Futuro próximo escrita por Samilar


Capítulo 37
Capítulo 37 - A grande discussão


Notas iniciais do capítulo

Hey Girls ! Demorei pra postar né? Sorry !
Espero que vocês tenham um coração bem forte kkkkk [/Brincadeira
Muitas coisas estão acontecendo, mas enfim...
Boa leitura !



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...

Quando chegaram a cena que encontraram foi uma mulher que havia levado dois tiros, ela estava caída próxima a uma lata de lixo. Lanie e os meninos foram informando tudo que sabiam até o momento quando Kate ouviu um barulho, era mais como um choro, eles então começaram a seguir o barulho para descobrir o que era.

Foram seguindo o som que se aproximava a cada passo que Kate dava. Ao chegar na lata de lixo ela descobriu o que era aquele som, havia ali uma criança, dentro de uma caixa que chorava fortemente. Era um garotinho, aparentava ter cinco meses.

– É um bebê – disse ela tirando-o da caixa.

– Quem jogaria um bebê no lixo? – perguntou Ryan.

– Talvez era filho da vitima e ela o escondeu – disse Espo.

– Pode ser – disse Kate. – Lanie pode dar uma olhada nele? – perguntou ela.

– Claro, trás ele aqui – disse Lanie.

Lanie o examinou rapidamente, viu que não havia marcas e nem machucados.

– Aparentemente ele esta bem, não tem nenhum machucado aparente... mas é melhor levá-lo a um hospital.

– Ok. Vou levá-lo pra minha casa – disse ela indo pro carro.

Castle foi junto com ela e foi o caminho inteiro “brigando com ela”.

– Kate o que é que você pensa que esta fazendo ?

– Nada Castle, só to cuidando dele, me certificando de que esta bem.

– É, só que você deveria levá-lo ao medico e depois a delegacia – disse ele.

– Eu vou fazer isso Castle, só que primeiro vou cuidar dele.

– Kate...

– Castle, eu não vou sumir com ele, não precisa se preocupar.

– Não é com isso que eu to preocupado.

No caminho Kate parou em uma loja e comprou algumas roupas, fraldas e leite para o bebê. Quando chegou em casa deu um banho no bebê, o arrumou e o alimentou.

– Pronto, ele esta limpinho, cheiroso e com a barriguinha cheia – disse ela sorrindo.

– Agora podemos levá-lo ao hospital pra ver se ele esta bem? – perguntou Castle.

– Ele esta bem Castle... mas sim, nós podemos.

Eles levaram o bebê ao hospital, ele foi examinado e o medico disse que ele estava perfeitamente bem e saudável, então eles seguiram pra delegacia. Ao chegar lá, Espo passou a eles todos os detalhes do caso e disse que havia ligado pro serviço social.

– Cancela o serviço social até termos certeza de a vitima era a mãe dele – disse Kate.

– Mas Beckett, mesmo que ele não seja filho da vitima, precisamos chamar o serviço social – disse Espo.

– Primeiro precisamos saber se ela é a mãe, se não se há registro de criança desaparecida, depois a gente chama o serviço social – disse ela.

– Mas Kate...

– Quanto mais rápido você trabalhar, mais rápido tudo acaba Espo.

– Tudo bem.

– Kate o que deu em você? – perguntou Castle.

– Do que você esta falando?

– Da maneira como você esta agindo.

– Estou fazendo o meu trabalho.

– Deixando de chamar o serviço social ?

– Castle, é só até descobrirmos o que aconteceu.

– Kate você ...

– Castle, esta tudo bem.

Eles voltaram ao trabalho, Esposito fez a pesquisa e nenhuma criança com a descrição do bebê havia dado como desaparecida. Lanie ligou e disse que o DNA deu negativo, a vitima não era a mãe do bebê.

– Agora eu posso ligar pro serviço social? – perguntou Espo.

– Claro – respondeu ela.

Como já estava no fim do expediente, Espo não conseguiu falar com ninguém.

– Ninguém atende – disse ele.

– É porque já é fim de expediente Sito – disse Castle.

– E o que vamos fazer com a criança? – perguntou ele.

– Vou levá-lo pra casa – disse Beckett.

– Ok.

Castle não gostou muito da historia, mas não ia discutir com sua mulher ali na delegacia.

Quando terminaram tudo e estavam indo pra casa, Castle começou a questionar Kate.

– Kate, porque você esta fazendo isso tudo ?

– Isso tudo o que Castle?

– Você sabia que se o Espo só ligasse depois que conferíssemos tudo, não conseguiria falar com o serviço social.

– Castle você esta falando besteira.

– Você queria levar esse bebê pra casa, por isso fez isso... Kate essa criança tem um pai e uma mãe que devem estar desesperados procurando por ele...

– Eu sei disso Castle, e é por isso que eu estou trabalhando para encontrá-los.

– Não se apegue a esse bebê.

– Não vou me apegar, só estou querendo dar conforto e segurança a ele enquanto não encontramos seus pais.

Ela e Castle foram o caminho todo discutindo sobre isso e quando chegaram em casa também. Alexis chegou e os encontrou discutindo, mas eles pararam assim que viram as filhas.

– Estavam brigando de novo ? – perguntou ela.

– Não, só estávamos conversando – respondeu Castle que foi pra cozinha.

Quando Alexis viu o bebê ficou encantada.

– Mas que bebezinho lindo... Quem é? – perguntou ela.

– Nós não sabemos seu nome ou quem são seus pais... encontramos ele hoje em uma lixeira, próximo a uma mulher assassinada – respondeu Kate.

– Meu Deus quem teve a coragem de fazer uma coisa dessas com um bebê – perguntou Alexis pegando ele no colo.

– Infelizmente tem pessoas capazes – disse Kate.

No dia seguinte eles continuaram a investigação, nada sobre os pais do bebê e Beckett não queria informar o serviço social, mas Castle disse que se ela não deixasse Esposito fazer a ligação, ele mesmo faria, então ela pediu que Espo ligasse.

Castle estava preocupado com a esposa, não queria que ela se apegasse, mas tinha medo de que isso já tivesse acontecido, e tinha mais medo ainda se isso fosse por causa do bebê que ela perdeu.

Quando a moça do serviço social chegou, Kate lhe explicou a situação, disse que ainda não conseguira localizar os pais do bebe e que gostaria de poder ficar com ele até que ela encontrasse os pais.

– Como é? – perguntou Castle assustado.

– O que você ouviu Castle, eu quero ficar com ele até conseguir encontrar os pais.

– E se você não encontrá-los?

– Nos vamos encontrá-los, e se isso não acontecer...

– A assistente social não pode permitir isso.

– Na verdade eu posso deixá-lo sob custodia da NYPD – disse a assistente social.

– Não, isso seria errado.

– Vocês estão cuidando bem dele e estão procurando seus pais...

– Castle qual o problema? Da primeira vez que estivemos nessa situação você não hesitou em querer ficar o bebê – falou Kate.

– Foi diferente Kate.

– Diferente como?

– Não vamos discutir isso na frente da assistente social.

– Olha, eu posso deixá-lo com vocês por enquanto e se vocês não encontrarem os pais eu venho buscá-lo – disse a moça.

– Pra mim esta ótimo – disse Kate.

Quando a assistente social foi embora, Castle e Kate começaram a discutir.

– Você esta agindo por impulso Kate, esta se deixando levar pelo sentimento.

– Só estou fazendo o meu trabalho Castle.

– Ficar com o bebê na nossa casa não é parte do seu trabalho.

– Porque você se opõe tanto a isso? Da outra vez você foi o primeiro a querer ficar com o bebê.

– A situação era diferente.

– Diferente como Castle?

– Diferente porque nós não tínhamos filhos, não tínhamos muita responsabilidade e além do mais ficamos com ele só um dia.

Eles estavam discutindo alto, quase toda a delegacia estava ouvindo.

– O que esta acontecendo com os dois? – perguntou Ryan.

– Estão discutindo por causa do bebê – disse Espo.

– Achei que a assistente o tinha levado – disse Ryan.

– Beckett pediu ora ficar com ele.

– E porque ela fez isso ?

– Eu não sei, mas Castle não gostou e por isso eles estão discutindo.

Quando Kate e Castle perceberam que eram a atração pararam com a briga.

A semana inteira se passou assim, os dois discutindo, qualquer coisa que acontecia e principalmente se tinha relação com o bebê eles discutiam. Beckett estava apegada ao bebê e Castle não gostava disso.

Na sexta feira eles conseguiram fechar o caso, pegaram o assassino que confessou o crime, era o pai do bebê. Beckett o interrogou. Ele disse que havia matado a mulher, pois ela havia matado sua esposa e roubado o bebê. Beckett então perguntou por que ele não ficou com o filho.

– Aquela vagabunda matou a minha mulher e roubou o garoto, então fui atrás dela e a matei – confessou ele.

– E porque você não levou o seu filho? Porque o deixou naquela lixeira? – perguntou Beckett.

– A minha esposa foi morta por causa daquele moleque, por que eu ia querer ficar com ele?

– Por que ele é seu filho. Não foi por isso que você matou aquela mulher? Para recuperá-lo?

– Não, eu matei pra vingar a morte da minha mulher, eu nunca quis esse garoto, nunca quis um filho.

– E por isso você o jogou numa lixeira como se fosse um saco de lixo? – perguntou Beckett furiosa.

– Coloquei ele no devido lugar.

– Ele é só um bebezinho inocente seu desgraçado, não tem culpa do que aconteceu – gritou Beckett jogando o homem longe.

Espo e Ryan entraram na sala de interrogatório na hora e a seguraram.

– Se tem tanta pena dele assim, pega pra você – disse o desgraçado olhando pra ela.

– É o que eu vou fazer – disse ela saindo da sala.

– Como assim é isso que você vai fazer? Perguntou Castle indo atrás dela.

– Foi o que você ouviu – respondeu ela.

– Nos precisamos conversar Kate.

– Essa é a minha decisão Castle, você querendo ou não, eu não me importo.

Kate então foi pra sala de descanso, e Castle foi pra casa furioso.

Quanto à assistente social chegou Beckett disse a ela que queria adotar o bebê, a assistente explicou que não era um processo fácil, que era demorado e que mesmo assim ela teria que levar o bebê e que só poderia deixá-lo com ela depois que conseguisse pelo menos a guarda provisória, até o bebê deveria ser levado. Beckett então perguntou se não era possível ela conseguir a guarda provisória ainda naquele dia.

– Nós podemos tentar, mas eu não garanto nada detetive – disse a assistente.

– Então vamos tentar.

A assistente social fez todos os contatos e como Kate era uma detetive bem conhecida, era casada e tinha uma ótima renda, ela conseguiu que lhe dessem a guarda provisória do bebê.

Um dos problemas havia sido resolvido, ela conseguira a guarda provisória, mas agora ela precisava enfrentar o maior deles... seu marido.

Quando Kate chegou em casa Castle estava sozinho, as meninas haviam saído com Jim. Kate entrou foi direto pro quarto, colocou o bebê em sua cama, fez uma barreira de travesseiros e foi ate a cozinha comer algo. Castle estava sentado na sala esperando por ela.

– Kate estou ficando muito preocupado.

– Com o que ?

– Com essa sua obsessão por esse bebê.

– Eu não tenho obsessão nenhuma Castle.

– Kate...

– Castle... eu sei que você não quer mais ter filhos, sei que você não quer se responsabilizar por esse menino, mas eu não podia deixar essa criança jogada a própria sorte quando eu posso dar um futuro pra ela.

– Kate não é deixar jogado a própria sorte, eles podem muito bem achar alguém pra adotá-lo, ele é um bebê, logo eles conseguem alguém...

– Eu não vou deixar essa criança passar a vida toda em um orfanato esperando por alguém adotá-lo.

– Isso não é problema nosso Kate.

– Castle olha pra essa criança... olha pra ele é só um bebezinho, ele só tem cinco meses, é indefeso, ele poderia ser nosso filho.

– Mas ele não é Kate.

– E se fosse? Se eu tivesse tido esse bebê Castle, o que eu deveria fazer?Deveria jogar ele numa lixeira ? Deveria entregar a algum orfanato pra encontrarem um lar pra ele?

– Seria diferente, seria nosso filho, mas ele não é, você não teve esse bebê.

– Você seria capaz de aceitar se eu tivesse outro bebê Castle? Você amaria o nosso filho?

– Como você pode perguntar isso? É claro que eu amaria, eu nunca fugiria da responsabilidade, as minhas filhas são tudo pra mim, e não seria diferente se tivéssemos outro filho.

– Então porque você se opõe tanto a isso? Porque não é capaz de aceitar essa criança? – perguntou ela.

– Porque ele não é nosso filho Kate, ele tem uma historia, ele tem um pai e deve ter uma família por ai que queira ele... e porque você esta obcecada por essa ideia, você esta fazendo isso pra preencher o vazio que você sente pelo bebê que nós perdemos.

– Se essa família aparecer e quiser ele, for cuidar dele, eu terei o maior prazer em entregá-lo... e isso não tem nada haver com o nosso filho, não julgue errado.

– É claro que tem Kate, você nunca parou de sentir culpa pelo que aconteceu.

– Isso é problema meu Castle.

– Não, não é, isso é problema nosso Kate, somos casados e era meu filho também, mas você precisa ESQUECER ISSO, PRECISA DEIXAR NO PASSADO – Castle gritou.

– ESQUECER? COMO EU POSSO ESQUECER CASTLE? ELE ERA MEU FILHO, EU NUNCA VOU ESQUECER, NUNCA... PORQUE FUI EU QUEM CAUSOU TUDO AQUILO, FOI EU QUEM ESTAVA NAQUELE MALDITO COMA SEM PODER FAZER NADA POR ELE, FOI EU QUEM NÃO SENTIU ELE CRESCER DENTRO DE MIM, FOI EU QUE NÃO ESTIVE LÁ QUANDO ELE MORREU, FOI EU QUE NÃO PUDE ME DESPEDIR DELE, QUEM NÃO PODE ENTERRÁ-LO, FOI EU QUEM ACORDOU TODAS AS NOITES TENDO PESADELOS DURANTE MESES, FOI EU QUEM CAUSOU A MORTE DELE... ENTÃO NÃO VENHA ME PEDIR PRA ESQUECER CASTLE, PORQUE ISSO EU NÃO VOU PODER FAZER NUNCA – disse ela gritando e chorando.

– Você precisa deixar isso pra trás... nosso filho morreu Kate, MORREU, nós não o conhecemos, infelizmente Deus não quis que ele nascesse, ele não vai voltar e não tem como mudar isso, não podemos simplesmente substituí-lo... Nosso filho se foi, mas nós ganhamos duas filhas maravilhosas e é nelas que você tem que pensar, precisa se dedicar e dar atenção a elas, que são duas crianças ainda e que precisam de você.... então esquece isso e pensa nas nossas meninas – falou ele que também estava chorando.

– Eu sou muito grata a Deus por ter as minhas filhas e eu me dedico a elas desde que nasceram, eu faço tudo por elas, elas são as pessoas que eu mais amo nesse mundo, por quem eu sou capaz de qualquer coisa, todos os minutos dos meus dias, toda a minha vida é dedicada a elas, então não diga que eu não me dedico as minhas filhas, não diga que não me importo com elas. Isso eu não admito.

Nesse momento Alexis chegou.

– Vocês estava brigando de novo não é ? – perguntou ela.

– Não foi nada demais – disse Kate.

– Nunca é nada demais – sussurrou Castle.

– Todos os dias que eu chego aqui vocês estão discutindo, faz meses isso. É só o que vocês tem feito, precisam parar com isso, as meninas podem ouvir, podem entrar a qualquer momento e ver vocês discutindo, já pensaram em como elas vão se sentir?

– Não se preocupa, as meninas não estão em casa, elas nunca estão – disse Kate.

– Eu sei, as um dia elas podem estar... e eu também não gosto de ver vocês discutindo, entrar aqui todo dia e ta essa gritaria que da pra ouvir do corredor. O que esta acontecendo com vocês ?

Alexis é melhor que você não se meta – disse Castle.

Eu me meto sim, eu amo vocês... e eu estou pra me casar, não quero ver os meus pais brigando no altar, de cara feia um pro outro no meu casamento.

Não precisa se preocupar com isso, tenho certeza que seu pai não tem motivos para discutir com a Meredith... e eu nem preciso estar lá, não sou sua mãe de verdade – disse Kate.

– Mas eu considero e te amo como se você realmente fosse a minha mãe... mas se isso não importa pra você, se você não tem mais o mesmo sentimento por mim, tudo bem.

– Alexis me desculpa, eu não queria...

– Eu vim só deixar a boneca da Johan... eu já vou – disse ela.

– Filha fica, espera suas irmãs, elas já devem estar chegando – disse Castle.

– Gabe esta me esperando, temos um compromisso... Tchau!

– Tchau querida ! – disse Castle.

Alexis saiu chorando, chateada, quando os dois ficaram a sós, Castle recomeçou a discutir com Kate.


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Notas finais do capítulo

E ai meninas ? O que acharam ?
Fiquei louca sim ou com certeza ? kkkkkkk
Espero que tenham gostado.
Comentem, comentem, comentem....
Adoro vocês... beijos ^^



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