She's Like The Wind escrita por Bruna Herrera
Notas iniciais do capítulo
Não me estenderei demais, porém gostaria de agradecer a vocês lindas que comentaram durante a fic, aos fantasminhas leitores e a todos que fizeram parte desse meu 1º projeto aqui durante 2 meses. Esse não é o fim do nosso sonho, só de uma das nossas muitas histórias.
– Solte ela, estranho! – Mas o que diabos Olivia fazia ali dentro, e justo naquela hora? Droga!
– Quem é você? – Mudei um pouco a voz e olhei para Felicity que estava confusa. Estava por cima dela, imóvel.
– Solte ela! Quando meu papai chegar ele vai acabar com você. – Não estava olhando ainda para ela, mas esperava que não estivesse perto de nós para ver essa cena, precisava ganhar tempo até Felicity pelo menos se vestir.
– Quem é seu pai? – O quanto a minha filha sabia?
– O Arqueiro, bobão. – Eu gelei, como Olivia saberia disso? Como Felicity já havia colocado a camisola, resolvi terminar por ali a conversa.
– Filha! – Olhei para ela e a vi vestida ... OH NÃO! – OLIVIA! – Ela arregalou os olhos azuis. – Do que você está vestida? – Felicity desceu da cama sorrindo, oh Deus, como eu estava encrencado.
– Ora, papai, eu sou a Borboleta Negra. – Ela deu de ombros. Estava com seu macacão preto do último Helloween e uma máscara de borboleta com purpurina. A milha filha, a minha Olivia, querendo ser uma heroína. Acho que estava tendo um derrame. Coloquei o calção rápido por baixo do edredom e segui Felicity que já estava com ela nos braços.
– Querida, deixe que eu irei conversar com ela direitinho. – Peguei Olivia no colo e dei um beijo em Felicity.
– Ok, estarei no quarto. – Ela piscou pra mim e sorriu. Saiu andando e ainda tive tempo de vê-la rebolar aquele quadril divino. Mas antes tinha que terminar um assunto com aquela pequena rebelde.
– Ok danadinha, agora vamos conversar. – Sentei-me em sua cama e coloquei-a no meu colo. – O que houve querida?
– Eu ouvi mamãe gritando, então peguei meu macacão e minha máscara pra ajudar você, porque pensei que alguém tinha entrado no quarto de vocês e estava a machucando. – Ela falava com a voz chorosa.
– Olha, eu agradeço muito por você defender sua mãe, mas eu jamais a machucaria porque eu a amo, assim como amo você e o Lucas.
– Eu sei, papai, mas pensei que você estivesse lá fora e que fosse outra pessoa.
– Como assim, querida?
– Ora, você é o Arqueiro! – Ela disse com uma certeza tão grande, que talvez eu não pudesse contestar aquilo.
– Olha! Papai não é o Arqueiro. – Foi a pior coisa que já fiz em minha vida: mentir para a minha filha, só para protegê-los.
– Mas então quem sempre vem no meu quarto a noite? – Ela se referia a todas as noites quando eu chegava e os olhava para saber se estavam bem, seguros e a salvo.
– Talvez você esteja sonhando, ou talvez ele seja seu anjo da guarda.
– Será papai? – Ela ficou maravilhada.
– Claro que sim, ele protege o sono de todas as crianças. – A deitei e cobri, ajeitando seus travesseiros.
– Sabe papai? – Já de olhos fechados.
– Hum? – Sorri com ternura e apaguei seu abajur.
– Ele é meu super-herói preferido, um dia quem sabe, não me caso com ele.
– Acho que ele já é casado. – Sorri vendo sua inocência.
– Então um dia posso ser a parceira dele?
– Claro que sim! Quem sabe você já não é? – Vi que ela suspirou satisfeita, lhe dei um beijo e fui saindo.
– Boa noite, papai. – Disse a voz doce e sonolenta.
– Boa noite, minha borboleta.
No dia seguinte, fiquei o dia inteiro em casa com as crianças. Felicity havia saído para as compras, e como seria impossível levar os dois juntos depois do simpático aviso da gerência, de os dois estavam escalando as ilhas do supermercado “aparentemente” caçando grilos, resolvemos que ela iria sozinha.
– Pai, porque não pudemos ir ao mercado com a mamãe? – Lucas perguntou com a articulada inocência de Felicity enquanto jogávamos bola um para o outro na sala.
– Porque eles contrataram seus próprios caça-grilos. – Devolvi a bola.
– Nós não temos culpa se aquele lugar tinha vários deles. – Rebateu Olivia mordaz enquanto pintava seu caderno de colorir atentamente.
– Foi você quem começou Olivia. – Lucas disse olhando para mim.
– Ora Lucas! – Parou de pintar seu caderno na mesma hora. – Agora a culpa é toda minha? Você achou que eles eram de verdade.
– Eu sabia que eram de plástico e só escalei junto porque não queria que você se machucasse. – Meu clássico filho. Isso era um bom rapaz. – E acabei levando quase toda a culpa.
– Ei vocês dois, chega! – Coloquei fim naquela discussão com muita vontade de rir, mas me contive. – A mãe de vocês já disse: Sem supermercado por dois meses. – Quando ouvi o “ahhh” decepcionado dos dois, resolvi brincar. – Querem que seja três?
– Não! – Disserem em uníssono os gêmeos.
– Então pronto. – Disse por fim.
– Mamãe não vai comprar nem meu shampoo das “Meninas Super Ninjas”?
– Eu não compraria, mas sua mãe, não sei porque, tem um bom coração com vocês. – Disse provocando-os.
– Então você não gosta da gente? – Disse Lucas pegando uma almofada e chamando a irmã para junto dele, que pegou outra.
– Eu não! Porque faria isso? – Dei um sorriso para eles.
– Porque nós vamos te exterminar! – Gritaram os dois.
E assim, começamos uma guerra de almofadas, enquanto ríamos uns dos outros. E tudo durou até Felicity chegar.
– Mas que bagunça é essa? – Ela colocou as mãos na cintura com uma cara fechada.
– Nada! – Escondi a almofada nas costas e as crianças fizeram o mesmo. Queríamos muito rir e ficávamos olhando um pra cara do outro.
– O que é isso nas contas de vocês? – Perguntou desconfiada.
– Braços. – Disse Lucas, fazendo com que eu e Olivia ricemos.
– Ah Oliver, você é mais criança que esses dois. – Ela veio até nós e nos tirou as almofadas, só fingia estar zangada, mas na verdade achava graça sempre. – Todo mundo pro banho. – Eu me levantei junto e ela me segurou.
– O senhor fica. – Então me empurrou no sofá e montou em meu colo. – Você só alimenta o fogo dos seus filhos, não? – Beijei-lhe sensualmente o pescoço e o mordisquei. – Bom, da sua esposa também. – Sorrimos cúmplices.
– Acho que nunca fui tão feliz em minha vida como nesses últimos cinco anos. – A ouvi suspirar sorrindo.
– Isso em algo tem a ver com ter me conhecido? – Nós gargalhamos.
– Você sabe que sim, sempre. – A olhei profundamente nos olhos.
– Então quer dizer que o cupido havia acertado seu coração naquele departamento de TI? – Ela me olhou com falsa desconfiança.
– Não, foi um anjo. – Sorri genuinamente.
– Qual era o seu nome então? – Ela me perguntou encostando seu nariz no meu.
– Felicity Smoak. – E ela me beijou dali para sempre.
FIM
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Beijos no coração de todas vocês, sempre! Até a próxima ...
Com amor, Bruna!