Por Você escrita por Andye


Capítulo 12
Surgem as Ideias


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Que bom que gostaram do capítulo passado, já não era sem tempo que as coisas dessem uma melhorada para esses dois, e sabem o que mais? Eu adorei colocar o Harry por aqui também. Não teremos um Hargin exposto por aqui, mas eu os farei, e bem... Deixa de lero-lero e vamos para o capítulo porque esses três (Harry, Gina e Ron) vão aprontar!

;)



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Rony estava deitado fitando o teto. As mãos cruzadas sob a cabeça, assim como suas pernas sobre o colchão. Finalmente estava sozinho naquele dia. A mãe estava cada vez mais presente e a frequência na qual via Hermione estava cada vez menor.

Uma semana sem vê-la e ele já estava aflito. A morena era como uma droga na qual ele viciava mais a cada nova pequena dose recebida. Ao menos agora tinha notícias. Gina tinha o número do celular da garota e Harry o estava ajudando como podia.

Hoje ela estava de folga, era o momento perfeito para encontrá-la, mas a mãe o alugou o dia inteiro e ele percebeu quando Gina se afastou um pouco e fez uma ligação. Provavelmente estava avisando para que ela não aparecesse. A ruiva parecia tão irritada quanto o irmão quando voltou da ligação e o clima estava tenso até então.

– Boa noite, Ronald.

A Dra. Fals acabara de entrar no quarto do ruivo fazendo com que o rapaz se acomodasse melhor sobre a cama. Com ela entraram Harry, Gina e Molly Weasley.

– Boa noite, Dra. Fals. Dr. Potter – ele cumprimentou, a mãe se aproximando e lhe dando um beijo carinhoso na testa.

– Como se sente? - a médica perguntou com seu familiar sorriso maternal.

– Um pouco deprimido – falou sincero.

– Não tem porque ficar deprimido, meu amor – Molly interrompeu afagando os cabelos do rapaz.

– Mas é assim que me sinto.

Molly beijou sua cabeça novamente, enquanto o ruivo observava a irmã e o novo amigo discretamente. A cena foi interrompida apenas quando a Dra. Fals continuou a falar.

– De acordo com os relatórios do Dr. Potter, você está muito bem - todos sorriam, inclusive ele – E a partir de agora, ou melhor, de amanhã, permitirei que saia um pouco de seu quarto.

– Como assim? - Rony perguntou curioso.

– Poderá sair. Só isso – ela continuou sorrindo – Vai caminhar, poderá fazer pequenos passeios e esticar as pernas. Você está enclausurado aqui.

– Mas ele tem condições para isto? - Molly Weasley interrompeu preocupada.

– Sim, sim... Sra. Weasley, o Ronald está ótimo. Ele está muito bem e passeios serão muito bem-vindos. Tendo em vista que ele gosta da natureza, de respirar o ar puro, isso tudo será ótimo!

– Então está tudo bem – a voz da senhora repercutiu no quarto e Gina sorria para o irmão maquinalmente.

– Estou muito satisfeita com você, Ronald. Se não tivesse novamente se interessado em continuar o tratamento, nada disto seria realmente possível. Está de parabéns.

– Obrigado, doutora.

– Agora vou indo, tenho uma cirurgia para participar, mas mais uma vez, parabéns Ronald. Tudo isto é consequência de seus esforços.

– Doutora? – ele perguntou rápido – Posso mesmo sair?

– Sim, pode sim. Está bem, meu querido. Caso esteja acompanhado, não haverá problemas.

– Obrigado.

– Boa noite a todos.

Depois de ser saudada por todos, a doutora se afastou e saiu. Gina e Molly se aproximaram de Rony enquanto Harry fazia todos os procedimentos necessários no paciente.

Molly ficou próxima a cabeceira da cama e Gina sentou na cadeira ao lado do ruivo, em silêncio, observando o Dr. Potter em seu trabalho enquanto ouvia a mãe recomendado o filho antes de sair.

– E por favor, querido, não é porque agora poderá sair que deve ficar como um louco correndo por ai a toda hora.

– Como se eu pudesse sair a toda hora e correr, mamãe. - respondeu ranzinza – Sou mais vigiado que condenado á prisão perpétua.

– Não exagera, Rony – a mulher irritou-se um pouco.

– É a verdade, mamãe. A senhora parece um general. Não posso ficar nenhum segundo em paz sem ter a senhora me falando o que tenho ou o que posso fazer.

– Falando desse jeito parece que sou uma megera na sua vida – ela se entristeceu.

– Não é isso, mamãe – Gina se meteu – O problema é que o Rony fica sem respirar com a senhora sempre o impedindo de fazer tudo, lhe dizendo sempre o que fazer...

– Eu entendo que posso ser um pouco protetora...

– Um pouco demais, mamãe – Gina falou e sorriu para o irmão.

– Sim, tudo bem. Demais... - ela mesma sorriu - Mas eu faço isto para seu bem, meu querido – falou acariciando o rosto do filho.

– Eu sei, mamãe – ele disse cansado observando Harry verificar seu prontuário, espreitando – Mas para mim é complicado – suspirou.

– Eu te entendo – ela falou compadecida – E me desculpa, eu sei que sou espaçosa demais na maioria do tempo.

– É sim - ele concordou prontamente.

– Tudo bem, tudo bem! Eu já vou, seu pai está me esperando em casa. Gina, por favor, cuide de seu irmão.

– Sempre cuido do Ron, mamãe - a garota respondeu revoltada.

– Não há necessidades da Gina dormir aqui. Estou bem – falou irritado.

– Eu fico, meu irmão. Não tem problemas.

Ela sorriu e ele percebeu que tramava. Harry a olhou condescendente enquanto a senhora beijava os dois na testa e se despedia deles. Minutos depois, Gina relaxou sobre a cadeira e começou seu discurso.

– Pensei que a mamãe não fosse embora nunca. E você quase melou tudo. - falou olhando para o irmão.

– O que está tramando? - Rony perguntou aflito.

– Nada demais. Estou com meu celular aqui – ela balançou o aparelho enquanto sorria maquinalmente para o irmão.

– E daí?

– Como você é lento, Ronald – ela rebateu e Harry sorriu. Rony o ameaçou com o olhar – Vou ligar para Hermione e você conversa com ela. Eu combinei com o Harry e ele vai me emprestar o carro dele...

– Você é corajoso, cara... - Rony atrapalhou a irmã.

– Cala a boca, Gengibre dos infernos, estou tentando ajudar! - a ruiva falou irritada e Harry riu ainda mais – E eu sou habilitada.

– Meu carro não é lá grandes coisas – Harry pontuou a interrompendo também – Não teria como sofrer muito dano.

– Ah... Vocês dois são uns idiotas. - ela constatou relaxando as costas na cadeira e observando os dois, cruzando os braços sobre os seios – Você quer saber ou não?

– Claro que quero - sorriu para ela.

– Enfim. Vou buscar a Hermione e a trago pra te ver.

– Não precisa. Ela tem moto. Pode vir aqui.

– Sim, inteligência rara – Gina girou os olhos – Mas a Hermione não pode vir de moto, ela está de folga e sabe muito bem que é um risco.

– Faz sentindo...

– Sim, faz todo sentido porque sou inteligente e penso muito bem antes de falar asneiras – o sorriso debochado da ruiva fez Harry rir novamente – Então você avisa para ela que eu vou buscá-la em sua casa.

– Não. Melhor não – Rony falou pensativo e os dois se surpreenderam – Não é bom que ela venha aqui, é perigoso.

– Mas como vão se ver? - Gina perguntou arqueando a sobrancelha.

– Vocês dois estão realmente dispostos a me ajudar? - Rony perguntou marotamente.

– Eu sim – Gina falou prontamente.

– No que eu puder – Harry completou.

– Então, eu já sei o que vou fazer e... vou precisar da ajuda de vocês.


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