Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 21
Cuida de mim.


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAA, nossa quanto tempo, voces ainda lembram de mim? Tem uns bons meses que eu não dou as caras por aqui :( ME DESCULPEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! eu senti um bloqueio mental enorme, mas hoje me deu uma vontade enorme de voltar a escrever, e eu voltei, com esse big capitulo para vocês ♥
Boa leitura!



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Os dias estavam passando de pressa, e junto com isso, vinha à aproximação das provas e do tão esperado Baile de Inverno, que dava encerramento ao ano escolar e inicio as férias.

Dylan estava realmente se esforçando para não tomar bomba em nenhuma das matérias, já que queria continuar no time e passar de ano. Não poderia dizer que nossa convivência era uma das melhores, mas constantemente nos dávamos muito bem, até tudo virar um desastre e nos lembrarmos do quanto nos odiamos. Nada que não superássemos se estivéssemos juntos.

Era uma tarde de clima bom, nem sol nem chuva, nem frio nem calor, eu e Dylan estávamos na biblioteca da escola, revisando sobre a ultima matéria de química, uma das mais difíceis para ele. Eu conseguia ver o cansaço em seus olhos, porem os dias não tinham sido fáceis para nenhum de nós.

Ava tentava dividir sua atenção entre Brandon – que também tentava escapar da forca chamada recuperação – e seu quase namorado Simon. ‘’Quase’’ namorado, pois ela recusava seus pedidos constantes de namoro, e sua razão era que não queria estar em um relacionamento sério antes de fazer as provas. Sei que esse não é o real motivo, e ao contrario de todos que ficam pressionando ela, sei que minha amiga precisa de tempo e de espaço, por isso a deixo na dela.

Taylor e Todd também estão correndo para não ficarem para trás, já que ela tem dificuldade em álgebra e historia e ele tenta assimilar tudo depois de ficar fora por um bom tempo. Jared também precisava de um milagre caso quisesse ficar no time.

Todos estavam estressados ultimamente, e fazia um tempo que nossos fins de semanas eram somente estudos, nada de happy hour. Mas não era só isso que tinha mudado, parecia que todos estavam tentando amadurecer rapidamente, como se aquilo fosse uma urgente mudança que fossem salvá-los. Sinto muito em lhes dizer que não amigos.

– LIDIAAAAAAAAAA! – gritou ele.

– DYLAAAAAAAAAN! – gritei de volta.

– Crianças, por favor, sem gritar! – disse a Sra. Foster, mais conhecida como tia da biblioteca.

– Desculpa Sra. Foster, mas a culpa é dela – disse o garoto apontando seu dedo indicador na minha direção.

– O que ela fez? – perguntou a senhorinha intrigada.

– Ela parou de me dar atenção, e não ta me ajudando a estudar.

– Oh Lidia, ajude o pobre rapazinho, ele precisa de você – ela me deu uma piscadela e eu assenti, me virando para ele, que sorria.

– Tadinho do pobre rapazinho McCallen – disse eu.

– Tadinho mesmo, já tem semanas que ele tentar ganhar um beijo de uma ruiva ai, mas ela sempre foge. – ele cruzou os braços na frente do peito e esperou uma resposta minha. Suspirei e me aproximei dele o abraçando. Ele me abraçou de volta.

– Desculpa – sussurrei.

– Não - disse ele rindo.

– Então vai à merda – respondi dando um tapa em sua cabeça.

– Eu to brincando – ele aproximou seu rosto do meu e me beijou. Ah, como eu tinha sentido falta daquele beijo.

– Dylan – me afastei dele – chega.

Ele me olhou desapontado, mas assentiu e voltou os olhos para o livro, com um suspiro cansado.

– Preciso dormir por alguns meses para recuperar todo o sono que eu tenho perdido estudando tanto – reclamou Dylan.

– Imagina quando chegar a época de vestibular.

– Não, não quero nem imaginar. Essa palavra me atormenta. Outro dia meu pai começou a falar, disse que eu preciso escolher algo logo, ele não quer um vagabundo encostado para sujar o nome da família.

Senti pena dele, Dylan muitas vezes era maltratado pelos pais, que viviam em constante pé de guerra, a única pessoa que ele realmente poderia chamar de família, era sua irmã mais velha que morava na Europa. Alem de confiar muito em Imogen, a governanta da casa. Muitas vezes eu me sentia mal por trata-lo de forma tão agressiva, no fundo Dylan só precisava de carinho.

– E o que você disse? – perguntei.

– Disse que ia ser mochileiro que nem a minha irmã, tive que sair correndo de casa antes que ele me espancasse – disse num sorrisinho. Sorri de volta, triste por ele. Ninguém merece esse tipo de tratamento. – Mas e você menina do futuro brilhante, o que quer fazer da vida?

– Ainda não sei... Nada me chamou muito a atenção ainda.

– UAU, você não ta falando isso só para me deixar feliz né?

– Não – disse rindo – Eu to realmente falando a verdade, por quê?

– Achei que você tinha todo o seu futuro planejado e escrito num diário secreto, onde você fala mal de todo mundo.

– Você não me conhece mesmo – balancei a cabeça em sinal de desapontamento.

Ele me puxou para perto, e coloquei minhas pernas em cima de suas coxas. Queria tanto beija-lo, mas algo na minha cabeça ficava me dando cliques, e me impedia, seria aquilo medo?

– Você não me dá nenhuma oportunidade para nada Lidia, toda vez que eu me aproximo dando um passo, você se afasta dando dois passos – mais um suspiro cansado – Me diz como eu faço para chegar ate você? Eu não consigo nem ser seu amigo, e eu fico achando que o problema é comigo, e parece ser mesmo, porque ultimamente você tem falado com todo mundo, menos comigo, a não ser o necessário, e eu sei que não fiz nada para te magoar. Não dessa vez.

Suas palavras me atingiram como um tsunami. Só pude olhar para Dylan, aquele que tinha o poder de arrancar as minhas melhores risadas, de me deixar irritada, de me levar do inferno ao céu em segundos. Eu não queria decepcionar ele, não mesmo, mas eu estava decepcionando a mim mesma nesses últimos dias. Eu me sentia uma estranha no meu corpo, e minha cabeça parecia estar prestes a explodir a qualquer minuto.

Eu sentia falta de tudo, dos meus amigos, dos meus livros, do gato da vizinha, do meu irmão, dos meus pais, de mim mesma. Eu estava vivendo uma vida que não era minha, e eu não sabia por que isso estava acontecendo.

– Me leva pra casa – pedi levantando e arrumando as coisas. Ele fez o mesmo e saiu na frente, visivelmente irritado, pois eu estava fugindo novamente de mais uma de suas investidas.

O caminho foi um silencio tortuoso, eu gostaria de conseguir expressar tudo o que se passava dentro da minha cabeça, mas estava difícil assimilar as palavras. Ele parou em frente a minha casa e eu desci. Ele não foi embora, me olhou e colocou a mão na chave para ligar o carro e ir de vez, mas eu não podia deixar o meu menino ir daquele jeito. Entrei no carro e Dylan se assustou.

– Entra, vamos comer alguma coisa – falei rapidamente a única coisa que veio pela minha cabeça.

Ele me olhou surpreso e balançou a cabeça negativamente: - Lidia...

– Por favor.

Seus olhos se suavizaram e ele tirou a mão das chaves. Sai do carro e não olhei para trás com medo de ver que ele não estava me seguindo. Senti sua mão quente segurar a minha, e dei um sorriso interno.

Não tinha ninguém em casa, sexta-feira era um dia que todos chegavam tarde, já que papai e Jared iam jogar bola juntos e minha mãe saia num happy hour com as amigas.

Puxei Dylan sem dizer uma palavra até o meu quarto, joguei as coisas no chão e ele se sentou na cama, me olhou e abriu a boca para falar algo, não deixei, sentei em seu colo e beijei ele.

De primeira ele se assustou, mas não hesitou em me puxar para mais perto, segurando minha cintura com uma mão e com a outra puxando meus cabelos de leve. Ele estava sendo gentil, mas eu não queria gentileza, eu queria aquele Dylan bruto, que me beijou a força varias vezes, que me agarrava sempre que podia.

– Lidia, seus pais podem chegar – ele tentou me afastar e o olhei confusa.

– Quer ir embora? – perguntei.

– Sim – ele disse rapidamente. Sai do seu colo na mesma velocidade em que tinha chego.

– Você sabe o caminho da porta – disse enquanto tirava os tênis e ia me enfiando debaixo das cobertas. Céus, como fui estúpida. Dylan disse mais cedo que queria ser meu amigo, e então eu agarro ele. Muito estúpida mesmo.

Fiquei observando seus movimentos até que ele chegou na porta, parou e se virou para mim. Outro suspiro cansado. Ele se virou para a porta, outra vez para mim. Estava tentando decidir se ia mesmo embora ou não.

– Você não me merece Lidia – outro suspiro, e quando dei por mim seu corpo estava me prensando contra a cama. Meu coração deu um pulo de felicidade e meu estomago se contorceu. Dylan estava me beijando do jeito que eu queria, mas eu não estava satisfeita, quando se tratava de Dylan, eu sempre precisava de mais.

***

Dylan POV.

Porque ela fazia aquilo comigo? Primeiro me deixa no chão, depois me leva ao céu. Definitivamente Lidia estava brincando com os meus sentimentos, isso porque eu nem queria tê-los.

Só de ouvi-la suspirar quando sentiu minha ereção pressionada contra ela, quase perdi o controle ali mesmo. Mas aquela era a Lidia, a minha ruivinha, que ficava nervosinha com tudo, que mudou meu jeito de pensar nesses últimos meses. Pensa direito Dylan, vai com calma.

Coloquei minha mão dentro de sua blusa e senti sua pele arrepiar, não aguentava mais esperar, era uma necessidade. Arranquei sua blusa e tirei a minha em seguida, quando olhei para Lidia, constatei que ela não estava usando sutiã.

– Porque você tirou o sutiã, acha que eu sou burro a ponto de não saber tirar? – perguntei irritado. Ate nesses momentos Lidia queria me rebaixar. Ela me olhou envergonhada e disse que não estava usando porque incomodava. Me senti instantaneamente culpado. MAS QUE IDIOTA DYLAN.

– Desculpa – murmurei, me afastando um pouco.

– Dylan, eu que preciso pedir desculpas – ela puxou o edredom para a frente do corpo e olhou para baixo com vergonha. – Eu sei que te trato muito mal, mas às vezes eu deixo escapar as palavras antes de filtrar o que eu vou dizer, e eu não sei o que ta acontecendo comigo ultimamente, eu to estranha, mais do que o normal.

Seu comentário me fez rir, nunca na vida Lidia Evans iria assumir que era estranha.

‘’ Eu sinto falta de como as coisas eram antigamente, talvez eu esteja sendo injusta, sei que todo mundo tem seus problemas, porem eu sinto que mesmo quando estamos todos juntos, eu to sozinha, ate quando tento conversar com a Avallanah... Ela sempre me ouvia e conversava comigo, mas ultimamente ela nem responde nada alem de bom dia, e eu to descontando a minha magoa em você, sendo que o único que esta sempre comigo, não só quando precisa para estudar, é você Dylan. Então me desculpa por tudo, e me desculpa por te agarrar e forçar as coisas, eu fiz por necessidade de sentir algo que não fosse magoa’’

Fiquei alguns segundos absorvendo suas palavras, e vi que tudo o que ela estava sentindo, era o que eu vinha sentindo e observando. Nossa vida estava uma merda mesmo!

– Vamos fazer uma promessa então – me aproximei da garota, que me prestava atenção em cada movimento meu. – Você não me deixa nunca, por nada nesse mundo, você cuida de mim e me protege, e eu faço o mesmo com você.

Ela sorri e me puxou para um abraço. Puxei o edredom aos poucos, louco para continuar de onde havíamos parado. Ela não me afastou. Beijei-a delicadamente, queria sentir cada parte do seu corpo, prestar atenção em cada reação que ela iria ter. Eu ia com calma, tocando de leve em seus seios, ate que ela se acostumasse com a ideia, eu sentia a vergonha e a tensão emanar dela.

Beijei seu pescoço, fazendo uma trilha ate chegar em seu seio, olhei para Lidia e ela assentiu permitindo que eu continuasse. Encostei meus lábios de leve beijando o local, e o mesmo ficou rijo na hora, senti minha calça ficar apertada demais contra meu corpo, mas continuei. Ate que aos poucos Lidia foi se soltando, deixando suspiros e gemidos escaparem de sua boca, me deixando cada vez mais necessitado de estar com ela completamente.

Desci fazendo uma trilha de beijos pela sua barriga e abri sua calça jeans a abaixando aos poucos. Não pude deixar de rir alto quando vi sua calcinha.

– Nunca imaginei você usando uma calcinha que tivesse renda, isso é extremamente sexy – disse rindo e a deixando sem graça.

– Minha mãe que compra, ela diz que eu preciso ter coisas de mocinha – ela revirou os olhos, mas estava vermelha, e linda, alem de estar vulnerável de uma maneira que jamais pensei em ver Lidia.

– Sua mãe esta corretíssima. Essa coisa de mocinha – puxei a barra da calcinha e ela ofegou – me deixa, com muita, mas muita vontade mesmo, de fazer tudo o que eu quero com você.

– E o que você quer? – ela perguntou provocando.

– Que você seja minha, por inteiro, sem arrependimentos, nem que seja só por hoje.

– Eu sou sua Dylan – ela sussurrou.

Aquilo foi a deixa, arranquei minha calça e me movi para cima dela, fazendo com que nossas intimidades se encostassem, ambos gememos. Mas nossa alegria acabou cedo demais, quando ouvimos a mãe dela chamando chamar seu nome.

– DYLAN! – disse ela desesperada. – Sai pela janela.

– Não, a gente finge que ta estudando, vai coloca a roupa logo – me levantei depressa e vesti a calça e a blusa, colocando os tênis na velocidade da luz. Ouvimos a voz da mãe dela novamente. Olhei par uma Lidia estática na cama. – Lidia, vai logo!

Ela pareceu sair do transe e tentou se vestir rapidamente, pegou alguns livros e os espalhou pela cama, assim como algumas canetas e suas folhas de anotação. Mais uma vez a voz da mãe dela, dessa vez mais perto, provavelmente na escada.

– Dylan, finge que ta dormindo – ela se jogou na cama e fechou os olhos, eu não pensei duas vezes e fiz o mesmo.

Houve uma batida na porta e a mãe dela entrou no quarto.

– Ah que fofos – ela esbarrou em algo no quarto fazendo um barulho, senti Lidia se movimentar de leve. Logo sem seguida uma luz e o barulho de um foto sendo tirada. Serio mesmo? Ela tava tirando foto de nós dois? Se fosse a minha mãe, já teria descido o chinelo nas minhas costas. Ouvi que ela saiu do quarto e fechou a porta. Abri os olhos devagar e vi Lidia me observar. Ela sorriu e me abraçou sem dizer nada. Certos momentos não precisavam de palavras.


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Notas finais do capítulo

Eai gente? Voltei animada huehuhhuee, ja escrevendo logo umas safadezas heheheh :v mas me digam, vcs curtiram?
AHHHHH, no outro capitulo, para quem lembra udausdhausdha, eu pedi p que vcs me mandassem nomes femininos, e vcs deram varias ideias, muuuuuito obrigada, se puderem, mandem mais!!!

ps. Genteeee, eu to escrevendo uma fanfic nova, se puderem, leiam e me digam o que acham.
LOGO MAIS TEM MT AMOR E ODIO ENTRE LIDIA E DYLAN szszsz



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