Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 1
Como se termina com uma festa?


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu já tinha o projeto dessa finc escrito em meu caderno e finalmente estou dando vida a ela, espero que gostem e não se esqueça de comentar.



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Que droga! Esse idiota do Thomas esta dando mais uma de suas festas babacas, para seus amigos babacas. Thomas é o meu vizinho, o que só pode ser um castigo do universo por eu ter pisado em alguma pobre formiga inocente. Ele um ser irritante de outro mundo. Desde o dia em que ele e sua família se mudaram pra casa ao lado da minha tudo ficou uma droga. Eu tinha onze anos quando o vi pela primeira vez, ajudando o pai a retirar as caixas da mudança do carro, ele me deu aquele seu sorriso brilhante, de anjo, coisa que com certeza não é. Só se for anjo do inferno. Ele era meu melhor amigo, mas com o tempo foi mudando, e de amigos também. Entrou para o time de basquete, se tornou popular, namora a garota mais bonita e nojenta, patricinha da escola e vive dando festas. Eu também mudei, arrumei novos amigos, fiz umas tatuagens, me visto de preto e toco guitarra. Ah! E também virei motivo de diversão para Thomas e seus amiguinhos sem cérebro. Mas eu não dou mole pra eles. E nesse momento preciso terminar de fazer o dever de matemática e dormir, pois amanhã tenho escola e trabalho. É eu trabalho como garçonete. Pode rir, mas eu estou juntando dinheiro para fazer minha faculdade.

Faz meia hora que cheguei do trabalho, apenas tive tempo de tomar um banho, mas quando pensei que teria um pouco de sossego, aumentaram o som da festa. Vou dá um Olá! Tirei meu short de dormir e coloquei minha calça jeans rasgada. Estou com uma blusa preta e meus longos cabelos negros estão presos em um coque alto. Caso entre em uma briga, coisa que estou disposta a fazer, estou vestida para isso.

Minha mãe é enfermeira e esta de plantão, o que não é novidade. Ela vive trabalhando, também que sustenta a casa e pagas às contas do mês e ela. Meu pai, um babaca qualquer que assim que soube que minha mãe estava grávida e que teria eu como filhinha querida, meteu o pé e sumiu, na primeira oportunidade que teve.

Abri a porta, atravessei meu jardim em direção a casa de Thomas. Seu gramado esta lotado de copos de bebida e tudo que é porcaria de resto de festas, tem até camisinha. Garotas com seus vestidos curtos se requebram ao som da batida eletrônica, alguns garotos mais saram do que dançam com as meninas. Outros bêbados zanzam pelo jardim. Empurro uma garota, uma vaca que se requebrava a minha frente.

_Ai! Olha por onde anda filhote do demônio. _Grita a loira falsificada. Ela não deveria ter dito isso. Paro imediatamente e volto. Ficando cara a cara com ela.

_O que você disse?

_Seu filhote do demônio. _Repete, com um sorriso no rosto. Fecho minha mão e mando um soco em sua cara, acertando-a em cheio.

_Me chama de filho do demônio mais uma vez que eu te mando por inferno! _Algumas pessoas vão vê o estado dela. Volto a andar, a passos rápidos. Ultrapasso a porta, entrando na casa. Dentro, me encontro em um mar de gente, nas festas do Thomas rola de tudo, por isso não me surpreendo ao vê pessoas usando droga, bebendo, vomitando, outras quase transando ali mesmo. Vou até o bar e pego um copo com algum líquido desconhecido e tomo de uma vez. Jogo o copo fora. Era vodca pura. Apesar de fazer três anos, que não entro na casa de Thomas, sei onde tudo esta guardado. Sua mãe não tem o habito de mudar muito as coisas de lugar. Vou até o armário de casacos, retirando um taco de beisebol. Volto ao bar, pego outro copo. Algumas pessoas me encaram, cochichando sobre a garota estranha. Vou até onde o aparelho de som esta e entorno o conteúdo do copo em cima do aparelho, que consequentemente para de funcionar na hora, parando a música.

_Ahahaha! _A multidão reclama em couro.

_Olha só o que as estranha fez.

_Tinha que ser a filha do diabo. _Ouço vários comentários maldosos.

_Calem a boca seus babacas! _Grito.

_Você não manda em mim sua estranha. _Diz uma morena peituda, amiga da namorada de Thomas.

_Ah, mas você vai obedecer sim ou eu quebro essa sua cara de porcelana. Quero ver como irá animar a torcida com um enorme olho roxo nessa sua cara. Sua líder de torcida sem cérebro! _Todos ficam em silencio, vendo que eu não estou de brincadeira e que seguro um taco de beisebol.

_Onde esta o idiota do Thomas? Ninguém? Sem cérebro? _Aponto o taco para a morena, Izzy, eu acho que é esse o nome dela.

_Esta lá em cima com a Briana.

_Muito obrigada pela colaboração. _Dou meu melhor sorriso, subindo a escada, todos me olham em quanto subo em direção ao quarto dele.

_O Thomas tá ferrado. _Escuto um garoto dizer, rindo.

Em frente à porta do quarto, posso ouvir risos e gemidos. Penso duas vezes. Será que realmente eu quero ter essa imagem bizarra na minha mente? Que se foda! Eu vim até aqui e vou exterminar essa festa com estilo. Giro a maçaneta. Esta trancada. Afasto-me, para pegar espaço e vou com tudo, dando um chute na porta. Abrindo-a. Thomas e Briana estão transando e se assustaram com a minha entrada. Sorte minha e dos meus olhos que um lenço os cobre até a cintura, impedindo que eu veja coisas, das quais me farão ter pesadelos pelo resto da semana.

_Hey! Não vê que estamos ocupados filha do demônio. _Esbraveja Briana, com um sorriso divertido no rosto.

_Levanta daí sua vaca que eu quero ter uma conversinha com o Thomas. _Thomas sorri, nos assistindo brigar.

_Eu não recebo ordens suas, seu bichinho estranho.

_Não me teste Briana, se não se levantar daí agora te arrebento.

_Cerro os olhos.

_Briana, sai. _Diz Thomas, sério.

_O que?

_Sai! É surda?

_Mas Thomas...

_Vamos, chispa projeto de Barbie. _Sorrio. Ela encara Thomas, que permanece sério. Viro-me para que ela se vista e saia. Ela passa por mim, dando um empurrão em meu ombro.

_Vai se arrepender disso. _Rosna, jogando seus cabelos loiros para trás. Encosto a porta. Ao voltar minha atenção a Thomas, vejo que ele permanece deitado, apoiando-se nos cotovelos, com aquele seu sorriso de anjo falsificado.

_Curtindo a festa Eny?

_Curti mais acabar com ela. Ao contrario de você, que obriga pobre nerds a fazerem seu dever de casa, eu mesma faço o meu e a porcaria da música da sua festa estava me atrapalhando.

_Você é muito chata, parece até uma velha. Gostava mais do tempo em que você era divertida. _Diz, com um sorriso nostálgico.

_E eu quando você não era um babaca metido. A festa acabou Thomas, eu vou voltar pra casa, terminar o meu dever e dormir. Se eu voltar a ouvir essa maldita festa, volto aqui e quebro a sua cara. _Ele cai na gargalhada.

_E que é você pra vim na minha casa, acabar com a minha festa e atrapalhar minha transa? Sua idiotazinha! _Grita.

_Por acaso você escuta o que diz? Só diz merda! Tornou-se um ser desprezível, acha mesmo que se não fosse seu dinheiro, as festas e por jogar bem no time teria esses amigos? Se é que se pode chamar essa gente de amigo. Você é o idiotazinho Thomas. _Ele se levanta, com o lençol enrolado na cintura. Se aproximando de mim até ficarmos cara a cara. Posso sentir seu hálito de bebida alcoólica e o cheiro de sua colônia cara, misturada com suor.

_Posso ser até idiota, mas não me escondo em meu mundinho interior. Não me visto de preto como se sempre estivesse em luto e não fico triste pelos cantos com meus amigos estranhos adoradores de Satã. A menina que não conhece o papai e que a mãe não liga, pois você foi um erro de adolescência. Você é pior que eu Eny, pois esta viva e não vive, pelo menos tenho momentos de alegria. _ Dou um tapa em seu rosto. Ele leva a mão no local vermelho, aonde minha mão acertou em cheio.

_Sua... _Me empurra na parede, me beijando a força. Mordo seus lábios, o empurrando para longe de mim.

_Um dia seus momentos de felicidade irão acabar e você não terá nada. _Lhe dei mais um empurrão indo embora.


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Notas finais do capítulo

E ai! O Que acharam da Eny? E do Thomas?