Chocolate Heart escrita por Alice Eansor


Capítulo 1
For those who have chocolate heart.


Notas iniciais do capítulo

Esse oneshot nasceu nesse meio tempo em que o Nyah ficou em manutenção, a princípio eu nem planejava dar muita atenção para a Isabel, porque ela sempre foi só uma figura complementar para a personalidade do Kazimir. Li em algum lugar que pessoas com traumas ou que vivem sozinhas por muito tempo tendem a ter um cachorro de estimação para compensar o amor ou a inocência que perderam de alguma forma, então minha primeira reação foi criar a simpática Isabel para o Primeiro-Tenente Krieg. Mas acabei decidindo que ela é especial sim e como todos os personagens da fanfic ela merece um espaço só dela (mesmo que seja tão pequenino), porque antes do Kazimir conhecer o Damien quem cuidava dele era ninguém menos que a labradora chocolate.
Então, após essas carismáticas notas, tenha uma boa leitura. ;*



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“Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.” - Milan Kundera

-x-

Tudo começou naquele dia.

Ouvi o despertador no quarto do papai tocar e logo levantei-me e corri até a sua cama, dando um salto olímpico e pisando em cima dele enquanto mergulhava meu rosto nos cobertores e balançava a cauda freneticamente. Papai tinha dormido a noite toda e isso era bom, às vezes eu tinha que acordá-lo de algum pesadelo e ele sempre parecia muito triste nessas vezes, embora eu nunca tenha entendido ao certo o porquê dele ter sempre aqueles sonhos ruins. Uma vez ele me abraçou forte, estava tremendo, e sussurrou como se quisesse meu conselho “O que foi que eu fiz?”, mas eu não sabia do que ele estava falando então disse para ele não ficar triste e lambi seu rosto. Ele não acatou meu pedido, levantou-se e ficou vendo televisão até de manhã.

Joguei meu corpo no lugar onde papai estava deitado quando ele se levantou, a cama desarrumada ainda tinha o calor e o cheiro dele. Papai tinha um cheiro bom que eu não conseguia relacionar a nenhum outro, era apenas o cheiro dele e eu gostava de rolar em cima da sua cama quentinha durante as manhãs frias embora ele claramente não gostasse dessa minha atitude e reclamasse que não queria pelos em sua cama. Bom, ele tinha de aprender a ser um pouco menos egoísta, ele tinha uma cama tão grande e me deixava dormir na minha caminha na sala todos os dias, isso me aborrecia, mas já tinha superado.

Ele limpou os coturnos e os jogou no chão indo para o banheiro tomar seu banho matinal. Papai era muito forte, ele tomava banho duas vezes por dia e eu queria ser tão forte quanto ele quando crescesse. Bufei quando ele ligou o chuveiro e voltei minha atenção para os sapatos no chão, em cima do carpete macio.

Não sei exatamente porque papai ficou tão bravo quando me viu mordendo o solado da sua bota, ele mesmo tinha a tinha colocado no chão para que eu a mordesse, ou pelo menos é o que qualquer cachorro normal presumiria: está no chão, posso morder. Mas sendo como fosse logo que ele vestiu suas roupas nós fomos para a cozinha tomar café da manhã, papai fez panquecas com calda de chocolate e logo percebi que estava de bom humor, ele também me deu alguns pedaços e fiquei muito feliz quando ele me deu atenção e afagou minha cabeça. Papai tinha mãos grandes e quentinhas e quando ele a colocava na minha cabeça era como se eu usasse um capacete, então eu sempre me sentia protegida.

Terminamos de comer e resolvi preencher o restante do meu estômago com um pouco de ração, ela não tinha um gosto tão bom quanto as panquecas mas mesmo que tivessem eu comi tão rápido que sequer teria percebido o gosto se tivesse algum. O papai me esperava com a coleira em mãos, a melhor parte do dia era sem dúvidas a caminhada matutina, eu adorava andar pelo bairro junto com o papai, porque eu podia sentir o cheiro de várias coisas diferentes e também exercitar minhas patas.

Comecei a balançar a cauda alegremente e de repente fomos em direção ao carro, perguntei ao papai porque iriamos de carro hoje e ele não respondeu, só me pediu para parar de falar e fui obrigada a obedecê-lo. Entrei no carro chateada por não saber para onde estávamos indo, mas sorri assim que meu pai abriu a janela e me deixou colocar a cabeça para fora. Era muito divertido andar no carro com a cabeça na janela porque os cheiros passavam pelo meu nariz tão depressa que ele logo ficava molhado e gelado, eu também não conseguia enxergar direito o que estava acontecendo lá fora, mas sempre que via alguém na calçada eu latia para chamar sua atenção e papai me chamava de escandalosa.

Paramos em frente a uma construção bonita com uma grande placa em forma de osso na frente, mas assim que olhei para a porta reconheci imediatamente a mulher de pele enrugada e cabelos brancos, ela era maldosa e cruel. Comecei a chorar e tentei esconder debaixo do banco, mas o papai me puxou e como me recusei a andar ele me carregou no colo até a clínica veterinária. Fiquei muito brava com o papai quando ele me deixou ali, eu o amava tanto e ele estava me abandonando com a bruxa com cheiro de talco para os sapatos. Chorei e gritei por ele várias vezes, mas o papai foi mesmo embora e me deixou ali.

Eu poderia descrever todo o meu dia de horror naquela clínica veterinária e não quero me gabar, mas não sei como escapei de lá viva, acho que sou mais corajosa que as cadelas da minha idade, mas não vou dizer com detalhes o que aconteceu porque prezo vocês, caros leitores e não quero traumatiza-los para sempre. Basicamente, fui submetida a esperar com outros cachorros durante algum tempo, não gosto muito de esperar com outros cachorros, alguns deles não são boas companhias e os rapazes mais velhos fazem comentários fúteis a meu respeito. Logo tomei uma injeção que a doutora disse ser contra a raiva, tentei dizer a ela que eu não era estressada e nem nada do tipo, mas ela acabou me espetando com aquilo. Depois voltei para esperar com os outros cães e notei que havia uma cadela com vários filhotinhos, queria brincar com eles, mas a gaiola em que estavam era longe da minha e apenas conversei um pouco com a mãe deles.

Sempre gostei muito de filhotes e por ser filha única eu sentia que papai deveria ter mais filhos, ele era um pouco solitário demais e eu acho que devia arrumar uma esposa. Queria muito ajudá-lo a criar um filhote, eu iria ensinar a ele todos os segredos da casa e mostrar para ele onde o papai esconde os petiscos que eu não consigo alcançar. Seria divertido ter um irmãozinho ou irmãzinha, certo, iria falar sobre isso com o papai assim que ele viesse me buscar.

Esperei, esperei e esperei. Então apareceu uma menina bonita de cabelos castanhos e me levou para uma sala cheirosa, só percebi que era a sala de banho quando era tarde demais. Os cachorros que estavam tomando banho choravam e esperneavam, mas decidi ficar elegante e quieta enquanto era ensaboada, mesmo que por dentro eu estivesse achando aquilo uma completa tortura, queria honrar o papai e iria tomar banho sem nenhum escândalo, afinal, eu já era uma garota crescida e educada. Ganhei um ossinho quando terminei o banho e os outros cachorros ficaram com inveja, fiz questão de comer devagarzinho para que eles percebessem o quanto estava gostoso.

Finalmente o papai veio me buscar, a moça bonita do banho tinha colocado um laço na minha orelha e eu desfilei até o carro do papai só para que ele notasse o quanto eu estava linda e cheirosa, mas ele parecia estar longe e sua mente estava em outra coisa. Ele disse que tinha conhecido alguém legal e que se não tivesse que me buscar no veterinário ele provavelmente estaria com essa pessoa agora e eu respondi que já era adulta o suficiente para ir embora sozinha, mas ele não deu atenção. Também lhe disse que estava chateada por ele não ter me dito que eu iria tomar injeção, mas ele ignorou-me. Bufei e aproveitei o resto da viagem enquanto me olhava no retrovisor: eu era uma beldade.

Depois daquele dia o papai trouxe alguém para casa e me apresentou a ele, seu nome era Damien. Damien devia ser a nova namorada do papai porque eu os vi se beijando e se agarrando, mas não fiquei assistindo, tinha coisas de cachorro mais importantes para fazer. Papai parecia tão feliz com a nova namorada que achei que ele tinha esquecido de mim e fiquei com um pouco de ciúmes, mas no domingo quando o Tio Henry veio nos visitar eu chamei a namorada do papai para a cozinha e tive uma conversa séria com ela. Expliquei que o papai era uma pessoa muito frágil e ficava triste com as pessoas com facilidade, também disse que o papai gostava mais de chocolate do que de baunilha e que ela deveria amá-lo e beijá-lo muito ou ficaria encrencada. Acho que ela entendeu tudo, porque me afagou na cabeça e me deu um biscoito.

Quando voltamos para a sala o Tio Henry já tinha ido embora, era uma pena, eu queria brincar com ele, o Tio Henry era muito divertido, ele jogava coisas para mim pegar e me ensinava truques, mas não gostava de me acariciar e nem que eu o lambesse. Acho que no fim das contas ele só me ensinava a ficar longe dele, mas eu gostava do Tio Henry mesmo assim, o papai gostava muito dele e escutava tudo o que ele dizia e o Tio Henry quem tinha escolhido meu nome quando eu nasci. Meu nome é Isabel Henriqueta de Hesse-Cassel, como a primeira esposa do primeiro rei da Prússia foi. Esse nome me fazia sentir importante e eu sempre tive certeza que era.

Depois que o papai arrumou essa nova namorada sinto que ele está mais feliz, depois daquele final de semana que ela dormiu aqui ele fica semanas sem ter um único pesadelo. Acho que ele gosta mesmo dela e ela também deve gostar dele já que nos visita com frequência embora eu sinta falta dela em alguns finais de semana, Damien é bastante divertida e brinca comigo quando eu a chamo para brincar. Ela é uma ótima pessoa, mas sinto que ela é um pouco diferente das outras namoradas. Os colegas do papai tem namoradas com tetas grandes e elas também tem cinturas finas, mas a namorada do papai não tem cintura fina e nem tetas, na verdade o corpo dela é bastante parecido com o do papai, o que me deixa intrigada. Acho que as tetas dela devem ser iguais aos de cachorros: só ficam grandes quando estão com filhotes.

Aliás, tenho cobrado isso dos dois há algum tempo, uma vez nos sentamos na sala e eu perguntei quando iriamos ter um filhote, acho que eles ficaram com vergonha porque não responderam. O papai já namorava aquela namorada há algum tempo e toda vez que ela vinha nos visitar eu olhava sua barriga para ver se estava crescendo, mas ela estava sempre pequena e eu estava ficando cansada de esperar por esses filhotes que nunca vinham.

“Papai, eu acho que sua namorada está com defeito” eu disse para ele uma vez, mas ele só sorriu para mim e afagou minha cabeça.

Eu estava mesmo convencida de que aquela namorada não estava conseguindo ter filhotes com o papai quando um dia de manhã eu os ouvi rindo e logo levantei as orelhas, curiosa. Eles pareciam estar se divertindo, e diversão significa filhotes então deveria ter algum filhote! Corri até a cama e me enfiei debaixo dos cobertores procurando pelos filhotes, mas eles estavam tão bem escondidos que eu não conseguia encontra-los em lugar nenhum.

“Onde estão os filhotes?” perguntei balançando a cauda enquanto fungava a barriga da namorada do papai, mas sem sinal de filhotes ou tetas ali. “Eu sei que tem filhotes, onde eles estão?”

Ninguém me respondeu e fiquei muito brava, como eles ousavam esconder os filhotes de mim? Logo eu que sou filha do papai, mereço mais que todo mundo conhecer meus irmãozinhos! Fiquei aquela tarde toda procurando os filhotes, muito brava com o papai e sua namorada por esconderem eles de mim, olhei debaixo da cama, dentro dos armários, debaixo da mesa da cozinha e até mesmo no quintal. Eles não estavam em lugar nenhum, mas eu sabia que tinha filhotes e me sentia traída. Procurei incansavelmente por dias até perceber que não havia mesmo nenhum filhote, o que era uma pena, eu queria muito um filhote para poder brincar. Eu sabia que o papai gostava de filhotes, todo mundo gosta deles, mas por algum motivo ele se recusava a fazer filhotes na namorada dele.

Um dia saímos para passear durante a tarde, estava frio lá fora e todos saímos muito bem agasalhados, embora eu tivesse pelos cor de chocolate bonitos para me proteger e soubesse que nem neve me atrapalharia. A namorada do papai colocou um cachecol azul escuro bonito, ela era bonita, apesar de ser diferente das namoradas convencionais como já foi dito, ela tinha cabelos curtos também, mas eles eram quase da cor dos meus pelos e os olhos dela eram tão brilhantes que eu os confundia por vezes com piscas-piscas. Ela era muito simpática e cumprimentou todas as pessoas que conversaram com a gente enquanto andávamos, até a loura de tetas grandes que costumava conversar sempre com o papai quando fazíamos caminhada pela manhã. Eu não gostava muito dela porque ela interrompia minha exploração matutina e ficava conversando fiado com o papai quando ele claramente não tinha interesse nela. Ela tinha aquele cheiro forte de quando as fêmeas estão no cio. A namorada do papai nunca ficou com esse cheiro, gosto dela por isso também.

Andamos em uma rua bastante movimentada e várias pessoas passaram por nós, as lojas também eram grandes e tinham letreiros grandes que brilhavam e a namorada do papai parou algumas vezes para apontar algum coisa em alguma vitrine. Ela parecia bastante com as outras fêmeas nesse quesito.

Eles andavam tão devagar que eu quis morrer em alguns momentos, também conversavam bastante e ficavam se encostando, que meloso. Eu queria chegar logo ao parquinho mas eles ficavam rindo e o papai me segurava pela coleira e eu tinha que espera-los.

“Vocês são tão lentos, eu quero brincar!” avisei, mas aparentemente sem sucesso já que eles continuaram tão melosos quanto antes.

Depois de uma caminhada eterna nós chegamos ao parquinho, ele tinha areia macia no chão e vários brinquedos de madeira montados e também havia muitos filhotes brincando lá. Balancei a cauda com tanta velocidade que achei que fosse deslocar o bumbum, o papai me soltou e eu corri para o parquinho, os filhotes logo vieram me receber, apesar dos mais tímidos permanecerem em um canto brincando com outros. Mas a grande parte veio falar comigo e me chamar para brincar, filhotes gostam de mim, eles gostam das minhas orelhas e eu adoro quando eles me acariciam e riem. Gargalhadas de filhotes são diferentes porque são muito mais escandalosas e verdadeiras, filhotes não hesitam em rir alto e de qualquer besteira e eu gosto disso neles. Na verdade recentemente percebi que gosto de muitas coisas e odeio poucas, acho que sou muito otimista. Papai diz que isso é bom.

Brinquei por muito tempo com os filhotes e alguns deles foram embora e outros decidiram brincar no escorregador e eu não conseguia brincar com eles lá então deitei nos pés de Damien e nós esperamos enquanto papai foi comprar alguma coisa quente para nós bebermos. Estava muito frio naquele dia e ventava bastante, eu teria brincado com a ponta do cachecol da namorada do papai, mas avistei um filhote bem pequeno no parquinho e resolvi ir conhece-lo.

O rosto dele estava muito molhado, acho que os olhos dele estavam vazando. Só vi os olhos do papai vazarem uma vez na minha vida e fiquei muito assustada achando que ele estava morrendo ou algo do tipo, mas ele pegou uma garrafa com um líquido azedo e a tomou quase toda e então seus olhos pararam de vazar. Não tinha nenhuma garrafa com água azeda por perto então eu teria de descobrir outra maneira de fazer os olhos daquele filhote pararem de vazar. Lambi o rosto dele até limpar toda a água que estava saindo, mas o filhote era um pouco burro e continuava deixando seus olhos vazarem e quanto mais eu os limpava mais estavam vazando. Decidi que aquilo não era um meio eficiente, aquele filhote devia estar com defeito também, como a namorada do papai.

Rapidamente ergui as orelhas e tive uma ideia, olhei para os lados e percebi que não havia ninguém por perto, aquele filhote tinha se separado dos seus pais, era um alvo fácil.

“Venha comigo” eu disse com voz doce e o filhote hesitou em me seguir “Vou levar você para um lugar onde tem muitos sapatos para roer!”

Acho que o filhote não resistiu a minha última frase e veio atrás de mim e aos poucos nos aproximamos da namorada do papai, ela ficou muito surpresa quando me viu com o filhote.

“Eu achei um filhote, Damien, você pode pegá-lo e dizer para o papai que é seu” eu disse “Eu digo que ajudei você a lambê-lo, o papai vai acreditar”

Damien começou a falar com o filhote e logo ele parou de vazar, talvez as pessoas que estivessem com defeito conseguissem interagir melhor umas com as outras. A namorada do papai pegou na mão do filhote e fiquei muito feliz porque achei que iríamos ficar com o filhote, não era o melhor e nem como eu imaginava, mas eu podia ensiná-lo a ser forte como eu e o papai éramos. De repente enquanto nós passeávamos dois pais vieram até nós e abraçaram o filhote.

“O que está fazendo?!” perguntei aflita “Pega eles Damien! Eles estão levando nosso filhote embora!”

Damien sorriu para mim e me acariciou.

“Vamos, eu seguro a fêmea com tetas enquanto você pega o filhote e corre!” ameacei pôr o plano em ação, mas Damien segurou minha coleira e tive que ficar junto com ele.

O papai logo voltou com dois copos fumegantes e entregou um deles a Damien que contou sobre o filhote. Papai riu e me elogiou por ter cuidado do filhote, senti que o filhote tinha sorte em ter ido com o homem que tem uma namorada com tetas. Eu acho que Damien deveria ter tetas, aposto que ele teria muitos filhotes se tivesse tetas.

“Sua namorada não tem tetas, papai” dei ênfase “Ela é defeituosa e um pouco burra também, ela não entende o que eu falo e deixou levarem nosso filhote embora, acredita?”

A namorada do papai me decepcionou, eu queria ter ficado com aquele filhote, mas acho digno da parte dela que ainda tenha esperanças de conseguir seus próprios filhotes, mesmo adultos podem sonhar. Bem, aquela não seria a última vez que viríamos ao parquinho então teríamos outra chance de pegar outro filhote, da próxima vez pegaríamos um filhote com cabelos compridos e olhos coloridos como os do papai, assim ele não desconfiaria.

Apesar de tudo Damien era uma boa namorada, ela dava amor ao papai então estava tudo bem. Ela também me dava amor e quem sabe eu não deva começar a chama-la de mamãe? Acho que está tudo bem uma vez que ela está com meu pai e eu acho que eles vão se casar logo, eu provavelmente vou ajudar a namorada do papai a escolher um vestido branco comprido e levarei as flores no altar. Será divertido.


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Notas finais do capítulo

Essa foi minha primeira vez em vários aspectos: foi a primeira vez que postei algo escrito em primeira pessoa no Nyah!, foi a primeira vez que narrei com um cachorro e foi a primeira vez que vomitei arco-íris escrevendo algo. Enfim, obrigado por lerem e espero que tenham gostado! ;*