Meu chefinho Lenny escrita por NP, Oribu san


Capítulo 3
Capítulo 3: O parque das diversões assombradas.


Notas iniciais do capítulo

é.... não foi lá a melhor fic que ja escrevi. acho que me perdi no caminho, mas vou termina-la assim mesmo. tenho compromisso publico de terminar pelo menos 90% das que começo. vou dar meu melhor pra que fic boa, ok? :)



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– Parque Fallen, depois que entra, não dá pra ir embora.

– Tá de brincadeira que escreveram uma coisa dessas aí – "que brega"

– Tá sim, Glem. Bem aqui vê?– Estendo-lhe o cartaz a sua visão bem no meu da rua enquanto íamos de encontro ao meu encontro, só para ver a estranheza no rosto da idosa que vindo de contra-mão a nós, me encara por estar conversando com o ar.– Tenho que parar de falar com você em voz alta. As pessoas vão achar que estou ficando maluco.– Sussurro sem olha-lo.

Tanto por ele estar flutuando sobre minha cabeça, quanto para não colher mais daqueles estranhos olhares de peso.

Da noite anterior em que decidimos co-existir, até esta manhã de hoje, nada havia de mudado muito em sua terrível personalidade. Ainda acordara queixoso pelo cheiro de flores que segundo ele esvai de minha alma, mas não queixou-se pela claridade já que hoje o céu escuro e pesado sempre ameaçando o cair de uma chuva que nem pingava, parecia não gostar do dia. Céu de tormenta.

– Esquisito, não é?

– O quê, pirralho?

– O céu. Ontem ele estava brilhante, querendo lutar com o frio... Mas hoje está tão agressivo, mesmo que quente.– Pus o dedo na gola e puxei algumas vezes para ventilar a camiseta sem mangás que coloquei com aquela bermuda, justamente por causa desse clima estranho.– É tão sufocante... É como estar agasalhado na praia.

– Ou ter alguém te estrangulando.– Diz ele tentando me assustar com suas garras, mas logo para ao notar que chegamos.– Nossa... Com certeza é grande.

Volta a fluir sobre mim como a nuvem negra que era quando passamos pela entrada que tinha a forma obscena da boca de um palhaço sorridente, mas que me arrepiava ao passar por baixo dela e sentir seus olhos malucos nos seguindo.

– Você ouviu isso?

– Isso o que?– Pergunto normalmente, já que por estarmos entre tantas pessoas ninguém saberia com quem estava falando.

– Essa... Risada.

– Uma risada?

– Ah, esqueça... Não deve ser nada.– Diz, mas quando dou de ombros e sigo andando ele continua no lugar por um tempo, encarando tudo com certa desconfiança. Por fim acredita no que ele mesmo disse e segue seguindo também.

Se houvesse investido apenas um pouco mais de tempo, Glem haveria notado algo que nos notou assim que entramos, ou até mesmo antes disso.

Uma sombra negra que esvaio dos olhos da cabeça de palhaço que era o portão e seguiu engrenhando-se entre as demais sombras do parque indo ao topo da roda gigante, o ponto mais alto do lugar colorido, para de lá nos ver andando.

– Um humano e um shinigami. Há muito tempo que não vejo algo assim... Que... Interessante.

Abriu-se na forma escura um rasgado cheio de dentes laminosos e prateados que se faziam a mostra em forma de sorriso, quando lá em cima gargalhou desvairado e sumiu, bem no momento em que Glem pressentiu sua presença e olhou para onde já não estava.

– O que foi?– Pergunto.

– Nada...– "Acho que estou ficando maluco além de fraco." Pensa.– Vamos, continue andando, temos de achar seu humano antes que ele pense que você desistiu.

Por certo que estava quase que sedendo a esse desejo, pela raiva que vi surgindo nele assim que se fazem muitos minutos desde que nos coloquei a procurar o chefe qual nem em pensamentos me dou a iniciativa de chamar de meu.

– Acho... Que ele não veio.– Digo depois dez minutos além.

– Está falando de mim, ou estava esperando outra pessoa?

Sinto um calafrio dorsal ao ouvir a voz de Lenny surgir atras de mim, e só não embaralho as pernas e as palavras em um resposta, porque Glem me avisa espanca o alerta de ser uma brincadeira.

Acho que os céus deveriam estar brincando quando me fizeram aceitar aquele convite, assim como brincaram por fazer alguém como eu me apaixonar tão acavaladamente por meu chefe.

– N... Não, eu não sairia com mais ninguém!.. Quer dizer.. Eu saio, mas não é assim como hoje... Não que isso de hoje seja alguma seria... Digo...

– Patético.– Glem.

– Paul.

– O quê?

– Isso é um encontro.– Quase desmaio por ver essas palavras saírem de sua boca tão simples que parecia querer me provocar ao ir visitar as proximidades da orelha com sua continuação.– Mas estou feliz que não pense em sair com mais ninguém.

Arregalei os olhos em paralisia, Lenny atou-se os dedos longos aos meus e com um pacifico rir guiou meu corpo ainda em choque entre as demais crianças. As únicas que pareciam não se importar de ver nossas mãos atadas.

– Gostei desse humano.– Dizia a si mesmo Glem com pernas e braços cruzados no ar onde apenas ele e os balões podiam navegar. Por fim desligando-se de mim no instante em que a voz desesperada de uma mãe procurando seu filho, invadiu as orelhas pontudas de Especter.

– Charlie..! Chalie, onde você está querido!? Oi, você viu meu filho? Não? Obrigada. E você moço? O senhor viu? Ele tem mais ou menos essa altura, cabelos escuros...

De um lado a outro, a desolada mãe perguntava a todos que por ela passavam, se haviam visto o garotinho de seis anos na foto que ela portava em mãos já tremulas e nervosas, junto ao lenço bastante amaçado no qual já devia ter chorado por dias.

– Você viu isso Paul? Uma criança sumiu aqui... Paul..?

Exato. Levado por Lenny, eu havia sumido entre pessoas, brinquedos e coloridas luzes piscantes. Glem ainda chacoalhou a perna tentando fazer a corrente da vida aparecer para segui-la até mim, mas isso não aconteceu.
Ao invés disso, a corrente surgia devagosa, logo em seguida perdia a força, quebrava e sumia como que impedida por uma força maior. Uma força que o deixava ir.

– "Estou... Livre?" Pensou.– Não acredito, eu posso ir embora!

Comemorava abrindo o portal para seu mundo por cortar o ar com o bagulhete. Antes de voltar a ver a mulher, que agora próxima a uma barraca de tiro ao alvo na qual escorou um ombro, deixando se decair aos poucos, escorregada até o chão, agarrada a foto, era esbarrada sem o menor pudor pelos que passavam.

Glem olhou o portal de liberdade à sua frente, em seguida para a mulher, olhou mais uma vez para o seu mundo do outro lado da passagem e então revira os olhos desgostoso ao rasgar com as unhas o portal decidindo ficar.

– Ahr... Droga. Escute aqui!– Virou-se à ela.– Não sei nem porquê estou fazendo isso, mas vou te ajudar sua moloide.

Diz ele à ela com uma das mãos na cintura e a outra coçando o peito desnudo, mesmo sabendo que ela não o escutaria, tomou uma surpresa quando ainda assim um fraco sorriso surgiu na face feminina cansada de noites sem dormir que agora por sentir aquela ajuda fazia o corpo dela descansar a ponto de desmaiar ali mesmo com a foto apertada ao peito.

– Ela... Não me ouviu... Ouviu?– "Humanos são estranhos"

As pessoas agrupam-se ao redor dela e isso dá a Glem o livramento de abrir suas aladas e decolar alto no céu procurando por mim que inconsciente disso e de tudo mais, ainda estava perdido em mim como um vermelho boneco sem pensamentos.

– Paul... paul está escutando?

– Hã? O que?

Acordo pra vida com Lenny passando a mão diante do meu rosto. Havia mesmo sido uma carga por demais pesada, perceber de uma unica vez que a pessoa de quem gosto me chamou pra um encontro e que mais ainda, esta pessoa estava por querer ou não me provocando e acionando assim arrepios... sexuais.

Mas a questão que imperava agora no tempo que congelei, não era se ele estava dando em cima de mim, por ele o fez obvio. Mas sim se ele "gosta" de mim.

– Eu estava dizendo que o seu sorvete vai derreter.– Sorria como sempre.

Talvez estivesse ali no banco do parque de diversões segurando aquilo sem perceber á mais tempo do que alguns minutos pois senti o mesmo frio dele se apossar rápido do coração com o pensamento de que seria feito em pedaços se este sorriso tão puro e belo pelo qual me apaixonei, não fosse tão puro assim.

– Eu... Lenny eu acho que...

Tento ficar de pé, porém assim como os fones atropelados um dia antes, a bola de sorvete cai no chão quando sinto uma dor de cabeça agulhar o cérebro e mais uma vez a visão ficar turva, como já acontecera antes, porem nunca tão rápido ou de repente.

Sem ver nada além de borrões escuros que se movem, tateio o ar para não cair, no mesmo instante que sinto o sorvete respingar nas pernas e acabo por alcançar uma das mangas e o peito da camisa de Lenny sem querer lhe arrancando um botão.

– Me desculpe eu não queria...

– Tudo bem. Venha, vamos sair da multidão.

Pela primeira vez ouso a voz de Lenny soar diferente, séria, pesada do seu ostentoso alegre que talvez também fosse apenas faxada. Sinto outra pontada no cérebro com isso e escondo o rosto na parte da camisa onde o botão já não estaria, deixando-o me levar pra onde ia.

Não muito de tempo após isso, os traços vão se redefinindo vagarosamente como antes, permitindo ver ainda com desfoque que estamos em algum lugar com plantas pelo seu verde entre o cinza escuro do céu.

– Onde... Onde estamos?

– No labirinto verde. Parece que é o único lugar do parque que não está cheio.

O rosto não via, mas sabia que permanecia serio. Sua mão escora-se por meu rosto e o susto me faz empurra-lo.

– Paul, qual é o seu problema?

– Ne... nenhum apenas não quero que me toque.

Querer adiantaria? Se bem avisa a logica real, estávamos sozinhos em um lugar onde ninguém nos acharia e mesmo que estivesse enxergando bem, nada dizia que eu conseguiria sair. Lenny podia me tomar para si a qualquer momento que quisesse.

– Não é disso que estou falando.– Diz ele.

Pelos ombros sou agarrado e preso nos braços dos quais luto para escapar, mas não consigo.

– Não! Me solte! Por favor, me larg...

– O que eu quero saber é... Qual é o seu problema? Qual é o problema desses olhos bonitos?

Sua força espantava. Apenas um dos braços era suficiente para me prender a ele já que com a mão do outro tocou-me próximo de onde inicio de lágrimas lubrificavam o verde nas iris semi-cegas entre o ruivo pertencente a mim.

E então finalmente notei. Seu aperto não era clausura, era um abraço. Pois por mais que forte, sua prensa era gentil, cálido... e puro. Como um certo sorriso do qual desconfiei.

– Porquê esses olhos bonitos não podem me ver? Porque eles não podem olhar apenas pra mim sem desviar?– Logicamente que ele não sabia que estava certo ao dizer que não o via, mas foi a resposta confusa que lhe dei quem formou o mau entendido.– Porque eles não veem que eu te amo tanto?

– Paul, te achei. Que que você tem?

– Glem.

– Glem?– Repetiu Lenny que ouvira apenas minha voz chamando por outro homem.– Entendo. Então é por isso... Você gosta de outra pessoa.

Sou solto e isso faz os borrões se misturarem de modo que fora o verde, não conseguia saber quem era Lenny e quem era Glem até que um dos borrões se vai, não importando se o chamo ou não.

– Espera... Lenny, espera!

– Paul, ele já foi.

– Glem. Glem vai atrás dele por favor!– lacrimejo mais tateando o chão, a grama que não me ajuda a levantar.

– Do que vai adiantar, Paul? Ele não pode me ouvir nem ver, lembra?

– Por... Por favor– Começo a chorar e a dor volta. Tão forte que não vejo mais nada.– Faça alguma coisa... por favor.

– Droga, Paul... Sua alma...– Quando disse isso algo estranho aconteceu. Sentir mesmo que de leve, as mãos de Glem tocar minhas costas.– Está com cheiro de flores murchas. Não me diga que você...– Senti mais o frio delas tocado o interior das costas. Glem analisava minha alma e deu se veredito.– Paul... Você é diabético.


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Notas finais do capítulo

perdoe a demora. tentarei termina-la logo para então escrever algo bom bom bom de verdade como antes.
obrigado por ler e volte sempre.



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