Say You Don't Want It escrita por Clarice Reis


Capítulo 1
Capítulo Único




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Say You Don't Want It

Quando se tem 17 anos você espera ao menos um pouco de independência. Adolescentes nessa idade já podem fazer várias coisas, um exemplo: Ficarem um fim de semana sozinhos em casa. Mas eu não. Meus pais, Ronald e Hermione Weasley são super protetores e não conseguem suportar a ideia de me deixar sozinha e por isso eu estou aqui. Passar o fim de semana em Nova York com certeza não parece ser uma ideia ruim, o problema é que eu já tinha planos. Primeiro, Andrew Wood me convidou para sair. Segundo, ele ia me levar para o show da minha banda favorita, Imagine Dragons. Eu juro que tentei, falei com meus pais, prometi milhões de coisas, disse que ficaria na casa da minha melhor amiga (que eles adoram) e mesmo assim não consegui, isso é muito injusto, mas agora que já estou aqui não adianta ficar reclamando.
– Rose? - Minha mãe chamou batendo na porta do quarto. - Já está pronta?
– Sim, já estou indo.
Terminei de guardar minhas coisas na bolsa e peguei meus óculos escuros que estavam em cima da mala. Desci até o saguão do hotel e encontrei minha mãe junto com meu pai e meu irmão me esperando.
– Bom dia filha. - Disse meu pai.
– Bom dia. - Respondi. - O que vamos fazer hoje?
– Bom, vamos dar uma volta pelas ruas da cidade, mas antes você e Hugo tem que prometer que não vão sair de perto de nós, ok?
– Por que? - Questionei.
– É muito fácil de se perder aqui, tem muita gente e é uma cidade muito grande.
– Hmm, ok então. - Mais uma crise de paranóia dos meus pais, até parece que eu iria me perder.
Saímos andando e paramos um pouco para podermos tomar café. Meu irmão devorava a comida como um porco enquanto eu tomava um chocolate quente do Starbucks. Eu gostava do jeito de Nova York, era diferente de Londres de uma forma boa. Pegamos um táxi até o Central Park e minha mãe começou com a sua sessão infinita de fotos. Eu parei um pouco para admirar o memorial de John Lennon (sou muito fã dos Beatles) e depois seguimos para as ruas comerciais. Meu irmão olhava uma vitrine com jogos eletrônicos maravilhado, enquanto minha mãe avaliava os preços dos perfumes e das roupas da Macy's. Olhei em volta e percebi uma loja de discos no fim da rua. " Eles ainda vão demorar aí" pensei. Fui andando até a loja e percebi o quão incrível era, fileiras e mais fileiras de CDs de todas as épocas e para todos os gostos.
– Precisa de ajuda? - Um rapaz moreno, mais ou menos da minha idade e com um piercing na boca perguntou.
– Só estou dando uma olhada.
– De que tipo de música você gosta? - Ele perguntou.
– Música alternativa.
– Então venha comigo. - Disse seguindo pelas várias fileiras de discos.
Ele saiu pegando alguns e parou ao lado de uma junkebox.
– Bom, aqui tem algumas opções, se quer minha opinião Of Monsters and Men é excelente e acho que você vai gostar.
Coloquei o Cd para tocar e só com as primeiras duas musicas cheguei a conclusão de que aquela banda era muito boa. Fui até o caixa para pagar minhas compras e percebi que iria gastar todo meu dinheiro ali, mas não era problema, afinal meus pais estavam comigo então não ia precisar de mais. Saí da loja e refiz o trajeto até onde minha família tinha ficado, não os vi então imaginei que tinham entrado em algum lugar por isso fiquei esperando. 5, 10, 15 minutos e nada. Entrei na Macy's e rodei todo o lugar procurando pela minha mãe, não a encontrei então fui para a loja de eletrônicos, para o meu azar eles também não estavam ali. Ok Rose, fica calma, nem é tão ruim, você só precisa ligar para o seu pai e perguntar onde ele está. Abri minha bolsa e comecei a vasculhá-la em busca do meu celular até que me lembrei de algo. Ele ficou carregando no hotel. Tá bom, agora eu posso me desesperar. Estou sozinha no meio de Nova York sem um centavo e eu nem lembro como chegar no hotel. Meu Deus, o que eu vou fazer agora? Comecei a pensar em possíveis soluções para o problema e concluí que a melhor coisa a fazer era continuar ali, afinal eles já deviam estar me procurando e com certeza voltariam até o último lugar em que me viram. Sentei na escadaria de uma loja e fiquei prestando atenção no movimento dos carros até que algo me chamou atenção, um grupo de garotos andando e rindo do outro lado da rua. Um deles me encarou e eu rapidamente desviei o olhar. Olhei de novo para o grupo e vi que o menino que me encarava não estava mais lá. Comecei a procurá-lo e o vi esperando o sinal abrir. Ele está vindo até aqui? Não Rose, deixa de ser paranóica. Fiquei observando seus passos, ele se aproximava cada vez mais e me olhava fixamente. Levantei de onde eu estava e comecei a andar, não faço a mínima ideia do que esse garoto pode querer comigo, mas não vou ficar para descobrir. Tentei ao máximo não me virar, mas não consegui me conter, ele continuava me seguindo e isso me deixou apavorada, entrei em um beco tentando cortar caminho e quando saí dei de cara com o loiro de olhos cinzas com um sorriso no rosto.
– Por acaso está fugindo de mim? - Ele perguntou.
Eu o ignorei e continuei caminhando.
– Não sou um ladrão ou um seqüestrador se é isso que está pensando.
Continuei em silêncio.
– Vai me ignorar?
– Meus pais me ensinaram a não falar com estranhos. - Comentei irônica.
– Isso não é um problema, prazer, meu nome é Scorpius Malfoy.
– Me diga Scorpius Malfoy, sempre sai por aí perseguindo meninas no meio de Nova York?
– Só as que me interessam.
– Que seriam? - Perguntei desinteressada.
– Ruivas mal humoradas com sotaque britânico.
Revirei os olhos e tentei ignorar a presença do loiro caminhando ao meu lado. Definitivamente aquele menino não era normal, que tipo de pessoa começa a seguir outra do nada?
– Ainda não sei seu nome. - Ele comentou.
– E vai continuar sem saber.
– Você é sempre assim ou esse mau humor todo é por minha causa?
Suspirei.
– Olha, eu estou perdida, sem dinheiro e não faço a mínima ideia de como voltar para o hotel onde estou hospedada. E ainda por cima tem um cara que eu nunca vi na vida me seguindo e tentando conversar comigo e eu tenho medo de que ele seja um seqüestrador ou coisa parecida então digamos que não tenho muitos motivos para estar de bom humor.
– Nossa, que situação a sua. Se quiser eu posso te ajudar.
– Não obrigada, meus pais com certeza já devem estar me procurando... Espera, você tem um celular? - Perguntei.
Ele assentiu.
– Será que pode me emprestar um minuto, aí eu aviso aos meus pais onde estou.
Ele entregou o aparelho e eu me senti aliviada, não estava mais perdida, só precisava marcar um ponto de encontro e tudo isso estaria acabado. Disquei o número do meu pai e para o meu desespero constatei que estava desligado. O que é isso, o mundo resolveu conspirar contra mim hoje? Devolvi o celular a Scorpius e voltei a andar.
– Pelo menos sabe o nome do hotel? - Ele perguntou.
– Sheraton, eu acho.
– Ruiva, detesto ter que te dar essa noticia, mas esse hotel é o do outro lado da cidade e você só chega lá de carro ou de táxi.
– Que maravilha. - Comentei sem humor.
– Relaxa, uma hora eles vão te encontrar, por enquanto por que não se diverte um pouco?
– E o que sugere? considerando que eu não tenho dinheiro.
Ele pegou na minha mão e sorriu para mim (e que sorriso lindo).
– Tem muita coisa para se fazer em Nova York que não exige dinheiro.
Ele saiu me arrastando até o Central Park, mas no meio do caminho parou na frente de um prédio antigo.
– Aqui foi onde John Lennon foi assassinado. Gosta dos Beatles?
– Claro. - Respondi.
– Então vai gostar do que eu tenho para te mostrar.
Passamos pelo Central Park e enquanto caminhávamos senti minha barriga roncar. Scorpius começou a rir o que me deixou envergonhada.
– Está com fome? - Ele perguntou.
Eu assenti muito corada.
– Espera aqui, eu já volto.
Sentei em um banco e comecei a pensar na minha situação, estava andando em uma cidade que não conheço com um garoto que começou a me seguir do nada e agora ele foi arranjar comida para mim. Se minha mãe ficar sabendo disso eu vou passar um mês de castigo.
– É o melhor cachorro-quente da cidade. - Scorpius disse.
Eu nunca tinha visto um cachorro quente com tanta coisa. Ketchup, mostarda, batata palha, molho...
– Obrigada, quanto eu estou te devendo? - Perguntei.
– Nada, considere como um presente.
Comi em silêncio enquanto ele me observava.
– É a primeira vez que vem aos Estados Unidos?
– Não, eu vim quando era criança, mas não me lembro de nada.
– E está gostando?
– Hoje é meu primeiro dia aqui.
– Seu primeiro dia e já está perdida? Você é bem azarada. - Ele disse rindo.
– Nem me fale, para começar eu nem queria estar aqui.
– Por que?
– Eu tinha planos em Londres.
– Olhe pelo lado bom, vindo você teve a oportunidade de me conhecer.
– Quanta humildade. - Comentei irônica.
– Já terminou de comer? - Perguntou mudando de assunto.
– Sim.
– Então vamos, tenho que te levar a uma exposição.
– Não sei se você me ouviu, mas eu estou sem um centavo.
– É de graça. - Ele disse estendendo a mão. - Vamos, vai ser divertido.
– É longe daqui? Porque se meus pais estiverem me procurando é bom eu estar perto de onde eles me viram pela última vez. - Comentei meio insegura em relação a proposta.
– Relaxa, é perto daqui. Vamos?
Encarei sua mão estendida ainda meio incerta mas por fim acabei aceitando e fomos andando de mãos dadas pelo Central Park. Scorpius realmente não mentiu, só andamos um pouco até ele anunciar que tínhamos chegado. Era uma casa antiga e em um banner pendurado na porta lia-se "exposição dos Beatles"
– Esse cara é um fanático, ele tem tudo que você possa imaginar. - Comentou.
Ao entrar fiquei admirada, uma fila de guitarras expostas e quadros com fotos por toda a parte. Manequins com roupas idênticas as usadas no show e uma junkebox que estava tocando yellow submarine. O incrível era o fato de um fã ter todas essas coisas, em Londres artefatos desse tipo ficam expostos em museus dedicados a banda. Passamos um bom tempo ali olhando as coisas até que o celular de Scorpius tocou.
– Espera um minuto?
Eu assenti e ele foi até um canto para atender.
Observava atentamente enquanto ele conversava, por um momento me ocorreu que talvez o loiro tivesse que ir embora e não entendi o porquê, mas aquela ideia me deixava apreensiva.
– E então ruiva.. - Ele voltou me tirando dos meus devaneios. - Você estaria disposta a ir comigo a um show?
– Um show? Seria ótimo. - Mas aí eu me lembrei. - Esquece,não dá, não posso ir muito longe.
– Eu ainda não te falei onde é. - Ele disse com um sorriso.
– E onde seria?
– Só a duas quadras de distância do seu hotel.
– É sério? - Perguntei animada. - Isso é ótimo.
– Você vai para o show comigo e depois eu te deixo no hotel, feito?
Eu assenti.
– Mas espera, como vamos chegar até lá? - Questionei.
– Uns amigos estão vindo nos buscar.
Saímos da casa e ficamos na rua esperando até que um jipe prata parou na nossa frente. Scorpius abriu a porta do carro para mim e assim que entrei percebi a presença de três meninos.
–Ruiva, esses são Luke, Anthony e Michael.
– Oi. - Cumprimentei meio envergonhada.
– Além de linda e ruiva ainda é britânica? Se deu bem cara. - Luke disse e eu não pude deixar de corar.
– E então, você mora aqui em Nova York? - Michael perguntou.
– Não, eu estou passando uns dias aqui com a minha família.
– E como vocês dois se conheceram? - Anthony questionou apontando para mim e Scorpius.
– Digamos que eu costumo perseguir os meus sonhos. - Scorpius falou e os meninos começaram a rir.
– Ok, eu sei, essa foi péssima. - Ele disse rindo.
– Mas a parte do perseguir é verdade. - Acrescentei.
– Devia ter dado uns tapas nele. - Luke disse.
– Eu juro que pensei nisso.
Scorpius me olhou fingindo estar ofendido e eu ri.
– E então, estamos indo para o show de que banda? - Perguntei curiosa.
Os garotos se entreolharam e depois dirigiram seus olhares para Scorpius.
– Não contou a ela? - Questionou Anthony.
– Não tive tempo de falar.
– Me falar o que?
– O show que estamos indo, é o nosso show, temos uma banda. - Michael falou animado.
– É sério? Que incrível, eu sempre quis ter uma banda, mas como eu não sei cantar e nem tocar nada desisti. Mas e então o que vocês fazem?
– Eu toco bateria, o Michael baixo, o Anthony guitarra e o Scorpius é vocalista. - Luke disse.
– Você canta? - Perguntei encarando Scorpius.
– É um dos meus diversos talentos.
Revirei os olhos e no mesmo instante pude sentir uma mão sobre a minha. Encarei Scorpius confusa, mas ele apenas sorriu para mim. Durante o resto do trajeto os garotos ficaram contando piadas e conversando besteiras enquanto eu apenas escutava. Todos eles eram muito legais e eu adoraria poder encontrá-los de novo, especialmente um loiro que ainda mantinha sua mão sobre a minha. Apesar de ser estranho e convencido eu gostei muito de conhecê-lo e pensar em ter que me despedir me deixava triste.
– Chegamos. - Luke anunciou assim que o carro parou.
O lugar parecia uma boate, era todo pintado de preto e tinha um letreiro colorido com o nome " Under 21". Assim que entramos percebi que o local estava cheio de gente e no centro havia um palco com instrumentos.
– Eu já volto. - Scorpius sussurrou no meu ouvido e logo depois desapareceu com os meninos no meio da multidão.
Fiquei uns dez minutos rondando por ali até que ouvi agitação vinda do público. Olhei para o palco e os vi se arrumando para começar.
– Ruiva, essa é para você. - Scorpius disse sorrindo.

"Talk all the talk with a poet's style
Tongue like electric, eyes like a child
Buy all your highs and the classic cars
Live like a saviour, live like the stars
Talk all the talk with a model's smile
Tongue like electric, eyes like a child
Buy all your highs and the classic cars
Die on the front page, just like the stars

The big screens, the plastic-made dreams
Say you don't want it, say you don't want it
Its our world, the picture-book girls
Say you don't want it, say you don't want it
Don't you ask me if it's love, my dear
Love don't really mean a thing round here
The fake scenes the plastic-made dreams
Say you don't want it, say you don't want it

Pace all the rooms with a jealous style
Tongue like electric, eyes like a child
Paint all your soul with the grand designs
Preach like a saviour, your heart on the line
Talk all the talk with a mother's smile
Tongue like electric, eyes like a child
Buy all your highs and the classic cars
Die on the front page, just like the stars

The big screens, the plastic-made dreams
Say you don't want it, say you don't want it
Its our world, the picture-book girls
Say you don't want it, say you don't want it
Don't you ask me if it's love, my dear
Love don't really mean a thing round here
The fake scenes the plastic-made dreams
Say you don't want it, say you don't want it

The big screens, the plastic-made dreams
Say you don't want it, say you don't want it
Its our world, the picture-book girls
Say you don't want it, say you don't want it
X2
don't you ask me if its long my dear
Love don't really mean a thing round here
The fake scenes the plastic-made dreams
Say you don't want it, say you don't want it

Say you don't want it, say you don't want it
Say you don't want it, say you don't want it"

Não consegui parar de sorrir durante toda a música. Eles eram incríveis e Scorpius cantava muito bem. Eles tocaram mais algumas e cada vez mais eu chegava a conclusão de que eles iriam ficar famosos. Quando o show acabou não demorou muito para que eu sentisse dois braços rodeando a minha cintura.
– E aí? O que achou?
– Os meninos são incríveis e você é....razoável.
Ele arqueou as sobrancelhas e eu comecei a rir.
–Ok, você é ótimo e a propósito, acho que um dia vocês vão ficar famosos.
– Sério?
– Uhum, quando estiver lotando estádios se lembra de me mandar um ingresso ok?
– Tudo bem. - Ele disse rindo. - Bom, acho que é melhor nós irmos.
Eu assenti e nos dirigimos até a saída do local.
– Gostou do seu dia? - Ele perguntou passando o braço pelos meus ombros.
– Começou péssimo, mas no fim das contas eu acabei gostando.
Passamos algum tempo caminhando em silêncio até que....
– Eu sei que você veio com os seus pais, mas se tiver um tempo, amanhã tem um festival de cinema e...
– Claro. - Respondi. - Vai ser um prazer.
– Então está marcado?
Eu assenti e assim que me dei conta já estávamos na frente do hotel.
– Bom, é aqui que você fica. - Ele disse olhando em meus olhos.
– É...
– Foi um prazer conhecê-la ruiva. - Ele disse beijando minha mão.
– Igualmente, Scorpius Malfoy.
Ficamos nos encarando e eu sei que o que eu vou fazer pode ser classificado como loucura, mas quer saber, quem se importa? Eu puxei a gola de sua camisa e o beijei. De início ele ficou surpreso, mas logo depois passou os braços em volta da minha cintura e aprofundou o beijo. Só nos separamos quando o ar se tornou extremamente necessário.
– Eu tenho que ir. - Disse me afastando dele.
– Até amanhã ruiva.
– Até amanhã. - Disse seguindo até a porta giratória,quando me lembrei de algo. - Ah, a propósito, meu nome é Rose Weasley.
Ele sorriu para mim e naquele instante percebi como todo o meu dia valeu muito a pena... Isso é claro, até entrar no saguão e me deparar com a polícia, minha mãe desesperada e meu pai parecendo furioso. É, não se pode ter tudo, mas pelo menos eu vou vê-lo de novo amanhã.


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