Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 1
Capítulo um - Alice sensacionalista.


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa =)



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Isabella, a adorável criança adotada pelos Swan cresce com um distante desejo de poder dar a sua família uma vida confortável, é assim que surge a ideia, após de ler uma matéria sensacionalista numa rede social, Bella tem a brilhante ideia de conquistar um magnato.

Capítulo um – Alice sensacionalista.

— Izz, bom dia! – Rose me cumprimentou com um estranho bom humor, estranho demais para minha irmã mais velha que vive mal humorada 85,5% do seu dia, e se Roselie estava bem humorada algo estava errado... Muito errado.

Bom... Nós somos irmãs desde... Uns doze anos? Talvez. Eu sou Isabella Mary Swan, fui adotada por Charlie quando tinha meus nove anos; vivi uma boa parte da minha vida em um orfanato esperando por um milagre, o problema é que eles só gostam de bebês e as crianças já crescidas vão sendo deixadas de lado até completar seus gloriosos dezoito anos e serem despachados do exílio. Quando completei oito anos já havia parado de sonhar com um pai e uma mãe, estava conformada como a maioria das crianças da minha idade e foi então que eles surgiram, ela tinha seus olhos curiosos e vagavam pelo salão principal onde as crianças eram expostas como mercadorias para serem escolhidas por seus futuros pais; eu estava distraidamente encostada na grande janela que tinha vista para o jardim e no andar de baixo era uma casa de repouso para idosos abandonados, a mulher de olhos doces e genuínos cutucou meu ombro chamando-me atenção, Renée é simplesmente a imagem de uma mãe perfeita, ela sempre disse que a paixão por mim fora a primeira vista.

O que levou meu pai e minha mãe a procurar uma nova criança era somente porque ela não podia engravidar e Rose é filha do primeiro casamento do meu pai. Ela tinha uma obstinação em negar Renée de todas as formas e a culpava pela separação de seus pais, eu me senti realmente filha legitima daquela mulher, a forma que ela me acolheu fora essencial para que eu me sentisse a pessoa mais amada do mundo!

Minha convivência com Charlie era semelhante, apesar de meu pai ser um homem bem mais fechado, ele ainda assim conseguia ser o melhor pai do mundo e Roselie fora tão maravilhosa quanto os dois, é até clichê, mas nenhum deles nunca me rejeitou e eu os amos mais que tudo.

Nós ainda residimos na casa de nossos pais, minha mãe é professoras de Artes e meu pai chefe de policia. Roselie se formou em secretariado há um pouco mais de dois anos e conseguiu um ótimo emprego em Seattle, isso fora um choque para nossos pais... E então... Viemos para Seattle, saindo de Forks a diferença era notável, porém nos acostumamos rapidamente, tudo por Rose.

Eu sou mais nova dois anos que ela e meus pais são bem flexivo comigo, me formei recentemente em turismo e desde então travo uma guerra em busca de um emprego, Charlie diz que não preciso ter pressa, Renée adoraria me ter em casa durante todo o dia, mas Rose... Ela sempre arruma um jeito de me alfinetar em dizer que ainda sou sustentada pelos nossos pais.

— Bom dia Rose... – bocejei da minha cama e reparei enquanto ela teclava furiosamente em seu notebook. O motivo dela se incomodar por eu não trabalhar é simplesmente que se eu colaborasse, talvez pudéssemos ir para uma casa maior e assim termos quartos próprios, e era por isso que eu me esforçava para achar um emprego, mas nenhum deles pagaria o valor que eu merecia.

— Ouça isso, Ângela Weber está solteira. Ela terminou outra vez com Mike, pobre garoto. – anunciou com uma voz chorosa, encarei Rose e então joguei minha cabeça novamente no meu travesseiro. Ang era uma vaca, todos nós sabíamos, Mike se iludia com ela porque queria, os nossos amigos de Forks eram bem babacas pra dizer a verdade.

— Oh, onde você viu isso? – tentei forçar um pouco de compaixão no meu tom.

— No facebook, atualização de postes da mesma, ela faz questão de exibir a vida para todos. E olha... A filha do meu chefe acabou de fazer um poste revoltante. Esses riquinhos. – ela não conseguiu disfarçar o desdém no seu dom, desde que a tal Alice a adicionou no facebook após conversar durante cinco minutos com a secretária do seu pai, Rose passou a fuxicar a vida da garota e dizer tudo que Alice postava era futilidade.

— Diga a Mike que sinto muito, outra vez. – revirei os olhos e tentei me levantar, não estava fazendo sol... O tempo estava bem fechado e pelas nuvens negras imaginei que pudesse chover a qualquer momento. — E o que Alice postou dessa vez pra te deixar tão... Revoltada? – perguntei.

— Ouça você também vai ficar chocada.

“Como conquistar um Magnata. Esse é o simples tutorial que mudará sua vida para sempre.”

1. Conheça um Magnata.

2. Seja notável.

3. Esnobe-o, indiferença sempre.

4. Critique-o, nunca seja flexível.

5. Agrade-o, ofereça amizade e simplicidade, mostre que é diferente.

6. Confunda-o, fale sobre outros homens quando estiver com ele.

7. Apresente sua família e diga que ele é como se fosse um irmão mais velho.

8. Apresente um “namorado” a ele.

9. Termine com seu “namorado” e chore nos ombros dele.

10. Embebede-o e dê o golpe do baú.

Esse vai de mais uma série “minha nada mole vida.” Tutorial aprovado e recomendado por várias mulheres, se não funcionar, refaça-o, provavelmente algo saiu errado. Para mais informações, página oito.

Por: Jessie News.

Agora veja, isso é o cumulo do absurdo! As mulheres hoje em dia não se dão mais o respeito, e sabe... Esse tipo de raça deveria ser extinta. Sinceramente, é isso que penso. Tenha um bom dia queridos amigos.

— Ouviu isso Isabella? Esse mundo está realmente perdido... E Alice acha que pode julgar todas as pessoas assim... Enfim, você não tinha que entregar currículos hoje? – Rose deixou seu bom humor da sua primeira frase da manhã de lado, encarou-me seriamente, ainda estava conseguindo digerir tudo que ela tinha lido... Seria possível?

— Sim, mas, eu queria antes dar uma relida nesse poste de Alice, posso? – saltei da cama e caminhei até Rose, ela me olhou desconfiada, porém ofereceu o notebook. Eu não queria realmente estar pensando naquilo, não queria mesmo... Mas... E se desse certo? Seria realmente o fim dos meus problemas, de todos eles... E os da minha família também.

— O que você está pensando Izz? Espero que não seja bobagem, esqueça isso, é furada! Acho melhor ir entregar seus currículos, imagine o que o Charlie ou Renée pensariam se vissem sua filhinha mais nova pensando em dar o golpe em algum cara rico por aí? Você não foi criada para ser vadia Isabella Swan! – ela tentava abafar o grito, mas eu sabia que estava prestes a surtar. Como eu podia ser tão transparente pra ela? Roselie arrancou o notebook da minha mão e me encarou friamente.

— Relaxa Roselie Hale! Eu não sou nenhuma vadia e... – ela me interrompeu.

— E mais nada Isabella! Se você continuar serei obrigada a contar tudo para seus pais! Imagine o que sua mãe vai dizer quando souber o que anda passando por essa sua cabecinha oca! – reprimiu outra vez seu grito e fechou fortemente a tela do seu computador, entrou no banheiro batendo a porta fortemente. Eu havia a irritado... E isso era bem normal.

Saio do quarto para esfriar a cabeça, após o café da manhã eu conseguiria pensar melhor, não achava o todo da história tão ruim assim, poderia até ser um pouquinho desonesto, mas... Era por uma boa causa.

— Você e Rose brigaram novamente? – minha mãe perguntou com a testa franzida, eu havia esquecido como as discussões matinais acabavam com ela. Eu tentei sorrir, ela riu mais da careta que eu fiz. — Parem de brigar tanto assim, não gosto de vê-las mal. – Renée murmurou preocupada enquanto colocava café na minha caneca, sentei-me à mesa e beberiquei um pouco e acabei queimando a língua, estava bem quente.

— Onde está o papai? – mudei de assunto. Não queria falar sobre a discussão com Rose.

— Trabalhando... Chega mais tarde. E Rose? Ela vai perder o café e chegar atrasada. – minha mãe esticou o pescoço procurando por ela.

— Não se preocupe Renée, eu tomo café pelo caminho. – ela me fuzilou com os olhos antes de bater a porta da saída com força.

— Ei, ela está zangada mesmo. O que aconteceu? – interrogou de novo, ela fazia aquele olhar de inquisidor, dava medo, sempre deu. Eu não conseguia esconder absolutamente nada dela.

— É o de sempre mãe, ela quer que eu arrume um emprego... Nada que eu já não esteja acostumada. Eu vou me trocar. – sem encará-la me levantei pra fazer o caminho do quarto.

— Você está mentindo Isabella, sorte sua que tenho que trabalhar e não posso obriga-la a dizer, lave a louça antes de sair querida. Amo-te. – ouvi-a dizer e mais uma vez a porta se bateu, eu estava só. E teria que sair pra entregar meus currículos, e isso... Argh, frustrante.

Enquanto eu trocava de roupa podia ouvir os trovões do lado de fora, eu odiava chuva e de um jeito ou de outro eu sempre estava no meio das piores tempestades, meio inevitável evitarem uma.

(...)

As ruas de Seattle estavam parcialmente cheias, eu tentei ligar para Roselie algumas vezes para pedir desculpas e dizer que eu havia desistido da ideia, porque eu realmente havia desistido, mas só dava na secretária eletrônica. Achei estranho, ela nunca deixava seu celular desligado, jamais.

Minha entrega de currículos estava chegando ao fim e minha caçada a um magnata já havia acabado, não há um homem decente em Seattle, a maioria deles se escondem ou não existem, ah, tem aqueles que no momento estão casados ou casando e claro, muito, muito deles são gays, então... Eu optei por desistir dessa ideia, no fundo eu deveria dar razão a minha irmã loira irritada, eu iria ser a maior vadia do mundo e talvez, apenas talvez, esse seja o destino me dizendo que eu mereço coisa melhor. E foi com esse pensamento que tudo começou, a chuva caiu com força sobre meus ombros molhando minha roupa por completo, as pastas na minha mão estavam ficando completamente ensopadas e eu sabia que podia piorar, eu sabia, algo me dizia. Enquanto eu procurava meu guarda-chuva dentro da minha bolsa uma mulher que corria desgovernada esbarrou em mim, claro, todos fugiam da chuva, mas ela... Não me enxergava? Será que não podia se desviar? Pior, enquanto minhas coisas caiam ao chão e se enchiam de água cada vez mais, a loira me olhava estática, ela mal se mexia, ela somente ficou ali olhando enquanto eu tentava achar meu guarda-chuva e guardar os meus pertences, uma tremenda confusão.

— Senhorita Denali, rápido, o Senhor Cullen te espera no carro. – um homem de meia idade acordou a loira de seu transe, ele a puxou pelo braço e os dois andaram rapidamente, de alguma forma meu olhar não se desprendeu do dela, arrastada pela rua à loira me olhava sem se quer piscar, observei quando ela entrou no Volvo prata estacionado do outro lado, o vidro do carona desceu poucos centímetros e então eu pude fitar os olhos verdes me encarando, pareciam ter vida própria... Forte, devorador, possessivo, então... Eu senti medo.

Tudo durou tão rápido, num estante os olhos estavam vidrados em mim, no outro o vidro se fechou e o carro partiu. Foi assim, tudo que eu pude guardar como lembrança foi um monte de currículos estragados, roupa ensopada e chapinha estragada, claro... Aqueles olhos verdes penetrantes, e, sobretudo, a loira mal educada que me jogou ao chão e nem ofereceu uma ajuda! Ricos! Roselie está certa, alguém deveria criar uma bomba especializada para explodir todos eles, seriam um favor que fariam a humanidade.

(...)

— Bella, o que houve? – fora a voz de Charlie que surgiu assim que eu adentrei nosso apartamento, por sorte eu não estava muito longe quando a doida me jogou ao chão. Estava completamente molhada, num estado bem assustador e meu pai me olhava verdadeiramente com preocupação.

— Nem se preocupe senhor Swan, você não sabe o que aconteceu, uma doida simplesmente me derrubou no centro da cidade e nem se ofereceu pra me ajudar! – resmunguei contragosto jogando meu, sobretudo cor de café ao chão, me desfiz das minhas botas e meias e joguei meu cachecol caramelo junto com as roupas ensopadas.

— Que coisa doida filha. Vou pegar uma toalha pra você, espere aí. – disse ele completamente assustado, Charlie era durão, mas quando dizia a respeito as suas filhas ele estava sempre amolecido e emocionado. Ouvi o barulho da porta abrindo e gritei de susto, Roselie passou por ela completamente molhada, ela estava no mesmo estado que eu.

— Rose! Você tinha razão, toda razão, me perdoe! Esses riquinhos hein, vou te contar, poderiam morrer! Não me importo. Hoje uma doida... – parei de dizer quando a encarei bem, eu estava enganada, ela não estava no mesmo estado que eu... Estava pior que eu. — Rose, o que houve? – assustada interroguei. Ela derramava lágrimas, seus cabelos ondulados caiam sobre seus ombros completamente lisos e molhados, sua maquiagem borrada, suas roupas molhadas e seus olhos vermelhos. Ela estava péssima.

— Oh Meu Deus! – resfolegou Charlie. — Céus, o que houve com você minha filha? – ele se aproximou com rapidez e enrolou a toalha sobre ela depois que a ajudei a se desfazer das roupas pesadas.

— Ele morreu... Papai... – ela declarou tão frágil. Eu nunca a tinha visto assim...

— Roselie, querida, respire, por favor. Quem morreu? – meu pai a colocou sentada no sofá, eu estava assustada também, nunca a tinha visto assim. Era tudo novo pra mim. Enquanto eu recolhia nossas roupas molhadas do chão meu pai tentava acalmá-la.

— Meu chefe pai, ele enfartou bem na minha frente! Oh pai... Eu o segurei nos braços! – Rose jogou-se nos ombros de Charlie e chorou profundamente. Ela chorou durante duas horas seguidas, enquanto eu já tinha trocado de roupa e feito chocolate quente para nós, havia ajudado ela a tomar banho e a se trocar; a fiz comer e mesmo assim ela não parava de chorar. Já não sabíamos o que fazer, papai estava cansado, eu estava cansado e Rose só chorava.

Houve um rompante na porta, Renée adentrou o apartamento no mesmo estado que eu e Rose, a tempestade não tinha dado tréguas, tão pouco indício de que pararia de chover uma hora.

— Mas o que está acontecendo aqui, Roselie, minha filha... – a voz melancolicamente preocupada, seu tom era calmo e tranquilo, se não fosse sua feição enrugada diríamos que Renée estaria em um dos seus dias de bom humor exagerado.

— O chefe dela morreu em seus braços. – como tudo era silêncio, fora o choro de Rose, eu resolvi contar a minha mãe. As mãos brancas tamparam a boca de uma só vez, ela tentou respirar profundamente, não conseguiu pronunciar nenhuma palavra.

— Tudo bem... Ela está chorando há quando tempo? – questionou jogando suas roupas molhadas ao chão e se aproximando do sofá, o corpo de Roselie estava frágil e envolto ao corpo de Charlie, ele sussurrava alguns “shhhh” e acariciava metodicamente os cabelos dela.

— Tempo demais. – anunciei.

— Estado de choque, precisa dormir. Vamos para o quarto querida, Isabella meu anjo, traga água. Tenho um remédio que fará essa dor passar, você vai ver Rose. – as duas se entendiam muito bem agora, a mãe de Rose morava na Califórnia e ela não curtia muito sol, então não via a mãe com muita frequência e foi assim que ela se apegou tanto a Renée.

Com um pouco de esforço minha mãe a puxou para seus braços e eu acompanhei com os olhos enquanto elas faziam o caminho do quarto, Charlie as seguia mudo, eu caminhei o mais rápido que pude para a cozinha em busca de um copo d’água, quando cheguei ao quarto Rose estava deitada em sua cama, já coberta e minha mãe acariciava seus cabelos húmidos, passei o copo de água para ela, vi quando ela retirou de sua bolsa algumas cartelas de remédio, deu para Rose dois comprimidos miúdos e brancos, ela tomou sem titubear e em poucos minutos, assim como mágica, suas pálpebras foram fechando aos poucos até se aprofundar num sono pesado.

— Enfim... Vamos deixa-la descansar, vocês devem estar exausto do chororô, não é? – Renée tentou sorrir, mas falhou, todos estávamos bem abalados pelo estado emocional de Roselie.

— Eu nunca a tinha visto assim... – murmurei inquieta.

— Tão pouco eu! – já meu pai parecia bem perdido. Charlie deixou o quarto coçando a cabeça, Renée e eu nos encaramos durante alguns segundos em silêncio.

— Não fique tão angustiada Bella, seu pai ficará bem, assim como Roselie e você. – protetoramente me abraçou e beijou minha testa com carinho total. — Amo você meu bebê!

— Mãe... – a censurei.

— Ah não Bella, você sempre será meu bebezinho! Não seja chata, agora vá dormir um pouco também, ok? – nós rimos e ela saiu do quarto cantarolando algo como “os filhos nunca deveriam crescer” mães...


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