A New Beginning escrita por Pamy_Pattz


Capítulo 2
2 - A chegada




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2- A chegada

 

- Acorda Bella! Nós estamos atrasados! - foi com o sutil grito da Alice na minha porta, que eu acordei no susto no dia seguinte.

 

Levantei correndo, tomei um banho e coloquei a roupa de frio que já tinha separado pra minha chegada em Forks. Fui para a sala e encontrei meu pai no celular e Alice correndo de um cômodo para outro checando se não tínhamos esquecido nada. Colocamos as nossas malas no corredor e demos uma última olhada no apartamento que foi a nossa vida nos últimos anos.

 

- Uma fase que acaba. Tenho certeza que nós vamos ser felizes em Forks. Vamos lá. – depois de falar, meu pai trancou a porta, nos dirigimos ao elevador e já na portaria do prédio ele entregou a chave do apartamento para o zelador.

 

Pegamos um táxi, o trânsito engarrafado como sempre, mas chegamos a tempo no aeroporto. O vôo foi tranqüilo, deu até pra dormir um pouco, mas como o passatempo preferido da minha irmã hoje é me assustar...

 

- Acorda Bella! Já chegamos.

 

- Faz mais uma vez isso! Só mais uma vez, e você vai ver! – disse já no auge da minha paciência! Pelo amor de Deus é a segunda vez hoje!

 

- Eu heim, acordou estressada é? – reclamou o pedaço de gente se encaminhando pra fora do avião.

 

Nem me dei ao trabalho de responder e a segui. Saímos do aeroporto e pegamos o carro que meu pa já tinha alugado, enquanto nossos carros não chegam em Forks.

 

Acho que nunca vi tanto verde em toda a minha vida, até os troncos das árvores são cobertos de verde. O ar é diferente, é mais leve, mais puro. E como eu esperava, um frio insuportável! Ao qual eu vou ter que me acostumar a partir de agora.

 

- Nossa, eles deviam colorir um pouco mais esse lugar, só verde deve enjoar. – adivinha de quem foi o comentário? Acertou quem disse Alice.

 

Eu e meu pai só rimos, e meio que concordamos.

 

E um pouco mais de uma hora depois de deixarmos o aeroporto, chegamos em Forks. E o que mais me surpreendeu é que eu me senti bem chegando nessa cidade, uma sensação diferente de tudo que já senti.

 

Chegamos na nossa nova casa, que pra ser honesta é bem melhor que nosso antigo apartamento. Muito mais espaçosa, e aconchegante, toda branca com um gramado na frente e duas árvores enormes.

 

E pelo o que pude perceber, eu não fui a única que ficou abismada, a Alice também estava. Ficou petrificada na frente da casa, só a admirando.

 

- Sabia que vocês iriam gostar. – falou meu pai sorrindo.

 

Entramos e de imediato começamos a arrumar tudo. Todos os móveis já estavam aqui e em seus respectivos lugares, graças a agente da imobiliária. E o nosso fim de semana foi basicamente assim, arrumando e desempacotando coisas. No fim da tarde de domingo, já com tudo em seus lugares, eu e Alice resolvemos pedir uma pizza e ir dormir cedo. Afinal no outro dia seria o nosso primeiro dia numa escola nova.

 

Fui pro meu quarto, tomei um banho pra tentar relaxar, terminei de fazer minha higiene e deitei, só que apesar de muito cansada não consegui dormir. Rolei de um lado para o outro da cama e nada. Resolvi ir ver se a Alice ainda estava acordada e pra minha surpresa encontrei com ela no corredor.

 

- Estava indo ver se você já tinha dormido. Eu não consigo de jeito nenhum! – ela falou sussurrando.

 

- Você leu meus pensamentos, eu tava indo fazer a mesma coisa! – disse rindo. – Vem, vamos pro meu quarto. – a chamei.

 

- Primeiro me deixa pegar umas coisas. – e ela saiu correndo de volta pro seu quarto, voltando logo depois com seu travesseiro e o ursinho preferido.

 

Fomos pro meu quarto, deitamos na minha cama e ela disse:

 

- Me diz que eu não sou a única com medo de amanhã!

 

- Hum, eu to morrendo de medo! – admiti

 

- Será que eles vão aceitar a gente? E se ninguém quiser falar comigo? E com você? Já basta a gente ta em um lugar onde não conhecemos nada, ser rejeitada vai ser o fim!

 

- Vira essa boca pra lá Alice! Nós nunca tivemos muitos amigos mesmo, acho que nem de amigos podemos chamar aquilo que tínhamos. Mas pra todos os efeitos temos uma a outra, não é verdade? Isso ninguém pode tirar de mim e nem de você.

 

Dito isso, uma lágrima caiu dos olhos dela e veio me abraçar. Nunca pensei que estava sendo tão difícil pra ela, não a ponto de eu ter que ser a madura da situação. Geralmente é a Alice que me salva e me consola.

 

Depois de conversarmos mais, e de algumas brincadeiras, caímos no sono.

 

(...)

 

Acordei com um barulhinho irritante na minha cabeça, que logo descobri ser o despertador. Tateei a minha cabeceira até achá-lo e sutilmente o taquei na parede, com isso a Alice deu um pulo da cama gritando:

 

- EU JURO QUE SÓ FOI UM PRADA, PAI! – depois caiu de bunda no chão.

 

Tive que gargalhar com isso! Coitada, mas não pude evitar!

 

Com isso meu pai entrou correndo no quarto, com uma espátula na mão e falou:

 

- O que ta havendo?! – e quando viu a Alice no chão e eu rindo, não se agüentou e riu junto.

 

- Bella sua idiota! Por que fez isso?! – falou se levantando e alisando a bunda.

 

- Você quebrou o despertador? – perguntou meu pai, parando de rir e meio chocado com o estado do despertador no chão, sem contar o estrago na pintura da parede.

 

- Ah gente, foi mal, vocês sabem que eu acordo de mal-humor. Mas graças a Alice, meu dia já começou divertido! – pra que fui abrir minha boca?

 

A baixinha veio com tudo pra cima de mim. Sorte que eu sou mais rápida e consegui correr até o meu pai, que ficou entre nós duas gritando pra gente parar. Até que eu senti um cheiro meio estranho, parecido com cheiro de queimado. Parei e falei:

 

- Vocês estão sentindo esse cheiro?

 

Os dois respiraram fundo, e meu pai saiu correndo gritando:

 

- Ah não! Ah não!

 

Eu e Alice colocamos nossos roupões e corremos atrás dele, e pra nossa surpresa tinha uma fumaça vindo da cozinha, com um cheiro de queimado insuportável. Carlisle entrou e pegou o extintor debaixo da pia e começou a jogar em cima do fogão, enquanto eu e Alice abríamos as janelas da casa e a porta pra tirar a fumaça. Ela desesperada gritando que ia morrer e eu tendo que acudir.

 

Para ela parar de escândalo a levei pra fora e ficamos sentadas no gramado esperando o Carlisle.

 

Até que uma mulher muito bonita, de cabelos castanhos, rosto maternal e usando um roupão azul escuro de seda, saiu da casa á frente e veio até nós, parecendo bem preocupada.

 

- Minhas queridas, vocês estão bem? Eu ouvi a gritaria. O que ta havendo? – ela perguntou se abaixando até ficar com o rosto no mesmo nível que o nosso.

 

- Eu ainda não sei bem o que ta havendo, acho que meu pai esqueceu alguma coisa no fogo e acabou queimando. – eu disse meio nervosa.

 

E nessa hora sai o meu pai todo preto de fuligem e tossindo, eu e Alice levantamos na hora e corremos até ele.

 

- Pai, você ta bem? – perguntei preocupada

 

- To sim, meu bem. Não se preocupa – ele disse tossindo um pouco ainda.

 

Do nada a Alice desgarra de mim e o abraça chorando.

 

- Pai, você é um cabeçudo! – falou entre soluços.

 

Arrancando risadas de mim, do meu pai e da vizinha. Que só nessa hora percebemos que ainda estava lá.

 

- Me desculpem, eu ouvi a gritaria e queria saber se estava tudo bem. Prazer, eu sou Esme. Moro na casa da frente. – disse muito simpática, estendendo a mão para o meu pai.

 

- Prazer, eu sou Carlisle e essas são minhas filhas, Bella e Alice. – ele respondeu apertando a mão da Esme.

 

- Prazer, Esme.– falei estendendo minha mão para ela que correspondeu o gesto.

 

Alice fez o mesmo e acabamos engatando uma conversa animada com a Esme:

 

- Afinal de contas, o que realmente aconteceu? – ela perguntou

 

- Eu estava preparando o café da manhã, fazendo ovos mexidos. Quando eu escutei um barulho estranho vindo do andar de cima e corri pra saber o que estava acontecendo, mas esqueci o fogo acesso... E o resto já deu pra perceber – disse um Carlisle muito envergonhado.

 

Esme soltou uma risada e disse:

 

- Entendo bem você, na minha casa isso já é normal. Eu tenho três filhos que se amam e se odeiam ao mesmo tempo, é um caos! Mas nunca coloquei fogo na casa por isso. – ela disse rindo, o que nós fez rir também.

 

- Uau! Três filhos? Ta vendo pai! Você reclama de mim e da Bella brigando. Acho melhor você ficar feliz! – falou Alice

 

- Eles são uns amores, como somos só nós quatro, eles me ajudam muito. Mas quando resolvem brigar, não tem quem separe! – disse Esme, divertidamente. – Quando eles voltarem da casa do pai em Seattle, os apresento. Vocês devem ter a mesma idade, dois têm 17 e o outro tem 18. Com certeza vão se dar muito bem com eles.

 

- Vai ser legal conhecer alguém por aqui. – eu disse.

 

E sem mais nem menos, Alice grita:

 

- Bella! Estamos atrasadas.

 

- Meu Deus! Nem percebi o tempo passar!

 

Eu e Alice saímos correndo, deixando Esme e Carlisle conversando.

 

Fui para o meu quarto, tomei um banho rápido e coloquei uma roupa quente. Apesar de não estar chovendo, estava bem frio. Peguei minha mochila e desci. Chegando na sala, encontrei uma mesa de café pronta, e meu pai e Esme conversando.

 

- Filha, como eu estraguei o nosso café, a Esme ofereceu o dela. Ela está sozinha em casa, não vi problema dela nos acompanhar. – falou meu pai, todo sorridente.

 

Bem estranho isso.

 

- Claro que não tem problema. – disse, me sentando e comendo uma torrada.

 

Alice desceu logo depois e tomou um café. Esme voltou pra casa dela e meu pai foi tomar um banho para nos levar a escola, já que nossos carros ainda não chegaram.

 

Então era isso, pessoas novas, escola nova, me aguardam. Só Deus sabe como eu to surtando agora! Acho que até 5 minutos atrás eu possuía todo a tranqüilidade do mundo, mas parando pra pensar nisso, todas as neuras da Alice na noite passada estão passando pra mim. Como será esse povo daqui? Receptivo? OMFG! Meu coração parece que vai sair pela boca, minhas mãos estão suando. Legal! Ataque de pânico agora! Só o que me faltava! Respira Bella, respira Bella, respira Bella!

 

E foi repetindo esse mantra que eu avistei a escola e o amontoado de adolescentes no estacionamento.

 


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