[Dramione] - Revelações 2 - Escolhas escrita por Mione Malfoy


Capítulo 9
Aleto Carrow


Notas iniciais do capítulo

Olá amores. Capítulo novo pra vocês.
A Mi vai sofrer um pouquinho então não me matem.
Amo vocês



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505307/chapter/9

Aleto Carrow

Pov Draco Malfoy

O domingo amanheceu nevando. Completamente normal para aquela época do ano, mas naquele domingo em especial eu acordei feliz. Minha mãe me ajudaria a terminar as decorações da mansão para o natal e a tarde Hermione e eu iríamos aproveitar para namorar um pouco na casa dela.

Tomei um banho quente e desci para tomar café com minha mãe na cozinha, um hábito que começamos recentemente, já que tomar café da manhã na imensa sala de jantar era completamente desnecessário. Compramos uma mesa pequena e fazíamos todas as refeições lá.

Ao entrar na cozinha vi minha mãe sentada com uma xícara de café na mesa a sua frente, completamente entretida com o Profeta. Greek estava parado a um canto e assim que percebeu minha presença se adiantou para puxar minha cadeira e me servir de café e bacon com ovos.

– Bom dia filho. Dormiu bem?

– Sim mamãe. E a senhora?

– Estou bem.

– Vai tomar só café? – disse apontando a xícara vazia.

– Já comi. Sinto não ter lhe esperado, mas hoje Andrômeda e eu combinamos de levar o pequeno Ted para passear. Ela também quer que eu conheça o padrinho dele. Harry Potter.

– O Cicatriz é padrinho do meu primo?

– Ele era próximo de Ninfadora e Remo.

– É, Lupin era amigo do pai dele e Tonks era auror, pupila do Olho-Tonto e responsável por cuidar dele. Era natural acabarem virando amigos. Eram todos da Ordem.

– Sim, foi exatamente o que Andy disse.

– Pensei que a senhora iria me ajudar com a decoração para o natal.

– Podemos fazer à tarde, Andy vem pra casa comigo e você pode conhecer seu primo.

– Acho que pode ser. Vou tentar falar com Hermione.

– Tinha combinado de passar a tarde com ela?

– Sim. Ela deve ir pra casa dos Weasleys hoje e almoçar por lá. Vou até a casa dela ver se ainda a encontro em casa.

Dei um beijo em minha mãe e em seguida aparatei para a casa de Hermione. Ri um pouco da cara de uma senhora ao me ver chegando, sabia que ela havia me visto aparatando pois ela esfregou os olhos e ficou me encarando. Dei um sorriso de canto para ela, acenei e ela pareceu se convencer que havia visto coisas. Atravessei o jardim até a porta e bati, nada. Bati novamente, sem resposta. Me afastei um pouco para olhar a casa e percebi as luzes do andar de cima acesas. Será que ela havia esquecido as luzes acesas? Provavelmente não, ela não dormia com luzes acesas e durante o dia não havia necessidade de acender alguma. Comecei a achar estranho, até que a mesma senhora de minutos atrás se aproximou da cerca que dividia as casas.

– Rapaz! Psiu, rapaz!

– Sim? – estranhei.

– Se está procurando a menina dos Granger ela não está em casa.

– Ah, obrigado. – fiz menção de me virar mas ela chamou atenção novamente.

– Ela saiu ontem à noite e não voltou. Quando a vi ela estava lendo uma carta, entrou correndo e saiu correndo e não voltou mais.

– Ok. Obrigado.

Me afastei e procurei um lugar para aparatar, eu não sabia exatamente onde era a casa dos Weasleys, mas era para lá que eu estava indo.

Pov Hermione Granger.

Acordei atordoada, tentando entender onde eu estava. Olhei em volta mas não havia nada, nenhuma mobília, nenhum objeto, nem mesmo um papel no chão. Eu conseguia ver duas janelas no cômodo, mas ambas estavam com as cortinas fechadas. Eu não sabia se era dia ou noite, tentei me mover mas eu estava firmemente amarrada a uma cadeira. Procurei a porta e não a encontrei, devia estar na parede atrás de mim.

Comecei a me contorcer e tentar virar a cadeira para a parede oposta, tentando ter uma visão da porta, mas tudo que consegui foi cair de lado batendo meu braço. Um choque passou por todo meu corpo, pois meus músculos estavam um pouco dormentes. Senti meus olhos lagrimando e me forcei a não chorar. Estava ali jogada de qualquer jeito procurando formas de me libertar, mas sabia que era impossível. Eu não sairia dali. Pelo menos não viva. Ouvi passos e em seguida uma porta se abrindo atrás de mim.

– O que diabos você pensa que tá fazendo Granger? – uma luz foi acesa, me deixando cega por alguns instantes - Acha que vai conseguir se soltar facilmente?

– Onde nós estamos? – perguntei enquanto adaptava meus olhos a nova claridade do ambiente.

– E faz alguma diferença saber? – Aleto apareceu e levantou a cadeira. – Você vai morrer aqui, sua maldita sangue-ruim.

Ela cuspiu em meu rosto e saiu de meu campo de visão, voltando segundos depois com outra cadeira que colocou a minha frente, sentando-se em seguida.

– Porque não me matou ainda Aleto?

– Não é óbvio? – disse sorrindo maliciosamente.

– Acha que vão fazer uma troca de reféns. Quer Amico de volta.

– Exatamente. Pra uma sangue-ruim você realmente é bastante inteligente.

– Nâo seja idiota Aleto, se eu morrer nunca mais vai ver seu irmão.

– Ah, mas eu não planejo matar você ainda, pode ficar tranquila. Eu avisarei quando sua hora chegar.

Ela se levantou e levou a cadeira consigo, me deixando sozinha e no escuro novamente.

Pov Draco Malfoy

– Como assim ela não está aqui? Fale a verdade Weasley!

– Eu estou falando Malfoy! Ela não veio pra cá. Talvez esteja no Harry. Afinal como você que é o namorado dela não sabe onde ela está?

– Hermione não está na casa dela. A vizinha disse que ela saiu ontem à noite depois de ler uma carta e não voltou pra casa.

– E porque você achou que ela estivesse comigo?

– Foi um palpite.

– Ciúmes Malfoy? Acredite, já estou desistindo de conquistar Hermione. Agora se puder segurar meu cotovelo eu vou levar a gente até a casa do Harry.

Aparatamos bem na porta e o Weasley tocou a campainha. Demorou um pouco até que o Potter viesse abrir a porta.

– Malfoy? Ron? O que houve?

– Mione está aqui Harry?

– Não. Porque? - Weasley e eu nos entreolhamos. – Rony, o que está havendo?

– Conte a ele o que me disse. – o ruivo sinalizou.

– Fui até a casa de Hermione essa manhã e ela não estava lá. A vizinha dela me disse que depois de receber uma carta ela saiu de casa e não voltou mais.

– Hermione não passaria a noite fora. Não na situação atual.

– Concordo. Ontem mesmo eu falei com ela no Beco pra que ela ficasse alerta.

– Que situação? – perguntei.

Foi a vez dos dois se entreolharem.

– Hermione não lhe falou nada?

– Sobre o que, Potter?

Ele respirou fundo e me encarou.

– Rony e eu estamos atrás dos Carrow já há algum tempo. Temos ficado de olho nela de vez em quando porque ela não aceita escolta. O Sr. Weasley já tinha avisado que era perigoso então Hermione tem usado feitiços de proteção na casa. Uns dias atrás Rony e eu conseguimos capturar Amico, mas Aleto escapou. Ficamos preocupados então Rony deixou a Mione em alerta.

– Eu suspeito fortemente que aquela mulher imbecil esteja por trás do sumiço da Mione, precisamos de reforços.

– Eu cuido disso. Vou até o ministério e tratarei de mobilizar um esquadrão. Você vai com o Malfoy até a casa de Hermione, tentem descobrir o que tirou ela de casa.

Potter entrou novamente em casa e Weasley e eu aparatamos para os jardins de Hermione. Depois de desfazer alguns feitiços e encantamentos nós entramos na casa. Vasculhamos todo o andar de baixo e então eu subi as escadas para procurar algo. Entrei no banheiro e em seguida no quarto. Foi onde achei a tal carta, vi o selo do Ministério e chamei o ruivo.

– Olhe a assinatura dessa carta.

– É o nome do meu irmão, mas a letra não é dele. Precisamos ir ao Ministério.

Pov Hermione Granger

Meus braços e pernas estavam dormentes, como forma de passar o tempo e ignorar as câimbras eu tentava dormir. Não tinha mais nenhuma noção de tempo, sentia sede, fome e dor. Pensei em Draco, Rony e Harry, eu sabia que eles notariam minha ausência e sabia que viriam atrás de mim. Ainda não tinha decidido se isso era algo bom ou ruim.

Ouvi a porta se abrir e a luz foi acesa novamente. Senti meus olhos doerem e os fechei automaticamente, piscando para adaptar enquanto via o vulto de Aleto se movendo pelo cômodo.

– Eu estou com sede. – disse com a cabeça baixa.

– Quer ficar quieta?

Olhei em volta agora que já estava enxergando. Aleto estava terminando de colocar uma mesa no canto direito, saiu da sala e quando voltou pude sentir o cheiro de comida. Minha barriga roncou e fiquei pensando em quanto tempo eu já estava ali. A comensal colocou a refeição na mesa e conjurou um copo enchendo-o com água logo em seguida.

– Há quanto tempo estou aqui? – perguntei enquanto ela se aproximava.

– Menos de 24 horas.

– Não é a sensação que tenho.

Aleto me libertou das amarras e eu caí no chão, senti como se estivesse levando inúmeros choques elétricos em meu corpo, cada movimento que eu tentava fazer era como uma faca. Logo senti novamente a dormência e então comecei a sentir meus músculos normais de novo. Não sabia que ficar tanto tempo imóvel podia ser tão horrível.

Levantei com dificuldade e notei que minha cadeira já havia sido colocada na mesa e que Aleto havia se sentado lá também, embora a refeição fosse apenas para um. Me aproximei devagar e me sentei. Comi com tanta vontade que logo já havia terminado, bebi toda a água e quando terminei, Aleto ainda me encarava, com uma expressão indecifrável.

– O que quer? – perguntei.

– Meio óbvio não acha? Informação.

– Acha realmente que eu sei de alguma coisa?

– Talvez. – fez uma pausa, levantou-se e começou a andar pela sala. – Amico não foi enviado para Azkaban. Pra onde o mandaram?

– Não sei.

– Não minta.

– Não estou mentindo. Eu realmente não sei.

– Onde estão seus amiguinhos?

– Não vou lhe dizer nada que os coloque em risco.

– Imaginei. Não vai adiantar lhe fazer perguntas, você não tem nenhuma informação que me seja útil. Mesmo assim era mais fácil capturar você do que o Potter ou o Weasley.

– Como sabia que eu estaria no Ministério?

– Pensei que fosse mais inteligente. Eu enviei a carta.

– Mas era um envelope com o escudo e o selo do ministério.

– Eu usei Imperius na secretária do gabinete do Ministro. Foi ela quem enviou a carta pra você, sob ordens minhas.

– Como você...

– Consegui enfeitiçar ela? Foi bem fácil na verdade. Amico e eu estivemos observando o Ministério, já que dominar o lugar é essencial, foi por onde o Lord das Trevas começou sua ascensão, logo, nada mais lógico que fazer o mesmo. Pegamos alguns funcionários, mas não foram muito úteis. Até que pouco antes de meu irmão ser levado, encontramos essa, esperei até ela sair e a enfeiticei para me obedecer. Simples não é?

– Por quanto tempo pretende me manter aqui?

– O tempo necessário. Sei que seus amiguinhos estão lhe procurando, mas nunca vão encontrar o lugar onde estamos. Usei algumas magias das trevas bem poderosas para nos esconder.

– Não vai conseguir o que quer Aleto.

– É o que veremos. E você deveria estar rezando para que eu consiga ou então você pode se considerar descartável.

Dizendo isso ela se retirou da sala me deixando trancada novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?