Flatmates (?) By A Time escrita por Raura


Capítulo 10
In deep I know is near


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas ando enrolada até a raiz dos cabelos com meus deveres universitários,
sei que ficou curto, porém esse vai servir para ligar o que virá,

Boa leitura!



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Sherlock despertou com a claridade, Molly ainda dormia em seus braços, levantou-se tomando cuidado de não acordá-la, vestiu a calça do seu pijama e foi até a cozinha. Cerca de meia hora depois a legista também acordou, enrolou-se em seu roupão e foi até o cômodo onde o detetive se encontrava.

— Bom dia Sherlock – disse sentando-se a bancada.

— Bom dia – respondeu colocando duas xícaras com café, um prato com algumas panquecas em cima da bancada e se acomodando ao seu lado.

— Não sabia que cozinhava – comentou depois de beber um pouco de café.

— Eu não vou á cozinha só para fazer experiências, Molly... – ela sorriu, por essa não esperava.

— Preciso me trocar – anunciou, terminando de comer uma panqueca e pegando outra enquanto se levantava.

— O hospital não estava em manutenção?

— Ontem, hoje não.

Sherlock queria que ela pudesse ficar o dia todo com ele novamente, tinha sido tão bom passar um dia todo na companhia da legista, não demorou muito, na verdade exatos dez minutos, e ela estava de volta devidamente vestida para ir trabalhar.

— Eu poderia te convencer a ficar – disse puxando Molly e dando um beijo abaixo de sua orelha.

— Seria interessante ver você tentar – ela abraçou-o pela cintura, encostou a cabeça no peito nu ouvindo os batimentos cardíacos começarem a se alterar. Ele puxou seu rosto para um beijo terno, teve gosto de café, panquecas e Sherlock.

Molly sentiu-se tentada a ficar em casa, mas não podia ficar faltando ao trabalho, principalmente porque alguém poderia resolver aparecer em sua casa para saber se estava tudo bem, com relutância se desvencilhou do detetive. Pegou sua bolsa, casaco, cachecol e saiu.

– - - - - - -

Sherlock estava novamente no telhado, pensando. Jamais tinha imaginado que um dia fosse se apaixonar, e em poucos dias debaixo do mesmo teto que Molly deixou de ser indiferente aos sentimentos dela, não queria que ela se machucasse por estar envolvida com ele, e foi tentando não gostar que passou a gostar cada vez mais dela.

Era surpreendente como em pouco tempo tinha mudado, Molly estava transformando seu coração num lugar melhor, abriu uma porta que nunca antes tinha sido aberta, não queria que se fechasse. Gostava das emoções que sentia quando ela o envolvia em seu abraço.

Passou um bom tempo ali, analisou os papéis que seu irmão havia deixado, não seria uma tarefa fácil desmanchar a teia de Moriarty, levaria tempo até que conseguisse destruí-la por completo. Sentiu como se seu coração estivesse sendo apertado, seria privado da companhia de Molly. Evitaria ao máximo pensar nas coisas desse jeito, precisava cumprir sua missão de maneira infalível, e ter esse tipo de pensamento em mente não iria colaborar.

Inspirou e expirou o ar lentamente, enquanto observava sua tão amada Londres.

– - - - - - -

Molly tinha toda sua concentração voltada ao que fazia enquanto se ocupava com uma autópsia, enquanto se encontrava no laboratório do St Barts passando alguns relatórios a limpo, sua mente viajava, pensava em Sherlock, em como a noite tinha sido boa... Acabou tendo que escrever o mesmo relatório três vezes.

As horas pareciam se arrastar, queria voltar ao seu apartamento e aproveitar todo o tempo que pudesse na companhia de Sherlock. Automaticamente um canto de sua mente a questionou sobre quando ele fosse embora, sentiu um vazio por dentro, especialmente agora depois dele ter retribuído seus sentimentos. Afastou-se da direção que seus pensamentos tomaram, lidaria com isso quando fosse necessário.

Felizmente o final do expediente chegou, Molly saiu do hospital, já tinha anoitecido e estava frio, "perfeito para chocolate quente" pensou e antes de ir pra casa parou em um mercado para comprar marshmallows.

Molly chegou em casa e Sherlock tocava violino de olhos fechados, ele abriu os olhos ao vê-la e sorriu. Deixou a sacola na cozinha, foi até seu quarto deixar suas coisas e entrou no chuveiro. Saiu do banheiro trançando o cabelo, o detetive ainda estava tocando na poltrona, a legista reconheceu a música que ele tocava: Once Upon A Dream, foi até ele e sentou-se em seu colo, fazia carinhos na sua nuca, passados pouco mais de dois minutos ele soltou um suspiro.

— Assim você me desconcentra – disse colocando o violino e o arco ao lado da poltrona.

— Vou fazer chocolate quente, vai querer?

— Com marshmallows?

— Sim – ela se levanta sorrindo e o puxa pela mão, levando-o até a cozinha também.

O processo de preparo é feito entre marshmallows, risadas e beijos. Sherlock não escondia o quanto estava gostando de tudo aquilo, abraçou Molly enquanto ela mexia a panela no fogo, a cabeça em seu ombro, distribuindo beijos em seu pescoço. A legista teve que se esforçar para não deixar o chocolate queimar e nem se queimar.

Levaram as bebidas prontas para a sala, pegaram um cobertor para dividir, jogaram algumas partidas de Mario Kart, Sherlock reclamando quando era atingido por algo que o atrasasse, Molly sorria travessa, até que depois de perder três vezes seguidas ele puxou toda a coberta para si e se enrolou nela.

— Sherlock!

— Cansei de jogar – enfiou a cabeça no seu casulo de cobertor.

— Deixa de ser mau perdedor – ela o cutucou e não obteve resposta, assim que estendeu os dedos para lhe fazer cócegas ele se desenrolou o suficiente para poder puxá-la para cima de si.

Molly se derreteu sob o olhar que tinha a combinação perfeita de azul e verde, encostou os lábios levemente nos de Sherlock, ele os abriu dando passagem para sua língua, as mãos dele a apertando junto de si.

Ficaram deitados abraçados no sofá até que Sherlock ouviu Molly bocejar e a arrastou para cama, aninharam-se um no corpo do outro. O detetive ficou fazendo cafunés nos cabelos da legista até que ela dormisse, foi cedendo ao sonho aos poucos, e conforme afundava na inconsciência sua mente voltava ao beijo que tinham dado no sofá, a pressão dos lábios dele lhe deu a sensação de como se logo ele não fosse mais estar ali, mas ele avisaria antes de ir embora certo? Era o mínimo que devia fazer.

— Boa noite Molly – sentiu os lábios dele em seu cabelo e seus braços mais afetuosos a puxar para mais perto.

Murmurou um ''Boa noite" antes de ser arrastada para inconsciência, onde o alerta de que estava perto o dia que ele iria embora lhe encarava.


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Notas finais do capítulo

Anyway, quero saber o que acharam desse :3



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