Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 12
Traidora do próprio Sangue


Notas iniciais do capítulo

OIOI MINHA GENTE
OIOI MEUS VIKINGS E VIKINGS DESSE BRASIL
VIKINGS NADA! NESSE CAPÍTULOS VOCÊS SÃO PIRTAS MEUS CAROS!
A GUERRA COMEÇOU E O BICHO TÁ PEGANDO.
Agora, eu sei que posto todo sabado, mas não deu nesse sabado, na verdade, por falta de tempo e um pouquinho... Assim de nada... De preguiça (Não me matem sou honesta! Votem em mim - tô de brinks!!!-)
Esse capítulo, na minha opnião, está muito surpreendete por que quando eu li umas partes ali e aqui eu disse para mim mesma "Eita agora que o negocio está complicado para esse povo mesmo! EITAAA
Boa leitura meus lindos Piratas



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NA: Escutem Guardians at the gate - Trilha sonora muito show nas partes de açõa, recomendo no capítilo todo, mas... tem uma partisinha tensa da Astrid e o medalhão aí vocês pausem e botem uma músiquinha triste (daquela que você ouve quando está triste e tal, se é que vocês fazem isso,só não botem Adele, sem depressão sem Someone like you por favor!)

O som das ondas acolhia a linda visão da lua no horizonte, tão grande e brilhante, espantando toda a escuridão, para Astrid aquela representava sua mãe tanto no medalhão como ali posta no céu estrelado. Havia uma névoa sobre o oceano cristalino que lhes dava a sensação de estar nas nuvens. Os dragões voavam cada vez mais altos e invisíveis em meio às poucas nuvens, o frio os envolvia entre a brisa fria e, com todos estes elementos juntos, formavam a mais linda visão, mas que apenas poucos veêm, que apenas os piratas em alto mar costumavam ver tamanha beleza natural, tão bela que os fazia acreditar que é possível haver magia em algum lugar do mundo.

O caminho já não estava tão distante, porém a ansiedade duraria uma vida inteira. A angústia começava a crescer dentro do peito junto com a mesma, os devorava por dentro devagar até chegar ao coração. Uma explosão era o que parecia. Algo se apavorava por dentro, a vontade era de ir embora procurar um lugar escuro e solitário, uma troca de olhares já seria vista como insulto, tocar no assunto poderia lhe custar sua vida e a dúvida de se estar fazendo a coisa certa se cravava como música na cabeça. Tudo o que restava era um silêncio mortal e uma distancia significante entre cada um. Sim, havia alguns sussurrando coisas ali e aqui, a vontade se esconder crescia a cada palavra ouvida e pular no mar de uma forma suicida dizendo “eu não aguento mais!” parecia tão fácil e tentador ao mesmo tempo.

“Meu cérebro está tentando me matar” Pensou Astrid Hofferson “Pare, pare, pare pelo amor de Thor”.

A jovem estava no timão, tentando se concentrar no caminho e querendo por sua cabeça no lugar, mas de nada adiantava.

“Maldição!” Seus pensamentos e lembranças falavam tão alto como um trovão no céu em meio a uma tempestade.

Ela tentou se concentrar em qualquer outra coisa, porém parecia tão inútil lutar. A Hofferson fixou os olhos no navio de Ignis, o Capitão sentiu-a o encarando e sorriu tentando dizer que estava tudo bem, mas até o mesmo não tinha tanta certeza. Seu pensamento estava em certa capitã que ali já não estava presente, Ice Aaron.

Quando os três capitães falavam sobre esse dia, o dia em que começaria A Revolução, não se imaginavam naquela situação, confusos, angustiados e totalmente perdidos em lembranças em pensamentos clandestinos. Mas o protocolo para isso sempre fora o autocontrole, sempre coloque uma idéia fixa na cabeça, um incentivo, qualquer coisa que pudesse ajudar em momentos como aquele. Pode ser que uma pequena luz no meio de toda escuridão possa ser a prova viva de esperança em algo.

“Apenas feche seus olhos, O sol já se pôs. Você vai ficar bem ninguém pode te machucar agora, venha luz da manhã, você e eu vamos estar sãos e salvos” Ambos pensaram.

– Wendy, assuma o timão! – Ordenou Astrid para a imediata que logo seguiu a ordem.

– Quanto tempo para chegarmos Capitã Hofferson? – Pergunta Wendy.

A jovem tira do bolso o medalhão de seus pais consultando a bússola.

– Estamos a favor do vento, a maré esta cheia... Eu diria que temos cerca de quinze a vinte minutos exatamente, sem imprevistos – Foram as ultimas palavras dela antes de entrar no convés inferior desaparecendo naquela escuridão adentro. Enfim, estava ela em um lugar escuro e solitário.

Seus olhos brilharam fosforescentes na escuridão e ela pôde enxergar perfeitamente, a mesma entrou no quarto vazio que dava acesso ao seu laboratório, mas não entrou lá, em vez disso ficou ali no quarto vazio com apenas longas cortinas de sedas brancas. A Hofferson começou a andar de um lado para o outro, respirando fundo e, pela primeira vez em muito, muito tempo, estava com medo. Ela sonhou com aquele dia por muito tempo, mas... E se não fosse para ser? Quando esperamos demais por algo, muitas vezes, quando este chega nos assusta e nos invade de maneira tão agressiva que ficamos insanos por uma boa quantidade de tempo.

Ela enfia a mão no bolso tirando de lá as mascara, a mesma que usou no dia que chegou a Berk, a que impedia Cavery de ver sua face e a que lhe escondia. Astrid olhou novamente para o medalhão e o pôs no pescoço.

– Preciso de vocês aqui comigo, me ajudem, por favor, me deem forças para alcançar meus objetivos e partir em paz com uma divida paga e uma marca deixada. Eu preciso de vocês agora, mais do que nunca, não importa mais que eu esteja com meu passado, eu o vencerei sozinha, sei que sou forte o bastante para fazer isso – Sussurrou ela para a bússola – Me ajudem.

Ela pôs a máscara e saiu do convés inferior, precisava de ar puro, antes que ficasse ainda mais insana, sua cabeça não parou um segundo mais, ela se sentia culpada por algo que não sabia dizer, um peso tomava conta de seu coração e a deixava assustada. Dava vontade de gritar aos céus de tanta raiva por sentir aquilo, mas, com aquela mesma raiva, ela subiu as escadas de cordas até o topo e, soltando uma das mãos olhando para o horizonte, ela seguiu viagem ali. Sentindo o vento entre seus cabelos e com aquele sentimento novamente, porém era ele que a fazia seguir em frente, era o que estava tirando o seu medo.

A viagem durou exatamente o tempo previsto por Astrid. As tropas estavam bem dividas, Ice fora com a maioria dos vikings por trás e Ignis junto de Astrid lideraram um pequeno grupo de guerreiros junto dos chefes. Se algo desse errado, os piratas entrariam na cena e, se desse ainda mais errado, entraria a segunda tropa de surpresa. Até agora, tudo bem.

Ambos os capitães e vikings atracaram os navios e barcos em lugares bem escondidos, os mais possíveis e partiram rumo ao seu destino. Astrid e Ignis encapuzados e mascarados, os dragões acabaram de pousar com os chefes, mas, a pedido da Hofferson, Valka é obrigada liderar uma vigilância no céu esperando um sinal para se desse tudo ainda mais do que errado. Havia três requisitos de emergência, isso seria o suficiente... Talvez.

O lugar estava coberto por uma névoa grossa, deixando o solo invisível aos olhos dos ali presentes, o cheiro era algo pouco suportável, o silêncio governava sobre o som das pisadas do chão e das armas se debatendo contra o corpo deles e uma brisa fria e seca os rodeava.

De vista havia as mesmas árvores negras sem folhas sobre o solo negro, porém o filho de Alvin havia tomado medidas para a guerra, o mesmo tinha construído uma espécie de castelo em ruínas para o caso de ataques e, para quem visse, aquele lugar era apavorante. Era negro como a própria noite e, mesmo iluminado pela lua tão linda daquela noite, poderia se ver como o próprio lar da morte, tochas o rodeava junto de guardas, uma espécie de rio profundo o cercava, percebia-se a presença de uma ponte levadiça e, mesmo em ruínas, o castelo possuía grandes torres que pareciam estar sendo usadas para vigilância e segurança máxima.

Também havia uma área a frente do mesmo para os aldeões, muitos guerreiros, mulheres lavavam as roupas com tabuas e baldes cheios de água e sabão e não se via uma criança brincando por ali, somente tristeza e ódio.

Astrid focou seus pensamentos e se pôs a pensar, o adequado seria entrar com grande estilo, isso os deixaria despreparados o suficiente para os deixarem entrarem sem mortes.

– Stoico e Soluço vão liderando, eu e Ignis vamos ao lado para a segurança dos dois. Os restos irão atrás a um ritmo padrão.

Stoico confirmou a cabeça e todos seguiram o plano. Os guerreiros do Estrangulador – o filho de Alvin – sorriram ao os verem. Mau sinal, pobre Hofferson.

– Finalmente eles chegaram rapaziada! Vejam só! – Disse um deles com um sorriso malicioso.

– Viemos falar com o Estrangulador – Ordenou Stoico superior.

Um dos vikings, mais distante e de cabeça, baixa aproximou-se deles deixando os piratas um pouco receosos, mas nada que eles demonstrassem.

Ignis e Astrid estavam com capas e capuzes e a jovem ainda escondia o rosto com a máscara, algo que intrigava a mente de Soluço.

O viking corpulento parou na frente de Stoico ainda com seu sorriso intimidador, um sorriso que foi logo considerado feio para os quatro ali na frente do homem.

– Acompanhe-me, Stoico – Com essas palavras vazias ele seguiu caminho sem mais esperar.

Todos começaram a o seguir, porém, os dois piratas foram barrados por dois outros vikings encostados em uma parede.

– Eles estão com a gente - Soluço disse se virando e olhando para um dos vikings serio - Não vai querer confusão, certo? - sorriu de canto.

O viking soltou os piratas, que voltaram a andar lado a lado com Soluço, que ia um pouco mais atrás de seu pai. Stoico seguia o viking e mantinha uma postura de líder, o que não adiantava muito, já que os vikings que estavam por onde passavam nem ao menos os olhavam.

Astrid percebeu que todos estavam indo para uma arena, mas nada disse, apenas continuou com a cabeça abaixada, para que o capuz cobrisse mais seu rosto. Depois de alguns segundos, o viking que liderava o grupo abriu as enormes grades de metal e entrou, fazendo um sinal para que os demais fizessem o mesmo.

– Temos visitas - o viking disse para o rapaz parado ali de costas.

O mesmo riu maliciosamente, um riso que ecoou entre o silêncio e o som de dragões enjaulados, e respondeu em tom áspero e ainda mais intimidador:

– Saía daqui, seu verme.

O viking se encolheu levemente e assentiu, saindo. Assim que a grade de metal foi abaixada novamente, o rapaz mostrou seu rosto.

Soluço notou sua aparência amedrontadora. O Estrangulador tinha cabelos negros espetados para cima, tinham uma aparência suja e oleosa. O rapaz tinha porte físico grande, ombros largos, braços musculosos - músculos eram o que não faltavam - era como um armário vestido de tão grande. Usava roupas de couro e tecido por baixo de um manto de um urso negro e, em seu rosto, o mais assustador era uma cicatriz que atravessava seu olho esquerdo.

– Ah... Stoico meu velho amigo – Ele riu – Como vão as coisas meu camarada? – Perguntou ainda em meio a risos maléficos – Vejo que trouxe seu filho, Soluço - o nome do jovem viking ele falou com nojo palpável.

Soluço sorriu irônico.

– Quanto tempo, não? Da última vez eu fiz isso na sua cara se não me engano certo? Olha, eu vou admitir que combinou muito bem com você! - o tom de voz do garoto era divertido, assim como o sorriso.

Estrangulador fechou a mão em punhos.

– Isso me custou um dragão, seu balde de imundície desgraçado- bradou estridente, porém logo se recompôs e fitou Stoico- Ah... Admito que vocês demoraram para chegar, já estávamos cansados de tanto esperar, deixe-me adivinhar o que querem

Stoico se aproximou um passo.

– Viemos lhe propor trégua. Não queremos mortes, já sabemos no que isso vai dar, para que matar tantas pessoas podendo poupa-las?- Stoico começou a falar serio.

A gargalhada estrondosa e infernal, já esperada por todos ali, foi ouvida vinda do jovem líder viking. Soluço trocou um olhar rápido com a capitã Hofferson, o que era difícil para o jovem rapaz, pois os olhos dela estavam bem escondidos.

A arena possuía várias pilhas de armas além das jaulas que prendiam os dragões. O Estrangulador vai até a mais próxima e pega uma espada respondendo em um tom perverso:

– Nós... Fazermos uma trégua?- Estrangulador lutava para conseguir manter o fôlego, mas voltou rindo – Talvez em seus sonhos mais loucos – zombou dobrando a espada com a força das mãos e a jogando junto a outras em mesmo estado.

Stoico suspirou e levantou a mão.

– Não queríamos fazer isso, porém...- Ele estalou os dedos em um sinal.

Astrid e Ignis, como se tivessem treinado, arrancaram suas capas dos corpos com voracidade e as jogando em um canto qualquer da arena. Ignis puxou sua espada com um “I” no cabo e Astrid puxou as duas espadas.

– Ora, ora, ora – Zombou Estrangulador novamente - Olha só quem veio fazer uma visita a família - Estrangulador não pareceu intimidar com o ato surpresa, apenas abriu um sorriso e cruzou os braços.

– Não leve a mal, mas eu preferia morrer a ser seu parente - zombou Soluço sorrindo e se preparando para uma boa luta.

– Não falava de vocês, Soluço. Falava com o pirata ai- e apontou para Ignis, que sorriu.

O jovem Caelum tirou sua máscara com um sorriso raivoso e safado no rosto.

– Nossa, depois de tantos anos, ainda me reconhece, irmão?- Ignis sorriu de uma forma irônica voltando à posição.

Estrangulador sorriu vitorioso.

– Não achou que eu iria os deixar atracar em minha ilha sem saber exatamente o que aconteceria? Ignis, sempre achei que tivesse ao menos puxado algo de mim - Estrangulador zombou e os deu as costas, caminhando até os portões da arena- Você achou mesmo que eu cairia nessa? De pedido de trégua?- gritou quebrando os cadeados com o machado- Se enganou!

O viking puxou os portões e, dele, saíram quase uma centena homens, liderados por um homem moreno. Astrid logo reconheceu, não só pelo fato do homem estar com vestes de piratas, mas também pelos olhos. Os mesmos olhos de sua antiga capitã e o mesmo sorriso maldoso.

– Cavery! – Gritou Astrid.

Estrangulador o acompanhou e os dois pararam frente a frente com os quatro.

– Olá- Cavery disse rindo- Acharam mesmo que esse planozinho ridículo funcionaria? Ah, poupem-me- zombou.

– Nossa, Cavery, estou realmente chocada com a rapidez que descobriu o plano. Quem foi que descobriu? Você é que não foi- zombou Astrid sorrindo zombeteira.

– Ah, claro, a queridinha Hofferson. Há quanto tempo? – Ele riu – Da ultima vez você pode até ter quase me matado, mas não acho que teria tanta coragem...

– Quer apostar? – Perguntou Astrid.

Cavery fez uma cara de espanto malfeita com um sorriso.

– Espera, onde está sua mascote, Astrid? Sabe... Aquela quem renegou o próprio sangue. Onde está Ice, minha querida e amada tia Ice Aaron?- Perguntou e então sorriu ainda mais - Ela recuou? Oh... Fiquei decepcionado agora...

– A guerra está ganha, Stoico. Estamos em um numero maior, vão embora e preparem-se para ver a nossa vitória - Estrangulador disse, porém, antes que ele dissesse mais uma palavra, Cavery levantou a mão.

Cavery tinha um sorriso maldoso olhando para Astrid.

– Por que adiar uma vitória, quando se pode tê-la agora?- sugeriu puxando a espada.

– Mas, Cavery...

– Qual é? Seu porco fedido, eles estão em menor número, somos mais fortes. Vamos acabar logo com isso - Cavery bradou para Estrangulador.

– Quem disse que estamos sozinhos?- perguntou a Capitã Hofferson de modo maligno.

Antes que qualquer um falasse, as grades por onde Astrid e os outros entraram foram escancaradas e pelas mesmas entraram um grupo grande de guerreiros, um misto de piratas e vikings. Ice, Wendy e James os lideravam.

Wendy e James vinham de mãos dadas, cada um segurando sua arma- ou, no caso de Wendy, o canhão- e Ice ia apenas segurando sua espada e fixando o olhar em Cavery.

– Ah! Agora sim está ficando interessante - Cavery disse quando Ice e Wendy ficaram lado a lado com Astrid e Ignis - Mas, digam-me, como pretendem nos vencer com esses poucos e miseráveis guerreiros? Seus cães sarnentos idiotas e inocentes, nunca vão nos vencer assim.

Astrid sorriu.

– Cavery, você chega a ser... Tão inocente – Falou de modo que o diminuiu.

Cavery abriu ainda mais o sorriso depois de se mostrar ofendido.

– Tive uma ideia! - Seu sorriso se tornou sombrio- Somos todos amigos... Irmãos... Que tal chamarmos um “irmão” hã?- provocou com um sorriso cruel nos lábios.

Astrid sentiu a raiva correr por seu corpo. Como ele ousava falar daquela pessoa? E ainda por cima com tanta tranquilidade, como se fossem velho amigos? Porém riu.

– Que eu saiba a única pessoa que tem de se preocupar com ele aqui é você, afinal, Cavery não é uma pessoa confiável em longo prazo. Quem sabe você não o mata pelas costas quando ele demonstrar mais poder que você? Como fez com seu pai? Sabe Cavery, deveria aprender a usar mais a cabeça - Astrid disse rindo de leve.

Todos ali viram o sorriso de Cavery sumir aos poucos e uma expressão de fúria tomar seu rosto. Então, ele simplesmente puxou sua espada desembainhando e a ergueu, brando em plenos pulmões:

– Como ousa desafiar a mim e meus leais? Sua bucaneira de três cabeças imunda- Gritou insano.

Astrid só teve tempo de se defender com as espadas, mas pode ouvir Ignis gritar:

– Atacar! Até o mais amargo fim!

Homens e mulheres, dos dois lados, correram na direção uns dos outros, atacando, lutando, seguindo seus instintos, liberando sua raiva e brandindo armas.

Capitã Aaron era forte e tinha experiência com luta, afinal de contas, ele também fora treinado por Angélica. Mas isso tudo não impediu de Astrid lhe dar um chute no peito, o afastando dela, ela ainda tinha o jeito viking.

Cavery sorriu e partiu com tudo para cima da loira, que fez o mesmo. A Hofferson estava tentando sair da defesa, Cavery não lhe dava espaço para atacar, porém quando conseguiu, depois de um tempo, socar a cara do capitão com o cabo de uma das espadas, se atirou nele e lhe deu chute na perna, uma joelhada na barriga e um soco, com o punho, na cara do rapaz.

O Aaron soltou a espada, mas não por sentir dor ou algo do tipo, alias, ele mal sentia dor, estava preparado para o impacto. Mas soltara a espada para poder atacar Astrid por trás, como fez assim que a garota se virou.

Ele tomou uma das espadas da mão de Astrid e pôs na nuca dela e, segurando o pulso da loira, ele a fez colocar a outra espada na frente do pescoço. Ambos caídos no chão, Cavery em cima dela a impedido de levantar devido ao peso, a Hofferson precisava sair dali, desde que sozinha.

– Vamos lá, capitã Hofferson, basta dizer que eu venci e que isso tudo não passou de capricho seu. Eu sou mais forte, posso ganhar de você e... Ah! Já sinto até o gostinho da vitória- a voz do homem era sombria e, ao mesmo tempo, convidativa, o que caracterizava sua personalidade persuasiva.

– Eu espero que seja azeda, porque esse é o único gosto que você vai sentir - Uma voz conhecida por Astrid disse e ela olhou para cima.

Soluço o chutou para longe e ele foi arremessado contra uma pilha de armas.

O rapaz esticou a mão para Astrid.

– Uma ajuda?

Ela aceitou a mão, porém ele a puxou com muita força e os corpos deles se grudaram, era possível sentir a respiração um do outro e os olhos verdes encontraram os azuis, mesmo por debaixo da máscara da garota. Astrid fez uma cara de pânico.

– Abaixa! – Gritou ela abaixando-se e levando Soluço junto com ela.

Cavery passou voando sobre eles.

Soluço devolveu a espada de Astrid – só Thor sabe onde estaria a outra -, Cavery atacou, porém o viking segurou a cintura da pirata e a girou de modo que as pernas da mesma atingindo o Aaron que tentou novamente com duas espadas, mas os dois juntaram-se novamente empunhando as espadas juntos de modo que os pulsos se encostavam, como uma dança. As espadas se chocaram e Cavery perdeu as espadas.

– Formamos uma bela dupla não? – Disseram Astride Soluço ao mesmo tempo indo para lados opostos, porém dando uma rápida olhada para trás trocando um olhar e escondendo um sorriso um do outro.

Cavery puxou o cotovelo da garota e sussurrou em seu ouvido:

– Por que não fez? Podia ter me matado quando estava junto dele, não precisava me tirar de perto. Por quê? - Cavery perguntou aos sussurros e depois riu ao notar - Eu sei o porquê e é isso que eu vou explorar.

– Do que você está falando demônio do mar?- Astrid bradou raivosa.

Mas, antes que Cavery falasse algo, um grito feminino foi ouvido. De repente, todos pararam de lutar e olharam o que acontecia e até mesmo Astrid olhou.

– Obrigado pelo treinamento, Astrid, foi bom lhe rever- Cavery insinuou e inverteu a posição deles, aproveitando que a jovem tinha se desconcentrado.

Era o Irmão das Trevas.

Ice estava suspensa no ar se debatendo. Um monstro feito de sombras segurava seu corpo apenas com as duas mãos e cobria-lhe a boca com um só dedo, era até possível ver por dentro da sombra, era como olhar através de fumaça. A Aaron parecia em pânicos e lágrimas de pânico.

O Irmão das Trevas apontava seu cajado para a garota com um sorriso insano e com olhos irradiando poder.

Cavery caminhou até o feiticeiro sorrindo e ordenou em gritos altos:

– Evacuar já!

Todos seguiram ordens com tamanha rapidez para o lado de fora que quase não conseguiram:

– ICE! – Gritou Astrid com pânico.

A Hofferson puxou um apito de prata e o soprou com todo o fôlego que pode. Um Pula Nuvem seguido de vários dragões apareceram liderados por Valka. Astrid montou junto da mãe de Soluço e partiram as duas rápido com Soluço logo atrás com Banguela.

O céu ainda estava escuro, mas em poucas horas iria amanhecer. As estrelas brilhavam sobre a lua cheia, a mais adequada para espíritos, o que deixava o Irmão das Trevas mais poderoso, porém nada disso importava para a Hofferson, ela só queria Ice segura.

Seus olhos mantiveram o foco:

– Ali Valka, rápido! – Disse apontando para um grupo de piratas.

– Não acho que o Pula Nuvem será rápido o bastante! A descida é muito arriscada, podemos machuca-la, vá com um Fúria da Noite.

Astrid não pensou duas vezes antes de localizar o dragão e pular rumo ao mesmo sem qualquer auxilio mental. Soluço sentiu algo atrás de si, virou-se e deu de cara com a Hofferson que apontou para o local, o viking confirmou com a cabeça e disse par Banguela:

– Vamos lá amigão, rápido!

O Fúria da Noite fez uma descida rápida, Astrid se pôs em pé segurando os ombros de Soluço no ar e, pouco antes de alcançarem o chão, ela apertou os olhos e saltou em cima de Cavery.

– Astrid! – gritou o viking.

Era tarde demais, ela estava suspensa no ar, os cabelos voaram por debaixo do chapéu e o vento a envolvia naquela sensação de adrenalina pura.

O Estrangulador, usando apenas as mãos, se pôs a frente do Capitão Aaron e empurrou a garota com força em direção ao chão. Soluço e Banguela pousaram e ambos se puseram em posição de ataque, a Hofferson se levantou, porém o Irmão das Trevas rodeou os piratas de Cavery e os vikings do Estrangulador em uma nevoa negra e desapareceram, inclusive Ice.

Astrid desesperada apenas viu o navio do Aaron partir junto dos barcos do filho de Alvin e gritou desesperada:

– ICE!


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Notas finais do capítulo

O que acharam meus piratas desse Brasil?? Quero saber de tudo, podem até esculhambar que eu deixo.