Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 29
Herói/ Heroína


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem, desde já eu queria parabenizar a Isa, criadora de Violet, que hoje faz aniversário! Eba! Muitos anos de vida, flor! Boa leitura!



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P.O.V Tyler

Pensa Tyler! Pensa! Você não pode simplesmente deixar ela aqui, sozinha. Tomei enfim a iniciativa de conferir pela quarta vez seguida se seu pulso ainda contraía-se, mas novamente a resposta era negativa. Respirei fundo mais duas vezes e me agachei. O mais cuidadosamente que pude, pegue-a em meus braços e a levei para pouco mais distante do riacho, parando a alguns metros dele, onde estava seco e a luz solar era maior apesar de ainda pouca.

Olhei para os lados procurando um mínimo de chance de por ventura encontrar alguém. Sem sucesso. Levantei a blusa da garota em questão e a barriga evidenciou-se por completo. Estava um tanto já cinzento e as veias começavam a aparecer. Tomei em minha mão uma pequena faca afiada e posicionei ao local, tentando ao menos salvar a criança, mas estava quase impossível. Creio que nunca estive tão nervoso como naquele momento e os últimos pesadelos com terríveis mortes não têm ajudado muito.

Respiro fundo novamente, relaxo os braços para que a lâmina deslize o mais leve possível, quando sou interrompido por uma mão fria sobre a minha.

– O que você vai fazer? – perguntou ela.

– Lena? Ainda bem que você chegou! Sabe alguma coisa sobre como fazer um parto?

– Os parteiros aqui são Raven e Dean, mas posso ajudar de alguma forma.

– Isso mesmo. Pode ir chamar eles?

– Sinto dizer, mas não vai dar tempo. – disse ela conferindo os batimentos cardíacos da mulher e em seguida tocando minuciosamente o ventre da jovem – Está ficando muito fria. Vai morrer em pouco tempo se não retirar o bebê. Tem uma faca limpa?

– Sim! – entreguei para ela a faca que eu estava para usar. Lena calma e solenemente traçou uma reta na parte inferior da barriga, local exato onde se faria uma cesárea, e do corte, fiapos de sangue gotejavam e escorriam para os lados.

– Agora eu empurro e você puxa com cuidado, ok?! – ela se pôs a forçar a barriga enquanto eu esperava ansioso e nervoso a saída do bebê. Não demorou muito, mas os poucos minutos pareceram mais uma eternidade devido à grande quantidade de sangue que se escorria. Entretanto, logo fui alertado que a bolsa estourou e notei a cabecinha avermelhada surgindo. Um tanto tremulo o peguei e vagarosamente comecei a puxá-lo.

Um urro estranho fez estremecer por completo, vindo a até então falecida, como se sentisse a última dor. Infelizmente, o urro também assustou Lena que com os nervos a flor da pele acabou desmaiando. Agora era eu e eu mesmo para o bebê.

O tempo pareceu parar quando o retirei por completo do ventre materno e como num filme, uma perfeita brisa soprou. Um menino pequeno e franzino. A gestação ainda não tinha chegado aos oito meses sequer, sendo bem notado pelo tamanho da barriga, mas ainda sim estava bem forte. Enrolei-o numa bata e tratei de tentar acordar Lena que ainda se encontrava anestesiada.

Narrador

– Tudo bem? – perguntou Sarah receosa.

– Sim. – respondeu Violet sem olhar para ela, brincando com a pulseira da mãe em mãos – E você?

– Bem... Olha, eu sei que você pode não querer falar sobre isso, mas em relação ao seu pesadelo...

– Por favor, eu quero esquecer!

– Eu sei! – Sarah tocou a mão da amiga – Por isso estou aqui. Para lhe avisar que se precisar de algo é só falar.

– Obrigada! – riram.

– Posso ver? – Violet entregou-lhe a pulseira e ao analisar seu interior, logo pode ler – Violet 08/11. Espera! Hoje é seu aniversário?

– Pois é...

– E o Quatro nem veio aqui te parabenizar?

– Ele não sabe.

– Por quê? Você não contou? Devia ter falado. – ela puxou Violet para um abraço apertado e demorado – Meus parabéns, ruivinha! – soltou-a – Espera! Precisamos falar com os outros.

– Acho melhor não... Não é o melhor momento.

– SEMPRE é um bom momento para se comemorar um aniversário, ok?! OK! – agarrou a mão de Violet e num puxão forte a colocou de pé, trazendo-a consigo até Alice, Raven e James.

Pouco mais afastado, Emma pôde escutar passos lentos em sua direção, mas não moveu um músculo sequer a não ser os olhos para identificar a figura feminina que estava próxima.

– Emma, né?! Você por acaso viu a...

– Não!

– Mas como você pode saber se...

– Olha aqui Clarissa, sei quem você é: sobrinha de Jeanine.

– E? Eu também sou Divergente e sou diferente dela.

– Com certeza! Pelo menos Jeanine defende o que acredita e não fica escondendo ou bancando a atriz.

– Eu vou embora! Não vim aqui para ficar escutando...

– Verdades?! É melhor ir logo, antes que seus planos dêem errado por completo.

Clary lançou-lhe um olhar de total reprovação e raiva, contorcendo as mãos em punhos que coçavam para não acertar a face de Emma, que ainda se encontrava sentada e tranquila inalando cada vez mais a fumaça do cigarro. Virou-se ferozmente para a direção oposta e apressou os passos, esbarrando na euforia em Josh que nem mesmo conseguiu desculpar-se, logo que a morena já se distanciava, mancando, contudo, ainda sim, rápida.

P.O.V Tanner

– Por mim a proposta nem teria sido feita, mas... – dizia Robert quando foi interrompido por Katherine que chegou tão de repente que somente sua voz a anunciou.

– Mas ainda está de pé. Como sempre sabe onde me encontrar, quando eu deixo claro, não é Tanner Petrov?!

– Esse arco não lhe pertence, Robert. – disse tentando ignorá-la.

– Agora sim. Peguei daquele moleque loiro do seu acampamento, se é que se pode chamar aquilo de um.

– Parem vocês dois! Vem! – Katherine fez sinal para que eu a seguisse e contra minha vontade fui.

Não era muito diferente de fora. Algumas poucas pessoas estavam comendo algo que não me pareceu muito bom. Brincando com um canivete estava Alek, que a me ver lançou um olhar debochado, no entanto decidi não ligar.

– Então, Tan? O que faz aqui? Veio se juntar a mim?

No momento em que eu pensava justamente na resposta, fui surpreendido por um chiado rouco em minha orelha direita. A espécie de ponto eletrônico que Scott e Rose insistiram para que eu usasse estava dando sinal. Era hora de sair dali. Mas como?

– Vim falar com Alek! – comentei irracionalmente e obtive um olhar um tanto suspeito de Katherine e outro levemente contraditório de Robert.

– Vai logo! Cinco minutos! – afirmou Robert e se afastou, enquanto Katherine demorou um pouco para ir.

– Não quero falar com você! – advertiu Alek quando faltava cerca de cinco passos para eu conseguir ao menos tocá-la.

– Eu só queria avisar que Lucy está esperando você criar coragem para dar de cara com ela e travar a luta realmente ao invés de ficar fugida como uma medrosa – Bem, não era esse o recado que Lucy poderia querer que eu desse a ela, mas não faria mal algum adicionar pouco mais a missa.

– Ah, é?! Então porque ELA não veio aqui? – encarou-me Alek. Seus olhos estavam estranhamente saltados e com olheiras mais acentuadas na parte inferior.

Nem mesmo deu para eu responder algo quando mãos frias agarraram as minhas e uma língua quente e áspera decorreu minha nuca. Ao me virar dei de cara com a mesma garota de língua bifurcada que encontrei na entrada, puxando-me para um canto.

– Olha, eu vi muito bem seus amiguinhos pegando o computador nos fundos – ela sussurrou – Mas quem sabe eu possa te livrar daqui se em fizer um favor.

– Qual? – perguntei tentando ter ao menos uma ideia do que a cobrinha de pernas poderia querer, mas em vão.

– Agora não... Só avise a Emma que os dias dela estão contados, ok?!

– Mas o que ela tem a ver com isso?

Ela simplesmente piscou e quando dei por mim já estava do lado de fora. Segui pelas árvores até distrair o pessoal de Robert e eles me perdessem de vista. Pouco após já encontrava com Scott com um notebook vinho e arranhado na tela, teclando tão rápido que nem parecia sair uma única palavra dali.

– E ai? – perguntou Reyna.

– Tudo bem. A princípio, Lucy, Alek quer que você vá lá ou combinem uma hora para se matarem. – ela simplesmente assentiu estalando os dedos, porém não disse nada.

– Como foi lá dentro? Robert quase te engoliu vivo? – debochou Dimitry.

– Faltou pouco. Aliás, vocês tiveram sorte, porque uma menina esquisita lá viu vocês e... – fui interrompido por Dimitry que falava rindo e quase não dava para entender.

– Kisha, sei quem é. Na verdade, foi ela quem cedeu o notebook para a gente. Eles quase não usam desde que chegou o grandão.

– Ela falou que quer matar Emma. – comentei.

– Natural. Ela mata todo mundo que não gosta. – sorriu aberto Dimitry.

– DROGA! – gritou repentinamente Scott, atraindo involuntariamente as atenções.

– O que foi?

– O Wi-fi não ta pegando? Acho que é meio óbvio, né Scott?! – falou Reyna o mais seriamente possível.

– Não. Vírus. – ele respondeu.

– No pen drive? – indagou Lucy, agachada ao seu lado.

– O notebook, é um vírus forte para impedir que não entrem sem a senha. Eu consigo abrir isso se a bateria não acabar. – explicou Scott.

– Tá, Nerd! Desliga e vamos para o acampamento, assim Alice pode te ajudar de alguma forma. – disse Reyna por fim.

Narrador

– Oi! – falou Tyler a Raven – Solicito seus serviços a Lena.

– Ok! – assentiu Raven caminhando até eles. Lena e Miguel estavam incrivelmente entretidos com um pacotinho cinza. – Sim?! É um...

– Sim! Tyler encontrou a mãe dele no riacho e fizemos o parto, mas ela não resistiu. – explicou Lena.

– Sinto muito. Menino ou menina?

– Menino. Lucian. – ela disse sorrindo.

– Quem vai cuidar dele? – perguntou Raven já sabendo da resposta.

– MEU DEUS! Outro bebê! – Sarah e Violet correram até Lena.

– Que fofo! – disse Violet – Como vocês o acharam?

Novamente foi explicado, dessa vez, mais detalhadamente e aos poucos, uma euforia alegre e ao mesmo tempo preocupada se formou ao redor desde. Tyler aproveitou a distração e saiu em busca de Cassie. Por mais que o tempo fosse bom e era o nascimento de um bebê, um que ele mesmo fez o parto, porém como sempre focava em não se deixar distrair de seus objetivos.

P.O.V Cassie

Retornei de um desmaio certo. Dessa vez estava em um lugar estranho, não tinha luz quase nenhuma e ainda era meio frio. Minha visão estava completamente turva e eu não parava de escutar grunhidos e zumbidos baixos. Tentei ficar em pé e consegui dessa vez, mas nem muito tempo depois minhas pernas cederam e voltei ao chão.

No pote ao meu lado tinha um pouco de água que usei para lavar as mãos e o rosto. Nossa! Não me vi no espelho, mas só pela cor que a água ficou, percebi que estava imunda, não só de sangue, porém em grande parte. Soltei um leve suspiro e dessa vez fiquei em pé, tempo o suficiente para sair da gruta em que estava.

A vista não mudou muito. Continuaram as mesmas árvores de sempre, porém já era um avanço. Quando escutei enfim um barulho. Tentei pegar na minha cintura a faca, quando então notei que estava completamente desarmada. Restava somente à luta corpo a corpo e isso não é algo que eu muito sei fazer.

Narrador

– Robert está morto! – afirmou Rose demonstrando um pouco do sorriso contido.

– Com certeza! Mas acho melhor deixar Luke matá-lo, se ele conseguir, né?! – disse Tanner.

– Como assim?

Eles agora estavam bem mais distantes dos outros, sentados no tronco de árvore onde Tanner tinha contado há poucos dias a Rose sobre Katherine e a relação à irmã. Dessa vez exalava uma expressão alegre.

– Aquele cara já irritou tanta gente que tem que entrar na fila dos que querem vê-lo morto e enterrado.

– Eu por exemplo – Rose revirou os olhos ao proferir palavras como se estivesse incerta do que dizia.

– Nós!

– Você quer acabar com ele por causa da... – a voz dela sumiu.

– Sua! Lembra do que ele e Bruce queriam fazer com você quando foram resgatar Violet, Hiendi e Mia? Não perdôo.

– Sem contar que foi por causa deles que Alyssa se foi.

– Também! – Tanner abaixou a cabeça e levemente tocou a mão de Rose.

It's too late baby / É muito tarde, baby
There's no turning around / Não há mais volta
Quando penso em você / Tenho minhas mãos em meus bolsos
I've got my hands in my pocket / E minha cabeça na nuvem
And my head in a cloud / É assim que eu fico
This is how I do
When I think about you / Quando penso em você

– Ela mexeu mesmo com você não é?! – perguntou Rose engolindo a seco a própria fala.

– Sim. Sei o que ela fez, mas não a odeio.

– Você ainda ama. É bonito, mas tolo. – ela não se conteve em dizer disfarçadamente as lamentações, transparecendo um sorriso frouxo, puxando a mão e a separando da de Tanner.

I never thought that you could break me apart / Eu nunca pensei que você poderia me quebrar em pedaços
I keep a sinister smile/ Eu mantenho um sorriso sinistro
In a hole in my heart / Em um buraco em meu coração
You want to get inside / Você quer entrar
Then you need to get in line / Então você precisa entrar na linha
But not this time / Mas não dessa vez

– Sem dúvidas! Mas na realidade, o erro foi meu em deixar tudo de lado por ela, bem, por garotas. Não dei atenção ao que os outros diziam. Ignorei tudo. Fui egoísta comigo mesmo.

Rose ficou em silêncio como se procurasse ao menos algo para poder falar, até enfim dizer:

– Bem, eu nem sei o que dizer, pois nunca passei por isso.

– Sorte sua e azar ao mesmo tempo.

– Por quê?

– Ah... Esquece! Nada não.

– Mas... – Foi quando Rose parou e analisou. Era dele que ele falava. Se apaixonar por ele era algo ruim. Não, não para ela. Apesar de ficar triste de vez enquanto, ela ainda tirava de seus sorrisos força em dias difíceis.

Cause you caught me off guard / Porque você me pegou de surpresa
Now I'm running and screaming / Agora estou correndo e gritando
I feel like a hero / Eu me sinto como um herói
And you are my heroine
/ E você é minha heroína

– Você não devia se culpar tanto. Não é saudável. Aliás, você ajudou muita gente já, então sua cota já está paga.

Dessa vez ele estava com os cotovelos apoiados na perna, enquanto debruçava o rosto entre as mãos, encarando o chão.

– Já parou para pensar se Alyssa estivesse aqui?

– Não sei se gostaria!

– Por quê?

– Olha, eu amava Alyssa como uma irmã, até porque ela quem me achou naquele dia em que eu estava machucada e tal, mas acho que foi melhor para ela descansar. Senão, ela iria sofrer com os problemas de pulmão que ela tinha e você sabe, Tanner, que morrer aos poucos seria muito pior. Ela sabia o que fazia quando tentou salvar Lucy naquele dia e disse isso entrelinhas para mim aos últimos momentos. Ela não queria te ver sofrer por ela mais do que já se corroía por dentro.

I won't try to philosophize / Eu não vou tentar filosofar
I'll just take a deep breath / Só irei respirar fundo
And I'll look in your eyes /E eu vou olhar em seus olhos
This is how I feel / É assim que eu me sinto
And it's so so real / E é tão, tão real

– Então, não fique assim. Eu também já passei pelos meus sufocos quando mais nova. Um garoto da Audácia fez uma coisa não muito legal comigo, ai meu primo acabou com ele.

– Como assim? – a expressão de zelo de Tanner se evidenciou junto à preocupação e curiosidade.

– Yan, ele me chamou para ir a uma “festinha” e lá eu fui feita de otária. Ele tinha apostado com os outros quem de fato conseguiria beija a patinha – falou com desprezo a última palavra – Depois me trancou no armário. Eu fiquei lá a noite toda no escuro, frio, com aranhas – debateu-se um tanto ao recordar. Dois medos em um não é nada bom de viver – Consegui fugir por pouco antes que... – ela parou deixando as possibilidades no ar, pois na verdade, nem ela mesma tinha certeza do que iria acontecer se tivesse ficado lá.

– E você gostava dele?

– Bem, sim... Nós crescemos juntos. Foi por ele que fiz essa cicatriz. – ela levantou pouco da camisa, mostrando a marca longa que ali se destacava rosada de sua pele pálida – Quando ele caiu no poço eu me debrucei na volta com lâminas, cacos de vidro e barro com algo mais cortante para salvá-lo.

– Isso que ele fez é repugnante!

– Eu sei! – ela ri do passado, agora involuntariamente olhando para o chão – Mas pelo menos serviu para alguma coisa: a lição!

I got a closet filled up to the brim / Eu tenho um armário cheio até o topo
With the ghosts of my past and the skeletons / Com os fantasmas do meu passado e os esqueletos
And I don't know why / E eu não sei porque
You'd even try / Você ainda tentaria
But I won't lie / Mas eu não vou mentir

– Olha! – ele se virou para ela – Sei que não é muita coisa e a carcaça ta batida, mas você tem a mim também, se por acaso se permitir confiar em mim. – ambos riram.

– Ok! Eu confio!

– Sério mesmo? Por que eu to falando super sério.

– Sim! Você já provou isso.

– Quando?

– Quando foi me salvar enquanto Bruce e Quatro brigavam.

– Nossa! Já aconteceu tanta coisa depois disso.

– Mas eu tenho boa memória e sei reconhecer atos audazes.

I feel like a hero / Eu me sinto como um herói
And you are my heroine / E você é minha heroína
Do you know that your love / Você sabe que seu amor
Is the sweetest sin? / É o mais doce pecado?

– Obrigado, eu acho.

– Nada!

– Sabe?! Eu acho que deveria falar com Luke onde estão as armas dele.

– Sem dúvidas!

– Mas agora não.

– Hã?!

– Ele pode esperar um pouco. Você é mais importante. – Rose corou ao escutar isso.

– Isso não é muito legal.

– Ser muito legal ou bonzinho é chato. – ela revirou os olhos e Tanner riu – Podemos dar um mergulho se quiser, claro.

– Tá. Mas no raso, porque não sei nadar muito bem.

– Ok! – então levantaram e seguiram em direção ao riacho.

And I feel a weakness coming on / E eu sinto uma fraqueza chegando
Never felt so good to be so wrong / Nunca foi tão bom ser tão errado
Had my heart all locked down / Tive meu coração todo trancado
And then you turned me around / E então você me transformou

Estavam andando em velocidade constante, em passos largos e lentos, um ao lado do outro. Numa brisa rara, os cabelos ruivos de Rose balançaram, enquanto ela olhava para o lado oposto ao do rapaz. Aproveitando a distração, Tanner pegou-a pela cintura e a colocou pelo ombro.

No susto, Rose emitiu um grito curto, em seguida começou a rir. Tanner não era muito alto, entretanto uma vertigem a atingiu e a fez estremecer, quando o ele deu um pulo que quase a fez desequilibrar.

– Tudo bem, Tanner. Agora me coloca no chão.

– Por quê? Não está se divertindo?

– Estou, mas acho que vou cair. Me coloca no chão!

– Já que a senhorita está pedindo.

I'm feeling like a new born child / Estou me sentindo como uma criança recém-nascida
Every time I get a cto see you smile / Toda vez que eu tenho uma chance de ver você sorrir
It's not complicated/ Não é complicado
I was so jaded / Eu estava tão cansado

Assim que foi colocada no chão, as pernas de Rose fraquejaram e então ela teve que se agarrar a Tanner para não desabar. Ainda riam até que seus olhares se encontraram, logo se encarando sem emitir nenhum som.

– Você sabe muito bem o que eu poderia fazer agora.

– E vai?

– Não sei.

– Como assim? – simplesmente ambos não se moviam e era notável os batimentos cardíacos acelerados um do outro.

– Você quer? Ou vai fugir de mim de novo?

– Esquece!

Os braços de Rose entrelaçaram o pescoço de Tanner e ela pôs-se em ponta de pé para ficar em altura boa para fecundar o ato. Em questão de segundos, os lábios de ambos se encontravam numa busca sem fim de açúcar um na boca do outro. Sentiram um leve arrepio percorrendo seu corpo todo, mas o ignoraram ao entregar-se ao momento. Finalmente tinham se entendido e seus desejos eram que todo o resto fosse tão suave como tal.

And you caught me off guard / Você me pegou de surpresa
Now I'm running and screaming... / Agora estou correndo e gritando...
I feel like a hero / Eu me sinto como um herói
And you are my heroine / E você é minha heroína
Do you know that your love / Você sabe que seu amor
Is the sweetest sin? / É o mais doce pecado?


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Notas finais do capítulo

Resultado do desafio:
Casal: Rose e Tanner - acertos 2.
Música Hero/ Heroine (Boys Like Girls) - http://www.youtube.com/watch?v=hYNznNBeDnQ
Mia está fora da próxima votação (música escolhida) juntamente a Scott e Luke (acertos do casal).
—> Votação: https://scontent-a.xx.fbcdn.net/hphotos-xpf1/v/t1.0-9/1466271_390992181050822_4947622630119591423_n.jpg?oh=0c921bca0176b59c65e19bf841cf89af&oe=54D6603B (Fiz com a maior parte dos que não votaram capítulo passado)
Deixem suas opiniões, é muito importante! Espero realmente que tenham gostado. Até!