Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 8
Gata ensopada e selvagem


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente linda! Estou postando mais um capítulo pra vocês, espero que gostem e não deixe de comentar. Desejo a todos uma ótima leitura! *-*



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Droga! Por que meu cérebro não inventou uma boa desculpa, bem convincente para não irmos almoçar nessa lanchonete? É claro que eu sei a resposta. Luene sabia muito bem que Eny trabalha nessa ou depois dos acontecimentos, trabalhava na lanchonete. Ela, apesar de sempre quer tudo o que é da prima, decidiu unir suas forças para humilhar Erelyn. Eu já deveria saber que as primas Marson buscariam vingança pelo desentendimento ocorrido de manhã. Briana costuma dizer que ninguém a humilhar, ainda mais em público, ela é a rainha da escola, todos a admiram e respeitam. Os erros de Eny, o primeiro foi nascer e o segundo bater de frente com Bri. Pode parecer crueldade, mas que nunca quis ser popular? Não minta, pois isso é feio.

Quando Erry morreu, Eny se isolou do mundo. Afasto-me quando mais precisava de mim. Sei que deveria ter insistido e lutado um pouco mais. Como se não tivesse feito isso. Eny se esquivou de todas as minhas investidas, sabia que não era mais bem vindo em sua vida e apesar de ser doloroso, fiz o que ela tanto queria.

Eu era um adolescente sozinho, cansando das sombras. Vi o basquete como uma válvula de escape, daí pra popularidade foi um pulo. Não me arrependo de nada do que fiz, afinal, tenho amigos agora. Muitas das vezes, como neste momento, não gosto das brincadeiras cruéis praticada por eles, mas não sou menos culpado. Também me diverti e me divirto as praticando. Eu não sei ao certo, apesar de ter tudo, sinto um enorme vazio no peito.

Foi hilário vê a Eny pirar e mandar todos por inferno, mas acho que passamos “um pouquinho” do limite. Elatá juntando dinheiro para faculdade de medicina. Na época quando Eny soube da doença da irmã, veio correndo, chorando, me contar. Jurou que encontraria uma cura e pelo jeito parece manter sua promessa.

Após vê e entender tudo o que estava acontecendo a minha frente, não pensei duas vezes. Levantei-me, deixei uma boa quantia em dinheiro no caixa e sai em disparada atrás da Eny. Tinha acabado de vê, em meio aquela explosão de fúria, o brilho nos olhos dela se apagar, no momento em que brevemente nossos olhares se encontraram. Se ela ainda acreditava na nossa amizade, se tinha esperança que um dia poderíamos voltar a ser amigos, isso acabou de morrer. E eu, apesar de ficar quieto, vendo tudo acontecer, sem fazer nada.

_Eny! _Gritei ofegante, correndo em disparada atrás dela. Mas ela continuou andando de cabeça baixa, sem ao menos parecer ter me ouvido chamá-la.

_Eny! Espere por favor! _Droga! Como essa garota anda rápido quando esta com raiva. Ela se virou bruscamente, e quase bati de frente com ela.

_O que quer Thomas? Não estragou meu dia o suficiente com seus amigos idiotas? _Disse revoltada e cansada.

_Eny, eu não tenho culpa no que acabou de acontecer... _Interrompendo minha fala:

_Como não? Ficar parado e assistindo não o torna menos culpado que os outros, você poderia ter dito ou até mesmo feito algo a respeito, mas apenas observou. Eu quero distancia de você Thomas! Você e seus amigos não têm alma, se divertem praticando a crueldade! Eu odeio você! _Gritou vermelha de raiva, com lágrimas escorrendo em seu rosto. Muitos dos pedestres que passam na rua nos observam curiosos e assustados pela gritaria. Ela pode até esta certa, mas quem é ela para gritar comigo como seu eu fosse o único culpado nessa história?

_Ótimo! Eu também te odeio! _Gritei, o que a assustou um pouco, pois, por mais que briguemos durante todos esses anos, acho que nunca fiquei com tanta raiva dela como agora.

_Você acha que é a única que estar ferida, magoada e triste nessa história? Não me venha com sua filosofia de “vá todo mundo por inferno!”. Quer saber o que acho disso? Vá por inferno você! _Gritei, respirei freneticamente buscando ar para os meus pulmões. Eny esta me encarando, perplexa com minha explosão repentina.

_O que aconteceu a Erry foi difícil. A morte dela não afetou só a você, afetou a mim também e a mais uma porção de gente. Quis ajudá-la, mas você me afastou. Eu fiquei sozinho, sem amigos. Não faz ideia do quanto isso foi difícil pra mim. Você me abandonou, não eu. _Gritei furioso.

_Então, não me venha com esse seu sermão de: Oh! O Thomas é um desgraçado que me odeia! O que queria que eu fizesse Eny? Que continuasse sozinho, implorando, acreditando que voltaria a ser mim melhor amiga ou talvez... Até mesmo algo mais? _Disse mais calmo. Toquei o rosto dela, limpando suas lágrimas salgadas. Ouvi um estrondo, um sinal de que uma tempestade das brabas está a caminho. Encostei minha testa na sua, ainda ofegante, só que agora pela aproximação. Meu coração bate tão rápido, que chega a doer em meu peito. Fiteo seus olhos castanhos, que em momento algum deixaram os meus. Nossos narizes estão se tocando. Fecho meus olhos, escovando meus lábios nos dela. Então a beijo, delicadamente, um beijo suave, que aos poucos vai se transformando em algo mais quente e feroz. Afastei-me, pois o ar se fez preciso. Dou um enorme sorriso, e nesse momento tenho certeza que pareço o gato de “Alice no país das maravilhas”. Mas de um breve momento feliz, recebi um tapa na cara. Bem forte, posso apostar que a forma da mão de Eny estar certinha em meu rosto.

_Que droga Eny! _Levei a mão imediatamente ao local dolorido. Ouvi outro estrondo.

_Ainda acho que você deve ir por inferno Thomas. _Disse se virando, voltando a caminhar rapidamente.

_E eu deveria ter feito isso antes! _ Gritei me referindo ao beijo. A chuva começa a cair forte, como se alguém tivesse aberto uma torneira sobre nós. Volto correndo ao estacionamento da lanchonete, entro em meu carro e dou partida. Simplesmente, essa é a primeira vez em anos que eu não sei o que fazer. E nesse momento eu vou dá uma carona para uma gata ensopada e selvagem. Buzinei. Dirigindo lentamente ao lado de Eny.

_Anda, a chuva está forte e sua casa estar longe. Entra no carro Erelyn. _Sorrio.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? O que acharam? Ela entra no carro? Será que Thomas estar sendo sincero ou apenas esta fingindo pra poder realiza a aposta, assim a ganhando? O que ele dirá aos amigos? Como se explicará?