“Você é desprezível, Draco Malfoy, eu odeio tudo, absolutamente tudo em você.

A forma como você é mais alto que eu, o modo como me atrapalha sempre em péssimos momentos, ou em como você pisa no meu pé ou desamarra meus sapatos, sem deixar que eu os amarre novamente.

A maneira como me trata quando estamos sozinhos, seu ciúme, sua implicância, o fato de você ser um babaca total.

Você é indeciso, promete mais do que faz, me ignora, me faz querer te matar e ao mesmo tempo faz-me a pessoa mais feliz do mundo.

Odeio como segura minha mão e me puxa, mas não me abraça, e me larga quando alguém olha.

Você é insuportável.

E eu só queria que você dissesse aquelas três palavras.

Eu daria tudo apenas para que você fosse sincero comigo.

Pelo menos uma vez.

Eu te odeio simplesmente pelo fato de não me amar da mesma forma que eu te amo.

Odeio-te por ter medo de se permitir.

E te odeio ainda mais por me iludir sem sequer precisar dizer algo.

Com todo amor, Jane”

Um sorriso no rosto e um pergaminho no chão, aquela carta jamais deveria ter sido lida por ele.

— Hermione Granger! – gritou o loiro do meio do salão principal.

A garota sobressaiu-se, olhando para trás.

Malfoy se levantou e caminhou até ela, beijando-lhe os lábios ferozmente.

— Eu te amo. – proferiu o rapaz.

...

“Hermione... Hermione! Vamos nos atrasar, acorde!”

A castanha se levantou atordoada, observando a ruiva voar pelo quarto.

Suspirando pesadamente, puxou um pergaminho de baixo de seu travesseiro.

“P.S: Odeio a facilidade que você tem de invadir meus sonhos (e pensamentos).

De: Hermione Granger.

Para: Draco Malfoy.”

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