Te amar não estava nos meus planos escrita por Ana Bobbio


Capítulo 26
A luz da lua.




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— Você o quê? — Arregalei os olhos e entreabri a boca totalmente surpresa. Meu cérebro pifou, acredito que estava tão lento que processar o significado daquelas palavras não era assim tão fácil. Fiquei em silêncio, e aos poucos minha expressão suavizou, como se eu estivesse finalmente entendendo a proporção de suas palavras. E compactando com elas.

Como se elas me despertassem aos poucos de um estado entorpecido.

Então eu sorri, finalmente demonstrando uma pequena parcela da minha alegria.

A realidade voltou com força quando Alicia aproximou-se da gente com os olhinhos confusos, quando ela olhou para ele com as mãos me tocando, franziu a testa como se não gostasse daquilo. Tudo o que fizemos foi rir dela, e para sua própria sobrevivência, Edu desencostou-se de mim.

Alicia poderia ser cruel quando se sentia enciumada.

E, inexplicavelmente, eu senti muito pelo pequeno afastamento. Comecei a pensar se o meu caso era tão grave assim, a ponto de estar desenvolvendo algum tipo de vicio ou dependência dele, e preferi não descobri a resposta. Fomos juntos almoçar, e por conta da nossa demora, a Felícia acabou nos encontrando e acompanhou nossa refeição. No meio do almoço, Eduardo roubou um pedaço da minha sobremesa, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Mesmo que eu devesse ficar indignada, eu não consegui ficar, como a boba que eu sou, fingi brigar com ele num tom que não convenceria ninguém, e roubei um pedaço da sobremesa dele, que era diferente da minha e muito mais gostosa. Resumindo: Comi a sobremesa dele e ele a minha. O que, finalmente, pareceu mais justo. E divertido.

Entardeceu rapidamente, as horas pareceram correr mais depressa a cada segundo que se passava, e mesmo que tentássemos diminuir os passos, uma hora tivemos que chegar em frente à casa do meu tio. Alicia tinha dormido, estava no colo da mãe, deitando sua cabeça no ombro de Felícia. Provavelmente, só acordaria amanhã agora.

Preparei-me psicologicamente para me despedir de Eduardo, principalmente quando ele me abraçou apertado como um modo de dizer adeus mais uma vez, e eu não tinha aprendido ainda a dizer adeus a ele. Eu tinha a impressão que se eu o soltasse, o sonho que eu poderia estar sonhando, acabaria. E eu não queria que acabasse; eu não queria dizer adeus. Eu não queria acordar. Mesmo se ele insistisse em me fazer acreditar que nos veríamos novamente.

— Eu não consigo te soltar, não quero me despedir de você. — Eduardo sussurrou perto do meu ouvido enquanto apertava ainda mais o abraço que me dava. Sorri ainda de olhos fechados, feliz por não ser a única a ter instintos estranhos e possessivos. — Que tal caminharmos juntos por ai enquanto a noite ainda não termina? Prometo que irei me comportar. — Sugeriu com a voz um pouco rouca. A única coisa que eu poderia dizer naquele momento, era sem dúvidas nenhuma: Claro.

Entramos juntos na casa do meu tio e pedi que ele permitisse que eu saísse com Eduardo para darmos uma volta. Obviamente, disse que não, mas quando expliquei que o motivo da minha vinda e de eu estar ali, naquele momento, ao lado deles, era por causa do garoto de olhos verdes ao meu lado, consegui fazê-lo mudar de ideia. Afinal de contas, ele confiava em mim, e quando Eduardo se apresentou revelando seu sobrenome, meu tio pareceu ficar um pouco conturbado, mas relaxou os ombros ao perceber como eu precisava ir. E que, mesmo que ele não deixasse, eu iria de qualquer jeito. Nem que eu precisasse dar um golpe certeiro na cabeça de cada um, deixando-os inconsciente, e, obviamente, minha fuga seria tranquila e ágil.

Mas a paz sempre é a melhor escolha. Felizmente, não precisei pôr em prática meus golpes que aprendi quando eu tinha cinco anos. Ainda contrariado, ele me deixou ir, com a condição que eu chegasse sem um arranhão em casa.

Era tarde da noite, provavelmente não tinha nada muito interessante para vermos ou visitarmos naquele horário, não que precisássemos de algum entretenimento, pois o simples fato de estarmos juntos exalava pura magia.

Eu conseguia sentir algo diferente no ar, e eu não sabia dizer ao certo o que era, tudo quando se tratada de mim em relação a ele, era uma verdadeira incógnita.

Eu só sabia que precisava dele, e isso era o suficiente. Pelo menos, por ora.

— Há duas coisas que você precisa saber sobre mim, Eduardo... — Tentei me lembrar de seu sobrenome, com dificuldade, consegui. — Evans. Eu nunca me senti assim, não é do meu feitio, se por ventura eu agir de forma esquisita em relação a você, não se assuste, é que eu acho que nunca... — Eu não sabia definir o que acontecia direito, ficava constrangida quando eu usava alguma palavra forte. Mas o que eu sentia era forte, então não seria pecado. — Eu nunca me apaixonei, e talvez isso ainda me assuste.

Eduardo apenas sorriu, confortando-me. Ele beijou minha testa, acariciando os dedos da minha mão esquerda. Senti-me segura mais uma vez.

Embora fosse noite, a rua não estava tão deserta assim. Em algumas esquinas encontrávamos alguns estabelecimentos abertos com bastante gente, escutamos algumas músicas tocando livremente, grupo de amigos todos bem agasalhados para se proteger do frio passavam ao nosso lado.

Descemos algumas escadarias, no intuito de nos aproximarmos de um grupo de adolescentes que dançavam em frente a um ilustre chafariz, que jorrava água a partir de uma pequena estátua situada no meio da fonte. Belíssima, assim como a dança do pessoal. Algumas pessoas apenas assistiam a apresentação do grupo batendo palmas e incentivando com gritos, como ''muito bem!'', entre outros. Já as crianças, esforçavam-se corajosamente para imitarem os passos deles, e até conseguiam alguns. Preferimos assistir juntinhos aquela arte. Eduardo passou o braço pela minha cintura puxando-me para perto de si, e eu pousei minha cabeça em seu ombro, suspirando aliviada por estar bem, e em seus braços. Poderia estar frio, mas meu corpo estava em chamas. Escutei-o rir algumas vezes quando reparava na dança desajeitada de algumas crianças, ameaçou até dançar também, porém tentei impedi-lo. Mas, obviamente, fracassei. E quando dei por mim, eu estava lá rindo dele e acompanhando-o com passos desajeitados. Numa tentativa frustrada de imitá-lo.

Felizmente, nós não éramos os únicos adultos pagando mico naquela praça.

(...)

— Até que enfim, chegamos! — Eduardo disse assim que entramos em sua casa. Ela era enorme, completamente diferente da sua casa no Brasil, que era como a minha, num tamanho médio e um pouco mais simples. As paredes eram pintadas com um branco vivo, misturando-se com o tom vermelho dos móveis e a decoração baseava-se na mistura do ar clássico com pitadas do rústico, transformando-a numa impecabilidade.

E até poderia chegar a perfeição por causa do complemento, afinal, com Eduardo ali, naquele cômodo, tudo se tornava perfeito e belo. Subimos as escadas correndo um atrás do outro como duas crianças sorrateiras que acabaram de aprontar e iam ser esconder, acabamos chegamos a seu quarto, que estava todo organizando.

Ele me analisava com curiosidade, e instantaneamente parei de observar o seu canto para olhá-lo bem firme, senti-me aos poucos relaxar. Quando viu que eu estava vulnerável, Eduardo veio em minha direção com os olhos arredios, desafiadores, aproximando-se cada vez mais. Instintivamente, dei passos para trás sentindo calafrios tomarem conta do meu eu, percebi estar sem escapatória quando senti a parede chocando-se contra as minhas costas.

Naquele momento percebi que estava sem saída, e não tinha para onde eu fugir. Quando olhei, Eduardo estava à minha frente, com as mãos à minha volta, como se impedisse qualquer movimento meu. Seu rosto estava tão perto que eu pude observá-lo formato detalhadamente, além de seus traços, como se eles estivessem sendo captados e instantaneamente eu os gravasse para relembrar futuramente. E eu, obviamente, relembraria por milhares de anos. Minhas mãos seguiam deliberadamente o caminho de suas costelas, senti imediatamente sua pele reagir sob meu toque, deixando-me a par do efeito que, felizmente, eu causava nele. De um modo egoísta, isso me deixou feliz. Irreversivelmente feliz.

A porta estava trancada, o que me deixava um pouco mais à vontade. Isso não significava que aquela situação deixava de ser um tanto embaraçosa, só que eu simplesmente não podia deixá-lo se afastar de mim nem um centímetro sequer. Eu não podia, eu não queria. Permiti que ele levantasse minha cabeça cabisbaixa, e quando viu meu rosto corado, revelou uma pequena risada demonstrando seu divertimento.

— Não tem graça. — Murmurei, sentindo-me uma verdadeira palhaça.

— Não precisa ter vergonha de mim, ou qualquer coisa do tipo, em momento algum. Quero que esteja à vontade, em qualquer momento. E tenha em mente que eu jamais irei fazer algo que vá contra a sua vontade. Como eu já disse, Antônia, eu estou em suas mãos. E você faz de mim o que quiser. — Falou meio abafado, deixando evidente a sua luta para vencer alguma vontade que não consegui identificar o que poderia ser.

Então proferi o que eu jamais pensei falar.

— Então eu quero que você me faça sua, inteiramente sua. De todos os jeitos que você preferir. — Não pude respirar novamente quando terminei de dizer o que estava entalado há muito tempo em minha garganta, e em fração de segundos, ele me beijou com uma delicadeza imensurável, como se fosse sua obrigação tomar cuidado para não me machucar, como se pudesse, de alguma maneira, me quebrar. Como se realmente fosse um garoto obediente e seguisse a condição do meu tio, achando que eu era tão delicada ou tão frágil que um simples tocar submetendo a menor força seria capaz de me danificar ou me ferir.

Pela primeira vez, senti-me como uma joia valiosa nas mãos de um grande apreciador. Poderia até dizer que, de modo inconsequente, senti-me importante e desejada. Porque ele me proporcionava isso.

Puxei-o pela camisa, tentando mostrar que seus toques superficiais estavam acabando comigo. Caímos sobre sua cama, ele por cima de mim, sem encostar seu corpo no meu. Deixou suas mãos escoradas no colchão, depositando seu peso ali.

Era noite, a luz estava apagada, mas, a janela estava aberta. Graças a ela, a luz da lua iluminava algumas partes do quarto, principalmente seu rosto sobre o meu. Sua pele contrastando com a minha, e sua boca entreaberta mirando minha boca. Deixando, também, seus olhos esverdeados bem destacados, assim como o seu sorriso predominante.

— Não existirá coisa melhor do que me tornar totalmente mulher com você. — Vi sua expressão de surpresa, como se, mesmo que esperasse isso, não acreditasse que eu estava depositando toda a minha confiança nele. Nem eu mesma estaria há algum tempo. Com certeza, eu riria e diria que não há fundamento numa coisa dessas, mas aqui estou eu, vivendo e aproveitando as consequências de um plano mal feito, e totalmente alegre por isso.

Como mudar as escolhas do coração? Impossível. E agora, eu sabia disso.

Com cuidado, Eduardo agilmente desfez de suas roupas, comigo o ajudando. E, em pouco tempo, estávamos nós dois naquele quarto, vestidos apenas com nossas peças íntimas. Ele estendeu o braço a fim de ligar o abajur para poder me ver melhor, embora eu insistisse que a luz da lua estivesse ótima, Edu o ligou. De um modo meio irônico, o agradeci por ter feito isso. Agora com a ajuda de mais uma iluminação, mesmo que também limitada, só aumentou a minha vontade de ser possuída por ele. E ninguém mais.

Passei minhas mãos pelos seus braços a fim de sentir seu corpo másculo tão próximo ao meu, inesperadamente, Eduardo puxou-me pelos cabelos da nuca entortando minha cabeça, fazendo-a levantar e a desencostar do travesseiro, como consequência, meus olhos mirarem seus olhos e sua testa encostou-se à minha. Com a surpresa, minhas mãos foram parar em seus ombros, que se moveram em direção à seu cabelo e minha última cartada foi beijá-lo profundamente de modo que nada pudesse atrapalhar.

Nossas línguas começaram a trabalhar juntas numa sintonia humanamente incompreensível, borbulhando meus pés até o último fio de cabelo. Dessa vez, a sua capacidade de se manter delicado e sútil foi para o espaço, e peguei-me sendo praticamente devorada por seus lábios, mas não intervi. Porque não existia outro lugar que eu desejava estar, senão ali, sendo segurada por braços fortes e protetores, como se o mundo lá de fora não pudesse furar a bolha que nos mantinha imersos à realidade. E não podia, porque a nossa realidade ia além de qualquer outra coisa naquele momento.

O mundo poderia estar em caos lá fora, e eu não tiraria essa droga de sorriso no rosto por nada.

Quando mais Eduardo me beijava, furtivamente, mais eu desejava que eu não acordasse nessa parte do sonho.

Não nessa, em qualquer parte, menos nessa, por favor.

Senti ele me puxar, sem parar de me beijar, fazendo minhas pernas abrirem, deixando seu corpo erguido entre elas. Tamanha foi sua força, que eu acabei me sentando e o impacto entre minhas costas e a cabeceira da cama foi estrondosa. Seu beijo foi capaz de neutralizar qualquer vestígio de dor ou ardência. Seus lábios, antes enroscados entre os meus, desceram fazendo trilhas pelo meu corpo como se ele estivesse descobrindo meus pontos fracos, e quisesse me conhecer mais a fundo. Em todo lugar que passava, depositava leves mordidas fazendo-me estremecer, fazendo-me saciar por seus lábios nos meus novamente. Quanto mais a fundo ele ia, a cada passo mais íntimo, mais nervosa e eufórica eu ficava.

Mas eu não voltaria atrás, porque de qualquer forma, eu sabia que ele não ia me machucar.

Quando chegou aos meus seios, ainda com meu sutiã sustentando-os, procurou se desfazer imediatamente daquela peça intrometida e abocanhou meus bicos já totalmente enrijecidos como se estivesse esfomeado, minhas mãos involuntariamente pararam sobre seus cabelos, e tudo o que eu pude fazer foi tentar afastar um pouco sua boca dali, mas quanto mais eu tentava, mais ele insistia em me deixar maluca.

Então eu senti a magia de sua boca ir além do que eu esperava.

Minutos depois, seus lábios desceram aproximando-se do meu umbigo, e no impulso, minha cabeça arqueou-se e meus olhos se fecharem para sentir a excitação invadir-me de forma extraordinária, num ato de pura indecência, minha calcinha foi simplesmente rasgada por seus dentes tão facilmente que as pequenas sobras do tecido se perderam entre seus dedos quando ele jogou-as pelo quarto. Ameacei fechar minhas pernas por ter receio da minha reação quando ele me experimentasse completamente a fundo, mas quando notou isso, Eduardo as abriu ainda mais. Em questão de segundos, senti sua boca explorando minha intimidade de maneira excepcional. Proporcionando-me uma sensação de prazer imensa, então eu percebi mais uma vez, que ele era perfeito em qualquer coisa que fizesse. Ele deslizou sua língua pelo meu clitóris, fazendo movimentos circulares, provavelmente testando a capacidade que eu tinha de me controlar. Agarrei-me nele, em seus cabelos, em seus ombros, na sua nuca, onde quer que tivesse disponível para minhas unhas afundarem. E, para sua satisfação e minha decepção, não demorou que eu tivesse meu primeiro orgasmo, tamanho prazer que ele me proporcionava.

Quando terminou o seu trabalho naquela área, puxei-o como se, caso seus lábios não se aprofundassem nos meus mais uma vez, eu enlouqueceria ainda mais. Se fosse possível. Vendo minha situação, Eduardo segurou-me pelas pernas e me ergueu, com seus lábios presos nos meus, fazendo-me sentar em seu colo, suas mãos deslizavam por minhas coxas apertando-as e acariciando-as, assim como fez com a minha cintura quando me segurou naquela região. Apertava tão forte que eu sabia que algumas marcas apareceriam. Minhas mãos desceram involuntariamente para a sua cueca, e seu membro, totalmente ereto, pressionava-me. Desfizemos-nos imediatamente única peça que sobrava em seu corpo.

Arrastou-se com cuidado até a mesinha, comigo ainda em seu colo, e pegou a camisinha deixada ali. Tirei o pacote de suas mãos e a rasguei com a respiração totalmente ofegante, deixei o pacote para escanteio e com um pouco de dificuldade consegui cobri-lo perfeitamente.

Numa agilidade impressionante trocamos de posição, e ele estava sobre mim mais uma vez. Agarrei seu pescoço imediatamente prendendo meus braços ali e entrelacei minhas pernas em sua cintura. Acho que sua intenção de começar dessa maneira era a de me olhar bem como se qualquer medo que viesse fosse expulso graças a força enigmática de seu olhar. Como se quisesse se assegurar que eu estava bem, e que não estava me machucando. E, sinceramente, o admirei ainda mais por isso.

Àquela altura, minha vergonha não existia mais, e nem nada do tipo. Era como se, estar daquele jeito, fosse algo totalmente natural nosso. E a partir de agora, se dependesse de mim, seria. É claro que seria. Porque finalmente eu percebi que havia valido à pena esperar que ele chegasse e causasse esse reboliço em mim, era necessário porque, por mais inexperiente que eu fosse, sabia que nada seria mais seguro e prazeroso do que ser somente dele.

Não tinha mais como fugir, e eu sabia disso. E eu não fugiria.

Antes de me penetrar, Eduardo parou seus movimentos para me encarar.

— Você tem certeza que é isso o que você quer? Depois daqui não terá mais volta, e você será eternamente minha. — Sussurrou bem perto do meu rosto, quase inaudível, e em sua voz havia um desespero para que eu não negasse. Um desespero e uma expectativa imensurável, como se ele quisesse confirmar que aquele momento estava sendo real, como se estivesse confirmando que tudo estava ocorrendo porque estava de acordo com a minha vontade, que eu queria tanto quanto ele.

— Essa é a única certeza que eu tenho, Eduardo. Eu quero você. — Dei uma pausa, empurrando minha cabeça um pouco para frente, encostando minha testa sutilmente na dele, escutando-o respirar fundo, deslizei meus lábios em seu rosto com os olhos fechados. — Eu amo você. — Saiu, assim, do nada. Inconscientemente, uma lágrima escorreu por meu rosto como se eu não aguentasse mais aquele sentimento apenas dentro de mim, e eu tivesse a urgência de colocá-lo para fora imediatamente. Era tão devastador que eu comecei a tremer só de pensar em perdê-lo ou acordar dessa pequena fantasia.

Mais então Eduardo me acalmou e me incendiou quando se afundou em mim, ameacei soltar um grito de prazer, mais ele me abafou com a boca. Agarrei-me ainda mais nele, deslizando minhas mãos pelas suas costas nuas onde a luz da lua iluminava, e acompanhei pelo espelho fixado na parede suas investidas dentro de mim. Seu corpo se movimentava contra o meu com mais força a cada minuto que se passava, nem todos os gemidos altos meus, ele conseguiu conter.

Era como se não só o nosso corpo trabalhasse, mas nossa alma também. Várias coisas trabalhavam caprichosamente juntas, portanto o resultado não poderia ser outro a não ser uma explosão de sentimentos.

Encontrava-me totalmente entregue àquele momento, entregue de uma maneira fenomenal. Algumas vezes o peguei olhando pra mim enquanto estava dentro de mim, como se não existisse prazer maior do que ver meu rosto expelindo calor, fervura, e, principalmente, desejo.

Um desejo tão inconsequente que não conseguiria pensar em mais nenhuma outra coisa, não saberia nem responder perguntas óbvias como um mais um.

Eu estava, literalmente, rendida àquela noite.

(...)


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Notas finais do capítulo

Depois de uma derrota humilhante como a que tivemos ontem, acho que merecemos um pouquinho de romance, não?
Espero que estejam gostando, mesmo!
Bjsss
ana (:



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