A Dama Vingadora escrita por Madame Baggio


Capítulo 8
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

E vamos pra mais loucura!

Obrigada pelos comentários e mensagens!



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Toni estava tramando alguma coisa. Steve podia sentir em sua alma.

Depois que ela o pegou no pulo olhando naquele dia da piscina, Steve ficava bem sem graça de estar no mesmo lugar que ela. Ficou esperando por uma piada as custas dele que nunca veio. Era estranho estar desapontado por isso?

Nos dias que seguiram Toni ficou estranhamente focada no calendário, resmungando para si mesma. Hoje algo diferente aconteceu.

Toni entrou na cozinha comunal sorrindo. Quando todos estavam na cidade tentavam tomar café juntos, ou fazer pelo menos uma refeição “em família”, como Clint chamava.

–Bom dia. –ela declarou animada.

Steve, Clint, Jane e Bruce, que estavam ali, jogaram olhares confusos a ela. Toni não era uma pessoa matinal.

Clint abriu a boca para perguntar qual era a ocasião especial (e conhecendo o arqueiro e Toni, ia sair de alguma forma sexual) quando o celular de Toni apitou. A bilionária checou a tela com um sorriso maníaco, digitou uma resposta e guardou o aparelho.

–Jarvis, a senhorita Potts não deve ser incomodada. –ela declarou para as paredes -Nada de passar ligações para ela, a não ser que seja urgente. Todo o resto pode ser repassado pra seja lá quem for assistente dela.

–Sua definição de urgente ou a dela, senhorita? –a voz inglesa que vinha do além quis saber.

–A minha. –Toni respondeu como se fosse óbvio.

–Eu acho que não devia perguntar, mas... –Clint começou -Qual a sua definição de urgente?

–Fogo na casa, ataque alienígena, revolta das máquinas e apocalipse zumbi. –ela respondeu com facilidade.

–Você está realmente esperando um apocalipse zumbi? –Jane perguntou confusa.

–Eu não estava esperando uma invasão alienigena e veja no que deu.

A cientista pareceu achar isso uma resposta válida.

–Posso perguntar porque você está isolando a Pepper do mundo? –Bruce falou.

–Perguntar até pode, mas eu não vou responder. –Toni falou analisando as próprias unhas –Ah dane-se, vou sim. Agente Coulson finalmente virou homem e veio atrás dela.

Clint arregalou os olhos.

–Sério? Eu achei que ele nunca ia criar coragem!

–Ei, como você sabia disso? –Toni perguntou inconformada.

–Eu e Nat somos os preferidos dele. –Clint falou orgulhoso de si mesmo –As vezes ele falava dela pra gente.

–Que coisa mais fofa... –Toni comentou –O importante é que isso sendo resolvido eu posso riscar os dois da minha lista e pular para os próximos.

Steve, que estava levando uma caneca a boca, congelou.

–Que lista? –ele perguntou preocupado.

–A fantástica lista de encalhados dessa Torre. –Toni declarou –Pepper era prioridade, porque Pepper sempre é prioridade, mas agora que isso está resolvido, eu posso me concentrar nos outros.

Jane era a única que não parecia alarmada com a coisa toda.

–Espera aí! –Clint falou –Que lista?

–Não tema, Robin Hood, você é baixa prioridade. –Toni fez um gesto de dispensa com a mão –Bruce tem a honra de ser o próximo.

Enquanto Clint estava dividido entre ficar ofendido e aliviado, Bruce parecia estar a um passo de ter um ataque de pânico. Nem diante da invasão Chitauri ele parecera tão estressado.

–Como assim, eu sou o próximo? –ele quis saber.

–Sendo. –Toni falou com simplicidade –Ou você toma uma atitude e dá um jeito na Cora, ou ela vai dar um jeito em você. Só avisando.

–Cora, sua assistente? –Jane perguntou surpresa –Ela é uma gracinha! Super fofa.

Se tinha uma palavra que Toni não achava que se aplicava a Cora era “fofa”, mas deixa Jane, né...

–A Cora é afim desse imbecil, mas é lerda e não fez nada até agora. –Toni falou revirando os olhos –Mas nós daremos um jeito nisso.

–Toni, eu não me sinto confortável com isso. –Bruce falou, tentando ser firme.

–Problema seu. –ela declarou sem simpatia nenhuma.

–Onde o Steve entra nessa lista? –Clint quis saber –Qual o nível de prioridade dele?

–Ah, ele também ta precisando de uma. –Toni informou –Mas como eu estou cuidando de assuntos agora, eu to sem tempo pra resolver esse problema. Então, Capitão, você vai ter que esperar um pouquinho, mas eu e você chegamos lá. –deu uma piscadela para ele –Agora eu vou pro laboratório, só me chamem se for urgente.

Ela saiu deixando os quatro ainda em choque na cozinha.

–Foi impressão minha... –Jane começou com cuidado –Ou quando ela disse que ia resolver o “problema” do Capitão, ela quis dizer que ela vai resolver?

XxX

Phil não tinha certeza de que devia estar fazendo isso. Para ser bem sincero, enfrentar Loki sozinho tinha sido bem menos assustador.

Apesar de ter sido assegurado por Toni de que ia dar tudo certo, ele tinha suas dúvidas. Tentou ligar para Pepper mais uma vez dois dias atrás e, de novo, ela não atendeu. Talvez esse fosse um sinal (bem claro) de que a faísca que estivera lá antes não existia mais.

Porém Phil não era do tipo de desistir. Precisava de uma útlima chance, precisava ficar frente a frente com ela e ver se perdera o momento mesmo, se já não tinha mais como. Isso tudo só ia terminar quando Pepper olhasse nos olhos dele e dissesse para desistir.

E, para ser bem sincero, talvez nem assim.

Era ridículo ainda estar tão apaixonado por ela? Ter passado mais de um ano viajando o mundo e descobrindo um pouco de tudo, só para voltar exatamente para o mesmo lugar, para a mesma mulher?

Não, não era. Porque se tinha uma coisa que Toni falava e estava cem por cento certa era essa: Pepper era incrível. Não existia outra mulher no mundo como ela.

Phil respirou fundo ao pisar no corredor e caminhar até a porta de Pepper. Respirou fundo mais uma vez, por puro nervosismo, levantou a mão e tocou a campainha.

A porta abriu-se sozinha.

–Entra, Cora! –a voz de Pepper chamou de algum lugar –Eu achei que você só vinha mais tarde.

Phil entrou no apartamento, mas ficou parado próximo a porta.

–Não é a Cora. –ele falou, orgulhoso de ver que sua voz não estava falhando ainda.

Pepper levantou-se na hora do sofá onde estivera sentada. Phil nunca a tinha visto mais linda, sem um pingo de maquiagem, de shorts e regata, provavelmente planejando um dia tranquilo.

–Phil. –ela falou, obviamente chocada com a presença dele ali –Eu não estava te esperando.

–Jarvis me deixou subir. –ele falou com um pequeno sorriso.

–Você quer dizer a Toni, né? –ela falou cruzando os braços.

–É, nós nos encontramos em Londres. –ele respirou fundo –Pepper, eu gostaria de falar com você. Não vai demorar e, se depois você não quiser mais me ver, eu vou aceitar.

Pepper descruzou os braços na hora.

–Certo. Eu... Desculpa, estou sendo uma péssima anfitriã. –ela deu uma risada sem graça –Você quer sentar? Quer alguma coisa para beber?

Ela estava nervosa, ansiosa, e isso parecia ser um bom sinal. Se ela não quisesse falar com ele ja o teria posto pra fora, não é?

Phil aproximou-se dela com passos decididos e pegou sua mão.

–Eu quero que você preste atenção. –ele pediu suavemente –A única coisa boa, e eu não estou brincando, de ter me envolvido em toda aquela história da “Dama de Ferro” logo no começo foi você. Sempre foi só você. Eu não ganho o bastante para aguentar uma riquinha mimada como a Stark e estou longe de ser Jó. Mas lá estava você, sempre no meio de tudo e, de repente, estar envolvido nessa bagunça significava estar perto de você. Isso fazia tudo valer a pena.

Pepper parecia chocada.

–Quando você e Toni começaram a namorar... Bom, parecia ser o fim da linha. Ela podia te dar em alguns minutos muito mais do que eu poderia em uma vida toda. E você parecia feliz, realizada e... Isso me fez bem. –ele continuou –Porque ver você feliz me deixou feliz. Por mais piegas que isso soe. –um sorriso sem graça.

–Phil... –ela começou, sua voz cheia de choque.

Mas agora que ele tinha começado precisava terminar.

–E quando vocês terminaram... –ele suspirou –Eu me permiti ter esperanças como há um tempo já não tinha. E... –ele hesitou –Já não parecia mais tão platônico, parecia que tinha uma chance. Mas daí veio Nova York... Eu só preciso saber se para você acabou, se eu devia ir embora. Porque pra mim nada mudou, ainda não é o fim.

Ele calou-se diante do olhar de Pepper. Os olhos dela estavam arregalados e ela mal parecia estar respirando. E de repente os lábios dela estavam nos dele.

Phil não tinha certeza de como isso tinha acontecido. Aliás, ele nem conseguiu se mover. Mas o beijo foi bem curto, apenas um toque de bocas, ou melhor, um cala boca.

Ela se afastou rapidamente dele e tocou suavemente os próprios lábios.

–Eu tive medo. –ela admitiu –Quando eu vi no noticiário que Nova York estava sendo atacada. Claro que parte desse medo era pela Toni, porque ela é inconsequente e estava voando com um míssil. Mas meu medo maior... Era você. O que podia estar te acontecendo? Você estava bem? Quando você me ligou, preocupado comigo... Eu achei que meu coração fosse explodir. No bom sentido. –ela deu uma risada tensa –Eu não estava na SHIELD pra ver a Toni naquele dia. Eu fui pra ver você.

Era a vez de Phil não saber o que dizer.

–Mas antes que eu tivesse a chance de te ver, Toni chegou e discutiu com o diretor Fury. Eu fiquei chocada com o que ele fizera, com o tamanho da mentira, e Toni estava furiosa e eu sabia que ela precisava de mim naquela hora. –Pepper olhou para o chão –Eu não conseguia aceitar que você trabalhava para pessoas daquele tipo, que usaram sua morte de forma tão vulgar... Eu ainda estava nervosa, mais que um pouco estressada. Os primeiros dias da briga de Toni com a SHIELD passaram tão rapidamente e eu precisava de tempo, precisava pensar.

Ela passou a mão pelos cabelos, trocou o anel que tinha de dedo, seu olhar fixo no chão.

–No começo era por isso que eu não atendia suas ligações, eu precisava pensar. –ela admitiu –Eu estava tentando conciliar o Phil que eu conhecia com o Agente Coulson. Não estava muito feliz com a SHIELD, estava trabalhando o dobro na empresa por causa de tudo o que aconteceu. Quando eu me senti pronta para falar com você, Killian apareceu.

Phil sentiu um solavanco no estomâgo. Quando ouvira a notícia de que a casa de Toni tinha sido bombardeada só conseguia pensar em Pepper. E Fury não o deixou ir até Malibu.

–Depois disso você pode imaginar como foram as coisas. –ela abraçou-se –Eu não consegui dormir por um tempo, as vezes ainda não consigo. Eu tive que me livrar daquela coisa no meu corpo, fazer terapia, refletir, trabalhar ainda mais... Quando eu me senti mais firme, a primeira coisa que quis fazer foi te ligar. Mas eu não consegui.

Ela finalmente olhou nos olhos dele.

–Eu não sabia o que ia falar. –ela continuou –Não sabia o que você queria ouvir, se ainda me queria de algum jeito. Quando você ligava eu tinha medo que era para falar de negócios e nada mais. Quanto mais tempo passava, mais medo eu tinha, mais vergonha de ter esperado tanto. –ela parou, como se não soubesse como prosseguir.

–Espera. –ele pediu gentilmente –Não que eu queira atrapalhar, mas... Você quer dizer que...

–Não acabou. –ela declarou –Para mim não acabou.

–A gente pode conversar mais depois? –ele perguntou com um pequeno sorriso.

–“Depois” parece melhor. –Pepper concordou.

–Bom. –o sorriso dele aumentou –Posso...

–Pode. –Pepper completou –Por favor.

Phil riu e enganchou o dedo no passador do short de Pepper, puxando-a para perto de si. Quando ela estava descalça os dois tinham a mesma altura e beija-la era tão fácil... Ela veio sorrindo, envolvendo o pescoço dele com os braços.

Agora que a tinha era fácil se afogar em sensações, mas Phil gostava de ir com calma. Queria saborear cada momento, cada toque, cada beijo. Sem pressa, porque demorara demais para chegar ali e não queria que acabasse rápido.

Então se beijaram devagar, até Pepper separar os lábios. O beijo continuou calmo, embora mais profundo, mais cheio de significado.

Minutos, horas ou meses depois, quem sabia, os dois se separaram. Testas coladas, narizes roçando e sorrisos bobos. Tudo estava perfeito.

–Nós precisamos conversar. –Pepper falou, mas sem parar de sorrir.

–Claro. –Phil assegurou –Nós temos todo o tempo do mundo, podemos ir com muita calma...

–Não tanta assim. –Pepper cortou.

Phil pareceu confuso.

–Eu tenho várias fantasias com esse terno. –ela confessou brincando com a gravata dele, de repente com vergonha de encara-lo.

Phil sentiu seu cérebro desligar por um minuto.

–OK... Talvez não tão devagar assim. -ele falou por fim.

Pepper riu e o beijou de novo.

XxX

Clint estava na dele cuidando de seu arco e suas flechas, apenas um homem e suas armas, de boa, no quarto dele. Sabe, sem stress?

É, Natasha não sabia.

Ou podia saber, mas ignorava.

Um minuto ele estava sozinho, no segundo seguinte levantou a cabeça e deu de cara com Natasha encarando-o.

Nem era assim tão chocante que ela tivesse simplesmente entrado em seu quarto, ela era a única pessoa na Torre que tinha permissão para isso. Também não era surpreendente que ele nem a tivesse ouvido, Natasha tinha habilidades que iam além da compreensão de todos. Não, o que era estranho era o olhar dela. Ela parecia estar medindo-o e ficando levemente desapontada.

O que ele tinha feito?

–Oi, Nat. –ele falou como se tudo estivesse bem –Quer uma cerveja? –perguntou estendendo a garrafa na direção dela.

–O que você pretende fazer com a Lewis? –ela perguntou sem rodeios.

Clint ficou feliz por não estar bebendo nada no momento, porque teria engasgado. Aí estava uma coisa que não esperava de Natasha.

Ou talvez devesse ter esperado. Os dois se conheciam há anos, não tinha ninguém nesse mundo em quem Clint confiasse mais (e que irônico que esse alguém fosse uma ex-espiã/assassina russa que ganhava a vida seduzindo e enrolando homens) e também não havia ninguém que o conhecesse melhor.

Óbvio que Natasha ia perceber que tinha alguma coisa. E claro que não ia deixar passar.

–Nada. –ele falou de forma firme. Mesmo porque se fosse dar uma resposta bem sincera (nossa, tinha tantas coisas que queria fazer com ela) Natasha provavelmente bateria nele.

A ruiva estreitou os olhos e cruzou os braços. A resposta de Clint não era o que ela queria ouvir, ou ela não acreditava nele. De qualquer jeito as coisas iam ficar feias pro lado do Gavião.

–Posso perguntar por que “nada?” –ela quis saber por fim.

–E precisa? –Clint revirou os olhos -Olha, Nat, a Darcy é uma garota incrível. É verdade e eu não tenho porque dizer o contrário. Mas o que rolou foi coisa de uma noite e acabou.

Natasha ficou encarando-o em silêncio, como se fosse decifrar tudo que se passava na cabeça dele com um olhar. Por fim ela pareceu chegar a uma decisão.

–OK. –ela falou com simplicidade.

Opa, pera lá! Alguma coisa não estava certa aqui.

–Fácil assim? –ele perguntou sem esconder sua descrença –Eu acho que devia ficar preocupado...

–É, você devia. –ela declarou com um sorriso misterioso, antes de virar-se para ir embora.

–Eu não me meto na sua vida, Nat! –Clint protestou.

–Como se eu precisasse da sua ajuda. –a ruiva retrucou sem perder um segundo.

Droga. Ele estava ferrado.

XxX

–Toni!

A bilionária levantou a cabeça da tela para a qual olhava e abriu um sorriso enorme.

–Rhodey! –comemorou.

Largou tudo e foi abraçar o melhor amigo.

–Parece que faz séculos que eu não te vejo! –ela comentou.

–Deve fazer alguns meses, no mínimo. –Coronel James Rhodes admitiu –Mas eu estava em DC e agora tenho dois dias livres. Resolvi ver você e a Pepper. Aliás... Eu tentei ligar para ela e o Jarvis não deixava.

–A Pepper está mega ocupada e não pode ser interrompida! –Toni cortou na hora.

Rhodes jogou um olhar extremamente desconfiado a Toni.

–Se fosse qualquer outra pessoa além da Pepper, eu ia desconfiar que você está tentando esconder o corpo. –ele declarou –Como é a Pepper, eu vou deduzir que você está escondendo alguma coisa dela.

–Ha ha. –Toni riu irônica –Sobramos eu e você. Que tal uma balada bem louca, com modelos e vários VIP’s?

–Que tal não? –Rhodey respondeu –Eu, ao contrário de você, tenho uma reputação a zelar.

–Ei! Eu tenho uma reputação! –Toni protestou indignada –De rodada e festeira, e tenho o maior orgulho dela. Levou anos para eu consegui-la.

Rhodey revirou os olhos.

–Vamos tentar algo que não vá nos fazer aparecer no E! como o escândalo da semana. –ele pediu.

–Ta. Como você é chato. –Toni revirou os olhos –Eu só vou fazer uns ajustes num projeto e nós podemos ir. –ela falou indicando o StarkPad em sua mão.

–Que tal você trabalhar menos? –ele provocou –Pelo menos é o que você vive falando pra mim. Me dá isso. –ele tirou o tablet da mão dela.

–Me dá isso agora, Rhodey! –Toni protestou tentando pegar o aparelho de volta.

Rhodey deu um volta, desviando de Toni. E depois mais uma.

–Por que eu faria isso? –ele comentou rindo -Essa situação é bem divertida. –decidiu levantando o braço, deixando o aparelho totalmente fora do alcance de Toni e seus 1,62 m.

–Você vai ver o que é divertido! –ela declarou irritada.

E sem aviso nenhum, (porque Toni não era de pensar muito antes de fazer coisas potencialmente arriscadas) ela apoiou as mãos no ombro dele, deu um pulo e pendurou-se em Rhodey. O coronel, por sua vez, foi pego tão de surpresa que os dois só não caíram no chão por muito pouco.

–Toni, você está louca? –Rhodey perguntou até sem fòlego pelo susto.

–Ninguém mandou você me encher! –ela respondeu teimosa.

–Com licença?

Toni queria gritar de frustração. Claro que, de todas as pessoas naquela maldita Torre, tinha que ser justo ELE quem a pegava pendurada em Rodhey como um koala.

Toni largou de Rhodey e passou a mão pela camiseta como se tudo estivesse perfeitamente normal.

–Rhodey, esse é o Capitão Steve Rogers, vulgo o orgulho da América. Picolé, esse é o Coronel James Rhodes, meu melhor amigo e o Máquina de Combate. –ela apresentou rapidamente sem olhar de um para o outro.

–Patriota de Ferro. –Rhodey retrucou automaticamente, mas já estava olhando para Steve com admiração.

–É um prazer conhece-lo, Coronel. –Steve falou sério, apertando a mão dele.

–Eu quem deveria dizer isso, Capitão. –Rhodey apressou-se a dizer -Seu trabalho tem sido...

–Ah meu deus! –Toni bufou -Dá pra vocês irem babar um em cima do outro em algum outro lugar? Eu to ocupada.

–Por que você tá tão estressada? –Rhodes perguntou curioso -É a falta?

Toni abriu a boca pra retrucar, então parou e bufou.

–Pode ser. –ela falou -Eu dei um tempo nas saídas.

–Por que? –Rhodes parecia confuso.

–Aparentemente muito sexo não é saudável. –ela falou na maior cara lavada.

Rhodey revirou os olhos.

–Você tem problemas sérios, Stark. –ele falou.

–Me fala alguma coisa que eu não sei. –ela retrucou –O que você queria aqui, Picolé? –perguntou ao Capitão.

Steve olhou de Toni para Rhodey, então pareceu ficar absurdamente sem graça.

–Não era nada importante. –ele falou –Nós podemos conversar depois.

–OK. –ela deu de ombros –Que tal eu me trocar e a gente ir comer sushi naquele restaurante que você gosta? –perguntou a Rhodey.

–Bem melhor do que uma balada. –ele concordou –Eu te espero na sua sala.

–Ah Capitão. –ela voltou-se para Steve –Eu sei exatamente o que você veio me perguntar. E a resposta é não, você não entendeu errado, eu quis dizer exatamente aquilo.

–Toni! –Steve estava corando muito rápido –Por que você...

–Se olha no espelho, colega. –ela revirou os olhos –Por que será que eu quero abusar da sua inocência né?

Rhodes arregalou os olhos.

–Toni! Isso é abusado demais! Mesmo pra você.

Ela revirou os olhos.

–Eu não to mandando ele arrancar a roupa agora, to? Eu estou até dando um aviso bem justo.

Steve abaixou a cabeça e apertou a ponte do nariz.

–Eu não acredito nisso.

–É melhor você começar a acreditar, Picolé. –Toni falou de forma solidária –Porque meu novo objetivo de vida é descobrir quão super essa fórmula mágica te deixou. –deu uma piscadela para ele e saiu do laboratório.

Steve virou-se para Rhodes em busca de socorro. O outro parecia estar tentando não rir.

–Boa sorte, Capitão. –ele falou –Você vai precisar.


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor!!!

B-jão



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