Unbroken escrita por Annia Ribeiro


Capítulo 35
Feast


Notas iniciais do capítulo

Eu iria postar ontem, como sempre, mas por causa do maldito bloqueio eu não consegui desenvolver.. Sem falar que eu fiquei nervosona por conta da prova de inglês que teria essa semana e outros assuntos... Tipo, demorou para sair, mas saiu e esse capítulo destruiu todos o resto de coração que ainda sobrara em mim.
POR FAVOR LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!! TEM SURPRISE, BITCHES!
Enjoy it!



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"We're living the life, we're doing it right. You're never gonna be unsatisfied If you wanna dance, If you want it al"

O carro de polícia estacionou no meio fio e eu pulei para fora do carro sem dizer obrigada ao motorista. Meus pensamentos voaram longe no caminho para casa e tudo que eu mais queria era poder relaxar na banheira comendo chocolate e assistindo filme no notebook. É, talvez esse seja um bom plano de aniversário. Peguei a chave da casa na bolsa e abri a porta; instantaneamente eu senti algo estranho. Franzi o cenho, ouvindo um pequeno barulho e fiquei regulei a respiração, apenas me concentrando nos sons. A sala estava sendo iluminada apenas pelas luzes dos postes da rua e... tinha realmente algo estranho.

Coloquei a bolsa no sofá, tomando cuidado para não fazer barulho, e disquei o número da polícia no celular, pronto para qualquer momento fazer a ligação. Caminhei até a cozinha e assim que eu botei os pés no hall e luz foi acesa e uma explosão de gritos encheu meu ouvido.

Com os olhos arregalados de incredulidade e surpresa, encontrei Percy, Piper, Bianca, Ian, Leo, Calipso, Afrodite, Silena, Poseidon, Connor e Travis na minha cozinha com balões nas mãos e chapeuzinhos de aniversários em cima da cabeça.

Piper segurava um bolo em formato de um prédio deitado e meu nome estava escrito numa faixa branca no sexto andar. Dei uma gargalhada, embora estivesse super sem graça, quando todos começaram a cantar um parabéns desafinado e sem ritmo.

— Como souberam que era meu aniversário? – perguntei.

— Consultamos um vidente – respondeu Leo, sorrindo travesso.

— Atena – respondeu Afrodite, sorrindo de lado.

— Matrícula no mergulho – respondeu Percy e veio me abraçar.

Seu abraço foi apertado e eu me permiti relaxar em seus braços. Era bom estar com meus amigos novamente, como se nenhum problema do mundo importasse.

— Feliz aniversário, Annie. O meu presente vai ser depois, ok? – ele sussurrou em meu ouvido antes de se afastar para Piper me abraçar.

A garota desejou coisas boas para minha vida, e todo aquele lance que as pessoas amam falar quando é seu aniversário. Dei um sorriso sincero para a garota quando disse que seu presente estava em cima da minha cama e agradeci. Me afastei da garota e terminei de abraçar os outros.

— Jason e Nico não vieram... – comentei, realmente triste para Leo, quando o garoto me abraçou por último.

— Sabemos porque, Anns... não fique chateados com eles, mas é que foi uma perda muito grande para ambos. Mas isso não significa que eles não gostam de você – respondeu Leo, falando baixo para os outros não ouvir. Tentei esconder aquele sentimento de tristeza, mas estava muito mal mesmo.

— É, eu sei, tudo bem – foi o que eu consegui dizer.

Afrodite se atreveu a colocar uma música animada e logo nos servimos de bolo com sorvete e refrigerante. Ouvimos Connor e Travis contarem suas histórias e a gargalhada foi inevitável.

Foi uma noite muito divertida, talvez o melhor aniversário que eu tive. Os outros sempre terminavam comigo tonta de bêbada após ter uma briga bem feia com minha mãe. Esse foi tão light, tão divertido. Por que antes eu nunca optava por aniversários desse tipo? Sem bebidas, boate, homens estranhos, drogas... apenas meus amigos de verdade, boas piadas e bolo com sorvete. Poseidon foi o primeiro a ir embora, e logo depois todos se dispensaram até restar eu e Percy.

O garoto sorriu malicioso para mim e segurou minha cintura, beijando o lóbulo da minha orelha e descendo para meu pescoço. Segurei seus braços, fechando os olhos e sentindo o contato de sua pele com a minha. Ele parecia estar tenso, mas se controlava para não me deixar perceber isso.

— Como foi na delegacia? – ele sussurrou causando um arrepio no meu corpo inteiro.

— Você deveria parar de ser malditamente sexy – sussurrei de volta, estrategicamente para mudar de assunto, a voz ainda mais rouca que a dele.

Ele parou de beijar meu pescoço e me olhou nos olhos, com um sorriso cafajeste no rosto e os olhos verdes escuros de luxúria.

Perguntei-me como que eu havia finalmente caído na dele, me rendido a aquele par de olhos cheio de dores e problemas, deixando-me ser amparada por aquele que precisava de amparo. De alguma forma, eu encontrei forças neles, e talvez ele tenha encontrado forças em mim.

— O que foi? – perguntei por fim, já que ele não parava de me encarar com aquele sorriso estranho.

— Essa foi a primeira vez que você me fez um elogio – ele comunicou, rindo pelo nariz no final. A risada dele era leve e melodiosa, ao contrário da minha, sem dúvidas. Ele passou o dedo pelo meu nariz, tirando um pouco de glacê e levou os dedos a boca.

Ah, e sim, minha cara deveria estar coberta de glacê, graças a Connor e Travis que haviam iniciado uma guerra de glacê e sujado metade da cozinha. Tenho que me lembrar de ligar para a empregada amanhã.

Revirei os olhos e dei as costas para ele, guardando o bolo na geladeira e o sorvete que sobrara. Subi as escadas do meu quarto e Percy logo me seguiu. Confesso que estava curiosa para saber sobre o presente de Percy, mas estava mais curiosa ainda para descobrir os presentes do outro. Afrodite havia dado um sorriso muito malicioso quando disse que o presente que ela me deu estava embrulhado numa sacola rosa pink.

Abri a porta do quarto e vi os embrulhos em cima da cama, empilhados de forma desorganizada sobre a mesma. A última vez que havia ganhado tanto presente foi no meu aniversário de 16 anos... que foi a melhor festa da minha vida... talvez tirando o fato de que eu não conhecia metade das pessoas, minha mãe ter brigado comigo o dia todo, Luke ter gritado comigo na frente de todo mundo e eu ter amanhecido com um cara estranho morrendo de dor de cabeça. Ok, talvez não tenha sido a melhor festa.

— Apenas a primeira parte do meu está ai – comunicou Percy, se sentando na cadeira de minha escrivaninha, virado para a cama.

— Hm... eu estou curiosa. Quantas partes têm?

— Não posso dizer, Annie. Por que não abre esses ai? Deixe o preto para o final.

Contraditória, eu peguei o embrulho preto primeiro. Percy fez uma careta e se levantou rápido da cadeira, segurando meu pulso e tentando tirar o embrulho de minha mão. Dei um grito pedindo para ele me soltar, mas ele apenas riu me fazendo rir também. Continuei a lutar para ter a posse do presente, mas no fim Percy teve a melhor. Com um sorriso vitorioso, ele se sentou na cadeira com o embrulho preto no colo. Fiz uma careta para ele e me sentei na cama, as pernas cruzadas e de frente aos presentes.

— Espero que esse presente seja muito bom, Sr. Jackson – resmunguei, pegando uma sacola verde que tinha o nome de Connor e Travis numa letra garranchosa.

— É obvio que vai ser, Sr. Chase. Você ainda não sabe, mas eu sou muito bom em dar presentes. Preciso ser, se não seria impossível pegar a quantidade de mulher que eu pego.

— Canalha.

Revirei os olhos e abri o embrulho encontrando um livro sobre arquitetura marinha. Wow, irado. Abri o sorriso e folhei algumas páginas para ver como era antes de deixa-lo repousar na cama. Connor e Travis, meus amigos do curso de mergulho, havia acertado. Ambos sempre me viam lendo livros sobre arquitetura e muitas vezes conversamos sobre isso; juntando ao fato de fazermos mergulho... bem, eles foram até inteligentes.

— Por que você está tão longe? – perguntei, franzido o cenho pro Percy.

— Pensei que não iria perguntar nunca – e se levantou da cadeira, sentando ao meu lado e encostando-se a cabeceira da cama, pegando o livro e o folheado.

Abri presente por presente, e um era melhor que o outro. Poseidon me deu um livro também, só que de engenharia. Leo e Calipso me deram um estojo de ferramentas e uma planta muito bonita; não me pergunte para quê eles acham que eu usaria aquilo. Silena e Charles me deram um estojo de maquiagem importado de Paris (tem alguma dúvida que foi tudo obra de Silena?). Piper, sendo a que mais me conhece, me deu um quadro personalizado enorme com diversas fotos e recados. Era lindo, totalmente incrível. Bianca e Ian me deram duas garrafas de Jack Daniel’s, e fiquei muito grata por isso.

Por fim, o mais extravagante de todos e o que fez com que meu rosto se tornasse um tomate com olhos e boca: o presente de Afrodite. Não tinha o nome dela, mas a sacola era rosa pink. Tinha um estojo com óleos de massagem, algemas e, pasmem!, um chicote. Numa caixinha elegante rosa tinha uma lingerie preta da Victoria’s Secret que era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

Percy estava totalmente perplexo, talvez mais do que eu. Não gostaria de saber o que se passava na cabecinha dele. Dentro da caixa tinha um bilhete curto, a caligrafia era graciosa e elegante.

“Aproveite, meu amor. Não seja sem graça igual a sua mãe e mostre o poder da mulher. E ah, isso é para ser melhor do que a última vez.

S. Não bata forte com o chicote.”

Dei uma gargalhada e joguei o bilhete de volta na sacola, Percy tentou ler, mas eu não deixei e continuei a rir. Dite era simplesmente impossível. O que aquela mulher havia na cabeça, afinal?

— Tá bom, já que você não quer me mostrar o bilhete, acho que irei repensar sobre seu presente – ele disse, a voz provocativa e arrastada. Ele se levantou com o último embrulho na mão e me olhou de forma dramática.

Caminhei de joelhos até ele na cama e sai da mesma ficando de pé. Fiz um biquinho investido a tirar a embalagem em sua mão. Ele ergueu a mão no ar, deixando o embrulho longe de minhas mãos. Fiz uma carinha triste e o abracei pela cintura, descansando a cabeça no peito dele, ouvindo o coração dele num ritmo acelerado. Ele deve ter percebido, já que se afastou e finalmente me entregou o presente. Dei uma risada para ele e me joguei sentada na cama, abrindo de forma descuidada o presente. Era uma caixinha preta muito elegante fechada por uma fita vermelha. Percy se sentou de frente a mim, sorrindo de lado cafajeste.

— Vou arrancar esse sorriso com um tapa – resmunguei, os dedos firmes na tampa da caixa, pronta para abrir. Percy aumentou ainda mais o sorriso e por fim levantei a tampa e puxei o tecido lá dentro para cima.

Era um vestido longo azul escuro, cheio de pedras no busto; as mangas eram compridas, assim como o decote. O caimento era perfeito, assim como a cor e, bem, tudo. Dei um sorriso e abracei o garoto, beijando sua bochecha e agradecendo. Estava na cara de que não fora ele que comprara o vestido, não conseguia sequer imagina-lo numa loja conferindo as peças de roupas e pensando qual eu gostaria. Sem dúvidas, ele teve alguma ajuda nisso, mas decidi não comentar nada a respeito.

— Agora qual é a segunda parte? – perguntei, curiosa. Estendendo o vestido em um espaço livre na cama.

Percy abriu um sorriso ainda mais malicioso e segurou minha cintura, apertando a mesma e deixando um rastro de ardência. Ele se inclinou para a cama e pegou a sacola de Afrodite, me entregando a caixinha com a lingerie.

— Vista isso e qualquer coisa por cima, vamos sair.

[...]

Meus cabelos ainda estavam molhados por causa do banho e Percy não parava de elogiar o cheiro do meu shampoo. Estava ficando estranho, mas talvez ele só quisesse me irritar para eu parar de perguntar onde estávamos indo. A minha visão estava bloqueada por um pano preto que não me possibilitava a enxergar nada; apenas tinha noção de que estava dentro do carro de Percy faz muito tempo.

O carro começou a balançar de uma forma estranha, como se tivesse saído do asfalto liso. Sorri de lado e dei um sorrisinho de escárnio.

— Estamos indo para o píer – anunciei com a voz confiante. Não tinha certeza, mas era uma boa opção.

— Como você descobriu? – perguntou Percy, e pelo tom de voz percebi que ele ficou surpreso. — Ah, esqueci que você é uma espécie de gênio.

— Para certas coisas sim.

Já estive no local bastante vezes; a primeira foi numa festa da empresa da minha mãe, que foi num iate de Poseidon, e as outras foi com a turma de mergulho. Era inconfundível aquele cheiro marinho carregado, diferente do puro e natural das praias de São Francisco. O píer era um local estranho e nada agradável, mas era ali que a maioria das embarcações tinham que ficar, desde barquinhos de pesca até iates de luxo. Mas porque diabos Percy estaria me trazendo para cá?

Eu sentia algo crescendo dentro de mim, e eu já sabia o que era: curiosidade. Tudo que me movia era tal sentimento, todas as confusões que eu me meti, tudo que eu sei, tudo que conquistei. Tudo eu havia conseguido por ser curiosa demais.

Mas agora era uma curiosidade inocente. Essa ficando aflita querendo saber o que Percy estava planejando para essa noite e porque ele se incomodara tanto de juntar todos na minha casa e depois me trazer para cá.

Percy parou o carro e saiu do mesmo, fazendo com que eu tivesse que ficar impacientemente parada ali esperando o moreno. Passei a mão no vestido que usava, me arrependendo amargamente de ter o colocado; era tão sem graça e nada sensual que não sei como cogitei usa-lo. Percy abriu a porta do carro e segurou minha mão, me ajudando a sair do carro.

— Ai, Percy! – gritei quando minha testa bateu na lateral do teto do carro.

— Foi mal – ele resmungou e me ajudou a sair do carro sem mais nenhum acidente.

Protestei e argumentei sobre a desnecessidade da venda, mas ele continuava firme em deixar aquele negócio inútil impedindo minha visão. Quando chegamos a algum lugar, Percy me pegou no colo, me fazendo gritar de surpresa e continuou o longo caminho que seguíamos.

— Eu espero não encontrar cadeiras com algemas, chicotes e esse tipo de coisa. Sinceramente, nunca serei submissa a você.

— E eu acho que alguém leu 50 tons de cinza demais – ele disse, a voz baixa e provocativa demais.

— Me surpreendo por você saber do que se trata esse livro.

— É putaria, tenho que saber – ele explicou, dando um risinho ao final.

Ao pararmos, ele se atrapalhou com algo e quase me deixou cair. Por fim, vendo que ele não conseguiria mexer com as mãos e me segurar ao mesmo tempo, me colocou no chão e ele começou a trabalhar com algo que, obviamente, eu não sabia o que era. Me coração palpitava absurdamente rápido, e tudo em mim estava sendo tomado pela curiosidade.

Quando terminou, me pegou no colo de novo e andou por poucos passos. A brisa morna noturna fora substituída por um ar quente e aromático. Estávamos dentro de algum lugar, sem a noite nos rondando. Seria o iate do pai dele? Quando ele me colocou no chão, senti o movimento leve de ondas balançando o chão.

— Pronta? – ele perguntou, e eu apenas acenei positivamente com a cabeça.

Senti seu corpo atrás do meu e seus dedos roçaram em meus cabelos ao desamarrar a venda. Assim que o pano escorreu de meus olhos, me deparei com a coisa mais incrível que alguém já fez para mim.

Sem dúvidas era o interior de um iate, ou lancha, de luxo. Estávamos numa sala e todas as lâmpadas eram vermelhas para combinar com o ambiente. O chão estava coberto de rosas, champanhes estavam mergulhados em baldes de gelos, almofadas vermelhas e pretas estavam espalhadas por todos os lados em cima dos dois sofás enormes que pareciam camas finas e compridas, no meio do chão, em cima de um tapete, tinha uma espécie curiosa de jogo de tabuleiro e, para finalizar, tinha Beatles como fundo musical; pode chamar isso de brega ou qualquer coisa do tipo, mas esse brega fez tudo mudar.

Eu estava muda, sem fala, totalmente atônita pelo feito de Percy. Não, não... ele não tinha feito aquilo para mim; não pode ser. Minha boca devia estar descaradamente formando um O, tamanha a minha surpresa. Eu precisava falar algo, precisava me mexer, agradecer, fazer qualquer coisa. Mas estava em choque.

— Percy... – por fim consegui falar, a voz saindo um sussurro quase inaudível. Pigarreei e me virei para o garoto por fim, que esperava alguma reação minha bastante nervoso. Eu o abracei forte — Obrigada, nossa! Muito obrigada... — eu disse, a voz agora mais alta. Direcionei meus lábios para os deles e o beijei calorosamente. Foi um beijo breve, mas foi tão quente que eu me perguntei porque foi rápido. Dei um sorriso de lado para ele, demonstrando estar contente, e abracei a cintura dele — Ninguém nunca fez nada parecido para mim... isso foi tão incrível da sua parte.

— Bem, você sabe muito bem como me recompensar – ele disse, agora com um sorriso incontrolável no rosto. Franzi a sobrancelha, tentando parecer ao menos um pouco séria, porém fracassei miseravelmente.

— Eu não falei nada sobre te recompensar.

— Mais deveria – seu tom foi provocante.

Seus lábios roçaram no meu e ele mordeu lentamente, como se aquilo pudesse ser uma forma de tortura. E sem dúvidas era. O moreno segurou minha cintura com pegada e chocou meu corpo contra o dele, me fazendo deixar escapar um grunhido surpreso na minha garganta. Ele deu um risinho fraco e rouco que fez todo o meu corpo se arrepiar. Afastei meu rosto do dele o observei, certa de que meu desejo já atingira limites perigosos. Era tão excitante tudo aquilo, aquele ambiente, o garoto a minha frente, com seu sorriso e olhar nada inocente. E o jeito que ele me fazia esquecer tudo aquilo que eu presenciara, tudo que eu estava passando.

Amassei a barra da blusa dele, ameaçando levar para cima, mas o garoto me deteve segurando meu pulso, olhando-me com divertimento.

— Primeiro, vamos comer – ele deu um sorriso malicioso e sádico e puxou meu corpo pelo pulso para o tapete. — Irá conhecer o meu lado cozinheiro.

Franzi o cenho para a mesa arrumada do outro lado de onde estávamos, nem era preciso muito para saber que não fora Percy que cozinhara. No mínimo, havia feito o pedido em um restaurante.

— Está querendo me envenenar?

— Tudo bem, então não comemos. Te garanto que é muito bom; nenhuma garota jamais reclamou de minha comida – disse Percy, num tom provocativo.

Me virei para ele e estapeei seu braço, logo ficando de joelhos no tapete e me inclinado para ele para poder bater ainda mais nele, em todos os pontos que conseguia.

— Seu... idiota. Seu canalha! Vadio, puto, galinha – a cada palavra eu batia nele com vontade, e ele tentava se proteger rindo de mim.

— Ah confesse, você me ama – ele brincou, segurando meu pulso e levantando o corpo, invertendo as posições para que eu ficasse embaixo dele. Minhas costas estavam contra o tapete. O afastei para longe com a mão direita e direcionei meus olhos novamente para a imensidão verde.

— Sim, e como te amo – respondi, a voz carregada de ironia.

— Quer saber... vamos jantar depois.

Sem aviso prévio, ele atacou meus lábios com volúpia. Meu corpo respondeu imediatamente a sua ação; passei a mão por debaixo da blusa dele e arranhei suas costas com força, ouvindo um suspiro de dor da parte de Percy e dei um risinho sobre os lábios dele. Como vingança, o garoto desceu o rosto para meu pescoço e começou a distribuir beijos pelo local, logo deixando cada vez mais agressivo. As mãos deles exploravam apressadamente cada canto de meu corpo e sua boca não se desgrudava nem um centímetro de alguma parte de meu corpo.

— Trouxe o presente de Afrodite? – ele perguntou, ainda descendo os beijos para minha clavícula.

— Não, Percy! – respondi num tom defensivo.

— Por que, oras?

— Por que eu iria te algemar?

— Seria bem divertido... – a voz dele diminui gradativamente enquanto suas mãos apertavam mais forte minha cintura por baixo do vestido.

— Nem sonhe.

O empurrei e ele entendeu o recado para se sentar. Olhei para ele de forma sensual, sentindo cada canto de meu corpo gritar por ele. Percy tinha vários lados, várias faces e personalidades que talvez eu demoraria éons para decifrar; cada lado descoberto do garoto me surpreendia, e ainda mais o fato de ele conseguir ser tantas coisas numa pessoa só e saber dividir isto. Talvez, apenas talvez, o lado que ele estava a usar naquele momento fosse o que eu mais gostasse. [...]

Me joguei ofegante no tapete e Percy deitou ao meu lado. Estávamos cobertos de suor e domados pelo cansaço. Enquanto eu olhava para ele deitado, percebi como ele parecia sereno e calmo, não aprecia existir problemas no mundo exterior.

Eu mesma me sentia assim. Era a melhor parte de estar com ele. A sós. Os problemas não existem, não tem minha mãe, não tem Thalia, não tem nada.

O moreno abriu os olhos e olhou para mim, sorrindo para mim como uma criança.

— Eu estou apaixonado por você.

— Não deveria dizer isso depois de sexo, sabia?

— Eu não me importo. Eu estou apaixonado por você, Annabeth.


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Notas finais do capítulo

Então gente, eu tenho uma surpresa para vocês, meus leitores mais que divos e espetaculares. Eu criei um tumblr de apoio para Unbroken. Lá você vai encontrar frases, dreamcast, playlist com as músicas que me inspirei para escrever, e um pouco mais sobre mim... Logo logo vai ter spoilers sobre os próximos capitulos e sobre a trama. Muuuita novidade, né?! E ah, você pode mandar uma ask para mim, nem precisa ter conta, vai mandar em anonimo e só assinar com seu nome. A url? Bem; fanficsdakatty.tumblr.com
PORÉEEEEM, o tumblr tem senha, e como eu gosto realmente de ser má, só vou entregar para quem comentar e bla bla bla. Só quem comenta que tem direito a um bonus, não é? Então, só comentar o que achou do cap, a parte que mais gostou e eu enviarei a senha do tumblr para acessar.
Bem, é isso! Beeijos!



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