Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 38
Como assim prostituta?!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa a sumida. Espero que gostem do capítulo. Desejo a todos uma ótima leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/495143/chapter/38

A situação com Thomas está indo tão bem que às vezes chego até a desconfiar se tudo não é apenas um sonho alegre e distante. Depois do jantar desastroso, a briga na sorveteria e as conversas que tivemos. Colocamos as cartas na mesa, bem, da parte do Thomas creio que ele deve ter escondido algumas, mas isso não vem ao caso agora, o que quero dizer é que finalmente, algo que parecia quase que impossível se tornou realidade. Eu voltei a ser amiga dele.

Há muitas coisas que ainda precisam ser resolvidas e tanto o que nos dois temos que conversar. Estou feliz.

Perdi tanto tempo brigando com Thomas por bobeiras, idiotices, que mesmo não lhe contando meus medos, temo que agora nosso tempo junto não seja o suficiente. Acho que nunca será o suficiente. Há muito havia me esquecido do quão bom era ter a sua amizade, de aprontarmos ou apenas... A verdade é que estou com medo de perdê-lo, agora que lembrei o quão é bom está ao seu lado.

Assim que entro em casa, vejo minha mãe na sala. Dormindo no sofá. Fecho a porta. Caminho, me aproximando. Sentando-me ao seu lado, o que a acorda.

_Erelyn! _Desperta assustada. Em seguida me encontrando ao seu lado. Ela me encara com um olhar mortal. O que de verdade, dar medo.

_Onde você estava mocinha? Com quem estava? Como pode me assustar desse jeito, fugindo do jantar como uma louca? Ficou maluca? Sabe que vou te deixar de castigo pra sempre, não sabe. _Despeja uma enxurrada de perguntas e uma ameaça real de castigo eterno.

_Eu dormi na casa do Bruce, o Thomas e o James também estava lá. E não queria assustar a senhora, nem ninguém, mas aquele jantar estava impossível.

_Então essa é a sua forma de lidar com as coisas? Sempre que estiver tendo ou passando por uma situação indesejada vai fugir?

_Bem, se der, é claro que sim. Mas estou trabalhando nisso. _Dou um pequeno sorriso. Mas ela continua com a expressão fechada. Desfaço o sorriso.

_Sei que agi errado e aceito sem reclamar o castigo que julgar ser o melhor. _Digo de cabeça baixa já esperando o pior. Porém, ela me surpreende.

_Você não está de castigo, mas se ousar fazer isto de novo, garota...

_Tudo bem, mãezinha! _Pulo em cima dela, abraçando-a.

_Eu também estava querendo fugir daquele jantar, apesar de adorar a Sullen, aquela briga com o Marcos e o Thomas estava me deixando inquieta.

_Thomas acha que o eles estão escondendo algo dele.

_Bem, isso é assunto dele e dos pais dele. _Concordo, acenando positivamente com a cabeça.

_Já está na hora do almoço. Vou subir trocar de roupa e preparar algo pra gente comer. Por que você não toma um banho, relaxa e tira um cochilo. Assim que a comida estiver pronta te chamo.

_Acho essa ideia ótima. _Sorrir e me dar um beijo na testa. Levanta-se assim como eu, seguindo para o andar de cima. Após preparar uma deliciosa lasanha e arrumar a mesa, bato na porta do quarto da minha mãe.

_Mãe! _A chamo, entrando.

_Hum... _Murmura sonolenta.

_O almoço tá pronto. _Aproximo-me, sentando na cama ao seu lado. Ela abre os olhos me observando. Em quanto preparava o almoço na parava de pensar em um assunto um restrito entre mim e minha mãe.

_Quero conversar, depois que terminamos de comer. _Faz uma careta, mas concorda. Talvez saiba do que eu queira falar. Almoçamos em silencio. Ao terminamos, retiro os pratos da mesa e volto a me sentar.

_Pode dizer o que é Eny.

_É sobre o meu pai.

_Não tenho mais nada pra falar sobre esse assunto. Tudo o que tinha a dizer já disse.

_Mãe eu preciso saber quem ele é, quero conhecê-lo. Ele tem o direito de saber que eu existo. Todo este tempo respeitei sua decisão, estive esperando, mas acho que pra você esse assunto está enterrado. Independente do que tenha acontecido no passado entre vocês, preciso saber...

_Por quer? Assim que conheci Frank, mandei uma carta pra ele, contando tudo, mas ele nunca respondeu. Talvez não queira te conhecer, ou, sei lá, nem tenha lido. Eu não quero que se magoe.

_Eu sei mãe, mas, por favor... _Seguro suas mão por sobre a mesa, as apertando com carinho.

_É isso o que realmente quer? _Me questiona. Confirmo com um aceno de cabeça.

_Irei procurar o endereço e algumas informações que devo ter guardadas lá em cima. Mas tarde te entrego. _Sorrio, levantando-me e indo até ela, abraçando-a e enchendo de beijos.

_Obrigada mãe! Eu te amo. _ A aperto.

_Eu também te amo meu bebê. Mas tarde irei procurar em minha agenda o endereço e qualquer informação que tiver sobre ele. _Meu sorriso se ilumina mais ainda. Após isto, como fiz a janta. Minha mãe disse que limparia a cozinha. Decidi subir para o meu quarto. Como as cortinas estão abertas, posso vê a luz do quarto de Thomas acesa. Ele aparece, abrindo a janela. E sorrindo ao me vê. Abro a minha também. Como o mesmo sorriso bobo no rosto.

_Sua mãe brigou muito, ou ela te deixou de castigo eterno?

_Não. Bem, um pouco só, mas não estou de castigo. _Sorrio.

_E você?

_Acredita que meu pai disse que você se tornou uma má influencia. _Diz irritado com a decisão do pai. Não resisto e começo a rir, descontroladamente como uma louca.

_Acho que seu pai, coitado ainda não percebeu que a má influência aqui é você.

_Quer dizer então que está se deixando ser influenciada por mim? _Sorrir, divertido com a situação.

_Nem em seus sonhos Thomas. Não me deixarei ser influenciada por você.

_Então não resista. Apenas seja. _Tenho certeza que estou com o rosto todo corado. Ele sorrir e seu sorriso brilhante faz meu coração acelerar como um louco, tentando desesperadamente encurtar a distancia entre nós.

_Thomas, com quem está falando? _Ouço a voz do pai dele gritar.

_Com o demônio. Estou tentando um acordo pra ele levar a minha alma hoje se possível. Posso?! _Thomas grita de volta em resposta. Revoltado.

_Vá dormir!

_Não se preocupe, terei muito tempo pra fazer isso quando morrer. _Thomas continua impossível como sempre. Então, tenho uma ideia. Lembrando-me de uma coisa que fazíamos muito no passado.

_Espera, já volto. _Sai da janela, procurando umas folhas de papel e uma caneta. As encontrando rapidamente. Escrevo uma mensagem no papel, mostrando a ele.

“Você ainda lembra-se disso?” _ Imediatamente o mesmo me presenteia com um lindo sorriso.

“Lembro, o seu cabelo não era preto” _Sorrio, segurando uma mecha de cabelo, o analisando. A cor original é castanho claro, mas até isso me fazia lembrar Erry, então comecei a pintar de preto e com o tempo, comecei a gostar de como ele está agora.

“Não sinto vontade de voltar à cor original” _Escrevo. Ele sorrir, escrevendo em outra folha.

“Tá ai mais uma coisa pra eu colocar na minha lista envolvendo você.”

“Como assim mais uma coisa?” _Questiono curiosa.

“Bem, não posso morrer antes de você pintar o cabelo e se tornar amiga da Briana.”

“Tá ai duas coisas que eu nunca vou fazer! Algo mais...?” _Ele fica a me olhar por alguns segundos.

“No hospital perguntei se sabia o que sente por mim. Você me respondeu: Desconfio o que seja, mas ainda não sei. Sabe agora?” _Por que ele está perguntando isso? Por que insiste em saber o que sinto por ele ao invés de admitir o que sente por mim. Por que esconde seus verdadeiros sentimentos?

“Naquele dia também te disse: Você é a pessoa mais idiota que eu já conheci.” _Balança a cabeça negativamente com aquele sorriso estampado no rosto ao qual tanto adoro.

“Lembra-se do meu primo Justin?”

“O que você adorava e que te idolatra?” _Acena positivamente com um aceno de cabeça.

“Minha mãe me fez o favor de convidá-lo para vim passar um tempo aqui.”

“E qual é o problema? Você não gosta dele?”

“Sim, mas o cara é um maluco viciado em me imitar.”

“Não deve ser tão ruim. Vai ser bom pra ambos passarem um tempo junto, agora que...” _Não consigo completar as palavras.

“É, pode ser...” _Faz uma careta, o que me faz rir. Thomas e sua mania de pensar em algo como um problema muito mais além e maior do que realmente ele é.

“Boa noite, vou dormir. Conversamos mais amanhã. Tenho muita coisa pra te contar. As minhas folhas estão acabando.” _Mostro que só restaram duas. Ele rir.

“Boa noite Erelyn!” _Sorrir. E pela primeira vez na vida não quero esganar alguém que não seja minha mãe dizer meu nome. Fecho a janela e as cortinas. Posso vê que as luzes do quarto dele ainda estão acesas. Meu sorriso aumenta ainda mais. Elas são apagadas. Fico ali por mais alguns segundos, antes de ir fazer o mesmo e dormir.

***

Acordo um pouco tarde no outro dia, afinal, é fim de semana. Levanto-me com um sorriso no rosto. Faço minha higiene matinal e arrumo a cama. E seguida desço para tomar o café. Como de costume, minha mãe já foi trabalhar. Ele deixou um bilhete:

“Desculpa filha, não queria te acordar. Deixei o café pronto. Volto só de madrugada. Bjs! Eu te amo!”

Dou um sorriso, após ler o bilhete. Assim que termino meu café, não penso duas vezes. Saio de casa ida até a do vizinho. Tocando a campainha. Dou um enorme sorriso assim que a porta é aberta. Mas, espere. Não é Thomas que abriu, ou alguém da família dele que eu conheça. Na realidade, é um garoto bem parecido com Thomas, cabelo, altura, o estilo de se vestir. A única diferença é que é alguém claramente mais novo. Uma versão com o rosto um pouco mais jovem do que o de Thomas.

_Oi, você deve ser o Justin. _Sorrio, presumindo. Já que ontem Thomas me avisou sobre a chegada dele. Ele cruza os braços, me analisando com seus olhos, de cima a baixo.

_Você não é muito nova pra ser prostituta? _Ah! Como assim prostituta? O encaro confusa.

_O que você quis dizer com isso moleque? _Digo brava. Ele sorrir, com o mesmo sorriso travesso que Thomas costuma dá.

_Não importa, hoje em dia vivem fazendo plástica para parecerem mais novas.

_Onde está o Thomas?

_Então você é a prostituta do Thomas. Não sabia que o tomas fazia esse tipo de coisa.

_Eu vou quebrar a sua cara garoto. Acho bom começar a me respeitar e chamar o Thomas aqui, agora! Imediatamente. _Digo em um tom de voz um pouco mais elevado. O que o babaca do Thomas andou dizendo pra essa copia dele, idiotinha?!

_Justin! O que você está fazendo? Com que esta falando? _Ouço a voz de Thomas. Ele aparece, abrindo mais a porta.

_Acho bom você começar a se explicar. Essa é mais uma das suas brincadeiras estúpidas Thomas?

_Desde quando prostitutas brincam em serviço? _Não consigo me segurar, mais, partindo pra cima do imbecil. Tentando lhe dar um soco, mas sou segurada por Thomas.

_Eu não gosto de “coisas” agressivas. _Sorrir, presunçosamente.

_Me solta! Quem você chamou de coisa? Eu vou quebrar a cara desse idiota! _Digo enfurecida. Debatendo-me como uma louca, tentando escapar dos braços de Thomas.

_Chega! _Grita Thomas.

_Justin, é melhor você começar a respeitar a Eny. Se chamá-la de prostituta mais uma vez, pra mim não importa se você é faixa preta em artes marciais. Eu vou quebrar a sua cara e lembre-se, eu sempre vencia quando lutávamos.

_Maninho, as coisas não são mais como antes. Estou muito mais forte. _Thomas me solta, encarando Justin com um olhar mortal. A coisa parece esta esquentando. Retiro o que disse sobre a vinda de Justin poder ser algo bom. Esse garoto é um babaca, ainda pior do que o próprio Thomas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam desse personagem novo? O tal, Justin. E o que estão achando do nosso casal fofo, Eny e Thomas? Ela irá encontrar o pai? Será que Thomas vai continuar vivo só porque Eny e Bri/vaca nunca serão amigas? E a pergunta principal: Rola uma briga no próximo?! O que acha?