Outro conto do Doutor e a Humana escrita por A Garota Dos Livros
Estou deitada no chão, e o frio passa através do tecido do meu vestido me fazendo tremer. Tenho a impressão que estou no escuro, minhas mãos estão amarradas mas minhas pernas não, minha cabeça dói e eu sinto sangue que secou em meu cabelo na parte de trás.
Uma luz forte se acende acima de mim e meus olhos ardem, embora fechados.
– Parece que alguém não gostou muito das nossas acomodações - identifico a voz do homem grande do galpão - então vamos deixá-la mais confortável.
Alguém me pega pelos braços de maneira rude e me levanta, abro os olhos e minha cabeça dói muito, a pessoa que me levanta usa uma máscara e sustenta todo o meu peso com apenas um braço. Sou colocada em uma cadeira de ferro fria.
Olho para minha frente, e Nate está sentado em uma cadeira igual a minha, mãos e pés presos, do lado direito do seu rosto um filete de sangue escorre, ele me olha, ao seu lado Doutor está sentando suas mãos e pés também presos, mas ele não tem dano aparente algum.
– Então - diz o homem - onde está a TARDIS , Doutor? Parece que nem Jack, nem seu outro amigo - ele se refere a Nate - surtem efeito em sua resposta. Onde está?
Doutor me olha com os olhos cheios de lágrimas e percebo que Jack está jogado no chão ao seu lado, ele me olha nos olhos e balança a cabeça em sentido negativo.
– Sua última resposta?
– Não vou te contar - Doutor diz com a voz rouca.
Nesse momento Nate me olha com os olhos cheios de horror, tenho vontade de correr para eles mas a mesma caixa de vidro nos separa embora eu os possa ouvir bem.
Sinto uma bacada do lado direito do rosto. A pancada me faz cair da cadeira indo parar no chão, sinto muita dor, não faço nenhum som, mas não posso evitar as lágrimas, eu sei que Doutor não pode contar a ele onde está a TARDIS.
Em seguida alguém me coloca de pé sustentando meu peso e sei que é o mesmo homem que me colocou na cadeira.
– Então? - diz o homem sorrindo.
Doutor chora, mas não diz nada. Nate olha do homem para Doutor com horror nos olhos, ele também chora.
O homem da máscara dá um soco em meu estomago, um grito abafado e sangue saem por minha boca, eu caio de joelhos e o homem me empurra, me fazendo cair de lado, sinto vários golpes nas costelas, e deduzo que sejam chutes, eu não vejo mais nada, minha visão está embaçada.
– NÃO! FAÇA-O PARAR! - grita Nate - DÊ A ELE! EU SEI LÁ! FAÇA-O PARAR.
Nate grita desesperadamente do outro lado para Doutor, o homem de máscara não me bate mais, e eu não consigo me mexer, a dor me impede até de engolir e sinto o sangue escorrendo por meus lábios. O homem de cabelos brancos ri histericamente.
– Ora , ora! Nate Harris, 29 anos, duas faculdades, pós graduação, mestrado, doutorado, editor chefe, filho de Jake e Grace Harris, ganhou vários prêmios como corredor na escola, até hoje mantem esse hábito, e o manterá por muito tempo.
O homem ri e Nate o olha assustado.
– Quem... quem é você? - ele diz.
– Eu... Sou você Nate, no futuro.
– Não pode ser! - Nate sussurra.
Alguma coisa bate com força em minha cabeça e eu desmaio, de novo.
– NÃO!!!!! - Nate e Doutor gritam simultaneamente, antes de desmaiar percebo que Jack não está mais deitado ao lado de Doutor.
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