Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 14
Ele baba e ronca, mas eu gosto dele


Notas iniciais do capítulo

volteeeeeei, e sim, exclui o aviso rapido q eu tinha dado, agr é ngc serio aq minha gente u.u vão lervão u.u kdbsdbash



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– Eu não vou ficar praticamente a tarde de quinta inteira estudando, vou surfar.

– Bom, o problema é seu.

– Sim, é meu. Fui.

E lá se vai o ser mais teimoso que existe na face da terra. Tudo bem, ele quer ir surfar em vez de estudar para a prova de álgebra amanha, então que ele vá. Ouvi a porta da biblioteca batendo levemente e suspirei. Olhei o grande relógio que estava pendurado na parede logo a minha frente, que zumbia com o tic tac de segundo em segundo. Suspirei novamente e abri o livro, buscando a concentração que sempre me rodeava nos momentos de estudo.

– É bom eu aprender tudo para essa maldita prova – disse ele atrás de mim. Sorri vitoriosamente e me virei para encará-lo.

– Então você vai passar a tarde todo aqui estudando, em vez de ir se divertir nas ondas da bela California? – não poderia deixar de fazer uma gracinha com ele.

– Nossa que fofa, quem vê parece que se preocupa comigo. – respondeu sarcasticamente, puxando uma cadeira e se sentando ao meu lado.

– Ainda bem que sabe que você não tem nenhuma importância na minha vida McCallen – voltei minha atenção para o livro, enquanto ele se dispôs a me observar.

– Consigo sentir o seu cheiro daqui. – disse ele cruzando os braços.

– Ouvi dizer que cães têm um bom olfato – rebati ainda concentrada parcialmente no livro.

– Você está uma fofa hoje, tão educada.

– Tão mentiroso.

– Eu deveria odiar esse seu jeito caipira e grotesco de ser. – ele arrancou o livro das minhas mãos, me fazendo voltar à atenção para ele.

– Deveria? – perguntei.

– Sim, deveria, assim como você deveria ter me batido no dia em que eu te beijei na sala – ele jogou o livro em cima da mesa e puxou a minha cadeira para mais perto da dele.

– Isso ainda será lembrado, não vai achando que eu esqueci isso Sr Dylan Goldenmark McCallen. – a expressão de Dylan congelou ao ouvir o sobrenome que ele detestava.

– Não me chame assim ruivinha de merda, metida a besta – ele apontou o dedo para mim, como se aquilo me ameaçasse.

– Oh, eu te ofendi? Mil perdões Sr Goldenmark, isso não irá se repetir. – fiz uma pausa dramaticamente e ri em seguida, porém o Sr Goldenmark continuou serio.

– Para com isso Lidia.

– Ah qual foi, eu estava zuando.

Aconteceu rápido demais, e ele estava me beijando, e eu obviamente retribuindo. Era bom beijá-lo, pois eu gostava dele, e eu não conseguia mentir para mim mesma, estava estampado na minha testa, como se eu tivesse um outdoor brilhante em vez de um rosto.

– Isso também era eu zuando – disse ele roçando os lábios levemente nos meus.

– Você é um idiota – empurrei ele com força, que se desequilibrou e foi parar no chão. Peguei o livro e voltei a minha atenção para a álgebra. Dylan sentou do meu lado, espiou a pagina do meu livro e começou a ler o próprio.

Olhei para o relógio novamente, e já tinha se passado mais de uma hora, como eu não havia percebido? Será que eu havia cochilado? Procurei Dylan com os olhos, e o encontrei mergulhado na própria poça de baba enquanto roncava.

– Cruzes, coitada da mulher que um dia casar com você Goldenmark – sussurrei.

– Já disse que não é pra você me chamar de Goldenmark – Dylan de repente estava de olhos bem abertos, me encarando. – E a propósito, não irei casar.

– Nojo de você. – fechei o livro e o guardei dentro da mochila, enquanto Dylan ainda estava deitado na própria baba.

– Vai ir embora? – perguntou ele baixinho.

– Vou, não consigo mais me concentrar.

– Ok, vaza. – nem me dei ao trabalho de dar tchau, apenas joguei a mochila no ombro e sai andando tranqüila e calma.

Os corredores do colégio estavam vazios, logicamente, já que os alunos do turno da tarde estavam dentro das salas, porem mesmo assim, não havia nenhuma inspetora, somente as câmeras de segurança me acompanhavam. Continuei meu percurso até os grandes portões de ferro que rodeavam a entrada do colégio, e ate agora nenhuma alma viva tinha dado sinal de existência, bom, ótimo para mim.

– Lidia? – alguém chamou atrás de mim.

– Todd! – ele apertou o passo e me alcançou.

– O que ainda faz aqui? – perguntou ele timidamente, com as bochechas mais coradas do que o normal.

– Estudando e tentando ensinar o seu amiguinho, porem ele dormiu e babou em si mesmo, fora que ele ronca. Nada bonito de ser visto, mas e você? O que faz aqui?

– Treino, mas só para os caras novos no time. – olhei para ele da cabeça aos pés. Que cara gostoso, e bonito, e pelo o que eu tinha reparado, era até que inteligente.

– Ah entendi, mas vou indo. – virei de costas sem dar tchau, mas ele me pegou pelo braço e me virou de frente para ele.

– Hm, quer carona? – ele deu um sorriso tímido e soltou meu braço.

– Ela vai comigo – de onde essa criatura surgiu? Brotou do concreto, foi?

– Vai Lidia? – perguntou Todd, erguendo levemente a clara sobrancelha.

– Vou? – perguntei de volta para ninguém em especial.

– Vai, e vai ir agora – Dylan me pegou pela mão e começou a me arrastar, dei um tchauzinho para Todd que sorriu sem jeito, e acompanhei o Sr Goldenmark até o luxuoso carro dele.

– Bruto. – ele abriu a porta do carro para mim, mas não pensem que foi uma gentileza, ele me sentou no banco bruscamente e fechou a porta com força. Mas o que diabos esse menino tem?

– O que vocês dois estavam conversando? Ele ia te dar carona? Você ia pegar carona com um garoto que você nem conhece? Você é burra por acaso? – disse ele sentando no banco e fechando a porta com força extrema.

– Uma pergunta de cada vez baby – na verdade eu nem era obrigada a responder nada do que ele quisesse, porém eu iria adorar irritá-lo.

– Baby? Garota, você não conhece o Todd para entrar num carro com ele, assim, sem mais nem menos. – alguém estava nervosinho, dava para perceber.

– E também não conheço você para entrar no seu carro, então adeus – coloquei a mão no trinco para abrir, mas Dylan puxou meu braço, e se esticou por cima de mim para fechar a porta novamente.

– Ruivinha mais nervosinha você ein – perto demais, perto demais. Empurrei ele para longe de mim, e ele acabou batendo a cabeça na janela. Ri com a cena e ele me acompanhou. Silencio. Mas não aquele tipo de silencio constrangedor, era aquele silencio que você enxerga a pessoa de um jeito que só você e o mesmo acontece quando ela te olha.

Os olhos, o nariz, as maças do rosto, a curva da boca e os lábios, ah, os lábios. Tão convidativos e sedutores. Eu precisava beijar ele de novo, e eu o fiz, o beijei mais uma vez, e eu gostei, estava gostando cada vez mais, me deixando levar nessa montanha russa de sentimentos cada vez mais, e provavelmente estava gostando dele mais do que deveria.

O beijo parou, porem ficamos lá, encostados um no outro, como se não quiséssemos nos largar.

– Está tudo bem? – ele acariciou meu rosto e me deu um leve beijo.

– Acho melhor eu ir.

– Porque você muda de humor tão rapidamente?

– Eu não mudei de humor, só disse que é melhor eu ir.

– E porque quer ir embora justo agora? Cansou? Enjoou?

– Não quero ficar aqui, para não me apegar.

Silencio, mas aquele tipo de silencio constrangedor. Que nenhum dos dois fala nada, apenas olham para um ponto fixo, desejando ser um avestruz e enfiar a cabeça debaixo da terra, e nunca mais sair dali. Dessa vez, quando eu abri a porta, ele não tentou me impedir, me deixou ir.

Já estava escurecendo, e eu apertei mais o passo, ainda assim pensando no que eu havia dito. Que coisa mais estúpida de ser dita!

– Lidia Evans, tão inteligente e tão burra em certos momentos. – pensei em voz alta comigo mesma.

– E tão gostosa – olhei em busca da voz, e apenas vi a sombra de um home encostado à porta de um bar. Dava para sentir o cheiro do álcool forte e barato, a distancia que eu estava, apesar de não ser muita. Continuei a andar, porém a voz me chamou novamente: - Garota?

Olhei para trás e o vi andando em minha direção.

– Sim?

– Quero te fazer uma pergunta.

Dei um vacilo, e um passo para trás. Será que estava armado? Daria tempo de correr ou gritar? Ele iria abusar de mim?

– Hmm, faça? – minha voz transmitia nervosismo, até eu sentia.

– Você tem namorado?

– Tem, e ele esta bem aqui – olhei para o lado a tempo de ver Todd passando a mão em volta da minha cintura.

– Hm, certo. Tome bem conta dela – o homem disse, e logo em seguida virou de costas e adentrou no bar.

– Meu Deus do céu! Eu achei que ele ia fazer alguma coisa. – minhas pernas estavam bambas, e eu não me surpreenderia se não tivesse urinado em mim mesma.

– Você não parece estar bem, vou te levar para casa. – ele me segurou firme e me levou até o carro, estacionado a nem um metro de distância.

Rapidamente nós estávamos estacionados na frente da minha casa. Dava para ver as luzes da cozinha acessas. Mamãe teria um surto por eu ter me atrasado e não dado noticias.

– Bom, obrigada. – agradeci ao vento, porque Todd já tinha saído do carro e estava abrindo a porta para mim.

– Lidia! – Jared estava encostado à porta, de braços cruzados, como um cão de guarda.

– Jared! – respondi, fazendo Todd dar um leve riso.

– Para dentro, agora. – mandou ele.

– Você por acaso virou meu pai? – questionei.

– Não, mas eu sou seu pai, então entra. – papai estava parado a porta, com os braços cruzados, como um cão de guarda, assim como Jared.

Olhei para Todd, que entendeu com um leve sorriso, e passei por ele, indo em direção a casa.

– Porque você demorou? Estava se agarrando com esse menino? Que eu saiba, era para você estar estudando com o Dylan, mas de repente você some, e deixou o pobre do menino preocupado.

– Ela quase foi assaltada, e eu encontrei com ela na rua, e dei uma carona para ela, já que o pobre Dylan não fez isso. – Todd estava bem atrás de mim.

– Assaltada? – Dylan apareceu juntamente com a minha mãe, de avental e sujo de farinha no rosto.

– O que esta acontecendo? – mamãe perguntou.

Todos começaram a falar ao mesmo tempo, e ninguém me dava ouvidos, o que estava me deixando irritada.

– GENTE! EU É QUE PERGUNTO AS COISAS AQUI: O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO AQUI? – apontei para Dylan.

– Vim atrás de você ué, e fiquei te esperando, enquanto eu ajudava a sua mãe a fazer um bolo.

– Bolo? Bolo? Serio mesmo mãe? – o que tem na cabeça, eu que sou a filha dela, ela tem que fazer bolos comigo, não com ele.

– Sim, e eu que pergunto agora. Quem é ele? – perguntou ela, apontando para Todd.

– Sou Theodore, mas todos me chamam de Todd. Sou o melhor amigo dos dois rapazes ai – disse ele apontando para Jared e Dylan – e virei amigo da Lidia também.

– Ótimo, vamos todos entrar para jantar, porque eu quero saber muito bem sobre essa historia.

– Todos? – perguntou mamãe.

– Sim, todos são amigos meu amor, então todos para o jantar.

Ótimo, algo mais poderia dar errado?


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Notas finais do capítulo

eai? como será esse jantar? u.u gente, conversem cmg, sou carente



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