Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 18
Romance?!


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Olha, tenho uma nova ideologia. Postarei no mínimo de três em três dias, ok?! Resultado da votação. A próxima serão com os personagens da berlinda.



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P.O.V James

Após darem a notícia da morte de Emily, Kylie pôs-se de pé e iniciou um caminho vago por meio de árvores sem rumo. Tentei me aproximar, puxar algum tipo de assunto, qualquer um que fosse, mas realmente era notável seu sentimento abalado. Como uma flor tão linda e majestosa como Kylie poderia sentir tal tristeza tão grande para tirar-lhe dos lábios o mais belo sorriso que contagia todos ao seu redor que estejam aptos a admirar sua beleza interna e externa?!

Nossa! Como um rapaz pode se tornar um poeta quando está apaixonado?! Bem, creio que eu esteja. Desde a noite passada, ou melhor, desde pude notar Kylie tão deslumbrante com o brilho de seus olhos, não consigo mais parar de pensar nela. Me sinto um completo idiota quando me aproximo, mas, fazer o quê?!

Depois de dez minutos que ela saiu, não consegui manter a preocupação oculta, levantei o então caminho que ela tinha feito a um lugar não muito longe dali. Só tive dificuldade para achá-la, pois ela andou em círculos até então desembocar num lugar nada diferente dos demais para aqueles que o vêem ao léu.

Fiquei um tanto receoso, com um grande medo de levar um tremendo fora e talvez Kylie nunca mais querer falar comigo por a interromper e seguir até ali, mas fui do mesmo jeito. Ao chegar pouco mais perto, percebi que girava, como uma pequena menina, girava em velocidade média, várias e várias vezes até ficar tonta e cair sentada no chão. Um breve e espontâneo riso escoou de sua boca, seguindo de uma face pensativa.

Mais calmo um pouco, fui até Kylie oferecendo ajuda para se levantar. Logo então, ela já retornava a ficar de pé, defronte a mim, tão perto, nossos corpos colados, que estremeci. Ela como sempre abriu um sorriso, dessa vez de timidez, e se sentou num troco de árvore que derrubado a aparentemente bom tempo, largado estava, em conjunto eu a sua esquerda.

– Tudo bem? – perguntei.

– É... Na medida do possível, sim. – respondeu Kylie.

– Parece um pouco triste. – disse bem baixinho, mesmo assim em tom que ela escutou.

– Não é isso! Bem, também é, mas... – deu uma pausa até voltar a falar – O caso é que eu estava com ela. Depois que eu saí que isso aconteceu. Fico me perguntando se não deveria ser eu ao invés de Emily.

– Nunca! – falei imediatamente – Eu não deixaria nunca que isso acontecesse com você.

Novamente um sorriso tímido se abriu em sua boca e seu rosto corou de vergonha.

– Engraçado...

– O que? – indaguei.

– Sai atrás de Helena e me perdendo dela, encontrei você. Quem sabe não seja o destino que quis assim?

– Bom, agora sim o destino está falando a minha língua. – ambos rimos.

Nesse momento, eu e Kylie já bem próximos estávamos, nossos olhos se encontraram em fração de segundos, nossas mãos suadas e quentes se tocaram e eu pude sentir a pele macia de Kylie quando a mão dela seguei firme, não querendo soltar. Nossos rostos se juntavam, tanto que pude sentir e escutar sua respiração ficando pouco mais ofegante e quando nossos lábios enfim iam encontra-se, o incomodo tronco de árvore decidiu se deslocar cerca de cinco centímetros, logo caímos para trás, de costas ao chão.

"Ah! Não foi dessa vez!" – pensei lamentando do melhor modo possível, enquanto ríamos do eventual acidente que acabara de acontecer.

– Só você para me fazer rir assim. – afirmou Kylie, deixando comigo uma leve lembrança: um beijo no canto esquerdo dos lábios.

Narrador

– Você é muito idiota! Quer me matar, sério mesmo?! – perguntou Hiendi irritada.

– Que isso! Quanto exagero! – exclamou Reyna.

– Você precisa se tratar. É ridículo isso que fez. Eu podia ter morrido.

– Não vou discutir com você. Não quero me estressar com besteiras assim, ta?!

– Ah! Era só o que me faltava. Uma anãzinha querendo se achar melhor que eu. – replicou Hiendi.

– Olha só... – retrucava Reyna ao ser interrompida por Hiendi.

– Ok! Cala a boca que não quero mais ouvir nenhuma asneira que você fala. Vamos logo atrás de Alek, pegar água a acabar de vez com essa cobrança. Se bem que não quebraria o braço de ninguém se colaborassem.

– Essa era a missão de Emily e Kylie, mas...

– Ainda por cima tenho que bancar a empregada aqui. Affe! Quem arruma o rango hoje?

– Rango?! – questionou sínica Reyna.

– Sim! Por quê?

– Ai, ai! Depois sou eu que falo asneira.

Em seguida, Hiendi e Reyna passaram por Caleb e Rose que se mantinham sentados a relva, sentindo as leves e raras brisas que ali passavam.

– Ok! Obrigada, Ca! – disse Rose levantando-se e caminhando.

– Cá?! – interrogou Hiendi.

– Hã?! – não entendeu Caleb.

– Tá né?! Deixa! – disse Hiendi revirando os olhos.

– Aonde vocês vão? – perguntou Caleb.

– Pegar água. Você vem? Precisamos mesmo de burro de carga. – convidou naturalmente Reyna abrindo em seguida um breve sorriso sem mostrar os dentes.

P.O.V Cassie

O sol não estava tão quente, mas ficar em contato direto com ele com certeza era uma tortura. Dessa vez eu estava acompanhada de Tyler numa caça, pesca, coleta, de tudo um pouco para conseguir alimentos para essa noite. Essa escala eu acho que não foi muito bem pensada, no entanto foi formada por Quatro e nós temos que segui-la, caso não pode arrumar algum problema e acredite, a última coisa que eu quero é problema com Tobias. Não só pelo fato dele ser mais velho que eu, mas não podemos deixar de pensar na hipótese, ou melhor, a ideia de que ele é o irmão de Violet.

O jantar será aos moldes naturais, peixes na refeição e frutas de sobremesa, quiçá dizer, basicamente uvas. Eu não tenho nada contra, mas tirando alguns jambos magoados por chorem com o chão e umas maçãs não muito apetitosas, isso é o que temos.

Com o trabalho findado, pude então escutar a grossa voz de Tyler finalmente se direcionando a mim, pois na maioria das vezes, quem iniciava uma conversação, por sinal curta, entre nós era eu.

– Calor, não?! – disse Tyler e eu assenti – Quer mergulhar?

– Não... O caso é que não sei nadar. – admiti.

– Ah! Que isso! Eu estou aqui. Confia?

– Tá bom! – concordei meio envergonhada.

Nossa! Não sou do tipo de garota abusada que só fica reparando no homem em seu externo, porém ver Tyler tirando a camisa foi algo quase que classificado como maldade a mim. Nunca fui de ficar reparando no físico de ninguém e quando digo ninguém é ninguém mesmo, mas dessa vez não consegui desviar o olhar e analisar rápido, porém completo, o tórax dele. Voltei a mim ao sentir algumas gotas de água me atingindo.

– Você vem? – ele perguntou com um leve sorriso, quase malicioso digamos assim.

– Já vou! – retruquei, chegando até a margem do riacho. Não era fundo, isso estava bem claro só ao olhar, mas mesmo assim era água em boa quantidade para mim. Afogamento é um dos piores pesadelos que tenho. Não suporto imaginar a possibilidade de eu morrer assim um dia. Aos poucos molhei as pernas e entrei na água quase que num escorrego, por sorte Tyler me segurou na hora certa.

– Olha, dá para ficar em pé aqui. – falou ao perceber meu receio.

– O caso é que você é mais alto que eu. – nisso ele assentiu. Ao toar os pés no fundo do riacho, a água atingia o meu pescoço, chegando até a altura da minha boca.

Aos poucos fui criando coragem e já não mais segurava em Tyler, o qual se dispersou para um mergulho. Eu mesma não queria sair de perto da margem, porém aquela famosa voz interior me convenceu ficar uma questão de um milésimo de segundo submersa, o suficiente para molhar os cabelos.

Desci e subi, no entanto este demorara um tanto a mais que eu podia esperar e já estava afastada da margem. Dei braçadas para retornar, mas algum tipo de planta me prendia ao fundo, logo que senti enrolada no calcanhar. Tentei manter a calma, tentei mergulhar para soltar, mas a água em si em contato com meu rosto só aumentou o meu desespero. Virei de ponta cabeça e em tentativas fracassadas de retornar a superfície, comecei a debater sem rumo. De imediato sentia que faltava ar e quem sabe até que a água já tomava conta de meus pulmões. Se saíram lágrimas de desespero ali, tinha certeza de que as próprias estavam colaborando para minha morte sem ar.

O que se sucedeu ao desespero foi alguém segurando meus braços e me trazendo de volta a terra. Estava engasgada e liberei bastante água, quando percebi que Tyler estava ao meu lado com feição preocupada.

– Você está bem?

– Bem... Sim! – falei e ele suspirou – Mas acho que talvez seja necessária uma respiração boca a boca para ter certeza que estou viva. – brinquei, rindo ambos em seguida e para minha surpresa, deu-me um ágil beijo que se não fosse por perceber seu rosto se aproximando, não acreditaria que ocorrera. Ficamos de pé e logo pegamos a trilha de volta ao acampamento.

Narrador

Violet assim que recebeu as margaridas de Quatro, deu-lhe um forte abraço, como se simplesmente não quisesse soltá-lo nunca mais.

– Isso foi muito fofo! – riu Violet para o irmão.

– Fico muito feliz que gostou! – falou Quatro.

– Tobias?!

– Sim?!

– Eu tenho uma coisa para te falar, ou melhor, mostrar.

– Claro!

– Então me siga!

Noutro lado, Mia, Josh e Luke que aos poucos se aproximavam de uma gruta.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntou Josh.

– Não sei! Só queria andar ao invés de ficar plantada ali.

– Hmm – murmurou Josh – Nada contra, mas... tenho um encontro com uma eventual hipotética ex-namorada que me odeia, então vou dar uma volta e ver se encontro Helena. – disse virando-se e indo embora.

– Dá para entender um cara desses? – perguntou Mia a Luke que riu.

– Isso eu já não sei, mas é bem mais fácil de te entender. – pronunciou Luke.

– Será?! Tente! – desafiou Mia.

– Você é uma moça bonita, solteira aqui e que gosta de surpreender. É ousada e comunicativa quando quer e com quem quer. É corajosa e bem esperta. – falou então Luke a encarando.

– Mais ou menos isso. Até que você é mais esperto do que eu imaginei. Não é só mais um rosto bonitinho. – falou Mia, continuando a fala para não achar que deu baixa – Mesmo assim não é tudo isso que poderia ser.

– Own! Também te amo! – disse Luke.

– Mas que abusado! – riu Mia enquanto Luke seguia a sua frente, seguindo uma trilha, assim digamos.

P.O.V Rose

Bem, assim que me levantei, deixei totalmente os receios junto à relva, após a conversa com Caleb, tinha certeza do que fazer. Lucy já tinha dito que tava mais do que na cara que eu gostava de Tanner, mas agora chegou à hora de eu me valorizar mais que os outros. Se Tanner realmente gosta de mim como falou, falará comigo assim que nos encontrarmos ou saberá o que fazer, ele sempre sabe.

Segui quase cantarolando pelo caminho, até reconhecer a voz de Tanner nada longe. Virei para seguir atrás dele, mas não era assim. Jurei a mim mesma que já tinha ficado muito tempo a sua disposição e não ficaria mais como a amiguinha para quem ele corria sempre que arrasava o coração de uma garota para reclamar dos defeitos delas. Apesar de que eu quisesse ficar ali, uma forte sensação tomou conta de mim. “Olhar de longe não tira pedaço” – pensei.

Antes eu tivesse ficado ali parada, ou não?! Não dei nem cinco passos e pude perceber Helena, mais loira que nunca devido ao fato do sol estar em contato direto com seus cabelos longos fazendo-os brilhar, cravando suas unhas em Tanner, deslizando-as levemente pelo seu dorso até enfim chegar retomar o curso e o fazer novamente.

Creio que fiquei vermelha, mas não de vergonha como de costume e sim de raiva. Não tinha uma hora que Tanner jurara gostar de mim e agora já estava nos entreteres de outra?! O amontoado de emoções e causos que vieram a minha mente só foi interrompido pelo susto de perceber um rapaz atrás de mim brincando com um canivete.

– Oi! – disse esguelha.

– Oi! – falou – Sou o Josh e caso pergunte já respondo que não sou...

– Tá! Tá! Eu sei! – cortei sua fala imediatamente.

– Ok! – proferiu Josh – O que o casalzinho faz de mais?!

– Hã?! Nada! Eu tinha vindo procurar o Tanner, porém, deixa para lá, não é?! Já conheceu a Raven. Garanto que ela gostaria muito de te conhecer. – falei com um tanto de nervosismo procurando o modo mais prático e rápido de sair daquela situação desconcertante.

– Não! – ele respondeu.

– Então vamos! – falei e assim fomos a passos lentos e largos.

Narrador

Lena saiu do local onde Violet e Quatro estavam. Ela simplesmente sabia que o momento tão maravilhoso não deveria ser atrapalhado por ela como intrusa. Manteve-se circundando não muito longe de tal até avistar nada longe a visão de um rapaz alto, forte, de ombros largos, pele morena, caminhando em sua direção. Um vento que logo veio, não permitiu que identificasse de início quem fosse, logo que seus olhos foram atingidos por areia.

Assim que se voltou, o rapaz já não mais estava em sua direção. Procurou-o piamente até se surpreender com sua imagem sentada próximo a duas pedras de diferentes tamanhos.

– Oi, Lena?! Lembra-se de mim?! – falou o rapaz.

– Como não lembrar?! – disse Lena correndo ao seu encontro, dando-lhe um forte abraço, caindo sentada ao seu lado com as pernas em cima das do rapaz – Miguel! Confesso que já nem mais tinha esperança de te encontrar.

– Sem esperanças?! Assim eu vou embora. Me senti totalmente esquecido. – provocou Miguel.

– Não, não! Eu não deixo! – entrou Lena na brincadeira.

– Tá bom! Já que a senhorita suplica por minha presença...

– Mas é exibido mesmo, hein?!

P.O.V Scott

A única luz eu tinha para poder tentar decodificar aqueles dados era a luz tão pouco da janelinha entreaberta. De vez enquanto escutava as batidas de Sarah no armário nada próximo de mim. Um forte e robusto homem me observava a todo o momento que acho que se tossisse ele atirava a faca com a qual brincava em mim.

A voz que me ordenou fazer tudo aquilo e ameaçou eu e Sarah de morte não era conhecida, mas o modo que pronunciava as palavras, todo o cuidado, sem dúvidas me lembrava alguém, alguém da Erudição para ser mais exato, mas quem?!

Novamente, o mandante do sequestro a minha cunhadinha retomou a palavra.

– Bem, acho que já teve tempo o suficiente para terminar o trabalho, não é Scott? Já que foi você mesmo quem criou o programa.

Droga! Por que tinha que me lembrar isso sempre? Às vezes queria ser um burro por completo para não ouvir certas indiretas e até mesmo diretas como essa. Mas agora eu tinha certeza que era alguém da Erudição por trás daquilo tudo. Jeanine talvez?!

Novamente, Sarah deu um chute na porta do armário que a abriu. O homem então foi até ela e a puxou pelos cabelos de um canto a outro do trailer. Eu tentei me levantar, porém sabia que só seria pior para ambos os lados.

– Acho que a vida da irmã da sua namoradinha não vale tanto assim, quem sabe da própria Alice?!

– Não! – gritei sem hesitar.

– Tarde demais, meu bombom! Traga-a para junto da pestinha. – ordenou a voz e em seguida entrou uma mulher com rosto tampado por uma máscara de esqui, trazendo Alice algemada e dopada.

– O que você fez com ela? – indaguei.

– Nada! Ela só estava muito eufórica quando a amiguinha a trouxe para cá. – respondeu atentamente a voz com pouco de sarcasmo.

– Como assim amiguinha?! – questionei achando que por ventura havia algum traidor no acampamento. Não precisei esperar dois segundos, o homem foi até a garota que trouxe Alice, agarrou seu braço direito e lhe tirou a máscara.

– Isabela?! Por quê? – deixei escapar, vendo somente ela levantar as sobrancelhas juntas e fazer um sorriso como de desentendida.

– Você acha mesmo que todos são tolos em negar uma recompensa por atrair o nerdzinho e a namorada até o covil dos vilões?! – disse Isabela expondo-se.

– Isso é ridículo! Eles querem nos matar! – discutiu Scott.

– Simples assim: eu ajudo e me salvo de tudo. Viu?! Aproveita que é inteligente e faz o mesmo. – despejou fechando as palavras com uma piscada de olho.


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Notas finais do capítulo

Resultado: [Hiendi - 3/ Isabela - 5]
Espero que tenham gostado e por ventura terem tido uma miscigenação de emoções.
Ah, e se os capítulos estiverem muito grandes, só avisar que se for pela vontade da maioria, diminuo um pouquinho o tamanho. (mas não muito, pelo amor de Deus, né?!)
Até! :)