui na fazenda... Sabe-se lá o que eu teria feito...

– Eu teria me matado, com certeza. – Sam divagou. – Aquela casa era um inferno, cara. Se eu não tivesse encontrado vocês... Não sei o que seria de mim.

– Não vamos mais pensar nisso, okay? Você está viva, eu estou viva... Precisamos comemorar isso de alguma forma.

– Obrigada, S.H.I.E.L.D. Você está certa.

– S.H.I.E.L.D? – Maria franziu a testa, estranhando o novo apelido.

– Sim, S.H.I.E.L.D. – ela sorriu e usou o travesseiro para espancar a irmã. – É assim que vou te chamar agora...

– Não, S.H.I.E.L.D não, Sam! – ela pegou outro travesseiro e o arremessou na garota, que caía aos risos sobre a cama. – Prefiro Marie mesmo... S.H.I.E.L.D. não.

– S.H.I.E.L.D! S.H.I.E.L.D! S.H.I.E.L.D! – a menor gritava, apenas por birra.

– Samantha Cameron Hill, pare já com isso!

– Só se você conseguir me acertar com isso!

A loira saiu correndo ainda descalço pela casa e Maria pegou dois travesseiros e correu atrás dela, também descalço. Aquele aniversário de vinte anos seria memorável.


(...)


– Resumindo... A Hill faria qualquer coisa por mim e eu faria qualquer coisa por ela. – Samantha terminou a narrativa, ligeiramente emocionada.

– Uau... – Ward sentou-se numa rocha no meio do caminho. – Ela deve estar louca atrás de você, agora...

– Foi a primeira coisa que pensei quando vim parar aqui.

Samantha sentou-se ao lado do irmão, sentindo a brisa que emanava das montanhas azuladas. A armadura a incomodava um pouco ainda, ela nunca havia usado uma daquelas antes. Ward agora assumira a feição de um homem um pouco mais velho do que ele, com um cavanhaque e com cabelos loiros. Se ele tivesse um espelho naquele momento, com certeza ele surtaria com a sua nova imagem.

– Alguma ideia agora? – Ward perguntou, admirando a bela paisagem deserta à frente deles.

– Acho que sim.

– Como assim, “acho”? – ele a olhou preocupado. – Se Loki descobre que nós fugimos ele mata você lentamente e depois mata a mim! Ou então faz alguma bruxaria pra que a gente mate um ao outro!

– Calma aí, garoto! A mamãe aqui tem um plano.

– Que você acha que vai funcionar, certo?

– Não enche, Ô do Cavanhaque. – ela zombou dele e tirou um dispositivo da sua mochila. – Eu nunca ando desprevenida.

– O que é isso?

– É a nossa passagem de volta, Grantie. Só precisamos encontrar um lugar para estabelecer uma comunicação com a Terra.

– Comunicação com a Terra? – Os olhos de Ward quase pularam para fora das caixas. – E como você pretende fazer isso, Lady Sif? – ele ironizou. – Vai chamar o Thor pra levar a gente pra casa?

– Não, baby. Essa é só a segunda parte do plano. No momento, eu preciso informar à Hill o que está havendo.

– E como vai ser isso?

– A essa altura, Maria já deve ter movido meio mundo na S.H.I.E.L.D pra tentar me encontrar... Vejamos – ela configurava o dispositivo. – Batalha de nova York... Doutor Selvig e o cubo...

– No que você tá pensando, Sammy?

– Hora da aula de ciências, Grantie.


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Notas finais do capítulo

Sammy, Sammy... No que você tá pensando??

— O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD #23thSeptember