Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 17
Capítulo dezessete - Assunto Proibido.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite girls!!



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Capítulo dezessete – Assunto proibido.

POV Bella.

Café da manhã na cama. Flores. E aquela pequena caixa compacta de veludo preto perto do meu prato de torradas. Eu nem sabia como agir. Edward não estava em nenhum lugar do quarto, então eu me levantei da cama eu caminhei pelo quarto fazendo caminho para a antessala. Também não ouvi nenhum sinal de Edward, retornando ao quarto, fazendo o caminho para o banheiro. Tudo em perfeito silêncio. Fechei os olhos assim que visualizei o vaso sanitário. Que noite horrível. Estomago embrulhado, enjoo e dor de cabeça. Profunda. Voltei para cama, empurrando o carrinho onde estava minha refeição, a nossa refeição que alimentaria uma família de dez pessoas.

Mas onde diabos ele se meteu?

Minha irritação piorou quando meu celular começou a tocar uma música estridente, que só me fazia ter vontade de jogá-lo pela janela. O nome de Tyler apareceu no visor, e eu encarei o relógio na parede. Marcava dez e quarenta da manhã! Eu estava três horas atrasada para o trabalho! E eu não tinha cara para atendar, então eu respirei, procurando a primeira desculpa na mente, e deslizei o botão verde para atender.

— Bella? — Ao contrário do que esperei, a voz do outro lado ela mansa — Você está melhor? Recebi um telefonema preocupante do seu namorado.

Eu tentei respirar. Edward ligou para Tyler? Quando? E o que ele disse?

— Eu, hm... Na verdade, mais ou menos... — Mordi o lábio inferior, buscando por ar.

— Ah sim. Que bom; você faz falta aqui. Mas é melhor cuidar dessa saúde... Esses enjoos não são normais. — Pontuou Tyler e eu quis saber em que momento ele percebeu isso — Você acha que pode estar grávida?

Eu tossi. Eu tossi alto, realmente ficando engasgada com aquilo, e até um pouco sem ar. E depois caindo numa gargalhada alta e nervosa. Eu? Grávida? Não. Não mesmo.

— Tyler... Você tem cada ideia. — Ainda rindo eu disse, não ouvi respostas do outro lado da linha — Eu, grávida? Não é possível.

— Como não? Por acaso você é virgem? — Seu tom de voz era grosso agora e eu rapidamente parei de rir.

— Tenho que desligar. Obrigada pela preocupação. Amanhã estarei boa para o trabalho.

E desliguei. Éramos apenas colegas de trabalho. Eu não devia nada a ela, como eu poderia? Não tinha que dar explicações. Grávida?! Eu?! Que asneira. Ter um filho de Edward seria... O céu. Mas nesse instante temos algo chamado preservativo. Que ele não abre mão... Por nada... Ah não ser...

A imagem do homem sem camisa adentrando o quarto me alertou, fazendo-me esquecer até do que estava pensando, tendo a certeza absoluta de que corava. Ele sorriu genuinamente, fazendo-me ter vontade de beijá-lo loucamente. Eu quis beijá-lo loucamente. Mas não o fiz. Me servi de um copo de suco de laranja, tendo inutilmente me recompor, sabendo que precisava comer. Meu estomago estava fazendo eco, eu tinha vomitado tudo a noite e a madrugada inteira. E me sentia fraca. Cansada e doente.

— Onde esteve? — Foi o que perguntei após um curto gole do suco. Estava delicioso. Gelado e um pouco azedo, do jeito que eu adorava.

— Marcando a sua consulta. Demorei muito? — Recebi um longo beijo na testa e ele se sentou ao meu lado na cama, eu assenti que não. — Certo. Eu liguei para seu pai, ele deve ter avisado sua mãe. E também para seu chefe. Quando você terminar de comer, nós podemos ir, ok?

— Certo. Eu não tenho certeza de que algo vai parar no meu estomago. Vou tentar uma fatia de melão.

— Muito bem, deixe comigo. — Eu o encarei, não entendo o que ele queria dizer, e corei novamente, enquanto Edward pegava a taça com cubinhos de melão e um garfo. E sim... Ele iria me dar na boca! Nada poderia me deixar mais constrangida.

— Me sinto uma invalida! — Murmurei de boca cheia, fazendo-o rir. — Isso não tem a menor graça.

— Você é tão linda assim, ranzinza. — E dessa vez eu ri — Certo... Tem duas coisas que eu preciso conversar com você. Queria que fosse agora, antes de irmos a clinica.

Ele estava bem tenso, agora mudando de postura na cama e deixando a taça com melões de volta a bandeja. Edward segurou minha mão e beijou meu dorso, fazendo cocegas. Ele cheirou profundamente, esse homem adora me cheirar, e seus olhos estavam opacos. Misteriosos, nublados. E eu fui ficando mais curiosa à medida que seus carinhos se intensificavam.

— Eu preciso mesmo falar sobre isso, então não fuja, tudo bem? — Assenti. — Você vai se reencontrar com Louise. Sua amiga, uma pessoa especial para você. Mas as coisas mudaram Bella. Vocês são adultas, e talvez não tenham a mesma perspectiva de vida. Provavelmente não têm. Talvez Louise te digam coisas, que vão ansiar outras. Você consegue entender?

Silêncio. Eu tentei desviar meu olhar do dele, realmente não entendendo, mas Edward segurou meu rosto, fixando seu olhar no meu. Suspirei assentindo.

— Essa questão de adoção. Por mais que sua família diga que é uma questão resolvida, você é a filha de Charlie e Renée e ponto final, não é uma coisa resolvida para você. Eu sei disso amor.

— Edward... — Murmurei, tirando sua mão do meu rosto. Tentando me levantar, outra vez fui impedida — Não vamos estragar a manhã. Reencontrar Louise vai ser uma coisa boa. Não ruim. Não vai levantar questões algumas.

— E se Louise tiver encontrado seus pais biológicos, como você vai lidar?

— Ela nunca iria querer conhece-los. — Eu disse firmemente. Sem vacilar. — Ela tem uma família, por que iria querer conhecer as pessoas que a deixaram?

— É isso que você pensa? — Ele perguntou direto e firme. Eu estremeci. — Sabe o que eu acho? Que foi um erro seus pais ter permitido que você deixasse a terapia. Me desculpe, amor, eu sei que não posso e nem deveria dizer isso. Mas escute... — Eu me levantei, não aguentei mais ouvir nada.

Edward me seguiu, enquanto eu tentava correr para o banheiro, tinha vontade de vomitar, mas nada saiu. Empurrei suas pernas, quando ele tentou segurar meu cabelo e acariciar minha testa.

— Eu não quero que você me odeie. Me perdoe, amor. Eu quero que você seja feliz, eu quero te fazer feliz.

— Por que está falando essas coisas então? — Silêncio.

— Porque é melhor que você resolva suas questões. De uma vez. Leve o tempo que durar. Você não acha? — Fiquei em silêncio. — Por mais que você negue, você sabe quais são as questões não resolvidas, meu amor... Eu te amo muito. Amo ao ponto de não suportar o peso que você carrega. As duvidas. As perguntas frequentes...

— Já chega! — Gritei desesperada. Me levantando e correndo para a ducha, passando pela banheira, e abrindo-a a todo vapor e entrando com roupa e tudo. Edward fez o mesmo, molhando sua calça jeans. Ele segurou meu rosto com firmeza e me encarou.

— Você não quer fazer disso um drama. — Ele disse, friamente — Mas faz.

— Terapia faz disso um drama. — Cuspi as palavras, revirando os olhos, ele intensificou o aperto no meu rosto — Eu não gosto da sensação de sentir minha vida controlada por alguém. Não gosto.

— Você não se abre com ninguém, Bella. Você não fala disso comigo, ou com sua família, ou amigos. Você cala. — Virei o rosto, tentando respirar com a dificuldade que era ter o rosto enterrado em água e lágrimas — Olhe para mim! — Exigiu ele — Eu não quero ter que impor nada para você. Mas, você bem sabe, que eu quero me casar com você. Eu quero ter filhos com você. E eu quero que você...

— Seja normal? Para ser a mãe dos seus filhos?

Eu estremeci quando Edward socou a parede do box.

— Não, Bella! Eu quero que você seja feliz. Completa. Que não te falte nada. E eu não sei o que fazer! Se a terapia é boa para você, por que não? Por que não faz isso por você? Por nós? E pela nossa vida?

Ele deixou o banheiro. E me deixou ali. Com aquela questão pendente. Eu me desfiz da roupa molhada e enfiei o rosto na água, não querendo pensar em mais nada.

Quando saí do banho Edward estava no seu habitual terno de trabalho, com cabelos devidamente no lugar e aquela aparência de profissional sexy e arrogante. Aquele CEO que toda a secretária gostaria de dar uns beijos depois e durante o expediente. Ele apontou para minha roupa arrumada em cima da coma. E ao lado dela, estava novamente a caixinha de veludo, nunca aberta por nenhum de nós.

— Pode ficar tranquila. — Ele disse rispidamente — É só um colar.

Uma hora depois nós estávamos entrando em uma das clinicas da rede médica mais famosa de Seattle. Aquilo custava mais do que meu pai poderia pagar em um convenio de saúde. Mas Edward era o meu namorado. E já tinha ficado mais do que claro que ele iria cuidar de mim, querendo eu ou não.

Ele falou com a recepcionista no consultório do médico da família e em menos de cinco minutos nós fomos atendidos. Para o primeiro contato, Edward esteve presente, ficou ali enquanto o médico me examinava, e foi junto quando me encaminharam para coletar sangue. Foi chato e isso nos levou quase o dia inteiro. “Isabella você está desidratada” “Isabella quanto tempo você não come?” “Isabella você precisava ficar no soro” “Isabella você tem uma infecção estomacal grave” “Isabella, Isabella, Isabella”...

De volta para casa, em seu carro era puro e desconfortável silêncio. Nada poderia ser pior do que aquele clima horrível. Edward estacionou o carro em frente ao meu prédio e a decepção bateu forte quando encontrei Charlie no hall de entrada. Meu namorado só teve o trabalho de abrir a porta do carro para mim e me amparar como se eu não soubesse andar. Trocou meia dúzia de palavras com meu pai, dizendo que eu me recusei em passar a noite em sua casa, que preferi subir cinco lances de escadas por puro orgulho bobo. Eu não respondi, mas papai percebeu que estávamos brigados. E ele se despediu de mim com um beijo na testa frio e um abraço, ABRAÇO em Charlie.

Eu recebi abraços de Renée, sopa para o jantar, atenção extra de Rosalie e o habitual paparico do meu pai. Ficar doente era bom, quando tinha esses termos. No final da noite estávamos todos sentados assistindo um dos jogos gravados de Emmett, era da noite anterior, foi em New York e nenhum de nós podia ir.

Recebi um sms com pedidos de desculpas antes de dormir. Apenas isso “Desculpas” nem se deu ao trabalho de dizer algo a mais e por pura e infantil vingança eu não respondi. Evitá-lo iria deixa-lo irritado.

Quando o dia amanheceu eu me sentia muito melhor. Infinitamente melhor. Sem nenhum problema na cabeça, simplesmente pronta para sair e encarar o dia. E sim, eu estava inutilmente mentindo. Meu celular despertou com o lembrete do aniversário de Esme hoje. Lembrando-me da grande festa que aconteceria no final de semana. Eu não estava ansiosa por ela, agora qualquer distancia que eu pudesse manter de Edward parecia confortável.

Encontrei Renée na cozinha coando café. Ela me ofereceu uma xicara, que prontamente neguei, o cheiro que eu amava, mais uma vez estava embrulhando meu estomago.

— E Edward? Achei que ele fosse ficar para o jantar. — Ela puxou assunto, enquanto me observa comer um biscoito cream cracker.

— Ele não gosta muito de sopa. — Respondi dando um meio sorriso.

— Seu pai disse que ele estava chateado com você. — Silêncio — Vocês brigaram? — Abaixei a cabeça e suspirei fundo, sabendo que não importava o quanto eu adiasse o assunto, Renée não iria esquecer-se dele tão facilmente.

— Bom dia, amores. — Rosalie apareceu na cozinha sorrindo grandiosamente — Você melhorou?

— Melhor. — Sorri em agradecimento. — Acabei de receber uma mensagem de Emmett. Ele está voltando para casa!

Eu e minha mãe fingimos uma comemoração além do esperado, porque Rosalie estava há quase duas semanas sem ver seu namorado, que estava jogando em todas as partes do país. E quando o via, era muito rápido, e logo ele embarcava novamente.

— Hoje é aniversário de Esme. — Minha mãe assentiu, enquanto Rosalie tagarelava — E terá um jantar surpresa. Ela não quer nada, mas Alice planejou tudo.

— Ganhe seu crédito, irmã. Você ajudou Alice com isso. — Joguei na cara dela, Rosalie encolheu em seu banco, mas logo voltou a sorrir. Eu tinha sido excluída do planejamento pela minha cunhada, mas minha irmã foi recrutada.

— Eu não fiz quase nada, Bells. — Assenti também, ignorando-a.

— Mas voltando ao assunto, por que você Edward brigaram? Vocês nunca brigam. E quando brigam saí de baixo... É estrondoso. — Não pude deixar de rir, encarei minha mãe, ela tinha toda razão. Era drástico demais.

— Casais brigam o tempo inteiro, mãe. Faz parte do processo do conhecimento.

— Sim... Sei. — Fingiu acreditar — E Louise?

Renée sim estava animada para isso. Ela tinha ficado tão feliz pelo o que Edward fez por mim que começou a amá-lo como uma mãe ama seu filho. Ela mesma disse isso, com essas mesmas palavras.

— Está tudo certo! Edward vai marcar alguma coisa, almoço ou jantar, estou tão ansiosa...! Será que ela está também? — Minha mãe segurou minha mão sob a mesa e sorriu confiante. Aquele sorriso que me trazia paz. Rosalie também fez o mesmo.

— Meu bebê. É claro que ela também está. Vai fazer bem a vocês duas.

— Eu estou ficando com ciúmes dessa Louise! — Rosalie exclamou em tom de brincadeira. O que nos fez rir, a abracei rapidamente.

— Eu estava tão brava com ele ontem... — Murmurei envergonhada — Que nem abri o presente que ele me comprou.

— Presente? — A expectativa das duas mulheres aumentou.

— Um colar.

— Ai meu Deus! Eu quero ver! Deve ser lindo, Edward tem um ótimo gosto... Eu lembro quando pegava os presentes que ele comprava para Kate...

Fuzilei minha irmã com os olhos, que caiu na risada.

— Desculpa Bells. Não fica com ciúmes. Foca no seu colar. Vamos lá pegá-lo, estou curiosa!

As duas correram atrás de mim enquanto eu ia para o quarto, procurei na última gaveta do criado mudo e achei a pequena caixinha de veludo. Como um colar coube ali? A pergunta serpenteou por minha mente. E a surpresa viera a seguir... Não era um colar que havia ali dentro... Era um lindo, imenso e brilhante solitário.

— Ai. Meu. Deus. — Rosalie balbuciou, enquanto eu me mantinha estática lendo o pequeno pedaço de papel que estava enrolado no anel.

“Isabella Marie Swan, você me daria a honra de ser seu marido?”


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Notas finais do capítulo

Chorei com essa última frase. Que emotiva.



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