Half of my heart escrita por Nara


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, espero que gostem.



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(Pensamento Sam Puckett)

Logo que Carly abriu a porta, saímos e voltamos para sala para ver o filme. Ficamos à tarde toda conversando, comendo besteiras e rindo. Logo anoiteceu, todos se despediram e eu os acompanhei até a porta, voltei para sala e encontrei Freddie sentado no sofá.

Freddie: Oi. – ele disse, e caiu na gargalhada depois. Arqueei a sobrancelha, não entendendo nada. – Era para eu te cantar, mas a cantada era horrível!

Sam: Você é maluco! – neguei com a cabeça, rindo. – Você quer tomar banho? Precisa de ajuda?

Freddie: Acho que dou conta de me virar sozinho, é só me levar até lá.

Levei Freddie até lá em cima e o deixei no banheiro, ele havia achado muletas em um cômodo qualquer – acho que o médico tinha dito que ele só usaria muletas daqui um mês, mas não dei muita bola pra isso - o que lhe ajudou bastante. Desci até a sala e deitei no sofá. Olhei para o relógio umas cinco vezes, sem motivo algum. Acho que eu estava começando a ficar louca, mudando de canal insistentemente - já que nada me agradava - e olhando para o relógio do gato Félix, que mexia o rabinho para lá e para cá. Bufei, tentando achar uma posição mais confortável para ficar naquele sofá, até que quando eu achei uma, escutei um grito de Freddie. Subi as escadas correndo e fui até o quarto dele, ele estava todo desajeitado na cama, usando apenas uma cueca boxer. - Alguém abre a janela? Ar. Para que te quero?

Sam: O que foi Freddie? Porque gritou?

Freddie: É que escorreguei e acabei caindo de mau jeito na cama, pode me ajudar?

Nem respondi, fui até ele, e o coloquei em uma posição confortável .

Sam: Quer alguma coisa para beber ou para comer? - perguntei, vendo-o negar com a cabeça. Vou tomar banho, qualquer coisa me grita ok?

Freddie: Ok.

Depois que tomei o banho, vesti as roupas mais quentinhas e confortáveis que eu tinha ali e voltei para o quarto de Freddie, ele já estava vestido. Sentei na cama e, estiquei os pés em cima das pernas dele tomando cuidado para não o machucar.
Freddie viu minhas meias de dedinho e riu.

Sam: Já está com fome? Sede? – Freddie pensou um pouco e novamente negou, joguei meu corpo na cama, virando os olhos. Odeio gente indecisa! Por mais que eu fosse uma.

Freddie: Acho que ainda não tive a oportunidade de comentar com você, mas sabe quem eu vi mês passado? - Freddie virou-se para mim, enquanto sua mão entrou em minha calça e ele começou a fazer carinho em minha canela.

Sam: Não. - mordi a boca para não rir das cócegas que estava sentido com a mão dele ali.

Freddie: A Chantel! - ele disse, entusiasmado e eu o olhei com a sobrancelha arqueada.

Eu realmente não gostava daquela...

~ Flashback on~

Sam: Freddie, Freddie, Freddie. - saí correndo por entre aquelas pessoas da minha escola, com medo de que a qualquer momento eu poderia escorregar e me espatifar no chão. Encontrei Freddie no corredor. E, bom, ele estava agarrado em uma menina.

Freddie: Oi, Sam! - ele sorriu, colocando a cabeça um pouco para o lado para me olhar. A menina que estava com ele me olhou com uma cara bem feia e assustadora até pra mim.

Sam: Por favor, me leva para casa. - fiz a maior cara de dó e, para minha sorte, os pingos da chuva começaram a aumentar. Ele não iria me deixar ir a pé até minha casa! - Carly foi embora mais cedo, Gibby não veio e ele não atende ao telefone! - comecei a bater o pé insistentemente. - O taxista que eu tenho o número também não atende. Por favor, me leva? eu nunca te peço favores!

Freddie: Claro que eu levo. - sorriu de lado, e dei pulinhos de alegria, mas uma onda de cabelos pretos quase furaram meus olhos quando a tal menina fez um movimento brusco e parou Freddie.

Chantel: Você vai me deixar, amorzinho? - aquela voz azeda se pronunciou pela primeira vez. Virei os olhos, cruzando os braços. Freddie engoliu seco, olhando para mim e para ela.

Freddie: É rapid...

Chantel: Você - ela raspou sua perna descoberta na dele. - pode se arrepender disso depois. Ela sorriu maliciosa e colocou um dos dedos dentro da calça dele, mas não ultrapassando a metade do dedo dela e fazendo carinho por ali. Arqueei a sobrancelha, olhando aquela cena pouco indecente. Sério, quem usa shorts no frio que estava?

Freddie: Sam, desculpa! - ele mordeu o lábio e eu o olhei incrédula.

Sam: Você vai me fazer ir embora embaixo dessa chuva? - respirei fundo e me controlando para não chorar. Ninguém tem o direito de fazer isso com uma pessoa, ainda mais alguém que se diz seu amigo.

Freddie: Me desculpe mesmo, é que... - ele olhou para a biscatezinha com o canto dos olhos e pude sentir a vaca rir de mim por dentro.

Sam: Espero que você não precise de mim tão cedo, Benson.

~ Flashback off~

Sam: Aquele foi um dos piores resfriados que eu peguei na minha vida! - o fuzilei com o olhar, vendo-o rir.

Freddie: E ela se transformou na pessoa mais estranha que eu já conheci, depois do Gibby. - O olhei sem entender. - Sério, ela está toda musculosa, ruiva e de lentes azuis!

Tentei imaginar a minha querida Chantel do jeito que Freddie a descreveu. Comecei a rir. Ela devia ter ficado muito estranha.

Depois que rimos mais um pouco, o apartamento entrou em silêncio total. Freddie continuou fazendo carinho no meu pé e eu suspirei cansada.

Freddie: Sam... - ele me chamou e eu fiz um barulho qualquer com a boca. - Acho que eu vou querer alguma coisa sim. - ele respondeu e eu me levantei para ir pegar algo pra ele, mas fui puxada para a cama de novo.

Especificamente, no colo dele.

Sua mão quente entrou em contato com a minha barriga, fazendo com que eu a contraísse imediatamente.

Freddie: Não precisa buscar nada, o que eu quero está aqui. - ele disse baixinho, e eu fechei os olhos, tentando não prender a respiração ou então, não respirar muito rápido. Sou estranha e fico assim quando ouço essas coisas! Senti Freddie unindo nossos lábios e pedindo passagem com a língua, penetrando a mesma em minha boca. Nosso beijo era calmo e sem segundas, terceiras ou quartas intenções. Ele passou de leve a unha na minha coxa e todos os meus pelos arrepiaram rapidamente.

Sam: Annn, não para! – sussurrei, encostando a testa na dele, ainda com os olhos fechados, enquanto ele entrelaçava suas mãos em meu cabelo.

Freddie: O que foi Sam?

Sam: Você... – Respirei fundo e continuei... Você ainda sente alguma coisa pela Carly? Porque afinal de contas ela foi seu primeiro amor, você ainda sente alguma coisa por ela Freddie?

Freddie: Não! E não quero que você fique pensando naquelas coisas - ele disse, e eu abri os olhos para encará-lo, mas ele ainda tinha os olhos fechados.

Sam: É que...

Freddie: Você foi a primeira. – abri os olhos de novo, agora olhando nos dele, enquanto ele mordia o lábio inferior. – Antes da Carly, você era a primeira...

Sam: Eu era? – senti meu coração acelerar. Pelo menos uma vez eu fui a primeira!

E por mais que eu soubesse que agora eu não era mais nada, aquilo me fazia sentir melhor.

Mas aquilo não devia fazer diferença, devia? Afinal, eu não...

Freddie: Eu gostava de você, mas você nunca me deu bola. – ele arqueou a sobrancelha, afastando um pouco o rosto de mim.

Sam: EU? – o olhei indignada. – Você quem nunca me deu bola.

Freddie: Eu sempre tive olhos para você, mas meu amor nunca foi correspondido. – ele fez bico, cruzando os braços.

Sam: Você sempre foi garanhão, sempre com várias menininhas enroscadas em seu ombro, nem vem, não.

Freddie: Também, depois da minha primeira paixão de verdade frustrada... – tampei a boca dele e ele apertou meu braço de leve, para que eu tirasse.

Freddie me abraçou e voltou a me beijar. Eu me sentia bem mais leve e feliz depois de ouvir aquilo. Por mais que eu fui a primeira, em algum momento Freddie já gostou de mim daquele jeito, e eu me sentia bem, porque, afinal, nunca ouvi alguém dizer que um amor antigo não pode voltar, ou já tinha voltado (?)

Ficamos naquele clima por algum tempo até que a campainha tocou. Quem seria? Por que sempre me atrapalham quando estou com Freddie? Interrompemos o beijo com selinhos e desci até lá em baixo, quando abri a porta podemos dizer que tive uma surpresa.

Sam: Senhora Benson? O que faz aqui?

Marisa: Minha mãe teve uma surpreendente melhora e já estou de volta para cuidar do meu Freddie, como e onde ele está?

Sam: Ele está no quarto... – Ela nem me deixou terminar e subiu as escadas correndo.

Bom, acho que aqui se encerra meu serviço babá. Nem subi para me despedir, fui até o quarto, troquei de roupa, peguei um taxi e voltei para minha casa. Assim que cheguei – como era de se esperar- minha mãe não estava em casa, então arrumei minhas coisas, tomei um banho e deitei na cama, não consigo dormir tão cedo, às vezes, à noite, quando as estrelas iluminam meu quarto, eu me sento sozinha e fico conversando com a lua até o sono vir, e quando ele finalmente vem, eu não durmo para descansar. Simplesmente eu durmo para sonhar.


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Notas finais do capítulo

até o próximo, xxoxoxx



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