“Coulson, estamos entrando.” O Capitão falou na escuta, se movendo silenciosamente pela grama alta. A fábrica parecia abandonada por muitos anos, pela sua aparência de mal cuidada.

Clint movia ao seu lado, uma flecha posicionada no arco. Ele fez um sinal com a cabeça para o Capitão, escalando a lateral do prédio com a ajuda da escada de incêndio. Sam seguia ás suas costas.

“Rogers, primeiro andar. Os sensores de calor sentiram a sua presença.”

“E Natasha?” Ele perguntou, esperançoso.

“Sem sinal dela ainda. Apenas se foque em sua missão.” O Capitão deu um leve suspiro de irritação. Ele enfiou a mão no bolso de seu uniforme, sentindo a seringa gelada contra a sua pele. Hora de terminar logo com isso.

Ele arrombou as portas dos fundos da fábrica, fazendo um sinal para Clint do telhado que ele estava entrando. Clint entendeu e igualmente entrou no prédio, pelo topo, procurando uma posição onde ele pudesse ter uma mira em Pietro.

O Capitão segurava firme uma arma em uma das mãos, e a outra sustentava o escudo, preso em seu braço. Armas não eram exatamente eficientes contra Pietro, mas era melhor do que atacar de mãos vazias. Ele não podia simplesmente fazer balas de mercúrio, ou mesmo flechas para Clint atirar, porque ele pegaria todas na hora. Steve sabia que era inútil. A única chance de derrotá-lo era se aproximar suficiente para injeta-lo com a seringa. E para isso, era preciso uma luta corpo a corpo.

Sam se move para a direita, enquanto ele optou pela esquerda. O interior da fábrica cheirava á poeira e sangue. Não parecia ser fresco, o que Steve pode constatar com certo alivio.

O espaço em que eles se encontravam era enorme. Eles apenas conseguiam enxergar os cantos da sala com grande dificuldade. A única coisa que se encontrava ali eram duas cadeiras.

Vazias.

Steve se aproximou, procurando por algum sinal dela. Qualquer coisa que afirmava a sua presença ali.

Com os cantos do seus olhos, ele viu alguma coisa no chão.

Uma foto.

Ele se virou em sua direção, com a intenção de pegá-la, quando ela desapareceu. Steve sentiu uma brisa passar pelo seu lado, e ele ergueu a arma em sua direção. Parece que eles estavam no lugar certo, ao final das contas.

A única coisa que ele ouvia, além das batidas altas de seu coração, era a respiração rápida de Sam ao seu lado. Ele também tinha percebido, e apertou as suas asas mecânicas e arma em sua mão.

"Oh, me desculpe. Procurando por isso?" A voz vinha de suas costas. Steve se virou, e se deparou com Pietro a alguns metros de distância, apoiado em um dos pilares da fábrica. Ele brincava com a fotografia em suas mãos.

Clint tinha chegado ao andar certo, vendo a cena de cima. Ele estava em um dos corredores superiores, que atravessavam o teto do lugar. Ele se posicionou, e preparou uma flecha em seu arco. E no momento que ele botou olhos em Pietro, foi como se ele tivesse levado um soco na cara. Ele tinha mudado. Não só crescido, mas alguma coisa nele parecia diferente. Suas olheiras estavam profundas, sua barba mal feita, sua voz com mais amargura. Parecia que vinte anos tinham se passado, e não apenas cinco desde a última vez que o vira.

O arqueiro não sabia o que estava sentindo.

"Seu filho da puta." O Capitão falou, a raiva sendo gritante em sua voz.

Pietro sorriu, puxando apenas um dos cantos dos lábios para cima. " Bem, acho que você está aqui por uma certa ruiva. Me desculpe informá-lo, mas você acabou de perdê-la. Natasha não se encontra mais aqui."

A menção do de Natasha provocou um estranho efeito no Capitão. Ele impulsivamente, se encheu de raiva e disparou a arma contra Pietro. Uma, duas vezes.

Pietro observou as balas passarem ao seu lado, em câmera lenta. Ele desviou delas sem problemas.

"Deveria economizar as suas balas." Ele responde, observando o buraco que elas fizeram na parede as suas costas. Samuel se aproximou de Steve, segurando o seu braço. Eles cruzaram olhares. "Mas ok. Eu admito. Estou curioso." Ele ergueu as mãos para o alto. "Como vocês encontraram esse lugar?"

"Você não foi tão cuidadoso quanto pensou que fosse." Sam respondeu, os dentes trincados.

Pietro apenas levantou uma sobrancelha, não acreditando. "Oh, verdade? Porque sabe, eu aprendi com o melhor."

Clint sentiu seu coração se apertar, vendo a cena lá de cima.

"Onde está Natasha?" Steve perguntou, ficando impaciente.

Ele estalou os lábios. "Uma pergunta mais importante primeiro." Pietro se movia pela sala, parecendo não conseguir ficar em um lugar por muito tempo. "Vocês conseguiram a localização dela, ou não?"

O Capitão demorou um tempo para responder. "Sim. Está no meu bolso." Steve pega um pequeno papel dobrado.

"Como saberei se não está mentindo?"

"Você não sabe." Steve se manteve sério. "Do mesmo jeito que eu não se Natasha ainda está viva ou não."

"Oh, pelo amor de deus, eu não sou tão sem coração assim. Além disso, sou um homem de palavra."

"Eu espero."

Pietro se aproxima. "A localização, por favor." Ele estende a mão.

O Capitão viu a sua chance. Ele deu um passo a frente, e ergueu o braço, esticando e alcançando a mão de Pietro. Mas ao invés dele dar lhe o papel, Steve agarrou o seu pulso. Ele não economizou na força e o virou, torcendo- o. Pietro fez uma expressão de dor, e ele, com o canto do olho, viu Sam de aproximando em ataque.

Pietro com um só movimento pegou a arma das mãos de Steve e sem hesitar, atirou. O tiro atingiu Sam, o qual caiu no chão com um baque.

Um grito silencioso saiu da boca do Capitão. Com o choque, ele libertou Pietro e correu até o amigo caído.

"Samuel." Ele o segurava. "Hey, fique comigo." Ele falou, sua voz falha, ao ver que lele perdera a consciência.

Clint disparou a sua flecha, mirando em Pietro. Ele sentiu o objeto se aproximando, e a pegou no ar. Ele não precisou olhar quem a atirou para saber quem foi. Reconheceu a flecha.

O arqueiro atirou outra, presa a uma corda, dessa vez no chão. Usou a para descer, caindo no piso duro com um estrondo. Ele correu até Sam.

"Ele está perdendo muito sangue." Steve falou, não tirando os olhos dele. Seu uniforme já estava empapado em vermelho. Sam tinha convulsões, com os olhos desfocados. Clint tirou o seus uniforme, pressionando a camisa contra o ferimento.

"Rogers, eu cuido dele. Se foque em Pietro." Ele não precisou dizer duas vezes. Ver Samuel ali, deitado, com a vida se esvaziando de seu corpo, desencadeou uma fúria no soldado que ele nunca pensou que fosse possível.

Pegou o seu escudo, o segurando com força, e virou se para encarar o inimigo.

O atirou usando toda a sua força na direção de Pietro. Ele facilmente poderia ter desviado, mas tentou agarrá-lo. Foi um erro.

O escudo ia em uma força maior do que ele, e com o impacto ele ficou desnorteado, o escudo batendo em seu peito. Pietro sentiu uma dor estridente em suas costelas, e por um momento o ar pareceu esvaziar se da sala, o deixando sem folego.

Steve correu até ele, sem lhe dar chance de recuperação. Investiu um soco no seu maxilar, trincando os dentes. Pietro caiu para trás. Mas antes que mais um ataque pudesse ocorrer, ele se virou de costas, dando impulso em suas pernas e correndo.

O Capitão o perdeu de vista. Ele não estava em nenhum lugar visível.

"APAREÇA! E LUTE COMO UM HOMEM!" Ele gritou, levantando o escudo.

Clint sentia o sangue quente de Sam sobre suas mãos. O ferimento parecia ser grave, mas não atingiu nenhum órgão importante. Foi no ombro. Mas pela quantidade de sangue, tinha com certeza atingido uma artéria. Ele pegou seu pulso e procurou por batimentos cardíacos. Eles estavam lentos, mas ainda existiam. Ele pressionou, tentando estacar o sangue. Tentando salvar a sua vida.

“COVARDE!” Ele grita novamente, a ira transparecendo em suas palavras. Ele vasculhou o lugar com os olhos.

"Steve." Clint chama, baixinho. Um pedido desesperado de socorro.

"NÃO ME IMPRESSIONA QUE A SUA IRMÃ ESTEJA APODRECENDO NAS MÃOS DE HYDRA!" Ele dispara.

"Steve!" Clint novamente o chama, quase gritando seu nome. O Capitão se vira para encarar o arqueiro. O seu olhar dizia tudo.

Steve pareceu acordar de sua fúria. Atordoado, ele balançou a cabeça, não querendo acreditar. Ele força suas pernas a se moverem em direção dos dois, caindo de joelhos. O escudo esquecido ao seu lado. Tudo pareceu por um momento, em câmera lenta.

Sam não estava morto. Ainda. Mas essa poderia ser talvez a sua ultima chance de despedida. Clint silenciosamente pegou a seringa do bolso do Capitão. "Vá." Ele sussurrou, levantando-se. Steve tomou o seu lugar, botando pressão no ferimento.

"Coulson. Temos uma emergência." Ele disse, com a voz rouca. "Sam está morrendo."

Ele o pegou em seus braços, fragilmente, e o levantou.

"Por favor, por favor fique comigo."

(...)

"Skye, eu preciso saber onde ela está." Ele falou com urgência.

"Ok,ok! Estou tentando o máximo que posso. Mas nenhum das leituras térmicas do prédio batem com Natasha."

May e Coulson se encontravam no terceiro andar da companhia. Skye observava as imagens por satélite da fábrica. Analisava as leituras térmicas, procurando por Natasha. Não tinha nenhuma pessoa compatível ainda.

"Skye." Ele a apressou.

"Estou captando algumas leituras a sua esquerda. Não posso confirmar se é ela ou não."

Os dois agentes viraram a esquerda. Tinha uma sala de comando, um lugar pequeno e empoeirado. Um pontinho brilhante pula na tela de Skye, identificado como Natasha Romanoff. Ela quase pula da cadeira.

“Achei! É ela.” Skye fala, com agitação.

Eles se entreolharam, e com um só golpe, May derruba a porta. No interior da sala, a ruiva se encontrava amarrada pelas mãos e os tornozelos. Phil imediatamente guarda a arma, dando um suspiro de alivio.

“Ah, graças a deus.” Ele corre até ela, se ajoelhando.

“Coulson!” Ela parece alarmada. Ele começa a desatar os nós.

“Está tudo bem. Você está segura agora.” Phil fala, olhando fundo em seus olhos. Ela tinha um olhar desesperado. A tensão no corpo dela não desaparece nem mesmo com as palavras dele.

“Mas, como…” Ela parecia confusa. “Onde está Steve?” Ela fala, rápido. Natasha percebe as palavras que saíram de sua boca, quase involuntariamente. Rapidamente, tenta reparar o seu deslize. “E Clint? E que diabos aconteceu com Pietro?”

May e Phil se olham, compartilhando o mesmo olhar de preocupação. “Eles estão combatendo Pietro.” Ele fala por fim, ajudando Natasha a levantar.

“O que?” Ela quase cai de novo. “Eles completamente perderam o juízo?”

“Natasha. Eles tem um plano.” Ela lhe lança um olhar duvidoso. “Ou quase isso.”

Ela abre a boca para protestar, mas voz do Capitão ecoa nos ouvidos de Phil.

"Coulson. Temos uma emergência. Sam está morrendo." Um arrepio gelado parece tomar conta de seu corpo.

“May. Chame ajuda, agora. Uma equipe de médicos.” Ele fala, com os olhos arregalados. Ela o faz, também ouvindo a mensagem.

“Por que?” Natasha fala, se alarmando.

“Sam.” Phil olha para ela, e vê um olhar de confusão em seu rosto. “Rogers, siga para o avião. Ajuda está vindo o mais rápido possível.” Ele fala para a escuta em seu ouvido.

“Estou indo. Clint está tomando conta de Pietro.”

(...)

“Eu sei que você pode me escutar.” Ele fala, lentamente. Seu coração batia como louco em seu peito. “Então vamos conversar.”

Sem resposta.

“Ok. Eu falo primeiro.” Clint suava, e ele passou a mão em sua testa. “Que merda estava pensando em sequestrar Natasha? Você está completamente insano?” Ele fala as palavras com repulsa. “ E você simplesmente acharia que Hydra não iria perceber que você estava tentando salvar Wanda? Você pode estar seguro agora, mas sabe que no minuto que isso chegar ao seus ouvidos, eles não vão deixar barato.”

A ouvir o nome de Wanda ser pronunciado por ele, Pietro apareceu das sombras. “Não se atreva a dizer o nome dela. Não depois do que você fez.” Ele falou, firme.

“Eu fiz?” A voz de Clint permanecia baixa, mas era instável. “Eu fiz? Se você apenas tivesse...” Ele se corta no meio da frase, incapaz de continuar pela fúria que o dominava. “Eu pensei que tivesse morrido!” Ele explode. “Eu pensei que você e Wanda tinham morrido naquela noite, por isso não fui atrás de vocês. Por isso….”

“Pare!” Pietro o interrompeu. “Eu não suporto mais ouvir mentiras. É sua culpa Wanda estar onde está. Onde nós estamos. Sente tanta raiva de eu ter usado Natasha?” Ele se aproxima, disparando as palavras. “Foi você. É sua culpa. É tudo sua culpa. ” Sua respiração estava ofegante.

As palavras dele caíram no coração de Clint como facas. Ele se sentiu tonto por um momento, e uma urgência ardente de gritar irrompeu em seu peito.

“É tão fácil assim para você jogar a culpa toda em mim.” Ele ri. Uma risada amarga. “É tão fácil mentir para si mesmo. Lembre-se que foi você que fez a decisão aquela noite. Lembre-se que foi você que enfiou uma faca no meu peito.”

E com essas palavras, Pietro não se controlou. Avançou em sua direção, o punho preparado.

E de repente, não conseguia se mexer. Seus músculos travaram em um tranco, e ele se viu paralisado. Pietro olhou para Clint a sua frente, e ele se encontrava igualmente congelado.

Uma risada ecoou pela sala.

“Oh, eu não faria isso se fosse você.” Um homem vestindo um sobretudo preto apareceu em sua linha de visão. Com um estalar de dedos, ele o descongelou. Clint ainda parecia preso.

“Quem é você?” Pietro falou, mais curiosidade do que com raiva.

“Não, meu caro.” Ele começou a andar pela sala. “A questão é, quem é você.” Ele sorriu maliciosamente ao observar a reação dele. “Quero dizer, apenas olhe para você. Habilidades realmente fascinantes. E a sua irmã. Oh, a sua irmã.” Seus olhos brilharam. “Magnifica.”

Pietro ficou tenso. “Como…”

“Eu sei da sua história com Clint.” Ele falou, o interrompendo. “Trágica, admito. Mas, “ O homem sorriu. “Eu preciso dele. Não posso o deixar matá-lo, peço perdão. E você iria se arrepender, no final das contas. O arqueiro estava dizendo a verdade.”

“Ele merece a morte.” Pietro respirava fundo.

“Bem, se é para ser justo, você esfaqueou ele em primeiro lugar. Mas pare agora com os sentimentos infantis. Vocês tem muito mais história do que isso. E no fundo, você sabe que estou certo.”

“Ele nos traiu.” Ele respondeu simplesmente.

“Não.” O homem parecia estar se cansando com a conversa. “Shield os traiu. E Shield era Hydra. Posso afirmar que Clint estava 100% do lado de vocês e da sua irmã. Ele realmente gostava de vocês. Acredite, eu já estive dentro da cabeça dele.”

Bombardeado por mais informações, Pietro se viu incapaz de falar.

“Mas esse não é o ponto.” O homem continua, impaciente. “Você quer salvar a sua irmã ou não?”

“Você realmente precisa perguntar?” Ele fala, amargo.

“Ótimo.” O sorriso voltou. “Então acho que podemos nos ajudar mutuamente.”

(...)

Ele corria em direção ao avião, o mais rápido que Sam o permitia. Ele se sentia na guerra novamente.

Ele se sentia impotente, carregando seu amigo quase morto e não podendo fazer nada. Ele se sentia dormente, como se não pudesse racionar direito. Seu cérebro estava nublado, perturbado. Ele percebia tudo ao seu redor, mas não assimilava as coisas. A única coisa que ele sentia era o aperto em seu coração. Como se alguém decidisse enfiar a mão sobre seu peito e o torcer, causando uma dor que ele não podia suportar.

Não sabia quantos minutos tinham se passado que ele esperava por ajuda, mas pareciam eras. Até que ele a viu.

Seus cabelos se destacavam com a luz do nascer do sol. O dia já estava amanhecendo, e cores claras preenchiam a atmosfera. Steve a observou, como se ela fosse a melhor coisa que já tivesse visto. E talvez tinha sido.

Ele se sentiu aliviado. Como se o mundo que estava carregando em suas costas foi retirado. O peso em seu peito, desapareceu. Ele podia respirar novamente. Respirar sabendo que ela estava salva.

Porque a verdade, a verdade que ele parecia esconder tanto, negar tanto, é que ele não queria viver em um mundo onde Natasha Romanoff não estivesse do seu lado. Ele não queria acordar, sabendo que ela não se encontrava mais entre os vivos. O pensamento de perdê-la, era tão insuportável, que o cegava.

E naquele momento, vendo ela sendo levada até a sua direção, apoiada em Phil, ele se fez uma promessa. Ele prometeu, que enquanto ele vivesse, não permitiria que Natasha passasse por isso de novo. A protegeria, mesmo que isso significasse seu último suspiro. Ele não pôde salvar Peggy, Bucky, ou mesmo Sam. E isso o matava por dentro. Natasha não seria mais uma.

E em seu peito, nasceu uma urgência de abraça-la, de envolvê-la em seus braços, de sentir o seu toque. Seu cheiro, sua voz. A urgência ardia, queimava, o privando de qualquer outro pensamento.

E quanto ela finalmente percebeu a sua presença, e olhou nos seus olhos, ele não podia descrever o que sentia.

Ela não desgrudou o olhar do dele, e foi só quando os paramédicos chegaram e retiraram Sam de seus braços, que ele acordou. O viu sendo amarrado a uma maca, os médicos batalhando desesperadamente batalhando pela sua vida. Ela se aproximou, encarando a cena com desespero.

“Pietro atirou nele.” Steve explicou.

Ela arfou, lutando por ar. “Não.” Ela falou simplesmente. Não apenas negando a possibilidade de sua morte, mas o proibindo. Natasha não o autorizava a morrer hoje.

Ela olhou nos olhos de Steve, e sem uma palavra, se jogou em seus braços. Um ato, que ele, não esperava. Mesmo com a surpresa, ele a abraçou forte, a envolvendo em seus braços, por completo. Ela se apoiou nas pontinhas dos pés, passando o braço pelo seu pescoço. Ele enfiou a cabeça na clavícula dela, sentindo o seu aroma. Mesmo misturado a poeira e bebida, ele ainda estava ali. Eles se perderam nos braços um do outro.

E quando Natasha, se afastou, relutante, ele teve certeza.

Certeza que estava apaixonado pela ruiva a sua frente.

Sem perceber, ela o tinha encantado. O tinha debaixo da palma de sua mão, e se não tivesse cuidado, ela poderia o destruir. Steve Rogers estava completamente e irrevogavelmente devotado a Natasha Romanoff.