O Herdeiro escrita por GabrielaGQ
Notas iniciais do capítulo
Deixei vocês com raiva da Molly né? Mas momentos Sherlolly virão.
Agora vamos ver Will e Mycroft?
Here we go!
–William Júnior. Prazer. Você é irmão do Sherlock não é?
–Uau, você deduziu isso sozinho? – Mycroft disse num tom de deboche. Ainda observava William enquanto levava a xícara de chá à boca. Era por isso que a esposinha do meu irmão tinha ido para Nova York, Mycroft concluiu. Um filho. Sherlock tinha se superado. E um filho idêntico a ele, quando criança, é claro.
–Não fale assim com ele Mike. – Margaret advertiu, dando um sorriso para William.
– Você é tão chato quanto ele. - William disse bem baixinho para que Mycroft não escutasse. Mas Margaret, que estava próxima servindo leite e biscoitos para seu neto recém descoberto, pôde ouvir, dando um sorrisinho. Molly e Sherlock entraram na cozinha. O clima entre os dois não podia estar tão péssimo e Margaret odiava ver seu filho destruindo a melhor coisa que tinha acontecido na vida dele. Molly fora a salvação para Sherlock não se afundar e se destruir. Margaret era imensamente grata a Molly e agia mais como uma mãe para ela do que para seus próprios filhos.
Todos os Holmes estavam reunidos na cozinha. Depois que Molly cumprimentou o Sr. Holmes com um abraço, apenas balançou a cabeça em cumprimento a Mycroft.
– Mycroft.
– Molly.
– É mamãe, você realmente não gosta dele! – William disse com a boca cheia de biscoitos e um sorriso. Molly apenas fechou os olhos brevemente, se sentindo ficar completamente vermelha. Pode ouvir Sherlock rindo atrás dela e Mycroft lançar um olhar esnobe em sua direção.
– William, é feio falar de boca cheia. O que a mãe já disse? – Molly advertiu.
Um silêncio constrangedor se estabeleceu na cozinha. Apenas podiam ouvir o barulho de William mordendo os biscoitos com uma inocência, sem notar o mundo ao seu redor. Sherlock o observava com as mãos nos bolsos do casaco. Margaret e Arthur observavam, ambos com um sorriso no rosto, o neto tão sonhado deles. E Molly ali em pé, agora de frente para Sherlock, o observava tentando estudá-lo mais uma vez.
O rosto ainda tinha um lado mais vermelho. Molly não sabia o que tinha acontecido para ela bater em Sherlock, mas quando viu já tinha feito. Talvez tenha sido o resultado de 5 anos guardando a raiva que sentiu no dia do beijo com Janine. Mesmo depois de Sherlock ter se explicado, Molly não conseguia perdoá-lo. Só a idéia de outra pessoa beijando os lábios que deveriam ser só seus, embrulhava o estômago de Molly. Se não tivesse acontecido nada pior. O beijo foi a única coisa que Molly viu e Molly sabia que Sherlock fazia qualquer coisa para ter sucesso nos seus casos. Não, não podia nem sequer pensar nisso, ou seria capaz de armar uma 3ª Guerra Mundial e acabar com Sherlock.
Mas enquanto o observava, Molly se lembrou do beijo que ela e Sherlock tinham acabado de dar. Molly não sabia o que tudo aquilo significava e estar ali, na casa dos Holmes, estava começando a deixar ela sem ar. Rapidamente, saiu em direção a varanda. Como era de se esperar Sherlock a seguiu.
***
– Então William, está gostando de Londres? – Mycroft perguntava com um sorriso tentando parecer amigável.
– Na verdade, não muito. Prefiro morar em Nova York. – William respondeu surpreendendo Mycroft. Já tinha terminado seu leite com biscoitos e agora só restavam ele e Mycroft na cozinha. O Sr. e a Sra Holmes tinham saído para ir na quitanda ali perto.
– Londres não é uma cidade boa?
– Não. Ainda não fui em nenhum lugar interessante. Em nenhum museu, nem na London Eye e muito menos, visitar o trabalho da minha mãe. Eu fazia isso o tempo todo em Nova York. E a escola não é um lugar legal, tem um garoto que me incomoda e a Olivia, que fala sem parar.
Mycroft riu quando entendeu de que Olivia, Will estava falando. A filha de John era uma tagarela e Mycroft raramente dava atenção a essas coisas desnecessárias. Mas o pequeno Will, sentado a sua frente, tinha algo de diferente. Pela primeira vez, Mycroft realmente quis ficar perto de uma criança:
– Quantos anos você tem?
– Quase 6. – William disse sorrindo. –E você? Uns 40 anos?
O chute surpreendeu Mycroft:
– Quase. 39. – Disse sorrindo. – Então você é bom em deduzir coisas das pessoas?
– Acho que sim, mas não gosto. Algumas pessoas não me deixam confortável, então prefiro ler.
– Ler? Você já lê com 5 anos?
–Tenho quase 6. – William repetiu com um tom de reprovação. – O seu nariz é engraçado.
Mycroft juntou as sobrancelhas. Nunca ninguém tinha sido tão direto com ele. A não ser seu irmão, mas Sherlock não contava. E agora, tinha uma criança na sua frente, colocando defeitos nele. O que está acontecendo comigo? O que é isso que estou sentindo? Se importar não é uma vantagem Mycroft.
– Quando você conheceu seu pai? – Mycroft então perguntou assumindo seu tom sério de sempre. Não iria baixar a guarda, não poderia, principalmente para uma criança. Ele era incapaz de sentir afeto por alguém e isso nunca mudaria. Será?, sua consciência plantava a dúvida.
Ao ouvir a pergunta, William também ficou sério. Tão pequeno e tão cheio de personalidade, Mycroft também concluiu.
– Eu conheço Sherlock Holmes desde Nova York. Lia sobre ele no blog do John.
– Ah então você era mais um fã que lê aquele blog ridículo?
– Vai me dizer que você nunca leu? Se você sabe que é ridículo, deve ter pelo menos olhado alguma coisa. – William disse levantando uma sobrancelha.
Mais uma vez, Mycroft ficou boquiaberto e surpreso. Nunca tinha conversado com uma criança, mas ele mesmo tinha acabado de se tornar fã de uma. Sem responder, apenas se levantou, pegou seu guarda chuva e sorriu para William:
– Não culpe Sherlock pelos erros que talvez ele tenha cometido William. A maioria das ações dele foram baseadas em conselhos dados por mim e, apesar de ser incrível, eu não sei de tudo. – Mycroft desabafava para William, que não entendia porque ele estava dizendo todas aquelas coisas sem sentido, mas Molly tinha lhe dito para ser gentil e ouvir os adultos com educação, então apenas deixou ele falar.
– Dê uma chance para Sherlock ser seu pai. Ele merece isso. Meu irmãozinho, não seguiu nenhum dos meus conselhos e isso foi bom. – Mycroft fez uma pausa.
– Até que você não é tão chato quanto pensei que fosse. - William comentou.
– Não sou um tio chato? Preciso melhorar então. – Mycroft disse já se encaminhando para ir embora. – Me diga William, você sabe jogar xadrez?
William se virou e o olhou com um sorrisinho:
– Ganhei de Sherlock com um xeque mate.
Mycroft sorriu, sinceramente feliz de ter um companheiro a sua altura:
– Muito bom. Combinamos um dia de jogar então. – Disse se despedindo.
Pela primeira vez, Mycroft sentia um calor confortar-lhe o coração. Enfim, fez algo direito irmãozinho, disse consigo mesmo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se Sherlock pode se casar com Molly na minha fic, posso fazer Mycroft ser um tio bonzinho né? kkkkkkk
O que acharam?