My Sky Angel escrita por Snowflake


Capítulo 12
Capítulo 11 - Elsa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505845/chapter/12

Acordei relaxada. Dormira bem. Acho que não estarmos só os três sozinhos mas sim com mais pessoas descansara-me. Mas o relaxamento não durou muito. Um sentimento de alerta invadiu-me e instantaneamente olhei para Marshmallow. Estava agitado como os outros hiddicks que também não se podia dizer que estavam muito sossegados.

Olhei para os meus companheiros a dormir descansadamente. Só Anna estava acordada e bastante agitada.

– Passa-se alguma coisa? – perguntei intrigada.

Ela olhou um pouco para os lados.

– Não – respondeu por fim olhando para a entrada da caverna.

– Já te disseram que mentes muito mal? – olhei-a com um pouco de escárnio.

– Já – ela corou.

Ouvi um gemido antes de poder voltar a perguntar e Merida espreguiçou-se. Olhou para nós.

– Bom dia pessoas madrugadoras. – disse.

– Bom dia – tanto eu como Anna respondemos ao mesmo tempo o que nos fez entreolharmos.

– Que se passa? – pergunta olhando à sua volta.

– Miss Má Mentirosa não quer dizer – apontei para Anna. Começava-me a sentir mais à vontade com aquelas duas. Era bom ter amigos do sexo feminino.

Merida olha para mim com uma cara curiosa mas sorridente. Depois olha para Anna intrigada. Anna somente cora e começa a entrelaçar e a desentrelaçar os dedos em sinal de constrangimento.

– Bem, eu ouvi um ruído – tartamudeia – os hiddicks estavam bastante agitados.

Eu e Merida olhamos para Anna, uma para a outra e depois voltamos a atenção para Anna.

– E tu? – pergunta – Viste alguma coisa?

Ela nega. Eu suspiro. Aquilo começava a intrigar. Ambas olhavam com os mesmos olhares que eu. Curiosidade, frustração e receio.

– Podemos não contar a ninguém? – elas olharam para mim de sobrolho franzido e eu desejei não ter falado – Para não os preocupar sem razão.

– Mas isto pode ser algo. – Anna olha diretamente nos meus olhos e eu não desvio o olhar.

– Pode também não ser nada. – ripostei – pode ser algum animal.

Olhei para Jack e Hiccup. Ainda não sabiam porque tinham fugido mas eu não queria preocupá-los mais do que já estavam. Ainda me lembrava de quando as minhas asas brilharam. Os guardas a olharem para mim com espanto para depois substituírem o olhar para desprezo. Será que eles também me veriam assim? Estávamos no mesmo teto que alguns Adnis mas isso não queria dizer nada. Saber que partilharam a vida, os segredos com um anjo de outra raça. Não queria perder o que tinha com eles.

– Passa-se alguma coisa? – Anna olha para mim e eu semicerro os olhos. Parecia que lera os meus pensamentos.

Olho para ela. Não sabia se o meu olhar me denunciava mas também não me dei ao trabalho de negar. Era capaz de partilhar a coroa com Anna em Miss Má Mentirosa.

Sinto o olhar de Merida em cima de mim também. Somente suspiro.

– Só alguns problemas – decidi desabafar mas sem revelar muito.

Anna suspirou como em concordância e foi a minha vez de erguer a sobrancelha. Observei-a com atenção. Uma jovem bastante bonita mas logo reparei que, se ela e Merida eram irmãs, tinham puxado semelhanças totalmente diferentes. Observei a silhueta adormecida de Hans. Tinha um sorriso despreocupado no rosto e dormia profundamente. Também as parecenças entre as suas irmãs eram raras. Voltei novamente a minha atenção para a rapariga com uma estranha madeixa branca. Algo nela me atraía como a uma borboleta para uma chama. Era uma atração bastante semelhante ao que me fazia correr para a floresta proibida todos os dias. Sabia, no fundo do coração, que podia confiar nela mas não sabia o porquê. O seu rosto não me era estranho. Era estranhamente familiar.

– Anna, como estamos de reserva de comida? – perguntou Merida.

Após um revisar nos sacos por parte de Anna ela olha atentamente para a sua irmã.

– Não temos muita embora ainda dure algum tempo – explicou – não posso prever precisamente, principalmente agora que temos mais pessoas.

– Olha, se quiseres, se estivermos a fazer de peso morto podemos ir embora. – não queria que ninguém se sentisse mal por causa de nós, por causa de mim.

– Eu posso caçar se vos ajudar – olhei para o dono da voz. Não sabia que Jack estava acordado.

– Se começarmos a usar esta caverna como abrigo, vamos precisar. Obrigada Jack – agradeceu Anna.

– Podemos começar a fazer turnos de caça e de vigia até – sugeri olhando cumplicemente para elas.

Aos poucos todos foram acordando. O Sol começara a ficar alto e sorri aliviada ao ver que mesmo sonolentos eram capazes de acordar de bom humor. Bem, a maior parte.

Saí um pouco para fora da caverna para espairecer. Precisava de tempo só para mim. Depois de beber e aclarar a garganta com água fresca subi ao topo de um pequeno monte. Sentir a aragem que passava na cara refrescava-me as ideias e reprimi um impulso de voar. Olhei mais para baixo. No meio de algumas árvores distingui, inconfundivelmente, o brilhar de água. Mais tarde exploraria o local.

Voltei para dentro onde a maior parte, acho que todos, se preparavam para comer. Sentei-me também já com o estômago a reclamar por comida. Quando acabamos de comer dispersamo-nos. Hiccup decidira abrir as asas e ver como estavam a recuperar. Os restantes rapazes voavam. Merida desaparecera da vista com o seu arco. Eu ajudava Anna e Rapunzel a organizarem a pequena caverna de forma a torna-la acolhedora.

Quando tudo já estava acabado, arranjei uma desculpa para sair dali. Estava cansada e queria mesmo abrir as minhas asas. Como os outros me davam inveja. Andei algum tempo com Marshmallow até fugir da vista de alcance deles. Quando já estava satisfeita abri as asas. O vento a percorrer cada pena da asa fazia-me sentir única. As minhas asas eram parecidas com Marshmallow principalmente agora, em que em ambos a capa era amarela. Passei a mão por elas. Suaves e traiçoeiras. Se não fossem amarelas estava neste momento a voar com os outros, alegre da vida. Mas se não fossem amarelas eu estava ainda em Dufins onde estaria infeliz pois os meus únicos amigos seriam Hiccup e Jack. Não Merida e Anna. Já reparara que começava a ter alguma afinidade com elas.

Dei um impulso com as pernas e levantei voo. Subi e subi e quando olhei para o lado vi-os. Desci rapidamente. Não me tinham visto. Começara a ganhar velocidade e um pequeno medo começara a preencher-me.

– Como faço para diminuir a velocidade, Marshmallow? – ainda era inexperiente pois voar com asas com a cor errada às nossas características não era propriamente fácil.

O meu hiddick abriu as asas suavemente e diminui a velocidade. Tentei repetir os movimentos da coruja lembrando que não podia ser demasiado abrupto se não teria o mesmo problema de Hiccup. E, deslocar uma asa seria o pior que me poderia acontecer. Aterrei levemente e gargalhei. Aquilo soubera tão bem. Voltei para não haver suspeitas mas isso não me impediu de rodopiar um pouco. Quando estava perto o suficiente recolhi as asas e apareci. Ninguém suspeitara o que me fez sorrir eternamente.

– Elsa! – alguém chamou – Cá estás tu!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não se esqueçam de comentar pois eu adoro os vossos comentários.
Tenho estado a pensar e decidi perguntar-vos. De que ship acham que devia ser o primeiro beijo? Respondam pela ordem de primeiro a último pois podem escolher um ship que não me dê muito jeito para ele pois poço já ter planos para eles!!
~-...-~
Terras Dufins - Rei Lufhins - Asas Azuis
Terras Weerfins - Rei Adnis - Asas Amarelas
~-...-~
❄Abraços,
Snowflake❄