Anteriormente em A Vida Continua Fase I

...

– Não, Harry. Eu simplesmente odeio quando você viaja pra longe.

– Gina. São só quatro dias. E o Rony também vai.

– Caramba Harry. É o segundo aniversário deles, sabia? Isso é muito injusto.

– E você acha que eu não tentei deixar ele aqui? O problema é que o Ministro confia em nós devido ao nosso passado... - suspirou - Você sabe. E fez questão que o Rony também.

– Eu só espero que isso não magoe a Mione. Ninguém merece passar o aniversário de casamento sozinha...

...

– Gina, promete que você vai visitar a Mione?

– Claro que sim.

– Acho que ela também deve ficar na casa dos pais.

– Vai sim. Eu fico com ela, mas por favor, se cuida Harry, eu estou aflita com essa missão.

– Por que?

– Não sei. Um mal pressentimento, talvez.

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– Mas quem é essa moça? - Gina estava curiosa.

– Não fazemos ideia. O Rony a encontrou na casa onde fomos investigar. Ela parecia estuporada. Agora precisamos esperar que se recupere para explicar o que realmente houve.

– Tadinha – Hermione compadeceu-se – Espero que se recupere logo.

– Vão querer interrogar a moça? – A curandeira adiantou-se para Harry e Rony.

– Sim.

– Então me sigam.

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– Como se chama?

– Estella. Estella Grey

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FASE II

Harry e Rony continuavam interrogando a garota. A encontraram desmaiada em uma mansão na Escócia. Parecia muito debilitava, mas respondia tudo o que era perguntado e colaborava de todas as formas.

– E seus pais, como se chamam?

– Jason e Lola Grey. Minha irmã é Ester. O que aconteceu com eles? Eu não tenho ninguém além deles. – Ela soluçava. Estava desesperada e eles sem saber o que fazer. Rony adiantou-se e abraçou a garota.

– Acalme-se. Daremos um jeito de achar seus pais. - Rony falou e Harry não conseguiu esconder o espanto.

– Eu não tenho pra onde ir! Não tenho ninguém, moço.

– Calma – Harry adiantou-se – Daremos um jeito.

A moça estava em prantos. Realmente estava debilitada. Harry se colocou em seu lugar. Lembrava de seus pais e sofria pelo fato de tê-los perdido. Imaginava que seria horrível perde-los depois de anos de convívio. Sabia que Rony sentia o mesmo. O olhar era cúmplice. Havia perdido Fred na Batalha. Sentia a dificuldade de se achar sozinho.

– Precisamos que você se acalme – Rony disse serenamente – Vamos conversar a respeito e mandar buscas para encontrar sua família. Voltamos em breve, tudo bem?

Ela assentiu com a cabeça. Estava transtornada. Rumaram para a porta e ela os chamou.

– Eu, eu gostaria de agradecer por terem me salvado. – As lágrimas corriam em seus olhos.

– É nosso dever, ajudar quem precisa – Rony adiantou-se e saíram.

...

– E então? Gina perguntou.

– Ela não está bem. – Rony concluiu desgostoso.

– Aparentemente a família foi assassinada por partidários – Harry continuou - Não encontramos ninguém na casa além dela. A medibruxa informou que ela foi estuporada várias vezes.

– Nossa... – Hermione surpreendeu-se.

– É. E ainda foi atingida por um feitiço de confusão. Disse que lembra do pai mandando que corresse com a irmã e depois viu clarões verdes...

– Verdes? – Gina exclamou – Nossa!

– Coitada. – Hermione continuou.

– E aparentemente não tem mais ninguém. - Harry continuou - Vou falar com o Ministro, tentar encontrar a família dela. Alguém que possa cuidar dela.

– E qual o nome dela?

– Estella Grey

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Após dois dias de buscas, nada que pudesse dar sinal do paradeiro da família de Estella foi encontrado. Ela estava bem melhor, e faltando um dia para receber alta, Hermione teve a ideia de leva-la para trabalhar no orfanato, assim teria o que fazer e como ocupar a mente, e não ficaria ao léu.

A ideia foi bem aceita por todos, inclusive pelo ministro que continuava tentando encontrar pistas do paradeiro de sua família.

Estella era uma moça realmente muito bonita. E Gina já havia tido uma crise de ciúmes por causa dela. Contava 21 anos. Alta e esguia. Parecia "modelo de revista trouxa". A pele era bronzeada. Um moreno tentador que chamava muito a atenção ao contrastar com os olhos extremamente verdes que tinha. Os cabelos eram pretos e lisos. Enormes. Com volume. Busto e quadril arredondados e simplesmente doce e encantadora.

– Ah, Mione. Sinceramente. Não sei por que você teve essa ideia de girico de colocar ela aqui no orfanato.

– Gina, ela não tem ninguém.

– Sim, eu sei. Mas não gosto do jeito que todos olham pra ela. Ela é muito bonita.

– Gina, você está com ciúmes? – A morena sorria.

– Ciúmes, eu? Nunca. Só acho que ela chama muita atenção.

– Realmente, ela é muito bonita, mas ela é tão doce. E as crianças a adoram. Ela já tem sofrido muito Gina. Por favor, não torne a vida dela mais difícil.

– Eu? Hermione? Quem você pensa que sou? A bruxa má? Alguma espécie deDolores Umbridge?

– Não Gina, não seja dramática. Você está com ciúmes, e o ciúme é capaz de cegar, de ver coisas onde não existem. Por isso, tenha cuidado com o que pensa. Às vezes não é nada do que estamos imaginando que seja.

– Só acho que ela é perfeita demais...

– Gi... Não tenha ciúmes, sim? O Harry te ama mais que a ele mesmo.

– Não tenho ciúmes. E cala a boca que ai vem à senhorita perfeição.

– Olá dona Hermione...

– Estella, por favor. Me chame só de Hermione.

– Tudo bem dona... Quer dizer, Hermione. - a garota estava envergonhada - Gostaria de saber se a senhora... Digo você, vai participar da visita das famílias amanhã?

– Claro que sim. Faço questão. Virei com o Rony. Você vem Gina?

– Talvez...

– Ah Gina, será ótimo. Virão cinco famílias amanhã. Espero que todos adotem...

– Sim – Estella falou com um sorriso de orelha a orelha – Assim que conseguir me re-estabilizar, vou trabalhar, encontrar um bom marido e quero adotar algumas de nossas crianças. Sempre quis ser mãe. Ter uma família grande. Uns 6 ou 7 filhos...

– É realmente uma ótima ideia Estella. – Disse uma Hermione muito feliz – Tenho certeza que encontrará um bom marido e será muito feliz. E fará muitas dessas crianças felizes...

– Sim... É o que pretendo. E nunca deixarei de trabalhar aqui. Vocês me acolheram e sou muito grata por isso. Espero poder retribuir um dia.

– O que é isso Estella. - Hermione continuava sob os olhos interrogativos de Gina - Não precisa retribuir nada. Não cobramos nada de você.

– Eu nunca te vi em Hogwarts. – Gina interrompeu mudando o assunto.

– Ah... Eu não fui estudar. – A garota ficou sem graça.

– Por quê?

– Eu... Não sei fazer magia. Não consigo. - A garota ficou envergonhada.

– Ah... Tudo bem então. - Gina sentiu-se mais envergonhada que a primeira.

– Bom, com licença, vou ver as crianças.

...

– Ela é um aborto, Mione. - Gina concluiu entristecida.

– Parece que sim. - Hermione continuou, pensativa - Por isso não conseguiu fazer nada durante o ataque. O Rony disse que ela não sabe fazer magias.

– Nossa... Que triste.

– Mas da forma que ela fala dos pais. Deve ter sido muito amada.

– Menos mal...

– Oi Gina – Rony deu um beijo na irmã – Oi meu amor! – E beijou Hermione. – Vim te buscar.

– Claro, vamos sim...

– E o Harry? – Gina perguntou.

– Já ta vindo. Eu quis vir na frente pra pegar a Mione. Que tal um jantar romântico?

– Adoraria.

– Olá seu Ronald.

– Estella, por favor, é Rony.

– Sim senhor.

– E não é senhor. É só Rony.

– Desculpe. Eu ainda não tive a oportunidade de agradecer direito ao senhor... Quer dizer, a você e ao seu Harry e quero aproveitar agora...

– Estella. Não fizemos mais que nosso trabalho. - o ruivo falou direto - E você, já jantou?

– Ah, não. Não ainda.

– Gostaria de ir jantar conosco? – Gina olhou assustada do irmão para Hermione, que retribuiu o olhar.

– Não, não. Não quero atrapalhar. - ela envergonhou-se.

– Você não atrapalha Estella. - ele continuou animado - Vamos lá conosco. E você Gina, vem?

– Não – Gina estava confusa, a mesma confusão de Hermione – Vou esperar o Harry.

– Então vamos?

– Por favor, é verdade.Realmente não quero dar trabalho.

– Trabalho nenhum garota. Vem logo que eu tô morrendo de fome. - ele falou e se adiantou - Tchau Gi... Ah... Tchau Harry.

Harry acabara de chegar pela lareira.

– Onde eles foram com a Estella?

– Para um jantar romântico – Gina estava atônita.

– O Rony e a Mione? Com a Estella? Que jantar romântico?

– Não faço a menor ideia.

– Teu irmão é mesmo muito louco!

– Harry, já tive minhas dúvidas, mas agora tenho certeza absoluta.