Take Care escrita por iamthesavior


Capítulo 2
Segundo Capítulo.




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Emma estacionou o fusca ao lado da grande Mercedes na entrada principal da casa. Desceu do carro tímida, checando o relógio pela vigésima vez no minuto para se assegurar de que não estava atrasada.

Ela se dirigiu á entrada de mãos vazias, mordendo o lábio inferior em nervosismo.

A porta se abriu.

Uma moça sorridente a atendeu, aparentemente elas tinham a mesma idade. Ela sorriu de volta com facilidade.

"Você deve ser a massagista." A moça estendeu a mão e a loira a apertou.

"Emma Swan" ela sorriu ainda mais "Ao seu dispor."

"Entre Emma!" a mulher disse.

Ela olhou em volta e de repente seu sorriso aos poucos desapareceu. A casa era ainda mais bonita por dentro, e cada pequeno detalhe da decoração parecia altamente quebradiço. O piso de madeira maciça dava um ar ainda mais sofisticado ao conjunto da mansão. Ironicamente, Emma perdeu os olhos numa pequena família de cisnes de cristal na prateleira ao lado da bancada. Ela voltou a si num susto. "Você não parece estar com dor." ela deu de ombros.

"Ah, e não estou" a moça sorriu "meu nome é Mary Margaret, eu trabalho aqui. Quem está doente é a senhorita Mills."

Emma conseguiu disfarçar a decepção com as palavras da moça. Ela pensou, por um segundo, que se daria muito bem com sua nova paciente simpática. Ela havia voltado a estaca zero e não sabia o que esperar da misteriosa e rica Regina. Ela riu de nervoso.

"Venha, vou te levar até ela." Mary disse sorrindo, a expressão se fechando a cada degrau que ela subia na escada. Emma a acompanhou em silêncio, sem entender muito bem o por que da restrição.

Elas caminharam um corredor enorme, Mary indicou os aposentos de Emma, que era duas vezes maior que seu apartamento inteiro. Elas seguiram até o final, e pararam na frente da última porta do corredor. Mary respirou fundo e sorriu sem humor algum para a loira. A porta se abriu.

O quarto era ainda maior que os outros. A primeira coisa que Emma reparou foi uma cama imensa no centro do cômodo. Deitada nela, com as costas para cima, estava a mulher que devia ser Regina.

"O que você quer, Mary Margaret?" Regina falou ríspida, dizendo o nome da serviçal com desprezo.

"A massagista chegou, senhora." a empregada respondeu em tom baixo. Ela parecia medir cada palavra que estava dizendo.

"Já era hora." ela bufou.

Emma parou por um segundo para analisar a situação. 'Onde diabos eu me meti?' Ela já havia passado por muita coisa no decorrer de sua vida. Quando era criança ela havia passado maus bocados nos lares adotivos, muitas vezes humilhada pelos pais e até pelas outras crianças. Mas agora era diferente. Ela era uma adulta que tinha escolha, e ela não optaria por ser maltratada por uma desconhecida.

"Me permita me apresentar, senhorita Mills. Meu nome é Emma Swan, vou acompanhar seu tratamento cervical durante o próximo mês. É um prazer finalmente conhecê-la." ela disse na defensiva, ainda parecendo simpática.

"Mary Margaret, nos deixe a sós." a morena disse.

"Sim, senhorita Mills." A empregada deixou o quarto, lançando um sorriso de apoio para Emma.

"Venha até aqui e ajude-me a sentar." ela ordenou, e Emma rapidamente atravessou o quarto para ajudá-la.

Emma segurou a mulher nas costas e jogou o peso de Regina nos braços, virando-a pra cima. Nesse momento, ela pode olhar pra ela pela primeira vez.

Regina era absurdamente bonita. Mesmo sem maquiagem alguma e com uma expressão que claramente era sono, ela era dona de uma beleza que desconcentrou Emma por um milésimo de segundo. Ela ajudou a mulher a se sentar e ficou ao lado da cama, olhando para seu rosto. Apesar de toda a beleza, lhe faltava algo. As pequenas rugas na testa de Regina expressavam desagrado, como se ela estivesse nervosa ou algo do tipo. Emma deduziu que era por causa da dor. Ainda assim, seus olhos eram um preto profundo, porém não tinham brilho. A loira se concentrou nas íris completamente escuras e foscas de Regina.

"Algum problema, senhorita Swan?" a morena pigarreou, tirando Emma de seu transe.

"Ermm, nenhum... Não, Senhora."

"Ótimo." ela disse empinando o nariz, afim de impor disciplina. "Minhas regras já foram passadas para você, imagino. Caso não saiba seus direitos, aposto que meus criados farão questão de lembrá-la, eles adoram fofocar por aqui."

Emma assentiu sem graça, sorrindo para a mulher. Ela era uma estúpida, e a loira tinha boas razões para acreditar que aquele mal humor não era devido as dores causadas pelo acidente. Ela havia acabado de sacrificar sua própria coluna levantando uma mulher de seu peso no colo que sequer lhe agradeceu por isso.

Regina ergueu a sobrancelha confusa. Por que a mulher estava lhe sorrindo? Era uma pergunta pouco importante no momento, em meio a tanta dor que ela estava sentindo. Quando ouviu a voz de Emma Swan, Regina cruzou os dedos mentalmente para que aquela mulher fosse realmente sua salvação, a cura para a dor insuportável que estava lhe tirando o sono nos últimos meses.

"Acho que sim, senhorita Mills... Todas as restrições e exigências me foram passadas." Emma disse ainda sorrindo.

Regina arqueou ainda mais a sobrancelha, nunca relaxando a expressão de incômodo em seu rosto. Por que ela ainda estava sorrindo? "Não temos tempo para 'eu acho' senhorita... Swan?" Emma assentiu. "Swan. Qualquer falha ou falta de certeza nesse tratamento pode comprometer minha saúde pro resto da vida. Eu não admito falhas. Estamos entendidas enquanto a isso?"

"Não se preocupe, está em boas mãos." A loira assentiu, e Regina viu em seus olhos que ela realmente confiava em seus métodos.

"Então, não vamos perder tempo, sim?"

Emma assentiu e foi buscar sua mala e se preparar para seu primeiro dia de trabalho na casa de Regina Mills.


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