Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 36
O dia em que Dylan ficou horroroso.


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE LINDA DO MEU CORAÇÃO, AQUI TA O CAP, DESCULPA A DEMORA, VEJO VCS LA EM BAIXO!
Especialmente para a Hellie, obrigada pelos comentários lindos e maravilhos ♥
Esse capítulo é mt importante, apenas digo isso HAHAAHA



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— Como assim estamos quites? Dylan McCallen volta aqui agora! – gritei a plenos pulmões.

O garoto parou no meio da escada, sem virar para trás. Mas que merda eu to fazendo da minha vida? Eu não posso ficar correndo atrás do Dylan que nem eu corro atrás do carrinho de churros.

— O que foi Lídia? – perguntou acido.

Engulo seco, sem saber escolher as palavras certas, havia tanto que eu queria falar, tanto que eu gostaria de despejar, mas nada parecia sair da minha boca, tudo estava entalado na minha garganta. Tento segurar as lagrimas que ameaçavam cair, não queria que ele me visse chorar, já tinha dado a cota de sofrimento por Dylan, eu não aguentava mais nada que o envolvesse, eu não aguentava mais Samantha, eu também não suportava mais ficar longe de quem eu amava por causa dele. Tudo que ele representava era problema. E de problemas na minha vida já bastavam os matemáticos.

— Você ultrapassou todos os limites Dylan – minha voz soava mais cansada do que eu imaginava que ela estaria resultado de todas as malditas emoções que tenho passado ultimamente. – Eu achei que você tivesse entendido quando eu disse que não era para você ousar se aproximar de mim novamente.

— Lídia...

— CALA A BOCA! – estouro. Sinto meu rosto esquentar, e as lagrimas que eu estava combatendo para segurar, já estava rolando pelo meu rosto.

Dylan pareceu chocado pelo o fato de eu gritar com ele, não era uma coisa muito normal eu perder a minha compostura desse jeito, por mais que eu sempre brigava e batia nele.

— O que tá acontecendo aqui? – pergunta meu irmão, aparecendo no pé da escada.

— Sai daqui Dylan – avancei pela escada, o empurrando com força. Ele tropeçou e caiu no ultimo degrau. Chutei com força sua perna, fazendo o garoto soltar um grito de dor, isso foi à deixa para que eu me jogasse em cima dele e começasse a bater aonde minhas mãos alcançassem. Eu estava cega de raiva, eu não conseguia pensar em nada, parecia que a minha cabeça era uma tela em branco.

Só parei de espernear, chutar e socar tudo ao redor, quando a voz do meu irmão e dos meus pais atingiram meus ouvidos.

— Lídia, pelo amor de Deus— exclamava minha mãe – Para com isso.

— Filha... – a cara de espanto do meu pai que me fez voltar à realidade. Jared estava atrás de mim, me segurando pelos ombros com força, sua respiração pesada indo de encontro à minha nuca. Meu pai me olhava com medo, e minha mãe estava perto de Dylan, ajudando-o a se levantar do chão. O garoto estava descabelado, com a roupa amassada e quando seus olhos encontraram com os meus, me arrepiei de ver o estrago que eu tinha feito. Seu rosto estava arranhado e seu lábio tinha um corte.

— Céus... – exclamei. A atmosfera ao meu redor parecia me sufocar, eu precisava sair dali o quanto antes, eu não aguentava olhar para nenhum deles naquele momento. O que eu tinha feito? Desprendi meus ombros das fortes mãos do meu irmão e sai correndo, sem dar ouvidos a ninguém atrás de mim. Minha cabeça não parecia pensar, então meus pés faziam o trabalho de me levar até a única pessoa que eu poderia conversar no momento.

***

Blythe.

Quem é que está tocando a campainha da minha casa desse jeito? Parece que está desesperado para entrar.

— Já vai! – grito em resposta. Largo os livros e anotações que eu estava estudando, e procuro por um par de chinelos, acho só o pé direito e corro até a porta. Encontro uma Lídia em estado deplorável para não se dizer, horroroso. A menina estava sentada no chão, com a cabeça entre os joelhos e as mãos nos cabelos vermelhos. Me assusto com aquela cena, Lídia não era muito de chorar, e ver ela soluçando na porta da minha casa, era um fato esquisito.

Mas que merda é essa Lídia Evans?— pergunto. A menina levanta a cabeça, e encontra meus olhos. – Jesus Lídia, o que aconteceu? – sento ao lado dela, esperando por uma resposta.

— Eu bati no Dylan – responde. Não consigo conter uma risada ao pensar na cena, que devia ter sido no mínimo muito cômica. – Não ri – diz entre soluços.

— Vem, vamos entrar, ai você vai me contar o que aconteceu – pego em seu braço e ajudo a mesma a levantar. Entramos na casa, e Lídia me conta sua historia.

***

A garota dormia no meu sofá tranquilamente, nem parecia que horas atrás ela estava chorando rios. Suspiro e saio de casa, preciso fazer a boa ação do dia. Toco a campainha da grande casa amarela, e uma bela mulher aparece, seu semblante demonstrava preocupação, e eu conseguia entender bem o motivo.

— Ola – diz simpaticamente.

— Oi, sou a Blythe, amiga da Lídia - Amiga? Bom estávamos longe de sermos amigas, mas também não éramos mais inimigas, aprendemos a nos respeitar e isso era um bom começo.

— Ah sim, pode entrar. – ela me dá espaço e entro na casa, acompanho a mãe de Lídia até a sala, e me surpreendo ao ver um Dylan do jeitinho que a ruiva tinha descrito. Era a primeira vez que eu via o menino daquela maneira.

— Você está horroroso McCallen – o garoto me olha com desdém, e murmura um obrigado quase inaudível.

— A Lídia não está – fala o senhor sentado ao lado de Jared.

— Eu sei, ela tá na minha casa.

— Porque ela foi para a sua casa? – pergunta Jared.

— Porque ela não confia em nenhum de vocês, todo mundo abandonou ela para virar amiguinho da Samantha, e esse babaca sentado na sala de vocês, é um grande causador de problemas na vida dela. Por isso ela está na minha casa, compartilhamos do mesmo sentimento de raiva.

Ninguém responde nada por um tempo.

— Lídia não tem mais idade de uma criança, mande que ela volte para casa, isso não é coisa que se faça como ela deixa os pais tão preocupados assim? – o pai da garota parece realmente preocupado.

— Ela vai voltar, eu garanto à vocês – tento soar convincente – Mas não hoje, eu dei um calmante para ela, e nem consegui tirar aquela coisa ruiva do meu sofá.

— Tem certeza que foi calmante ou foi veneno? – pergunta Dylan.

— Cala a boca seu idiota, isso tudo é culpa sua – acusar Dylan de todos os problemas que ele causava, era muito gratificante. Não me entendam mal, eu poderia ser sim uma vadia de vez em quando, mas eu também tinha minhas magoas, e muitas delas causadas por Dylan. – Eu preciso muito mesmo falar com você, a mãe da Lídia, por favor.

Depois de uma conversa sincera e meio tediosa, a mãe de Lídia, a dona Maggie, finalmente me deu uma muda de roupas e seus materiais.

— Ai aí Lídia Evans, você me deve um grande favor.

***

 - Como assim você não vai ao passeio de formatura Lídia? – respiro profundamente e olho para a garota na minha frente. Ela tem uma cara de tédio, e realmente parece estar falando serio.

— Não vou ué, estou esperando pela minha carta de Yale – ela dá de ombros, claramente despreocupada – Vai que ela chega e eu não estou lá para abrir.

Ao nosso lado tem uma Avallanah extremamente curiosa, fingindo que não escuta a nossa conversa.

— Pode parar de fingir que não tá escutando nada Smith, você não sabe disfarçar nada – ela me olha feio, mas não responde – Agora vê se convence a sua amiga a ir nessa merda de passeio comigo.

— Ela sempre quis ir para Yale, duvido muito que ela vai ir para esse passeio e perder a oportunidade de ser a primeira a por as mãos na carta de admissão dela – a loura ao nosso lado dá de ombros, e solto um suspiro profundo. Deus me dê paciência, se me der força eu vou dar uma de “ Hulk, esmaga”.

— Vocês são muito chatas – levanto para ir à próxima aula – Não esqueci disso ruivinha – digo para ela, que não responde nada, apenas se levanta e vai embora.

***

—Lídia sua idiota, não me diz que ainda não fez suas malas para amanhã a noite – tento inutilmente gritar com a outra pela linha do telefone, enquanto pinto as unhas do pé.

— Não vou e já falei. – ela tenta por um ponto final na conversa em vão, não vou desistir facilmente.

— Lídia, você me deve um favor, caso não tenha esquecido. – essa é minha ultima cartada. Nem eu sei por que estou tentando levar essa garota, mas eu sinto que estou tentando fazer um milagre em vão.

— Eu preciso desligar, tchau Blythe.

— Ah não, vou ter que partir para o plano B. Hora de ligar para a dona Margareth!

***

— Onde que a sua irmã está – pergunto para Jared pela milionésima vez. Ele suspira e balança a cabeça alegando não saber, ao seu lado Taylor e Avallanah reviram os olhos simultaneamente.

— Ela não vai vir – responde a traíra que eu chamava de melhor amiga tempos atrás – Se vocês são tão amigas, deve saber que ela está esperando pela carta de admissão dela.

Me limito apenas a revirar os olhos, não quero ter que começar uma briga e arrancar alguns fios de cabelo dela.

O professor barrigudo manda todos entrarem no ônibus, e tento fazer com que ele espere mais um pouco, mas ele não me dá ouvidos e começa a me empurrar em direção da porta do ônibus.

— Professor, a Lídia vai vim, ela só está atrasada – choramingo.

— Ela não vêm senhor...

— Venho sim!

Olho para trás e vejo uma Lídia diferente. Ela tem um enorme sorriso no rosto, e seus cabelos que antes batiam na cintura, agora estão na altura do ombro. Com certa dificuldade ela segura uma mala vermelha nas mãos.

— Sua demônia, por que demorou tanto? – corro e puxo a mala vermelha de suas mãos. Entrego para o professor e faço com que a ruiva entre antes de mim no ônibus. – Agora podemos ir.


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Notas finais do capítulo

Quero dizer apenas que amo vocês, muito mesmo



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