My Sky Angel escrita por Snowflake


Capítulo 8
Capítulo 7 - Kristoff


Notas iniciais do capítulo

Sentiram a minha falta? Espero que não! (Pensando bem talvez um bocadinho era bom pois dava sinal que estou a fazer um bom trabalho....)
Desculpem a demora pessoal e eu até começava a dar os motivos da demora mas eu não vos quero maçar!
Tenho aqui um capítulo maiorzinho para vos compensar!!



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Saímos da pequena sala. Finalmente céu aberto! Podia estar bastante contente por sair daquele espaço confinado mas estava nervoso. Isto dava para se ver em Sven, o meu hiddick, que esvoaçava à procura de fugir e nunca mais voltar. Também eu me sentia assim. Ao olhar para os hiddicks dos meus amigos pude ver as suas emoções também, era como mesmo que eles se fizessem de impassíveis saberíamos verdadeiramente como se estavam a sentir. O camaleão da minha irmã estava cor-de-rosa para se camuflar com a roupa. O urso de Merida estava escondido nos seus cabelos só com a cabeça de fora. O agapornis de Anna cantarolava e de repente calava-se para passado algum tempo voltar a cantarolar. Estavam todos um tão amedrontados como exitados e isso reparava-se bem menos numa pessoa: Hans. O seu hiddick dormia calmamente no seu ombro mas eu consegui reparar que estava alerta. Com uma orelha espetada, como um cão, e um olho entreaberto, bufava de vez em quando como se estivesse a ser ameaçado. Aquele rapaz dava-me arrepios. Sempre bastante confiante de si mesmo mas bastante reservado como se escondesse algo obscuro. Sabia da Rapunzel que nem as irmãs sabiam ao certo o seu passado antes de ser adotado. O seu olhar era muitas vezes frio e desafiador mas reparara que quando olhava para as irmãs era caloroso e protector. Mas era preciso estar muito atento para o reparar. Eu passara a minha vida a conhecer as pessoas pelo olhar pois era bastante inseguro a respeito delas. Animais eram mais de confiança. As únicas pessoas em quem confiava eram a minha irmã e começara a ganhar a confiança de Merida e Anna.

O único som que se ouvia agora era o hiddick de Anna que cantarolava alegremente com as suas súbitas paragens para observar o ambiente à sua volta. Já tínhamos andado, aproximadamente, meia-hora e a minha ansiedade aumentava de minuto para minuto. Onde é que o ancião nos levava. Parecia ter lido os meus pensamentos pois decidiu falar.

– Chegamos – a sua voz grave e idosa entoou na clareira em que nos encontrávamos – agora quero que pensem nas vossas asas por trás de vocês.

Olhei para os outros. Estavam na dúvida se isso resultaria afinal qual é o anjo que nunca sonha nas suas próprias asas? Eu sonhei e nunca me apareceram.

– E como temos a certeza que isso vai resultar? – a voz de Hans surpreendeu-me. Ele era usualmente calado e eu mal ouvira a sua voz. Não valia a pena, o seu olhar já nos dizia que nós não o devíamos desafia-lo. A sua voz tornara-se grave e forte provocando-me um arrepio na espinha. Pelos vistos a voz fazia jus à aparência de Bad Boy.

– Agora que têm os vossos hiddicks vocês vão conseguir somente com o pensamento. Acreditem em mim. – Acabara com uma voz diferente mas eu não pensei nisso, só pensei em acreditar.

Pensei. Asas brancas, pois diziam que primeiro se começava com asas brancas e depois é que se tornavam da cor amarela para Adnis, azul para Lufhins. Pensei ainda mais. Asas grandes a romperem das minhas costas como por magia. Forcei a minha mente e senti Sven a pousar no meu ombro. Ouvi o seu piar mas parecia a quilómetros de distância. E, sem abrir os olhos, vi nós os 5 ali de olhos fechados e o ancião a olhar para nós de modo enigmático como se fosse um espectáculo digno de se ver. E foi então que senti. Fui puxado para mim próprio e sai do modo 3ª pessoa. Uma dor abrupta rompeu nas minhas costas como se estivessem a rasgar a pele. Caí de joelhos enquanto sentia aquela dor dilacerante. Tentei agarrar as costas para ver se conseguia parar aquela dor mas as minhas mãos não queriam desagarrar a minha cabeça onde só depois notei que a estava a agarrar. Não conseguia tirar as mão dali então agarrei os meus cabelos. Ouvi gritos mas não os conseguia distinguir. Gritei tentando diminuir a dor. Vi que não valia a pena. Somente tentei não sair da minha linha de raciocino: Asas, pensar em asas. Brancas. Penas. Nas costas. Gritei. Caí para o lado enquanto gritava tentando diminuir a dor. Senti as lágrimas nos olhos. Tanta dor. Consegui pensar na minha irmã. Tive pena dela e até de Anna adorava ajudar os outros mas era teimosa o suficiente para dizer que conseguia fazer tudo sozinha.

No meio de tanta dor sorri. E consegui distinguir os gritos. Anna, Rapunzel, até Merida estava a gritar. A corajosa Merida a gritar e foi então que ouvi. Um grito mais grave ecoou na clareira e eu gritei também. A dor era tanta. Verdade seja dita que pensei em morrer. Mas agora estava a diminuir e comecei a perceber e a distinguir ainda melhor. Hans gritara. Afinal não tinha um coração de pedra, ainda sentia dor.

Consegui abrir os olhos. A minha visão estava embaciada mas comecei a ter uma melhor perceção das formas. Os gritos foram diminuindo e quando comecei a voltar ao normal reparei que havia mais luz do que o normal. As nossas asas brilhavam e era isso que diminuía a dor. As nossas asas. Depois de tantas horas de dor gargalhei. Eu tinha asas. EU TINHA ASAS!

O brilho esmoreceu e já estávamos todos de pé. Afaguei Sven que estava ao meu lado a olhar curiosamente a ver se eu estava bem. Depois afaguei as minhas asas. Eram suaves e ao toque da minha mão encolheram-se ligeiramente. Olhei para os outros e reparei que havia asas mais acinzentadas que outras. As minhas eram ligeiramente acinzentadas e parecia que tinham sacudido tinta cinzenta o que dava um olhar engraçado.

– Agora – o ancião sorriu para nós – vamos ao primeiro voo.

Subimos a um monte, todos alegres. Já não sentíamos a dor nas costas de onde as nossas asas tinham nascido. Estávamos um pouco nervosos mas nada se comparava à nossa alegria. Íamos voar.

– Quando vento passa por aqui é sempre a vosso favor – o anjo sénior explicou – Só precisam de abrir as asas e não cair muito depressa. Vão precisar de bater, às vezes, principalmente para levantarem voo. Quero que pensem que os vossos ossos estão mais leves e não pensem em bater as asas – olhamos para ele, um pouco confusos – vocês também não pensam em mexer os braços e eles mexem-se! As asas são como os braços, entendido?

Todos assentimos e eu consegui sentir uma corrente de ar. Pensei em penas. Pensei como eram leves assim como eu. De repente olhei para o chão e não lá estava. Gargalhei e bati mais as asas para ir mais alto. Voava desajeitadamente e por pouco não caí

– Sintam as asas até à última pena.

Inspirei fundo e abri ao máximo as asas. O vento a bater-me na cara e nas asas. Estava a senti-las. Até à última pena. Bati. Agora já não voava como um desajeitado mas como Sven que me olhava de lá de baixo. Inspirei em busca de ar. Estava cansado. As asas doíam devido ao esforço. Pensei em aterrar com leveza então estiquei as minhas asas para diminuir a velocidade. Mas consegui calcular mal e caí num trambolhão.

– Ai! – gritei mas levantei-me e fui ter com o ancião. Os outros também aterraram não muito melhores que eu. Só Hans não caiu e Merida fez uma aterragem quase apresentável. Já nós os três fomos um desastre.

– Muito bem, -elogiou – agora recolham as asas e vão para casa. A coloração aparecerá hoje à noite.

Recolhe-mos as asas com uma palavra em latim pois estas tinham o total controlo sobre nós.

“Occultare” sussurrei ao encolher as asas contra as minhas costas. Significava ocultar/ esconder. A minha camisola estava rasgada e no lugar de onde estavam as asas estavam 2 cicatrizes em forma de “v” invertido. Os outros também estavam marcados com as cicatrizes e em Hans, que olhava ligeiramente aflito tentando não demostrar, reparei que ao lado das cicatrizes das asas haviam outras mais pequenas e arredondadas como se fossem queimaduras de algo pequeno e redondo. Decidi não comentar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Comentem!!!
~-...-~
Terras Dufins - Rei Lufhins - Anjos principais, por assim dizer: Elsa, Jack, Hiccup
Terras Weerfins - Rei Adnis - Anjos principais, por assim dizer: Anna, Hans, Merida, Kristoff, Rapunzel
~-...-~
❄Abraços,
Snowflake❄



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