Lucky –

“Do you hear me? I’m talking to you [...] Lucky I’m in love with my best friend, lucky to have been were I have been, lucky to be coming home again... Lucky we’re in love in every way, lucky to have stay were we have stay, lucky to be coming home someday!”

11 anos depois...

– Papai, papai! – Rose pulava na cama segurando um ursinho em formato de coelho rosa.

– Que é, meu bem? – Harry perguntou sonolento, tateando a cômoda ao lado da cama para achar seus óculos, colocando-os em seguida.

– Quando eu vou poder ir para Hogwarts como o James?

– Quando tiver idade suficiente, meu bem! – Harry pegou-a no colo e sorriu, bagunçando-lhe o cabelo.

– E quando vai ser? – ela perguntou, fazendo bico.

– Daqui a quatro anos, mas não se preocupe, passa rápido!

Harry piscou e se levantou, levando Rose para a cozinha pendurada em seu pescoço. Hermione já estava acordada fazendo o café da manhã e sorriu ao ver o marido e a filha aparecerem. Harry lhe deu um selinho e colocou Rose na cadeirinha, enquanto James estava sentado na cadeira, aparentemente nervoso, balançando as pernas.

– Que foi, James? – Rose perguntou alto.

– Nada, Rosinha – ele respondeu, ainda balançando as pernas.

– Ta com medo? – ela sussurrou, preocupada com o irmão. James assentiu e Rose colocou a mão no ombro do irmão que amava em segredo! Claro, se contasse para ele que o amava, as brigas perderiam a graça, e Rose gostava muitíssimo de brigar com o irmão. – Vai dar tudo certo, maninho!

Rose tinha sete anos e James já estava com onze. O mais velho estava em seu primeiro ano de Hogwarts e a ansiedade não o deixara dormir direito.

– Aqui está, querido. Você tem que comer, esta bem? – Hermione disse, colocando um prato de ovos mexidos na frente do filho, junto com um copo grande de suco de abóbora.

– Não quero, mamãe!

– James, por favor! – Hermione se sentou ao seu lado e acariciou os cabelos pretos do filho e olhou fundo naqueles olhos tão parecidos com os seus – Vai dar tudo certo, querido! Não se preocupe.

– Como pode saber?

– Eu simplesmente sei – ela sorriu.

– Confie em sua mãe, meu filho. Hermione nunca errou nada – Harry sorriu, sentando-se ao lado da esposa e acariciando suas costas.

– Certo. Vou comer!

– Obrigada!

James comeu todo o ovo e tomou todo o suco, subindo para o quarto em seguida para escovar os dentes e se trocar para ir para a estação. Hermione, Harry e Rose também subiram e foram se arrumar. Quando estavam todos prontos, eles saíram do Largo Grimmauld e entraram no carro de Harry. O mesmo saiu dirigindo para a Estação King’s Cross.

– Papai, porque não aparatamos na estação? Seria tão mais fácil – James perguntou, pulando no banco traseiro do carro e Hermione deu risada.

– Filho, já te expliquei. Você e sua irmã são muito novos para aparatar.

James continuou pulando no banco traseiro e Rose ficava grudada ao coelho de pelúcia rosa, olhando a apreensão do irmão. Desejava não ficar igual quando enfim chegasse sua vez de ir para Hogwarts. Enfim chegaram à King’s Cross e foram rapidamente para a divisa entra as plataformas 9 e 10. Correndo para conseguir passar, logo se encontraram na Plataforma 9 ¾ que estava lotada de bruxos adultos que se despediam dos mais novos. Logo Hermione viu a cabeleira de fogo de Rony e se aproximou. Ele viera com Luna trazer os gêmeos Thomas e Mariah, ambos de onze anos também, em sua primeira ida à Hogwarts. Gina e Dino também estavam juntos e se despediam de Markus, o filho mais velho deles. Nos braços de Dino estava Lana, que tinha quatro anos e Gina estava grávida de três meses.

O trem apitou e todos começaram a se apressar. Depois de diversos abraços, beijos e recomendações, os alunos entraram no trem e correram para as janelas, a fim de acenarem para os pais. Harry abraçou os ombros de Hermione, que apoiava uma mão no ombro de Rose e acenava para James com a outra. Gina estava abraçada a Dino e acariciava Lana com uma mão enquanto acenava para Markus com a outra. Rony e Luna estavam também abraçados, acenando para Thomas e Mariah.

Rose foi com Gina para brincar com Lana e Harry e Hermione foram para casa. Ao chegarem, correram para o quarto e se deitaram abraçados para aproveitar a paz que foi estabelecida na casa.

– É esquisito – Harry disse.

– Muito! – Hermione concordou, rindo.

– Mas acho que teremos que nos acostumar, não é? – ele beijou a cabeça da esposa. Hermione deixara de lecionar depois do nascimento de James e passou a ficar em casa com o filho enquanto Harry trabalhava.

– Pois é... Pelo menos ainda temos quatro anos aguentando a Rosinha – Hermione disse, rindo.

– Ah, isso é verdade! – ele olhou para a mulher e ela retribuiu o olhar – A cada dia que passa, eu te amo mais.

– Ah Harry! – ela riu e roçou o seu nariz no do marido – Eu também te amo mais e mais a cada dia! Isso nunca vai parar.

Eles sorriram e se beijaram, os pés e os corpos se roçando por baixo do edredom.