The Lying Game escrita por Queen Prophecy


Capítulo 3
Homecoming Out


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu queria pedir desculpas pela demora, mas é que eu tive um bloqueio por problemas pessoais, e não conseguia escrever nada, e mesmo sendo baseada a fanfic é horrível escrever quando se está "travada".
Segundo eu queria perguntar se vocês se importam de eu mudar algumas (muitas) coisas?
Eu não gostei muito desse capítulo, mas como eu não poderia demorar mais pra postar, aí está ele, então relevem os erros, e tudo mais.

Ps: Acrescentei duas coisas no capítulo anterior, mas nada de relevante.
Vejo vocês nas notas finais e boa leitura, espero que gostem e ainda acompanhem!



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Depois da conversa com Zelena sua cabeça parecia estar mais confusa ainda, conhecia Regina muito bem e sabia que Regina tinha seus meios para conseguir tudo o que queria, e que muitas vezes ela poderia passar por cima de algumas pessoas para isso, mas será que isso a incluía também?

Não conseguiu prestar atenção em mais nenhuma aula depois daquela conversa, aliás, antes já não estava conseguindo, agora muito menos, ainda mais com Zelena a cada vez que se encontravam mandando alguns olhares estranhos que ela não conseguia nem ao menos identificar.

E agora ali estava ela sentada na cama mais uma vez pensando em Regina, olhando a foto que estava em um porta retrato do lado de sua cama, quando ouviu a porta abrir e olhou avistando a pessoa na qual exatamente estava pensando:

Regina.

Ela entrou sorrindo no quarto e praticamente pulando de felicidade

– Adivinha quem está ficando com Graham? Aqui vai a dica, sou eu! – disse sorrindo vitoriosa fazendo Emma olhar para ela boquiaberta.

– Tá brincando? – indagou desacreditada.

– Não. – ela alargou ainda mais o sorriso – Ele tá tão vidrado nessa coisa de lésbica que acho que se eu jogar certo com ele podemos transar.

Emma olhou para ela sem saber o que falar, não sabia nem como se sentia.

– Eu pensei que estivéssemos fazendo isso para sermos populares – comentou depois de algum tempo.

– É. E populares fazem sexo com outros populares. – respondeu dando de ombros.

Emma balançou a cabeça ainda sem acreditar, e não disse nada apenas seguindo os movimentos da morena que deu a volta na cama e deitou-se, assim que viu que ela terminou de se ajeitar ao seu lado Emma também deitou olhando para o teto e pensando bem antes de falar algo.

– Eu pensei que você quisesse que sua primeira vez fosse especial. – comentou tentando não transparecer como aquele assunto a abalava de alguma forma.

– E vai ser, com o cara mais gostoso do colégio, graças a você melhor namorada do mundo! – respondeu sorrindo mais uma vez, sentindo Emma se aproximar e deitar a cabeça em seu ombro, era uma coisa bem normal que ambas faziam uma com a outra, mas para Emma aquilo de certa forma não era a mesma coisa de antes, agora enxergava tudo de outra forma.

Aquilo estava virando algum tipo de insanidade.

– Bom, vamos torcer para ninguém perceber que você não está me traindo então... Iriam te achar uma pessoa terrível – ela tentava soar o máximo natural.

Regina franziu a testa ouvindo aquelas palavras.

– Você está com raiva, ou chateada.

– Não. – respondeu quase que imediatamente – Só estou um pouco estranha por causa de toda a coisa com sua irmã.

– Oh... – Regina abriu a boca para responder, mas fechou novamente. Sentia um leve desconforto ao lembrar que Zelena estava confrontando Emma. – Ela te falou alguma coisa?

– Não... – respondeu monossilabicamente, não queria contar que a irmã de sua “namorada” estava sendo praticamente uma stalker.

– Certo.

Elas ficaram em silêncio um período de tempo, apenas pensando em como tudo mudou, para Regina era óbvio que tudo estava bem, ou perfeitamente bem, mas para Emma tudo estava tão confuso, sua cabeça parecia não parar um segundo. Aqueles momentos eram tão comuns e ela nunca havia enxergado com malícia, e agora... Parecia uma coisa que um casal real faria, será que ela só enxergava isso por que de certa forma estava tendo todos aqueles sentimentos seja lá quais fossem? Talvez.

Regina bateu palma duas vezes e a luz apagou ficando, o quarto era apenas iluminado pelas estrelas que estavam coladas no teto, Emma olhou para ela por um momento antes de olhar para as estrelas novamente.

– Você lembra quando colocamos isso aqui por que você tinha medo do escuro?

– Eu não tinha medo – respondeu franzindo a testa – Só me sentia angustiada, há uma diferença. – disse se virando para a amiga e ficando de frente para ela, seus rostos estavam incrivelmente perto e aquilo só deixava a cabeça da loira mais confusa ainda.

– Emma! – chamou Mary abrindo a porta do quarto e acendendo a luz fazendo imediatamente a garota dar um pulo na cama e sentar olhando para sua mãe com uma cara de culpa, como se tivesse sido pega fazendo algo errado, algo que costumava ser normal, mas que diabos?!

– Mãe! – respondeu.

– O que você estão fazendo? – perguntou olhando para ambas na cama.

– Conversando sobre o baile – começou a falar – Na verdade sobre nossos pares, garotos... – sua voz estava terrivelmente estranha. – Dois... – e parecia que não estava falando nada com nada, o que realmente não estava.

Regina apenas balançava a cabeça em concordância.

– Oh... que felicidade! – sua mãe abriu um sorriso largo – Você indo ao baile com um garoto, mande ele, por favor, vim mais cedo, para tirarmos fotos – a loira ia abrir a boca para dizer, mas antes que conseguisse sua mãe a cortou – E não tire esse direito de mim, sua vó fez isso comigo – disse animada – Em falar nisso vou ligar para ela contar as novidades... – disse já saindo do quarto – Ela irá ficar tão feliz.

Emma olhou quase desesperada para Regina.

– Por favor, atire em mim.

A sua sorte era já ter falado com Killian antes, o que de certa forma, já era alguma coisa.

***

Estava pronta e de certa forma bastante nervosa, porque além de ir a um baile iria com sua melhor amiga, qual de certa forma estava sentindo algumas coisas estranhas nos últimos dias, e que estava também se envolvendo com Graham, o cara mais “gato” do colégio e agora iria mentir para sua mãe que iria para o baile na verdade com um garoto, que era gay apenas para ela não desconfiar de nada, mas talvez estivesse ficando nervosa por besteira, o que poderia dar errado?

Ouviu a campainha tocar e rapidamente foi abrir a porta, assim que o fez avistou Killian vestido de... pirata?

– Well.. Well... Olha quem está aqui – disse ele arqueando uma sobrancelha de um jeito meio charmoso.

Emma franziu a testa o olhando de cima a baixo, dando espaço para ele entrar.

– Eu disse para você vim machão e não assim... – reclamou – Aliás o que é isso? Pirata? – perguntou meio confusa.

Ele revirou os olhos com tamanha dramaticidade.

– Esse é o máximo de machão que consigo ser. – respondeu – E piratas não são algo do tipo “mulherengos”?

Ela suspirou.

– Certo, mas precisava de tanto delineador? – perguntou um pouco indignada – Você deve estar usando mais do que todas as garotas que vão estar no baile.

Ele ia responder, mas ouviu os passos na escada e imediatamente olhou para cima avistando a mãe de Emma.

– É ele? Oh, meu Deus! – ela disse chegando perto dele e sorrindo animada – Você deve ser Killian, eu sou Mary mãe da Emma.

– Você deve estar mentindo – disse engrossando um pouco a voz, a mãe de Emma olhava para ele nitidamente confusa – Vocês devem ser irmãs. – completou galanteador.

– Oh, ele é tão fofo, Emma. – disse a mãe dela olhando para ambos, a garota apenas assentiu sorrindo amarelo - Fiquem juntos para eu tirar uma foto, por favor. – pediu enquanto pegava o celular.

Ele imediatamente a abraçou de lado sorrindo normalmente, enquanto Emma forçava um sorriso, queria logo acabar com aquela tortura.

– Mãe... – chamou – Vamos nos atrasar.

– Espere um pouco Emma, eu estou tentando achar o aplicativo – disse mexendo no celular.

– Aah! – exclamou sorrindo – Achei, essa é uma noite perfeita, minha filha está linda usando um vestido – Emma revirou os olhos com o comentário – E eu finalmente consegui meu trabalho com noticias.

– Você conseguiu? Isso é ótimo mãe! Mal posso esperar para vê-la. – estava realmente feliz pela mãe.

– Não vai precisar, eu disse para meu chefe sobre as lésbicas do baile e ele pediu para quem fazer a matéria? Eu! – respondeu sorrindo.

Killian e Emma se olharam aflitos, aquilo não poderia ser verdade.

– Agora sorriam! – disse antes de tirar a foto com Killian sorrindo e Emma com um sorriso tão forçado que mais parecia uma careta.

Mary sorriu para a foto e depois para o “casal” a sua frente e antes de subir as escadas virou para Killian.

– Não quebre o coração dela. – disse cantarolando.

– Nem se eu tentasse – cantarolou de volta.

A loira ouviu sua mãe subindo as escadas pronunciando algo sobre como ele era fofo, mas não deu a mínima tinha que resolver aquele problema o mais rápido possível, e era ela quem estava mais cedo perguntando o que poderia dar errado? Bem, ali estava a resposta sendo esfregada na sua cara. Obrigada universo, agradeceu.

Pegou o celular enquanto rapidamente ia para o seu quarto, discou o número de Regina e esperou até ela atender, o que não demorou muito.

– Adivinha quem vai nos entrevistar? O jornal local. – disse assim que atendeu o celular.

– Eu sei, Regina e minha mãe é o jornal local – respondeu com certo desespero.

A morena arregalou os olhos do outro da linha – Oh... certo, o que vamos fazer?

– Eu vou dar um jeito, enquanto você enrola aí.

– Ok, tudo bem. – disse antes de desligar.

Ia dar um jeito de sua mãe não conseguir chegar aquele baile.

***

– Regina! – chamou assim que viu que a morena havia desligado o celular – Onde está Emma?

Ela olhou para Blue um pouco surpresa e abriu a boca para responder, mas rapidamente voltou a olhar a mulher que esperava uma resposta.

– Ela foi para casa alimentar seus peixes. – disse lentamente, aquilo não era tão ruim.

A mulher deu uma risada.

– Adoro humor lésbico. – sorriu – Então eu não consegui outra tiara então alguém vai ter que ficar com a coroa, eu acho que seria a Emma, mas não quero decidir nada...

– Definitivamente Emma fica com a coroa – respondeu pegando a tiara e colocando em sua cabeça.

– Num mundo de escuridão vocês iluminam tudo. – sorria enquanto Regina não prestava nem um pouco atenção olhando para o celular que apitava.

– Ok, você também, eu tenho que... – ela apontou para um lugar não muito especifico enquanto saia rapidamente dali.

Assim que se livrou da mulher olhou o celular novamente e viu as mensagens de Graham, nelas diziam que ele queria vê-la e que era para ela encontrar ele, quando ela perguntou onde, ele disse em seu carro em cinco minutos ela olhou para o lugar onde ele estava e sorriu meio nervosa.

***

Suas mãos nem ao menos tremiam enquanto andava rapidamente pelo estacionamento onde estava a van do noticiário, avistou o veículo e assim que o viu pegou a chave de fenda que estava dentro de seu vestido o que fez Killian franzir a testa em confusão, o plano era fácil em sua cabeça, ia simplesmente pegar e furar os pneus porque se não houvessem veículos não teria como ir e assim, estava tudo bem, e ela poderia manter sua farsa intacta.

– Você não poderia simplesmente dizer a ela? – indagou à loira enquanto ela abaixava perto do pneu com o objeto nas mãos. – Eu achava que meu pai simplesmente iria me mandar sair de casa, mas não, agora ele até assiste meus programas comigo. – disse feliz

– Minha mãe não seria uma dessas pessoas, acredite. – antes que concluísse o que foi fazer ali, ouviu seu celular tocar e pegou avistando o rosto de Regina na tela.

– Já estamos indo – disse apressada.

– Se não me achar estou transando com Graham. – soltou simplesmente fazendo a loira do outro lado da linha franzir a testa confusa.

– O quê? No meio do baile? – ela tinha perdido algo? Regina queria sua primeira vez assim? Tão impessoal?

– No carro, então tecnicamente ao lado do baile. – respondeu dando de ombros, mesmo que a loira não conseguisse a ver.

Ok, literalmente Emma estava começando a achar que ela estava ficando louca. Aquilo estava indo longe demais.

– Quando me encontrar já serei uma mulher – continuou animada, mas a loira não prestava muito atenção, pois sua cabeça parecia rodar, e um sentimento bem familiar começou a se manifestar dentro de si. – Não parece muito animada – comentou assim que viu que a amiga não falava nada.

– Acredite em mim, estou muito. – tentou soar o máximo verdadeiro que pode, mas aquilo não era tão verdade assim, seu rosto estava transformado em uma careta estranha. – É só que é uma coisa importante isso... Você realmente iria querer isso tão impessoal num banco de trás de um carro?

– Por dentro é todo de couro – rebateu.

– Regina! – chamou.

– Olha, eu tenho que ir, até depois. – desligou.

Emma viu a chamada finalizada no visor do celular e estremeceu, aquilo não era certo, e ter aquelas imagens mesmo que sem querer na sua cabeça revirou seu estômago, respirou fundo e voltou até onde estava a van, e pegou o objeto mais uma vez antes de enfiar ele com tudo no pneu.

– Wow! – impressionou-se o rapaz – Você me assusta e eu adoro isso! – disse animado.

Assim que viu que havia furado retirou o objeto de lá, e suspirou aliviada, mas a sensação não durou muito tempo quando ouviu um barulho de carro ligando. Andou devagar até a traseira do carro, e avistou outro veículo, e para ficar pior ainda sua mãe acabando de entrar nele. Merda, sua vida tinha acabado de ficar mais complicada.

***

Eles se beijavam ardentemente dentro do carro apertado, o que poderia dizer? Era o que ela mais queria naquele tempo todo, o cabelo curto de Regina estava um pouco bagunçado, e Graham tinha tirado seu paletó e ficado só de camiseta branca, a qual estava tentando tirar sem desgrudar seus lábios dos da garota, mas claramente era algo meio impossível o que fez ele separar dela para tirá-la.

– Eu esperei isso por muito tempo. – disse fazendo certo esforço para tirar a camiseta.

– O que? Sério? – indagou sorrindo – Quanto tempo?

– Sério, o que? Que eu espero transar com uma lésbica? – ele perguntou meio confuso, era meio difícil pensar direito quando estava excitado e quase realizando seu sonho de transar com uma lésbica. – Desde que nasci praticamente, parece meio clichê, mas qual cara hetero nunca sonhou isso? – perguntou enfim conseguindo tirar a camiseta.

O sorriso da morena se desfez imediatamente, era aquilo que se tratava? Não que não soubesse disso, mas ele só a queria pelo fato de ela ser lésbica? Mesmo ela não sendo... Queria pelo menos ele sentisse atraído por ela, ou a desejasse. Ele tentou puxá-la para ele novamente mas ela se afastou dele e sorriu.

– O que é?

– É eu sou volátil, eu queria agora não quero mais então, é melhor eu ir para o baile e voltar para minha namorada. – dizendo isso abriu a porta do carro e saiu deixando Graham para trás com uma excitação evidente e confuso.

–-

Mary entrou no baile mexendo o corpo conforme a música tocava e olhou para o lugar cheio de alunos, dançando, conversando e rindo, passou os olhos rapidamente procurando o casal de lésbicas para entrevistar, mas a única pessoa que avistou foi Zelena com seu acompanhante, foi até eles sorrindo antes de perguntar:

– Zelena! – chamou a mulher – Ainda bem que te achei – tocou o braço da ruiva a fazendo sorrir falsamente – A proposito bonito vestido.

O namorado de Zelena olhava embasbacado para a mulher a sua frente.

– Você é a mulher do programa do tempo não é? Eu amo você... – começou a falar animado.

– Obrigada, o que veio fazer aqui? – indagou cortando o garoto e indo direto ao assunto.

– Eu vim entrevistar as lésbicas rainhas do baile, você viu elas? – indagou

Zelena abriu a boca para responder, mas quando ia falar foi interrompida pelos chamados de Emma.

– Mãe! Mãe! – chamou vindo depressa até perto da mulher que olhou para ela confusa.

Imediatamente a ruiva abriu um sorriso quando avistou a garota.

– Sua mãe está procurando as rainhas lésbicas do baile – disse olhando para ela diretamente – Então eu disse a ela que elas foram para casa cuidar de coisas mais interessantes...

A mãe de Emma olhava para as duas sem entender, quando enfim viu uma garota de tiara e ignorou as “farpas” que ambas trocavam.

– Venha, Marco. – chamou ela indo em direção a garota que ela havia visto.

Emma olhou para a direção que sua mãe ia e engoliu em seco a seguindo. Assim que chegou à garota e a viu o queixo de Mary caiu, espera era Regina? Melhor amiga de sua filha?

– Regina?! – indagou surpresa.

– Sra. Swan. – cumprimentou olhando para Emma também surpresa, enquanto a mesma a olhava com um olhar aflito. – O que faz aqui?

– Emma, posso...? – indagou pegando no braço dela e se afastando um pouco da garota que olhava para ambas.

– Você sabia disso?

– Mãe... eu queria te contar, mas pensei que você não aprovaria e... – ela iria continuar, mas sua mãe a cortou.

– Ah, querida, isso não é surpresa, você sabe como os pais dela são, sempre permitiram tudo – a loira olhava para sua mãe desacreditada com suas palavras – Mas está tudo bem, ela não é minha filha, só vamos ter que diminuir as vezes de você dormir na casa dela, ok?

Sua surpresa ao ouvir as palavras de sua mãe rapidamente foi substituída por raiva. Aquilo era tão ridículo que não encontrava palavras para se expressar.

– Em dez segundos. – avisou o câmera o que fez Mary deixar Emma para trás e ir até Regina que ainda olhava para Emma.

– Então onde está sua adorável namorada?

Regina sorriu sem graça não sabendo o que responder.

Emma enfim saiu da nevoa de raiva que a prendia no lugar ao ouvir sua mãe falar com sua “namorada” e virou-se indo até elas, parando ao lado de Regina que estava com a coroa nas mãos, antes de pegar das mãos dela e colocar na sua cabeça, deixando a morena chocada e sua mãe mais ainda.

Ela sorriu corajosa antes de dizer:

– Estou aqui, mãe, eu sou a namorada dela. – passou seus braços por cima do ombro de Regina a puxando mais para perto.

O sorriso que estava no rosto da mulher antes desmanchou e rapidamente foi substituído por lágrimas nos olhos.

– Em 3, 2, 1... – falava o homem atrás dela.

Killian, Zelena e seu namorado olhavam de longe a situação, a ruiva estava com seu rosto mostrando a raiva que sentia por elas não terem se “ferrado” como ela esperava enquanto Killian sorria com o contos de fadas lésbico.

Mary não sabia o que dizer apenas abria a boca algumas vezes, mas voltava a fechar quando não encontrava palavras. Sua filha? Lésbica?

– Lésbicas? – foi a única coisa que saiu de sua boca antes dela pedir para cortar e sair do baile as pressas.

Regina olhava para sua amiga com um misto de surpresa e orgulho enquanto ela a abraçava de lado.

– Você esta bem?

– Sim, na verdade nunca estive melhor. – ela sorriu feliz e um tanto... aliviada?

– Quer dançar? – indagou à morena que sorriu e assentiu antes de elas irem para o meio da pista.

Ficaram minutos em silencio dançando, apenas aproveitando o momento, Emma não pensava em quase nada, sua mente estava dispersa a sensação de estar dançando com sua amiga tirava o foco de tudo, até mesmo do inferno que seria quando chegasse a sua casa. Todos dançavam uma música lenta, mas parecia só as duas ali para a loira.

Depois de quase toda música ser dançada em silencio, ele enfim foi quebrado:

– Estou orgulhosa de você. – disse Regina enquanto dançava abraçada com sua amiga.

– Por sair de mentira do armário?

– Por se defender da sua mãe, ela sempre com esses elogios disfarçados, sempre me deu vontade de soca-la. – disse soltando um riso fazendo a outra sorrir.

– Obrigada. – sorriu amorosamente – E eu estou orgulhosa de você ter se tornado uma mulher. Doeu? – perguntou fazendo uma careta.

– Ah... sobre isso... – ela se mexeu um pouco desconfortável – Não rolou.

– Sério? Por que não? – perguntou tentando conter a estranha felicidade por isso não ter acontecido.

– Você estava certa, ele só me vê como uma lésbica legal que ia realizar o “sonho” dele. – deu de ombros – E eu quero que minha primeira vez seja especial... com alguém que me ama. – terminou de dizer encostando sua cabeça no ombro da loira.

Emma assim que ouviu a frase sorriu feliz com a resposta da amiga. Elas continuaram dançando seus corpos colados e balançando devagar conforme a musica tocava no fundo, a cabeça da loira imaginava coisas que jamais esperava com sua amiga, as coisas não eram mais as mesmas, mas como ela realmente pensou que iria ser?

Regina olhou para o outro lado da pista avistando Graham que não tirava seus olhos dela, e teve uma ideia de imediato que fez toda a magia da dança ser tirada de Emma.

– Por isso vou fazê-lo se apaixonar por mim. – finalizou a conversa sorrindo, enquanto o sorriso no rosto da outra se desmanchava de imediato.


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Notas finais do capítulo

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