Light of Dawn escrita por Kyo Takashi


Capítulo 11
Capítulo 10: Mundo Cinzento


Notas iniciais do capítulo

Yo! Duas semanas.... desculpem MUITO pelo atraso... mas houveram diversas controvérsias.... Mas! Eu descobri diversas músicas fodásticas durante minha ausência



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Finn

O sangue negro da vampira já manchava o chão, continuava a pingar, semelhante a uma goteira deixada aberta... O ''X'' cortado fino sobre o corpo de Marceline, ia da parte baixa de seus ombros, e terminava quase em sua cintura. O ferimento revelava uma pequena parte de seus seios, porém não era uma situação a qual se pudesse notar, tais fatos eram horríveis. Seus joelhos tremiam, sem forças para se sustentar

Corri em sua direção, almejando ajuda-la a manter-se, porém o brilho de seus olhos escarlates já se perdia, a própria cor vermelha ia se tornando negra aos poucos

– Marceline! - Berrava, porém, provavelmente, minha vóz não alcançaria seus ouvidos, era um esforço inútil - Marceline!

Ao recostar minhas mãos sobre seus ombros, pude sentir sua pele fria, mais gélida que o normal. Meus joelhos se dobraram, conforme seu corpo se apoiava em mim. Seu olhar não estava fixo em lugar algum, suas pupilas estavam dilatadas, e nada que eu pudesse fazer recorria em minha mente.

Virei minha cabeça, passando a olhar para meu irmão e para a princesa. Bonnibel estava indecisa e assustada, olhava para Marceline, e olhava para mim; já Jake, me olhava com a expressão séria, e virou-se para o ser, que ainda estava atrás de mim.

Ainda com a vampira sob meus braços, encarei-o, analisando seu estado: Ele sorria, e seus olhos sem íris impossibilitava-me de ter certeza de para onde ele estaria olhando, se era para meu estado de nervosismo, ou se era para Marceline a meus braços. Um de seus braços estava em um bolso de seu sobretudo, e o outro, segurava algo no ar

– Jake - Chamei-o - Segura!

Segurei a vampira em meus braços, me levantei, e a arremessei para meu irmão. Não tive tempo de ver se ele havia a segurado ou não. Meus olhos já se voltavam para meu inimigo, que puxava o nada, assim como havia feito antes. Eu o encarava corajosamente, sem hesitar em nenhum momento; era assim que eu queria que meus amigos estivessem me vendo. Tudo começou a ficar lento novamente, e as cores foram se perdendo. A única coisa colorida em minha visão, eram a linha fina que o ser puxava, e..... seus olhos.... brilhavam em uma cor esverdeada intensa, e sua pupilas podiam ser vistas, em uma mesma cor, em um tom mais claro.

A linha que o ser puxava, vinha em vertical, e passaria pelo começo de meu ombro direito, e terminaria passando por metade de minha perna direita. Porém, a linha estava um pouco mais grossa, e se me acertasse, e minhas expectativas estivessem certas, meu braço direito se separaria por inteiro de meu corpo, e metade de minha perna também; não poderia vacilar naquele momento. Começei a mover meu corpo por inteiro, em sentido horário, para a linha passar direto, sem me acertar.

As coisas começaram a ganhar cor e acelerar, e a linha sumia de minha visão, assim como suas pupílas, porém eu já estava em posição para desviar. Senti uma leve vibração passando por perto de meu rosto, e um curto som de algo se separando. Eu o encarava, e os olhos do ser estavam levemente arregalados. Virei meu rosto para trás. Uma parte da cerca, a que estava atrás de mim, havia se partido ao meio, assim como o chão que corria por parte do caminho em que previ que a linha passaria. O corte no concreto doce era maior perto do ser, e ia se afinando conforme chegava a cerca. Era realmente uma linha, pois fazia um movimento similar a uma quando se puxava.

Não perdi mais tempo analisando a situação, e corri em direção ao ser. Sua expressão mudou, parando de se surpreender, e deixando um sorriso sádico em seu lugar. Comecei desferindo um soco em direção a seu rosto com meu punho direito, ele desviou girando e me atacando com um chute com a perna direita, uma rápida esquiva foi mais que suficiente para me resposicionar, fechei minha mão esquerda em um punho e o ataquei, porém ele se virou com uma velocidade surpreendente, defendendo com sua mão direita.

Um sorriso por minha parte. Segurei seu braço com meu outro membro, e o apertei. Girei ainda o segurando, e o arremessei contra a parede, próxima a porta de entrada. O ser simplesmente flexionou os joelhos quando suas pernas se chocaram com a parede, criando uma pequena rachadura. Ele estava de pé na parede, como se a gravidade não o afetasse. Ele ergueu sua cabeça, olhando para mim, e em seguida, erguendo ambos seus braços, puxou o nada rapidamente. O mesmo de antes, aconteceu, e o mundo se tornou lento e cinzento, me permitindo realizar um rolamento para desviar do ''X'' que vinha em minha direção. Voltando ao rápido e colorido, o concreto doce que formava o chão, já estava marcado por três linha finas, e a cerca atrás de mim estava bem ferrada, caíndo de sua posição e retalhada.

Voltei a minha posição de luta. Não poderia vacilar em nenhum momento, porém a curiosidade queimava dentro de mim. Meus olhos pairavam sobre o ser, que andava sobre a parede, em direção ao chão, andando pela divisa entre as duas, como se a gravidade não fosse nada. Corri e desferi um soco com o punho direito, defendido por seu braço esquerdo, um chute rápido veio de sua perna direita, e eu o defendi, impedindo o impacto do golpe com meu braço esquerdo, e empurrando seu joelho com a palma de minha mão direita; ele preparava um golpe, os dedos de sua mão estavam todos juntos, e finos como uma lâmina, ele girou em minha direção. Abaixei, e com o por pouco de não ser acertado, o empurrei com ambas as palmas de minhas mãos. Se afastando por conta do impacto, eu corri em direção ao ser, desferindo uma série de socos contra ele, todos sempre defendidos por ele. Ele parecia estar totalmente bem com a situação, porém eu não estava em estado para lutar... já estava cansado, e todo esforço do mundo, uma hora, não seria suficiente. Recueei, recuperando um pouco de fôlego de meus golpes

''Tá cansado né? Que tal uma paradinha?''

Eu ergui minha cabeça, o encarando surpreendido. Suas feições estavam normais, sem sorrisos, com os olhos sem pupíla, voltados para mim. Não acreditava no que via. Minha coluna estava erguida, e eu o encarava, suor correndo por minha testa e meu peito desnudo. Por que estava lutando com ele? Ele havia ferido muito gravemente Marceline, mas isso porque ela havia o atacado. Ainda não sabíamos de seu objetivo entre nós, apenas que estava ali para se ''divertir'', então por que nós o atacamos?

Virei meu rosto, para meus amigos no canto da área. Marceline estava deitada sobre Jake, que havia feito uma parte de seu corpo, um travesseiro, enquanto a princesa tentava fazer os primeiros socorros coma massa que Jake podia dispor a ela no momento. Os olhos da vampira estavam fechados, e eu não poderia dizer se ela realmente ainda estava viva, ou se Bonnibel fazia um esforço inútil.

Virei-me de volta para o ser. Cogitava se podia confiar nele, apesar de que, era a única coisa que eu podia fazer. Ele me venceria facilmente, uma hora ou outra eu não teria mais energia. Jake talvez desse conta, mas.... ele não veria o caminho das linhas como eu.... Eu sabia que eu via elas por conta de minha marca. Eu sentia um formigamente em minha mão quando tudo a minha volta ficava cinzento e lento.... Era a única chance que tinhamos por enquanto.

– É, acho que seria uma boa... - Respondi-o

O ser concordou com a cabeça, e recostou seu queixo sobre seus dedos. Alguns segundos após seu gesto, ele abriu seus olhos, e junto deles, um sorriso sádico apareceu, para atormentar qualquer futuro sonho que eu tivesse. Meus ombros se tornaram tensos, minha consciência passou a borbulhar. Minhas esperanças iam se perdendo, e senti-me dependente da situação. Corri na direção dele, e confiei na marca em minha mão. Talvez ela criasse mais algum truque? Talvez.... talvez pudesse escapar daquilo. Ambos os braços do ser estavam erguidos, e todos os dedos separados conforme ele o guiava para baixo. Não havia alcance para fazer algo; usei toda minha força restante para fazer surgir o machado em minha mão, porém assim que o invoquei, seu peso era demais para meus músculos doloridos, e tive que usar ambos meus braços para ergue-lo. A velocidade com que ele baixava as mãos, lentamente, fazia com que parecesse que ele gostava da situação, de ver o desespero em minhas ações. Chamas azuis incendiaram o machado, eu as podia sentir queimando perto de meu ouvido. As mãos do ser já estavam na metade do caminho, e meu machado longe de acerta-lo.

Um som metalico soou, e eu pude ver que o ser perdera as mãos. Elas caíram em um canto perto de mim. O ser olhava para seus braços, com olhos arregalados, e depois para quem o atacou, que estava a meu lado. A mão de Canela estava em meu ombro, e a outra segurando meu machado. Eu o encarava com olhos arregalados. Mesmo com meus músculos doloridos, ele segurou o machado antes dele se chocar com o chão, usando apenas uma mão

''Como você fez isso?!''

– Estocada sem sombra - Comentou ele, fazendo com que meus olhos se arregalassem ainda mais - Ei Finn, pode descansar cara, se o machado acertasse, ia é dar mais trabalho de concertar as coisas

Deixei meus ombros brandarem, e o machado sumir. A ajuda havia chegada na hora, que conveniente

– Valeu cara.... - Agradeci-o, e recuei, ainda encarando o ser

''Ah...... Acho que não vão querer mesmo saber o motivo deu estar aqui.... então.... Estou vazando, até mais''

Ele deu passos em recuo, indo vagarosamente para trás, sob o olhar de canela. Em um salto, ele subiu em uma parte do cercado, se virou, e, simplesmente caiu da altura que fosse aquela

Um silêncio se instalou sobre nossas vozes por momentos, conforme nos virávamos e íamos de encontro com a vampira, o único som presente era o tilintar da rapieira de Canela, em sua bainha

– Ela tá bem? - Perguntei a Bonnibel

A princesa virou seu rosto. Pequenas lágrimas escorriam por ele, mas ela logo as enxugou rapidamente.

– Vai sobreviver. Sua natureza vampírica dá a ela uma regeneração incrível... - Respondeu

Apesar disso, mesmo com o corpo de Jake servindo para estancar o sangue, havia algo errado. Estancar o sangue funcionaria, um vampiro tem seu poder e regeneração baseado em quanto sangue tem, então quanto menos sangue vazasse, melhor. Mas podíamos dar uma aumentada brusca na sua cura

– Acertou algum órgão interno? - Perguntei, porém quando Bonnie iria responder, a interrompi - Ah, deixa pra lá, vampiros não precisam respirar né?

Me aproximei um pouco mais de Marceline. A batalha anterior havia sido cansativa, mas eu não possuía nenhum ferimento, nenhum ematoma, e infelizmente nenhum corte. Sem sangue no momento. Passei meus dedos pelo queixo da vampira, e abri sua boca. Talvez os outros estivessem achando meus gestos estranhos, mas havia um motivo para isso. Passei meu dedo indicador sobre um dos longos caninos dela. A anos atrás, eu tinha medo de tais dentes, e nem gostaria de senti-los em minha pele; mas aqui estava eu, roçando-o contra meu dedo. Passei-o rapidamente, e um pequeno corte foi feito. Incrível era essa herança vampiresca, afiada quanto uma lâmina. Uma única gota vermelha caiu em sua boca, e eu o afastei com cuidado.

Um resmungo de Jake chamou a atenção dos dois. Ele lentamente removeu seu corpo das partes cobertas

– Não faça iss....

A fala da princesa foi antecipadamente respondida pela reação das feridas da vampira. Elas se regeneravam rápidamente, primeiro os músculos, seguidos pela ralocação da pele em seu devido lugar

– Como você sabia que seu sangue curaria ela? - Perguntou Bonnibel

– Quando se é um aventureiro despreocupado, você aprende algumas coisas bem peculiares sobres esses tipos de seres

O ''X'' em seu peito já estava quase completamente curado. Fiquei a pensar sobre quem acabamos de enfrentar. O que ele veio fazer? Ele foi embora, pois não queríamos ouvir o que ele tinha a dizer, porém isso era verdade? A luta havia sido em vão? O desespero que senti foi para nada... talvez... mas qual seria algum outro motivo? Ele teria vindo para entregar alguma mensagem, e nós o impedimos? Será que ele era o verdadeiro inimigo? Aquele ser... o que ele queria? O vento passava por nós, tranquilo, balançando meus cabelos e me refrescando, trazendo o doce cheiro dos campos mais ao longe. Aquele sorriso produzido por ele, foi aterrorizante, e traria medo para meus próximos descanços. Ele tinha um fator regenerativo estranho.... não pude ver, então não havia como dizer se era rápido e implacável, ou se havia um truque específico. Sua força não parecia ser lá grande coisa, pois seus ataques não eram tão pesados, e ele apenas desviara dos golpes do machado de Marceline, mostrando supostamente não ter força para aguenta-los; ele não possuía força extraordinária. O difícil, era sua habilidade. O que era aquilo exatamente? Pareciam cordas, ou fios, esverdeados. Eles cortaram Marceline facilmente, e na medida exata de seu tamanho. Eles ignoraram completamente o machado dela. A vampira não havia usado muita força, estava ainda testando seu inimigo, mas só pelo fato de te-lo jogado longe como se não fosse nada, já é uma coisa muito incrível. Algo em minha marca acontecia, que quando ele fosse me atacar com aquilo, tudo ficava lento... como em um ''modo de defesa'' contra aquela habilidade, mas... seria apenas contra ela que o efeito era ativo? O ser puxara duas corda, uma com cada mão, mas em seu último ataque, ele demonstrava usar os cinco dedos de cada mão. Ele poderia usar dez cordas daquela? Se a ajuda não tivesse chegado, eu estaria feito em pedaços... sou um humano, eu aguento bastante, mas não aguentaria algo que passava por um vampiro. Um frio passou por meu corpo
A mão de canela repousou sobre meu ombro uma outra vez. Virei meu rosto, o encarando. Ele estava calmo, demonstrando que não entendia a magnitude da situação

– Você tá muito pensativo, isso vai criar problemas que ainda não existem - Disse ele

Estava certo, eu talvez estivesse pensando demais nesse problema, e superestimando o ser... talvez estivesse mesmo....

Um suspiro saiu, seguido de um sorriso

– Valeu cara, você tá certo - Respondi-o - Por sinal, bela arma que você tem aí
A rapieira dele era bem afiada, com um modelo tradicional pra uma, mas o pomo era seguido por um simbolo, que parecia mais uma pequena chama. Ele era um guerreiro da princesa de fogo... a mão direita de Phoebe

Em um súbito movimento, Marceline se levantou. Seus olhos estavam bem abertos, e carmesins como sempre. Seus ferimentos nem estavam mais lá, e a vampira não arfava.... ela não precisava respirar né? Porém, um sentimento de alívio me cobriu por inteiro, mesmo sabendo que o rumo seria esse. Respousei minha mão sobre sua testa, chamando a atenção dela. Parecia estranha, mas ficaria bem... talvez ela não tivesse tomado sangue por muito tempo, então se re-acostumar fosse um pouco difícil de começo

– Bem, agora que tá ''tudo'' resolvido, vou levar o Finn pra casa, antes que mais algum doido apareça - Disse meu irmão

– Ele era doido? Ele parecia um cara legal.... bem, pelo menos, não foi ele que começou a confusão.... - Mencionou Canela

– Talvez você esteja certo Canela... mas, vamos deixar essa questão de lado, por que eu meio que vou...

Antes que eu completasse minha fala, tombei, caindo de costas contra o concreto doce. A fadiga tomava conta de mim novamente, e creio eu que por ter usado o machado, sendo que tinha usado o mesmo a pouco tempo

– Ei....... - Disse Jake
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– Cê tá bem? - Completou


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Notas finais do capítulo

Yo! O que acharam? Eu tentarei postar de novo o mais breve possível, tentando compensar as 2 semanas que fiquei sem fazê-lo..... É só isso, valeu, até breve....



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