Percy mostrava a Annabeth cada detalhe do acampamento e lhe contava todas as historias que conseguia se lembrar. Ele queria que ela se sentisse tão em casa quanto ele se sentia ali. Annabeth ria com algumas historias, como aquela que o Leo saiu correndo de cuecas pelo acampamento achando que o seu chalé estava em chamas (e não estava na verdade, ele teve um pesadelo), ele lhe contou sobre a cara da Piper quando ele e Jason colocaram um sapo na cama dela (ela quase terminou com o Jason naquele dia), e quando Hazel beijou Frank quando ele ganhou sua primeira medalha de ouro... eram historias que caberiam num livro.

Percy e Annabeth não poderiam visitar o lado voltado às competições porque estão lacrados em medida de segurança e só seriam abertos no dia seguinte, quando começariam os jogos. Percy parecia meio decepcionado por isso, mas eles continuaram passeando pelo acampamento, até chegarem à ala dos dormitórios onde ficava o chalé de Percy.

–-Tive uma ideia.—Disse Percy, um pouco mais animado.

–-Qual?—Perguntou Aannabeth.

–-Vou lhe mostrar um lugar especial. O lugar que eu mais gosto no acampamento.—Respondeu Percy.

Annabeth assentiu enquanto era guiada por Percy para trás de um pequeno chalé. Tinha uma visão belíssima do céu que deixou Annabeth hipnotizada por alguns segundos com os pontos cintilantes espalhados pelo céu como açúcar polvilhado.

–-Annabeth.—Percy chamou. Ele tinha aberto uma toalha de piquenique no chão (que ela não sabia de onde ele tinha tirado) e estava sentado sobre ela, esperando para que Annabeth sentasse ao seu lado. Ela sentou-se ao seu lado e encostou sua cabeça em seu ombro.

–-O que acha?—Ele perguntou a ela.

–-Elas são lindas.—Annabeth disse, encantada com aquele cenário magico.

–-Elas até são, mas só um pouco.—Falou Percy, sorrindo para o céu.

–-Hã?!—Annabeth perguntou alarmada olhando para Percy. Ele riu da surpresa dela e a olhou.

–-Esse brilho nos seus olhos quando você as vê é bem mais bonito que esse céu.—Disse Percy, dando os ombros, mas olhando no fundo dos olhos dela.—Não que elas não sejam bonitas, mas eu posso viver minha vida em paz sem nunca olhar o céu, mas sem ver esse brilho,—Ele tocou o rosto dela.—eu não sei se teria coragem de continuar respirando.

Percy puxou delicadamente o rosto de Annabeth para próximo ao dele e eles se beijaram calmamente. Annabeth sentiu um calor dentro do peito confortável, como se estar ali, naquele momento, sendo assistida pelas estrelas fosse tudo que ela queria. Na verdade, tinha mais uma coisa que ela queria e que completava aquele cenário perfeitamente: Percy. Annabeth queria Percy da mesma forma como ele tinha dito que queria ela, tendo certeza que também seria incapaz de respirar sem ele.

Foi pensando nisso que ela rompeu o beijo.

–-O que foi Annabeth?—Percy sussurrou preocupado. Os olhos de Percy pareciam faróis durante a noite, tão claros quanto às estrelas sobre eles.

Annabeth levantou-se da toalha no chão e entrou no chalé sem dizer uma palavra a Percy. Pouquíssimo tempo depois Percy chegou e deu de cara com algo que ele não esperava: Annabeth estava em pé no centro do chalé, vestida apenas com a sua roupa intima branca.

–-Hã...—Percy apontou um dedo para ela procurando palavras para dizer, mas perecia a Annabeth que elas simplesmente lhe tinham fugido. O que era excelente para ela.

–-Shiu.—Ela disse colocando um dedo em pé estirado a frente da boca.

–-O que é isso, Annie?—Percy sussurrou para ela quando ela se aproximou dele.

–-Não me chame de Annie agora, ok?—Ela pediu, num tom mais sereno que o seu coração, que palpitava forte.—Não somos mais crianças, e eu preciso de você, preciso mesmo.

–-Tem certeza que você esta pronta para isso?—Disse Percy enquanto abraçava a cintura de Annabeth. Ela tinha os braços apoiados no peito dele enquanto olhava fixamente em seus olhos.

–-Se não estivesse, você não estria vendo assim.—Disse Annabeth, com um sorriso bastante discreto que somente Percy podia notar.

–-Eu sei, foi uma pergunta idiota.—Ele disse com um sorriso também.

Dito isso, Percy beijou Annabeth de forma mais intensa.

De uma hora para outra o calor que Annabeth tinha tornou-se mais forte e fora de controle. Ela sentia um desejo muito forte por Percy, uma fome insaciável, uma chama que a consumia por dentro. Percy não lhe parecia muito diferente, principalmente no momento em que ele a imprensou contra a parede e subiu as duas pernas dela para a altura do seu quadril. Annabeth juntou suas pernas atrás de Percy e o trouxe para mais perto ainda, esfregando-se nele e dando uma leve mordida nos lábios dele. Percy grunhiu e Annabeth rompeu novamente o beijo.

–-Isso já esta ficando irritante.—Reclamou Percy quando ela separou os lábios dos dele, ela riu.

–-Sério? Espere um minuto.—Ela respondeu num sorriso maldoso.

Annabeth colocou uma mão nas costas se soltou as pregas do sutiã dela. Percy ainda a deixou encostada na parede enquanto ela tirava as mãos dele e retirava a peça branca do corpo. Percy não se deixou olhar para ela ainda e a levou para a cama, onde a deitou, e então a observou: Ela estava apenas com a calcinha branca, seus cabelos dourados espalhados pelo travesseiro, e corada pelo calor ou por timidez.

–-Você é linda, sabia?

Annabeth apenas sorriu e sentou-se na cama puxando a camisa de Percy para cima e ele a tirou e a jogou no chão. Annabeth queria toca-lo, mas ele a fez deitar novamente, e tirou sua calça. Annabeth não pode deixar de notar o volume na cueca de Percy, o que a fez ficar nervosa de repente, mas foi firme. Ela não podia dar para trás agora.

Percy veio sobre ela e a beijou possessivamente, enquanto ela deiava escapar um gemidinho quando sentiu Percy apertar um de seus seios. Percy separou os lábios dele dos de Annabeth e foi descendo uma trilha de beijos pelo pescoço dela até chegar à altura de seus seios. Annabeth deu outro gemidinho quando Percy beijou um dos seus mamilos e depois os chupou, fazendo Annabeth se contorcer embaixo dele.

Para Annabeth estava tudo muito gostoso, mas estava na hora das coisas realmente acontecerem.

–-Percy...—Annabeth chamou e Percy deu atenção a ela. Eles trocaram um olhar.

Percy tirou tanto a sua cueca quanto a quanto a calcinha de Annabeth se posicionou novamente. Eles trocaram um olhar intenso, e Annabeth notava que ao mesmo tempo em que os olhos de Percy expressavam desejo, ele parecia preocupado. Ela assentiu fraco com a cabeça e então Percy a penetrou lentamente. A principio foi incomodo, doeu, e Annabeth agarrou firme Percy e fechou os olhos com força. Ele beijou a bochecha dela num gesto puro de carinho.

–-Tudo bem?

–-Uhum.—Assentiu Annabeth, movimentando-se embaixo de Percy.

Os movimentos a principio foram lentos e um pouco desconfortáveis para Annabeth mas foram ficando cada vez mais rápidos e cada vez mais prazerosos, tanto que os gemidos já tinham tomado o lugar onde estavam. Os dois deliciavam-se um com o outro naquela noite. Sentiam algo forte como nunca tinha sentido antes. Não era apenas o prazer que aquele ato os trazia, mas algo que provavelmente não se tem palavras para explicar: era como tornar seu amor real, palpável, mas que ainda assim não se podia sentir apenas com o toque, mas com a alma também.

Mesmo com tudo isso, o prazer carnal não se fez esquecer. Naquela noite, naquela primeira noite, os dois chagaram ao ápice juntos. Annabeth soltou um forte gemido, com espasmos lhe percorrendo o corpo.

Percy saiu de cima de Annabeth e tombou ao seu lado. Os dois estavam ofegantes e suados, mas estavam satisfeitos e entorpecidos, não somente pelo prazer que tinham sentido, mas pelo amor que tinham um pelo outro.

Annabeth abraçou Percy colocando sua cabeça sobre o peito dele:

–-Tudo bem?—Percy perguntou, alisando os cabelos dela.

–-Sim.—Disse Annabeth, virando sua cabeça para olhar para Percy.

–-Eu já te disse que te amo hoje?—Perguntou Percy com um sorriso.

–-Hum...—Annabeth sorriu e estreitou os olhos como se fizesse esforço para pensar.—Tecnicamente sim.

Annabeth se esticou e o beijou, algo simples e calmo e deitou novamente a cabeça no peito de Percy. Estava um pouco cansada, e o som do coração dele, sua respiração, e o carinho que ele lhe fazia nos cabelos a ninou até que adormeceu com um sorriso meigo no rosto.

Annabeth já tinha adormecido quando Percy sussurrou, talvez para ele mesmo:

–-Agora você é minha. A minha menina, a minha garota e minha mulher. Minha Annabeth.