[Should I Trust You?] escrita por Grani008


Capítulo 11
Sua melhor curva é o teu sorriso


Notas iniciais do capítulo

Oie novo capítulos acompanhado com horário definido de posts: como começaram minhas aulas agora vou escrever nos sábados e postar só na sexta-feira (às vezes no sábado se acontecer algum imprevisto) então nos vemos na próxima sexta :D
~nolita



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/497365/chapter/11

Cap.11 Sua melhor curva é o teu sorriso

Em algum lugar do mundo dizem que se você pega uma moeda de uma fonte, a pessoa que jogara essa moeda vai se apaixonar loucamente por você. Não sei se o objetivo é acreditar que o destino te mandou pegar aquela moeda e você obedeceu a ordem sem perceber, e que agora a pessoa que foi forçada a te amar é sua alma gêmea, mas a verdade nua e crua é que você é só um desgraçado roubando dinheiro da fonte, que ninguém nunca vai vir atrás de você e provavelmente sua "alma gêmea" achou alguém melhor que você e já está casada, com três filhos e um cachorro. Mas vou chegar ao meu ponto: se essa ponte existe mesmo eu gostaria de ter pegado uma moeda que Annabeth teria jogado, mas na verdade ela que pegou a moeda que eu joguei. Então como segue a história eu acho que realmente a amo e nascemos pra ficar juntos, mas é tudo mentira, mas ironicamente eu ignoro e gosto desse fato.

Mas se for olhar pelo lado positivo Jason concluiu que ela é só uma vadia roubando dinheiro da fonte.

Infelizmente eu estou cego para o lado positivo e a aula de filosofia não estava ajudando. Eu tinha me debruçado sobre minha cadeira e erguido o capuz do blusão e agora lembrava cada coisa relacionada a ela, a ponto de provavelmente estar inventando algumas como toda pessoa que pensa demais. Mas lembrar daquilo me fazia me sentir vivo.

O toque da pele dela, delicada e macia. As roupas dela roçando nas minhas, os cílios encostando-se à minha bochecha, nossos lábios nunca se cansando de se tocar, pelo menos não os meus. Os cabelos dela tocando nos meus ombros, o sorriso dela.

Levantei com um susto e percebi que todo mundo na sala de aula olhava para mim. Nico com uma curiosidade repentina e Jason com divertimento, e todos os outros apenas apreciando a coisa mais agitada que provavelmente poderia acontecer numa aula de filosofia.

A professora esquelética me olhava com desaprovação.

– Eu fiz a tarefa de casa. – Respondi no automático.

Uma onda de risadinhas explodiu. A professora me olhou com desaprovação.

– Não sei o que esse assunto tem a ver com o fato de que nossa viagem é na próxima sexta, senhor Jackson. Mas já que fez a tarefa de casa, nada mais justo que apresenta-la à classe.

O único problema é que eu não tinha feito a tarefa de casa de fato.

Resmunguei alguma coisa e a professora bateu o pé impaciente, peguei uma folha em branco do meu caderno e encarei. E continuei encarando. Senti dedos finos se moverem sobre a superfície da minha blusa, escrevendo em letras de forma do meu ombro direito ao esquerdo: POEMA.

Ah, um poema. Não me virei para agradecer e nem ao menos virei-me para ver quem era. Olhei para frente sem focar em nada em especial, as pessoas tinham começado a se encolher nas cadeiras novamente, inclusive a que estava atrás de mim, eu mal podia ver seu rosto.

– Anh... – Outra onda de risadinhas. – Eu, anh, meu poema se chama...

– Se chama Jackson não tem um poema. – Alguém que não consegui identificar gritou.

Mais risadas.

– Meu poema se chama Sorriso. – Continuei.

Mil palavras pareceram correr para longe da minha mente, mais rápidas que um corredor olímpico. Então estiquei meu braço e minha mão e puxei uma e outra que não era tão rápida. Linda, curva, ela, palavras, história. Comecei a recitar antes mesmo de perceber o significado das palavras, só tinha ela na minha cabeça então eu ia transformar isso no que eu precisava por que, de alguma forma, isso tinha que ser útil.

“Começa com seu sorriso, termina com seu jeito de dançar

Continua quando a sua tua língua diz teu e não seu, e me passa essa mania

Que persiste no seu olhar, mas corre pelas curvas do teu corpo

Que chegam no mais belo conjunto de lábios, que você morde quando começa a pensar.

Pensar no que? Analiso o seu olhar, mas a sua boca me distrai quando você começa a explicar.

Disseram que o teu sorriso é a mais bela curva, mas eu duvido só por duvidar,

Por que sou um pouco lento pra raciocinar e queria ter sido o primeiro a nisso pensar.

Só pra te dizer primeiro do que qualquer outro,

Que foi teu belo sorriso que me fez apaixonar

Teu sorriso é a mais bela curva e nada mais justo que isso, quando o mundo te tem como a curva mais espetacular”.

Percebi que tinha fechado os olhos e os abri devagar, com medo da reação geral. Mas na verdade todos eles estavam me encarando perplexos do mesmo jeito que passei a encarar a folha em branco em minhas mãos.

O sinal bateu e isso pareceu acordar todo mundo, mas ninguém se levantou.

– Muito bem Jackson... - Pigarreou a professora. – Pode ir.

Fui em direção à minha cadeira com a cabeça abaixada, recolhi os materiais e joguei minha mochila nas costas

– Chase venha aqui antes de sair. – O nome chamou minha atenção mesmo que pronunciado na voz rouca da professora.

Olhei para a cadeira atrás de mim e Annabeth estava em pé ao lado dela, ela mal me olhou e foi em direção à mesa da professora. Então fora ela quem escrevera aquilo sobre a minha blusa, eu devia ter notado. EU DEVIA TER NOTADO.

– E você Jackson. Venha aqui também, você irá acompanhar Annabeth como supervisor da nossa viagem de classe na próxima sexta-feira.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso: comentários são bem vindos. Até sexta.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "[Should I Trust You?]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.