Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 28
Demons of the Past and Future


Notas iniciais do capítulo

GENTE MEUD EUS JESUS AMADO IDOLTARADO VOCE SVIRAM O TRAILER QUE SAIU DE AGE OF ULTRON EU TO SEM FOLEGOS SME PALVRAS MAONADJBSADFGSHJ ~hiperventilando~

Ok, voltando, eu sei que faz duas semanas desde que eu atualizei por último EU SEI MIL DESCULPAS POR ISSO mas eu realmente queria melhorar a história e pensar bem direitinho em todos os detalhes, por isso eu escrevi e reescrevi esse capitulo mil vezes. Eu queria botar ainda mais cenas nele, mas ia ficar muito longo, então eu vou deixar pro proximo capitulo e já vou avisando que muita coisa vai acontecer e eu prometo que vocês vão gostar.
Mas espero que gostem desse! Boa leitura!



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Para qualquer um que olhasse, ela era apenas mais uma adorável fã de baseball passeando pelas ruas de Los Angeles.

As ruas estavam cheias, e ela se fundia perfeitamente com a multidão com o seu boné branco com vermelho dos Angels na cabeça. Se movia com cautela, mas ágil, como se já tivesse percorrido aquele caminho muitas vezes antes, mesmo sendo a primeira vez que pisava naquela rua. Não que ela tivesse totalmente certeza em que rua estava, já que se perdera uma ou duas esquinas para trás.

Era a final de um jogo de baseball, e o time da casa acabara de vencer em uma partida que, de acordo com as pessoas na rua, fora excepcional. Por isso, para desconforto de Natasha, pessoas festejavam a sua volta, umas com garrafas de cerveja, outras simplesmente acenando bandeiras. Mas ela se desviava fácil delas, sem nunca desviar os olhos dos dois homens a sua frente.

Um era alto, de terno bege, e andava com certa elegância. Usava um óculos redondo na ponta do nariz. O outro, moreno, estava igualmente de terno, mas tinha um jeito mais agressivo ao caminhar. O homem de óculos era obviamente o mais importante, o com mais poder, e portanto, o que mais lhe importava. Isso não era obvio, e Natasha suspeitava que era para ser exatamente o oposto, mas ela podia perceber.

Entretanto, o que exatamente eles estavam fazendo ali, a incomodava. Jemma tinha sido excelente em conseguir o nome dos dois cavalheiros a sua frente. Eles representavam uma posição de poder dentro da Hydra, e podiam muito bem trazer muitas informações preciosas se Natasha agisse com cautela. Porém, uma celebração de baseball parecera um lugar fora do comum para os dois, que simplesmente não se encaixavam.

Ela suspirou, um suspiro inaudível sobre o barulho ensurdecedor da rua movimentada. Natasha só queria arrancar as informações dos dois o mais rápido possível. Ela esperava que os dois entrassem logo em algum prédio ou mesmo fossem em direção ao um lugar mais tranquilo, porque sinceramente toda a gritaria estava a deixando tonta. Mas vendo que a probabilidade de isso acontecer cedo era quase nula, ela teve que dobrar a situação.

Se livraria do moreno primeiro. Com essa confusão não seria um trabalho extremamente difícil. Com ele fora da jogada, bastaria a arma que mantia em sua cintura para o outro falar.

Mas todo o meticuloso planejamento da espiã, era, como ela viria a saber momentos mais tarde, inútil.

Porque ela não estava contando com uma velha surpresa no caminho. Um velho conhecido, mas tão irreconhecível que era tão estranho para ela quanto uma daquelas pessoas que a passavam pela rua.

Claro, ela não podia esperar o que estava por vir.

Então completamente ignorante a esse fato, ela estava relativamente calma, seu coração batendo instável em seu corpo.

Até que percebeu um movimento com os cantos dos olhos, e imediatamente ficou alerta.

Era um homem. Ela o observou discretamente pelas paredes espelhadas do prédio ao seu lado. Ele estava se aproximando dela agora por um tempo, e o fato que um boné cobria a maior parte do seu rosto só o deixava ainda mais suspeito. Natasha tinha quase certeza que ele estava a seguindo, e ela nunca estava errada sobre essas coisas.

Começou a andar mais rápido, se aproximando mais do que gostaria dos dois alvos ainda a sua frente. Seu cachos recém despertos batiam em sua rosto ao caminhar, a medida que ela acelerava o passo.

O homem também acelerou.

Ela engoliu um palavrão.

Arriscou mais uma olhada rápida pelo espelho do prédio, mas ele aparentemente tivera a mesma brilhante ideia e estava olhando para ela. Natasha virou o olhar rapidamente e ajeitou o boné tentando esconder o seu rosto o máximo possível.

Não era Hydra. Não podia ser. Se tivessem a descoberto, eles protegeriam primeiro os dois homens que estivera seguindo, e não arriscariam investir contra ela. Não com todas essas testemunhas. Então era outra pessoa.

Natasha não sabia se isso era reconfortante ou aterrorizante.

Ele estava muito próximo agora. Dois ou três passos.

Natasha viu uma família, vindo em sua direção, o filho pequeno carregando cerca de três balões e um plano se formou em sua cabeça. Ela trombou no menino, não com força suficiente para machucá-lo, mas o bastante para que ele se distraísse. Ele abriu a mão dos balões em uma tentativa de recuperar o seu equilíbrio, já que o empurrão de Natasha quase o fez tropeçar. Os balões escaparam de seu dedos, e quando ele se deu conta, gritou desesperado tentando recuperá-los. Sua família parou abruptamente em conta do filho, e o transito de pessoas se embaralhou, as pessoas tentando se desviar do garoto pulando.

Não era muito coisa, mas era o suficiente. Assim que os balões saíram da mão do menino, ela acelerou o passo o máximo que pode sem ter que correr, e virou na esquina mais próxima. Perdeu vista sobre os dois agentes da Hydra, mas ela poderia achá-los de novo sem muita dificuldade se só desse a volta na rua.

Esse era o seu plano, pelo menos. Começou a correr assim que desapareceu pela esquina, em uma rua menor, onde o movimento era pouco. Ela virou em um beco imediatamente a sua esquerda. Então mesmo se o seu perseguidor a vira virando a esquina, pelo menos elas estava a primeira vista escondida, longe da rua principal.

Mas ela não pôde escapar assim tão fácil. Sentiu um movimento brusco as suas costas, e enquanto ela se virava, pode sentir o cano de uma arma fazendo contato com a sua pele.

Seu coração parecia explodir em seu peito quando ela reconheceu o seu perseguidor.




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O som do seu caminhar era alto, duro, ríspido. Ele batia os pés no chão com pesar, o som ecoando pelos corredores vazios da Shield. Conhecia aquela base como a palma da sua mão, mas se movia tão rapidamente que não tinha noção de onde ele estava indo. Não que ele ligasse. Nenhum agente parecia estar presente naquela área, e a sua única companhia era sua mente altamente perturbada.

Seu coração bombeava adrenalina para todo o seu corpo, as mãos tremendo incontrolavelmente ao seu lado, o suor frio provocando calafrios pela sua espinha. Mas ele não estava totalmente ciente disso, a raiva manchando todos os seus sensores.

Ele estava enfurecido. Mas sabia que não era com aqueles que ele acabara de dar as costas. Não era, também, com o fato que a Terra estava vulnerável a um ataque cósmico (de novo) a qualquer momento. E por um momento ele não conseguia compreender exatamente de onde estava vindo toda aquela raiva pulsante em seu peito, mas aos poucos, a ficha caiu.

Clint Barton estava furioso consigo mesmo.

Estava furioso que não conseguiria manter a boca fechada, estava furioso por ter explodido na frente de todos, estava furioso por ser tão pessimista. Que merda está de errado com você? Ele repetia para si mesmo, mais furioso ainda porque não conseguia achar uma resposta.

Mas ele acharia. Logo, logo, ele saberia exatamente o que estava causando aquela alteração nele. Mais precisamente, quem.

E ele saberia por uma pessoa que conhecia. Que confiança e familiaridade vinham tão fácil ao seu redor. Mas que no final do dia não passaria de uma estranha, mais uma agente que ele veria passando ao seu lado nos corredores.

Claro, ele não podia esperar o que estava por vir.

“Clint!” O som da voz dela percorreu os seus ouvidos, o quebrando de seus pensamentos auto-destrutivos.

Ele parou no lugar e se virou, seguindo o som da sua voz. Não se moveu, porém.

Skye correu em sua direção pelo longo corredor da Shield. “Você sabe o que está acontecendo?” Ela perguntou, recuperando o fôlego.

Ele demorou um pouco para responder, analisando a situação. Por fim, suspirou, colocando uma das mãos sobre a nuca. Suava frio.

“É complicado. Melhor que Phil explique tudo.”

“Mas quem são aqueles caras?” Ela persistiu. “Tem uma nave espacial estacionada aqui, pelo amor de deus. Que diabos está acontecendo?”

Ele olhou nos olhos dela pela primeira vez, fazendo contato visual. “ É realmente melhor o Diretor Coulson te explicar. Não sou a melhor pessoa qualificada agora.”

Skye o observou por um tempo antes de responder, como se notasse pela primeira vez a sua aparência. “Certo…” Ela hesitou. “Está tudo bem? Você não parece com uma cara muito boa.”

Clint ergueu as sobrancelhas. “Eu sei. Estou cansado, só isso.”

Ela suspirou, erguendo a mão em sua direção, mas soltando no último minuto como se mudasse de ideia. “Ok.”

Skye o observou por um tempo, como se quisesse dizer mais alguma coisa. No fim, apenas olhou para baixo e começou a se virar para voltar pelo mesmo caminho que tinha surgido.

Ela não andou dois passos quando ele pronunciou o seu nome. Alguma coisa na sua voz fez ela se arrepiar. Seu tom era baixo, frio, não passando de um sussurro. Ela se virou confusa, e abriu a boca para questionar, mas o choque tomou conta de seu corpo.

Os olhos do agente a sua frente se tornaram de um azul brilhante, elétrico, envolvendo até a pupila. “Skye.” Ele repetiu, mas alto dessa vez, e ela deu um passo involuntário para trás.

“Clint?” Sua voz falhou.

Ele a olhou e riu, uma risada rouca a sua frente, fazendo eco pelos corredores. De todas as coisas que ele poderia ter feito, ela realmente não esperava isso.

“Clint….” Ela repetiu, mais incerta dessa vez.

“Receio que Agente Barton não está disponível nesse momento.” Ele ergueu um dedo. “Porém, acho que você vai achar a minha companhia muito mais interessante.”

“O qu está acontecendo? Quem… quem é você?” Ela falou, nervosa, percebendo que aquele a sua frente não era Clint Barton.

“Bem, talvez você já tenha ouvido de mim, querida.” Ele falou calmamente. Ela balançou a cabeça, gaguejando, as palavras enroladas em sua garganta. “Mas é claro, isso não é a nossa prioridade agora.” Ele continuou, olhando para ela com certa curiosidade. “Oh, Skye, você é muito mais fascinante ao vivo e a cores. É uma pena ver tanto potencial desperdiçado....” Ele sorriu. “Mas é claro que vamos mudar isso.”

Ele deu um passo para frente, e Skye deu outro passo para trás.

Ela respirou fundo. “Não ouse.” Ela falou, recuperando um pouco de sua postura.

Clint parecia prestes a rir novamente, mas se controlou. “Você realmente não entende, não é? Oh, Skye, estou aqui para ajudar. Ajudar a todos vocês.”

“E-Eu não sei do que você está falando.”

“Eu? Eu estou falando da nave espacial estacionada aqui. Estou falando de seus pais, Skye. Estou falando do maldito planeta inteiro.”

O que você sabe sobre os meus pais?” Skye falou, o interrompendo, a confusão em seu rosto se misturando agora a raiva.

“Tudo ao seu tempo.” Ele falou, mas parecia estar se divertindo com a situação.

Skye tentou dar mais um passo para trás, mas ele percebeu ela se afastando. Ele em um momento rápido agarrou o seu pulso, e ela lutou por ar. No instante em que eles se tocaram, foi como se uma corrente elétrica percorresse o seu corpo, e seu coração começou a bater freneticamente contra o seu peito.

“Me desculpe. É o único jeito.” Ele falou, parecendo realmente arrependido. Por um momento seus olhos oscilaram de cor, do azul sobrenatural para seu verde de sempre.

Ela abriu a boca para questionar o que ele iria fazer, quando imagens apareceram na sua mente, e ela gritou. Como se ele estivesse abrindo passagem por dentro da mente dela, milhares de informações queimavam em sua cabeça, como um filme que ela fora obrigada a assistir. E simples assim, ela viu tudo. Ela viu as Joias, ela entendeu o que elas eram. Viu os seus primeiros portadores, viu a destruição que elas causaram. Planetas sucumbindo, o grito desesperado de seus moradores agora gravado para sempre nela.

Viu Thanos, viu o desejo em seus olhos negros. Podia sentir a ambição dele queimando em sua veias, e ela teve certeza que nunca ficou tão apavorada.

Em um instante tudo isso foi sendo substituído por imagens de grandes seres azuis, temidos, poderosos, e ela observou enquanto eles marchavam até uma Terra primitiva. Viu o que eles fizerem, o que eles criaram, e testemunhou o nascimento dos Inumanos.

E então ela se viu presa em sua própria vida. Lembranças antigas agora circulavam pela sua mente. Ela crescendo no orfanato, fazendo parte da maré vermelha, se juntando a Shield. Ela viu Ward. Não só isso, mas ela sentiu o amor e a traição que vinham com ele de novo. Ela gritou novamente, não sabendo se realmente algum som saíra de sua boca. Sua mente parecia prestes a explodir, inundada em agonia.

Seu último pensamento antes de desmaiar foi como a pele dele estava congelante contra a sua.

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Crystal achou que entrar seria a parte difícil. Quem dera.

Se localizar dentro daquela base era realmente a parte complicada. Os corredores pareciam enormes, uma grande labirinto que parecia tirar sarro da sua cara. Pelo menos tempo era o que ela tinha de sobra, e ela agradeceu silenciosamente por isso. Pois o tempo ao seu redor estava literalmente congelado.

As câmeras assim, não podiam a pegar, e ela não precisava se preocupar em encontrar agentes em seu caminho. Com a joia em volta do seu pescoço, ela percorreu a base silenciosa procurando pelo seu alvo.

Mas ela sempre fora impulsiva, e tinha algo que estava a consumindo por dentro e ela apenas precisava conferir primeiro. Sua mente estava inquieta. Não só pelo encontro com Charles, mas pelas palavras que ele lhe dissera. Ela sabia que não seria fácil ver ele novamente. Não depois do que ela fez. Mas não era isso que a incomodava.

Ele mencionara Mística. Ela podia sentir o fervor em sua fala quando disse para não ouvi-la. Não era um conselho. Era uma ordem.

E ela decidiu não ouvir essa ordem.

Antes que pudesse mudar de ideia, ela deu uma rápida checagem em um dos computadores que cruzou em seu caminho, em uma das salas da agência, e descobriu exatamente a sua localização.

Nas celas.

Como Charles disse que ela estaria.

Sem querer perder mais tempo (há!) ela se dirigiu até onde sua antiga conhecida era mantida presa. E não demorou mais de alguns segundos para Crystal localizá-la.

Mística se encontrava dentro de uma celas de vidro, a expressão indecifrável, mas completamente imóvel. Crystal parou, quase involuntariamente em sua frente. As palavras de Charles ecoaram em sua mente.

“Mística está sendo mantida prisioneira na base também. Eu não sei o que ela fez, mas aposto que não foi bom. Não posso ajudá-la e sei que não devo. Mas se vocês se cruzarem, faça um favor para si mesma, e não confie nela. Ela deve estar desesperada para sair, então não a subestime. Não a ouça.”

Do que Charles tinha tanto medo?

“Não a ouça.”

O que aquela mulher a sua frente poderia lhe dizer que causaria um impacto tão forte assim? Ela não era fraca. Ela não era vulnerável. Ela, pelo amor de Deus, era uma Inumana. Consideravelmente mais forte, mais rápida, mais inteligente.

Charles devia saber melhor do que isso. Charles também devia saber que Crystal era extremamente teimosa, curiosa e arrogante. Queria saber o que Mística tinha para dizer. Principalmente se isso envolvia ela.

E com um piscar de olhos, ela tocou a joia em seu pescoço e o mundo despertou.

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“Não toque em nada.” Ela falou, andando na frente dele pelo corredor escuro da grande mansão vitoriana. “Não fale nada. Não faça nada.” Ela se virou para encará-lo com a última frase, os cachos flutuando sobre seus ombros ao fazer o movimento.

Ele assentiu, e ela continuou a caminhada, seu vestido branco com tulipas parecendo fantasmagórico na fraca iluminação.

“A não ser que eles solicitarem, é claro.” Ela continuou. “Acho que não preciso lembrá-lo de com quem nós estamos lidando aqui.”

Ward engoliu em seco, mas não falou nada.

Depois de alguns minutos em silêncio, eles finalmente chegaram no conjunto de duas portas de uma madeira escura. Ela as empurrou, abrindo passagem para um grande salão, digno de majestades. Mas Grant Ward não reparou nas cortinas vermelhas de veludo, ou no castiçal de cristal pendurado acima de sua cabeça, ou nos os tapetes e tapeçarias que fariam inveja a qualquer um. Ele estava ocupado demais observando as duas figuras peculiares sentados no canto da sala.

Uma era um homem, robusto, com um maxilar forte e cabelos negros. A outra era uma mulher, a sua direita. Tinha cabelos enormes que desciam até o chão, totalmente lisos e de um vermelho radiante. A expressão em seu rosto, porém, era tão ameaçadora quanto ao homem ao seu lado.

Raina tinha mencionada os Inumanos antes, mas não era exatamente isso que Ward imaginava. A primeira vista, eles eram normais. Mas quanto mais ele observava - os seus traços, seu rostos, sua postura, seu olhar - mais ele via o quanto eles eram magníficos.

Não era os absurdos cabelos vermelhos que o diferenciava de um humano, ou as roupas que eles vestiam, ou a mansão onde eles moravam. Era o poder que eles emitiam. Ward podia o sentir vibrando pelo ar.

Raio Negro e Medusa, era como Raina tinha lhe falado.

“Sejam bem vindos.” Medusa falou, sua voz potente, sem nenhum sinal de nervosismo ou hesitação. Combinava perfeitamente com o seu rosto.

Raina se curvou para frente, fazendo uma breve referencia. Depois de alguns segundos Ward imitou os seus movimentos, um pouco incerto.

Ao se levantar, percebeu que a moça a sua frente o encarava com certa curiosidade. Seu olhar não era de julgamento porém, mas sim alguma coisa que lembrava divertimento.

“Essse é Grant Ward.” Raina o introduziu, olhando para ele. Seu olhar tentava transmitir tantas coisas ao mesmo tempo. Não faça nada estupido. Não os insulte. Ele quase podia ouvir ela falar. Mas por alguma razão ele percebeu que aqueles avisos não eram realmente necessários, já que a mera visão do casal a sua frente já fazia o seu estomago se revirar.

Raina fez um movimento para mão indicando que dê um passo a frente. Ele o deu, hesitante.

“Ah, sim.” A mulher falou novamente, se levantando da grande poltrona vermelha que se sentara segundos antes. “Finalmente.”

Isso só serviu para aumentar a confusão do ex-agente. Ela deve ter percebido a sua expressão, pois logo falou:

“Raina aqui falou muito sobre você. E da sua relação com Skye, é claro.” Ele não pode evitar a sensação familiar de nervosismo, toda vez que ouvia o nome dela, o preencher. “Mas não se preocupe.” Deus, ela podia ler os seus pensamentos ou o que? “ Você não deverá nos temer. Muito pelo contrário, acredito que podemos ser aliados. Afinal, queremos a mesma coisa.”

“E o que isso seria?” Ele falou sem se conter, realizando momentos depois que as palavras podiam sair como ofensas.

Raio Negro se ajeitou em sua cadeira, se inclinando ligeiramente para frente. Mas a sua mulher falou mais uma vez, e seu tom era calmo.

“O bem estar de Skye, é claro.” Ela sorriu, mas Grant tinha duvidas se o sorriso chegava aos seu olhos. “Você vê…” Medusa se aproximou, dando passos lentos em direção a ele. “Skye é especial. Tenho certeza que você já tinha percebido isso muito antes de Raina te falar o porque.”

Ward apenas acenou levemente com a cabeça, a observando enquanto ela chegava mais perto.

“O problema, meu querido, é que Skye também pode ser muito perigosa.” Medusa soltava as palavras como se estivesse falando com uma criança. “E ela nem sabe. Você não pode imaginar o dano que ela poderia causar se quisesse.”

Essa afirmação soou estranha nos ouvidos dele, porque Ward não conseguiria imaginar um universo onde Skye faria mal a alguém por pura e espontânea vontade. Simplesmente não encaixava. Mas depois de tudo que ele vira, tudo que ele soubera, supunha que não podia mais tirar conclusões precipitadas.

“O que exatamente… O que Skye pode fazer?” Ele perguntou, tentando entender mais do que tudo a situação toda.

Medusa ergueu as perfeitamente esculpidas sobrancelhas. “Mas essa não é realmente a questão, é? ” Ela suspirou. “A questão não é o que Skye pode fazer por ela mesma. É o que os outros fariam por ela.”

“Eu…. Eu não entendi o que você quer dizer com isso.”

“Não.” Ela balançou a cabeça, o cabelo acompanhando o movimento graciosamente. “Eu não esperava que entendesse.”

Medusa lançou um olhar por cima do ombro para o silencioso Raio Negro ainda as suas costas antes de responder.

“Ward, o que nós faz realmente únicos é o nosso poder de decisão.” Ela continuou, assumindo de repente um tom sério. “A nossa liberdade define quem somos. A nossas escolhas de palavras, de ações, a nossa escolha de quem queremos ser. Imagine ter tudo isso tirado de você. Você perderia quem você é. Você perderia a coisa mais importante do seu ser. A sua liberdade.

E é isso que Skye faz. Ela não tem consciência desse poder ainda, mas ela tem domínio sobre o controle. Ela pode controlar quem ela quiser. Tira as suas escolhas, te controlando por inteiro. É como se fosse uma hipnose. Uma transe, onde o seu único desejo é de agradá-la. Você faria tudo o que ela mandasse, tudo o que ela quisesse, sem nem ao menos ter consciência disso.

Por isso ela é uma bomba relógio. Quando ela se der conta do que ela pode fazer, não tem mais volta. Ela aprenderá a controlar esse poder, e se canalizado de uma maneira correta, não vai haver limites para ela.

O universo inteiro poderia cair ao seus pés. Imagine, todos os indivíduos da galáxia, prontos para fazer qualquer coisa por ela.

Mas eu sei que ela nunca usaria esse poder para o mal. Ela tem um coração puro. Mas outros podem se beneficiar disso. Por isso ela é tão cobiçada.” Ela sorriu fracamente ao ver a expressão no rosto dele se abrir em total surpresa. “Mas como você controla alguém que literalmente tem controle sobre o controle? Só há um jeito. Só existe uma força no universo inteiro que é capaz de controlar Skye. E se você a tiver, bem, é quase certo que você tem domínio sobre o universo.”

Medusa deixou as suas palavras afundarem na sala enquanto ela tomava fôlego.

Ward lutou para botar as palavras em ordem, tentando ajustar o caos dentro de sua cabeça. “E… E o que é está força? O que pode controlar Skye?”

“Diga-me Ward," Ela sorriu fracamente. "Você já ouviu falar da Joias do Infinito?”


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Notas finais do capítulo

Yaayyy tudo está se alinhando.
Gente, comentários são o trailer vazando antecipado. Comentários são as lágrimas para os meus olhos, a alegria para o meu sorriso, o xuxu para minha marmita. OU SEJA COMENTÁRIOS SÃO IMPORTANTES YAY AMO VOCÊS OBRIGADA POR TUDO