Um amor para sempre -Josh e Elen escrita por Yan


Capítulo 1
Prefácio


Notas iniciais do capítulo

Ola amores... Mais uma fic pra vocês...

Esse é só o inicio... No próximo que terá mais novidades e lutas mais detalhadas... Espero que gostem...



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--------------------Josh-----------------

“E os dois, viveram felizes para sempre.”

Após ler a ultima frase do livro, fecho-o, irritado com a porcaria do final. Achei que o casal em questão fosse passar por problemas. Quem não passa por problemas amorosos? Mas não. Tinha que ser uma dessas histórias clichês. Ridículo. Odeio clichê.

Levanto do confortável sofá, apertando as mãos mais do que devia no livro fechado. Que raiva. Vou até a enorme estante de livros e estendo a minha mão até um espaço vazio, para pousar o maldito livro, com aquela maldita capa de um casal se beijando. Mas paro. Pra que guardar essa porcaria? Meu braço desce novamente e vou até a gigante e linda janela. Olho pra fora. Um lugar enorme e lindo. Uma floresta fantástica. E muito melhor vista do terceiro andar da minha mansão.

Afasto-me um pouco, preparando para tacar o livro na maior distancia que conseguir. E arremesso. Vendo aquela triste literatura cair bem longe, no meio das árvores frondosas do meu jardim. Sorrio vitorioso. Se não fosse um CEO, dono de muitas empresas e muito rico, poderia até ser jogador de basquete ou qualquer coisa do tipo.

Começo a andar, já esquecendo que passei meia hora do meu precioso tempo lendo algo inútil. Saio da biblioteca, fechando a porta com força, e dando um belo susto na minha secretária, que estava prestes a entrar.

- O que quer Sofia? –ditei irritado. Essa mulher não me deixa em paz.

- Você esqueceu a reunião de hoje? –pergunta sorrindo.

- Ah... –sim, havia esquecido.

Coloca as mãos no bolso e olho o teto, tentando lembrar com que fornecedor faria contato dessa vez.

- Claustro. Reunião com o senhor Claustro. Não se esqueça do nome dele.

- Como posso me esquecer do nome? Ele é estranho de mais pra isso.

- Esquecendo. Esqueceu-se da reunião em si, imagina o nome do empresário japonês mais rico do país dele?!

- Opa. É assim que eu gosto. Empresários ricos.

- Ricos não. Milionários. Só quem faz contato com você é milionário, Josh. –sorri Sofia.

- Verdade. Sou bom no que faço. Mas quem foi o retardado que marcou reunião no sábado?

- Foi o próprio senhor Claustro. Acho que ele não sabe o que é fim de semana.

- Mas tudo bem. Sábado ainda é dia. Não sou judeu. Domingo é que gosto de relaxar um pouco.

- Sei, sei. E eu agradeço por isso. Se você não trabalha, eu também posso não trabalhar pelo menos um dia na semana. Mas hoje não é esse dia. Temos que correr. Ele já está vindo pra cá.

- Ótimo. Vou me arrumar.

- Te espero na sala de visitas ou escritório? –pergunta se preparando para correr pelos corredores.

- Hum... Acho que escritório. Sala de visitas é muito informal para um japonês.

-Tem razão. –faz cara de pensativa. Mas então, sai correndo, sem falar mais nada.

Minha secretária Sofia é hilária. Uma excelente amiga. É bonita e carinhosa. Tem mais de 120 anos e tem três filhos. Casadíssima com meu também amigo Junior, que deve ter mais de 160 anos. É um cara super legal e diretor da minha maior empresa. São companheiros há muito tempo. E Junior é um dos meus betas. Mas já explicarei isso direitinho.

Respiro fundo pensando neles, sei que vão aprontar algo para o meu aniversário de 90 anos daqui a um mês. Mesmo eu tendo dito que não quero festas, é a mesma coisa que não ter dito nada. Inacreditável.

Mas ignoro minha futura festa surpresa e vou pro meu quarto. Preciso tomar um grande banho e colocar um terno bem caro. Aparência, quando se trata de ser dono de empresa, é tudo.

----------------------------Elen---------------------------------

Acabo de chegar ao estúdio e esse chato do diretor já vai brigando comigo. Eu devia ter mais paciência. Sinceramente. Não fiz nada de errado e levo bronca. Mas tudo bem. Não me importo. Tenho que dar o meu melhor. Sempre.

Então, começa novamente a filmagem. A protagonista, atriz super famosa, diga-se de passagem, fica olhando com cara de nojo pra mim, como sempre. Mas, sendo a duble dela, preciso fazer suas vontades. Claro que não sou famosa, não sou rica, mas também sou um ser humano (ou quase). Porque me tratar assim?

Começa a cena. Estou com botas e roupas de coro preto. Algo bem sex, já que preciso imitar os comportamentos e as caras da atriz principal. Olho para trás e vejo um homem com uma espada, pra frente e vejo outro com duas armas na mão. E é agora que a brincadeira inicia.

Como sempre, começo a lutar contra eles. Algo bem rápido para os olhos humanos. E é claro que uso meus poderes de ‘shifter fada’. Estamos extintos, por isso preciso sobreviver no mundo dos humanos. E claro que é melhor usar alguns desses poderes, pois sempre me ajudaram. E ninguém nunca vai perceber nada mesmo. Acho que os shifter lobos dessa cidade estão dormindo. Na boa. Sei que minha pulseira magica é super poderosa, mas o focinho deles é melhor, sei disso. Mas mesmo assim, espero nunca me encontrar com nenhum deles. Ninguém pode descobrir a minha existencia.

-------------------------------Josh---------------------------------------

-Ah... Estou cansado... Nunca vi alguém tão interessado em trabalho. Esse japonês me irritou. O pior foi quando você entrou na sala dizendo que tinha uma emergência. Sofia, se há algo realmente importante, porque não me chamou antes?

- Porque estava com receito do japonês me xingar de “pastel de flango”. E o assunto, mesmo sendo importante, pode esperar.

- Agora que finalmente acabou a tortura... Acho que fiquei com “Claustro fobia”.

Faço graça e Sofia começa a rir como uma desesperada, junto comigo. Mas depois se recompõe e continua.

- Leonardo quer sangue. –ela diz ficando agora muito séria e me olhando nos olhos.

Paraliso. Leonardo realmente quer me enfrentar? Ele é maluco. Acabarei com ele em segundos.

- Se é isso o que ele quer, terá. –falo sério. – Chame o Junior e Carlos. Teremos uma reunião. Amanha as sete. Vou dormir. Estou morto.

- Ok. Vou preparar tudo.

- Ah sim... Vou ao quarto dos meus afilhados, antes que eles invadam o meu.

E saio, fazendo Sofia rir. Subo as escadas até o terceiro andar, onde ficam os quartos e a biblioteca. Entro em um deles e vejo os três pivetes pulando de cama em cama e gritando.

- QUEM ESTIVER DORMINDO GANHARÁ UM BEIJO. MAS QUEM ESTIVER ACORDADO NÃO TERÁ DIREITO DE BRINCAR AMANHA. –grito rouco da porta, vendo o estrondo que causei nas crianças. Até eles reconhecem o tom de voz de um alfa.

Os três, da manheira mais rápida que conseguem, se prostram na cama e se cobrem, fechando os olhos e fingindo dormir.

- Nossa, que meninos comportados. Merecem um beijo do padrinho. –sorrio, indo até a primeira cama.

Cubro Diogo direito, depois lhe dou um beijinho na testa. Esse é meu afilhado mais velho, tem 10 anos. Vou até Cris e faço o mesmo. Ele tem 8 aninhos. E finalmente vou até Pitta. Esse é o mais agitado dos três, e tem 5 aninhos. O mais fofo também.

- Comportem-se. Se não Sofia e Junior vão escutar e amanha realmente não terá brincadeira. Alem de não conseguirem acordar pra escola.

- Ta bom tio Josh. –fala Pitta em sua voz infantil.

- Ué... Não estavam dormindo? –pergunto irônico vendo os três arregalarem os olhos e fecharem logo em seguida.

Rio com essa atitude. São realmente fofos. Como amo crianças. E é claro que queria ter as minhas próprias, mas acho que nunca vou encontrar a outra metade da minha alma. Nunca mesmo. Sei que é difícil encontrar a companheira, mas é o sonho de todo shifter. Encontrar sua alma gêmea.

- Boa noite crianças. –falo baixinho e saio do quarto.

Respiro fundo e começo a andar até o meu. Preciso dormir. E sei que deve ser estranho, mas sim. Sofia e Junior moram comigo. É normal para uma matinha. O alfa sempre mora junto com seus betas. O alfa é o lider dos lobos, e os betas, são aqueles um pouco menos fortes que o alfa, mas mais poderosos que o resto da matilha. Estes andam junto com seu alfa. E meus betas são Junior e o Carlos. Sou padrinho dos filhos de Junior com sua companheira, Sofia, que por ‘um acaso’ é minha secretária.

Carlos, por sua vez, nunca encontrou sua companheira, mesmo tendo mais de 200 anos. É o mais velho de todos aqui. Eu tenho só 89 anos, o mais novo, mas mesmo assim alfa. Isso porque meu pai era o grande alfa e sempre tive esse dom de comandar.

Mas de uns tempos pra cá, tenho estado um pouco deprimido por não encontrar minha companheira. Será que vai demorar como a de Carlos está demorando? Tomara que não. Mas quando eu acha-la... Quando eu acha-la não vou mais deixar ninguém chegar perto. A levarei para minha mansão e deixarei ela sempre ao meu lado. É isso que desejo.

Para explicar melhor, um companheiro é algo raro, magico. Nos shifter podemos nos transformar na espécie que nascemos. Somos humanos, mas envolvemos algum tipo de magica. Minha matilha, como já havia dito, é em toda a cidade. Alguns são humanos, e outros lobos. Eu dou o alfa, o lider. Todos me respeitam como tal. Se alguma família de outra espécie vier morar aqui, tenho que estar sabendo.

Em todas as cidades há uma espécie no comando. Mas há algumas em extinção e outras que seu poder magico não é de liderança e força. Essas espécies não tem uma cidade própria, e sim se agrupam em aliança em qualquer cidade. Mas o lider desta sempre tem que saber. Pois pode deixar, ou não deixar que tal aconteça.

A cidade mais próxima de nos está em guerra. Ela também é uma matilha. Na verdade a maioria das cidades são matilhas ou orgulhos. Ou lobos ou leões. Mas os leões são sempre muito amigáveis. Só se irritam quando alguém provoca, ai podem ser perigosos. Mas fora isso... São tranquilos.

Mas o lance do companheiro é algo muito magico. Desde que nascemos, sabemos que temos uma alma gemia em algum lugar do mundo. E podemos identifica-la. Mas isso depende da espécie. Os lobos, como eu, sentem através do cheiro. Diferente de todos os seres humanos. Eles muitas vezes se casam só por amizade ou por um amor que na verdade não é amor. E no fim, se divorciam. Isso porque não conseguem sentir o próximo. Nos, shifter, sentimos. Somos seres mágicos que se escondem no mundo.

Pensando, começo a me trocar para dormir. Mais um dia havia acabado.

------------------------------Elen-------------------------------

Acordo sedo. Tenho que filmar hoje novamente. Mesmo sendo domingo. E claro que odeio meu trabalho, mas tenho que sobreviver. Sei que tudo que eu faço é contra a minha espécie, então acaba se tornando dez vezes mais doloroso pra mim do que para um humano normal.

Sim, pois as fadas são calmas e meigas. Foram criadas para serem protegidas, mesmo com os seus poderes. Eles servem para ajudar o companheiro em algo perigoso. Mas tais poderes não podem ser usados mano a mano. Isso é um ultraje para minha espécie. Mesmo assim, não tenho como fazer nada. Não queria usar meus poderes para ganhar dinheiro, mas preciso.

Para uma fada, é quase impossível tomar frente das coisas e decidir-se de algo. É quase impossível lutar corporalmente e saber que não está sendo protegida. É quase impossível aguentar ser machucada todos os dias por causa desses treinamentos. E é por isso que sei que faço quase o impossível para sobreviver.

Respiro fundo. Não acredito que mais um dia está se iniciando. Tomo um banho rápido e troco de roupa. Pego o pente e me olho no espelho. Quero chorar. Uma das façanhas das fadas é a beleza. Todos são lindos. Mas muito lindos. Tanto que os poucos que existem são os modelos mais famosos. Masculinos ou femininos. Mas eu, mesmo sendo linda, tenho que esconder isso. Não posso mostrar quem eu sou realmente. Até mesmo um Shifter experiente poderia me reconhecer, mesmo sem meu cheiro, devido à pulseira magica que uso. Essa pulseira foi passada da minha mãe pra mim. Ela impede que todos vejam quem você realmente é. No meu caso, esconde minhas asas e minha pele brilhante, mas não minha beleza.

Meus cabelos, que são longos até a cintura, loiros em demasia e cacheados, estão presos dentro do capuz preto do meu casaco grande. As curvas do meu corpo não aparecem por causa das roupas largas. E meu rosto? Esse está cheio de olheira e escondido pelo capuz, propositalmente. Estou com um alls-star preto e uma calça jeans. Mais um erro para uma fada. Nos sempre gostamos mais de usar coisas largas, como vestidos, túnicas etc. E também gostamos de ficarmos bonitas. E eu estou completamente fora de tudo que eu sou realmente. E isso machuca minha magia. O que provoca depressão.

Sim, sou uma mulher depressiva. Boa no trabalho, mas depressiva. E não posso fazer nada para mudar isso. Tenho que sobreviver no mundo dos humanos. A milénios o mundo magico é conectado com o dos homens. Todos vivem em harmonia. Imagina que alguém me descobrisse? Por isso uso a pulseira. Ela esconde todo o meu ser magico, mas não esconde meus sentimentos.

Pego um ônibus e chego rápido ao estúdio. Entro sorrateira e sem deixar rastros, mesmo sabendo que ninguém me enxerga mesmo. Vou até o camarim me arrumar, mas fico paralisada quando passo no pátio. Não sei como ninguém conseguia perceber. Havia um piano sendo retirado pela janela do ultimo piso do estúdio. Há uma equipe montada, mas duas pessoas não vão conseguir carregar um piano. E ainda estão em um palanque de metal. O pior é que não deu outra. Os dois começaram a se desequilibrar, e me desespero. Olho pra baixo e vejo a atriz principal do filme gritando com alguém no celular, bem em baixo de onde cairia o piano. Tinha que salva-la.

Então, vejo o grande piano cair, mas sou rápida. Corro até a mulher e a jogo no chão logo quando o piano cai e se quebra todo, bem no lugar onde ela estava parada. E é claro que me joguei na frente dela, para não se machucar. Quando dou por mim, ela está gritando e chorando, de uma maneira escandalosa. Fico desesperada. Mas é ai que percebo que um talho da madeira do piano arranhou meu braço, perto do ombro. E foi um corte profundo, dolorido e grande.

Levanto rápido e tento cobrir o corte pra ninguém ver, mesmo com o sangue que praticamente jorrava. Toda a equipe começa a me empurrar para ver o que aconteceu com a atriz principal. Qual era mesmo o nome dele? Tatiana. Isso. Todos ficaram ao redor de Tatiana, que gritava e gemia de dor.

Claro que me preocupei, então ignorei o corte no meu braço e abri espaço pra vê-la.

- Está tudo bem? –pergunto, agachando a sua frente.

Ela fazia um escanda-lo e segurava a mão direita. Todos queriam ver o que era.

- CLARO QUE NÃO. –grita e mostra sua mão.

Quando eu vejo, reviro meus olhos. Ela quebrou a unha e arranhou a ponta do dedo. Nem mesmo saia sangue. Fiquei irritada, claro. E assim, levanto.

- Diretor. Posso tirar cinco minutos de folga? –pedi, pois o corte realmente estava sangrando e doendo. Mas para ninguém ver, resolvi nem encostar ou mostrar uma cara de dor. Fiz um papel, como a atriz que sou.

- ESTÁ LOUCA? ACABOU DE ACONTECER UM PROBLEMA. ELA ESTÁ GRAVIMENTE FERIDA. ISSO VAI ATRAZAR AS FILMAGENS. VOCÊ TEM QUE ADIANTAR A SUA PARTE. PARE DE FICAR QUE NEM UMA IDIOTA BRINCANDO POR AI. ASSUMA SUAS RESPONSABILIDADES OU SERÁ DEMITIDA. –berrou o diretor. Estava apavorada. Todos estavam.

Tatiana continuava gritando e esperneando por nada, mesmo assim, todos do estúdio olhavam a cena. Estavam com raiva de mim, como se eu tivesse jogado o piano em cima dela. Mas como sempre, antes de derramar uma lagrima se quer, corro para dentro trocar de roupa. Iria esconder e ignorar minhas dores e feridas, como sempre fazia. Sim, eu vou filmar uma luta.


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Notas finais do capítulo

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Obrigado a quem leu até aqui.. *-* Amo vocês e até o próximo... ♥



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